quarta-feira, 19 de maio de 2010

Igreja na Guatemala: Lei Arizona “institucionaliza o racismo”

A Igreja na Guatemala se pronunciou contra a chamada "Lei Arizona", mediante a qual, nesse Estado, pretende-se criminalizar a migração e "institucionalizar o racismo".
Uma declaração da Pastoral de Mobilidade Humana, da Conferência Episcopal da Guatemala (CEG), critica esta norma, que deveria entrar em vigor no próximo mês de agosto.
Segundo o órgão episcopal, esta lei pode promover o ódio, xenofobia e a discriminação da migração, e considera ainda que só com seu anúncio, a lei já causa prejuízos aos imigrantes sem documentos.
O comunicado da comissão pede que os Estados Unidos, em relação a esta lei, reveja o que está sendo proposto, de forma que faça uma reforma migratória integral que respeite a condição humana.
"Consideramos que a aprovação dessa lei poderá fazer com que haja pretensão de institucionalizar o racismo, a xenofobia e a discriminação contra os migrantes", disse a Pastoral em seu comunicado.
"A irracional lei antimigratória afetará diretamente mais de 460 mil imigrantes, entre eles famílias inteiras e estudantes" caso entre em vigor no mês de agosto, estimou.
Além disso, disse que mais de uma centena de filhos de imigrantes foram expulsos das escolas do Arizona.
"A Lei Arizona deve chamar fortemente a atenção e o compromisso dos legisladores democratas e republicanos, para o rápido início de um debate amplo e coerente com a realidade migratória", afirmou. Esta lei é "a mais vergonhosa na história das migrações", acrescentou.
Protesto eclesial do México
Dom Rafael Romo Muñoz, arcebispo de Tijuana e responsável pela Pastoral da Mobilidade Humana da Conferência Episcopal Mexicana (CEM), fez um convite a toda sociedade para defender os direitos das pessoas que migram para outros países, em particular aos Estados Unidos.
Garantiu que a violência diminuiu contra os migrantes, mas ainda é necessário fazer muito; entre junho de 2008 e abril de 2009, foram registrados 9 mil sequestros contra migrantes no país, "mas graças a Deus esse número baixou e estamos vivendo momentos relativamente melhores", expressou o prelado mexicano.

Fonte: Zenit.

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