sexta-feira, 29 de novembro de 2013

As FARC autorizam a abertura das igrejas no sul do país, mas somente de domingo



No departamento colombiano de Putumayo, no sul do país, as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) permitem que as igrejas possam permanecer abertas somente aos sábados e domingos, e os sacerdotes podem, portanto, celebrar a Missa somente nesses dois dias.
A denúncia foi feita pelo Bispo da Diocese de Mocoa-Sibundoy, capital do departamento de Putumayo, Dom Luis Alberto Parra Mora, o qual, falando para uma rádio local, recordou que “no início, a proibição era para toda a semana”, mas depois do pedido dos habitantes das cidades de Puerto Guzmán e Puerto Asís, a guerrilha permitiu a celebração da Missa no final de semana. “Agora estamos na fase de diálogo com os grupos armados que nos permitiram voltar a celebrar a Eucaristia nessas cidades, mas ainda não podemos ir à zona rural, onde as igrejas ficam fechadas toda a semana”, disse o Prelado.
Não obstante as FARC e o governo do presidente Juan Manuel Santos prossigam os colóquios de paz em Cuba desde 2012, o conflito armado no país não dá sinais de diminuição. Na própria região de Putumayo, seis sacerdotes ameaçados pela guerrilha foram transferidos pouco tempo atrás por motivos de segurança (veja Fides 17/10/2013).
“Observamos com preocupação os problemas de segurança dos nossos sacerdotes e dos nossos Bispos, aos quais é negada a liberdade de pregar a Palavra de Deus”, disse o Padre Pedro Mercado, Vice-secretário da Conferência Episcopal Colombiana, que pediu a garantia do Estado para o clero, para que possa exercitar a sua missão. Durante a longa história do conflito armado, foram constantes as hostilidades da guerrilha e de outros grupos em relação à Igreja, todavia, como destacou pe. Mercado, este problema aumentou nos últimos meses.
Segundo o novo programa, quinta-feira, 28 de novembro, deve ter início o diálogo entre as FARC e o governo sobre o terceiro ponto dos acordos de paz. Inicialmente, o encontro foi marcado para o dia 17 de novembro, como anunciado depois da notícia do segundo acordo (veja Fides 08/11/2013), mas depois a data foi adiada para 28 de novembro, “para afinar a visão, trocar documentos e analisar outras novas propostas recebidas por vários grupos da sociedade colombiana", segundo uma nota da Agência EFE.

(Agência Fides/ Red.MEM)

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

"Quem pratica a misericórdia não teme a morte!"

Terminado o Ano da Fé, o papa Francisco nos ofereceu a sua penúltima catequese do ciclo sobre o credo. Durante a audiência geral na Praça de São Pedro, apesar do frio e do dia nublado, cerca de 50 mil peregrinos ouviram o Santo Padre falar sobre a inevitabilidade da morte e, em particular, sobre "morrer em Cristo".

Hoje em dia, disse o papa, está generalizado "um jeito errado de olhar para a morte". Ela "afeta a todos nós" e "nos desafia de maneira profunda", especialmente quando, de modo "escandaloso", ela nos toca de perto ou golpeia as crianças ou os mais indefesos.
Quando vista como "o fim de tudo", a morte "assusta, aterroriza, se torna uma ameaça que despedaça todos os sonhos, todas as perspectivas, que rompe todos os relacionamentos e interrompe todos os caminhos".
Numa concepção ateia, em que a vida é um enclave entre os dois pólos do nascimento e da morte, a existência é concebida como um "aleatório achar-se no mundo a caminho do nada". Há também um "ateísmo prático", que se substancia na atenção exclusiva aos interesses próprios e às "coisas terrenas".
Quando se opta por esta última concepção equivocada, "não há escolha senão a de ocultar a morte, negá-la ou banalizá-la por medo", disse o Santo Padre.
E o coração humano se rebela contra este assunto, já que todos nós temos um desejo de "infinito", uma "nostalgia do eterno". Por isso, mesmo na tragédia da perda de um ente querido, "brada em nosso coração a convicção de que não pode ser tudo finito; de que o bem dado e recebido não foi em vão" e de que "a nossa vida não termina com a morte".
Esta "sede de vida" encontra resposta "real e confiável" na ressurreição de Jesus, que não só nos dá a "certeza da vida após a morte, como também ilumina o mistério da morte de cada um de nós".
Cada pessoa "tende a morrer como viveu": se a vida de um homem foi rica em misericórdia, ele estará preparado para aceitar a despedida final como "o abandono definitivo nas mãos acolhedoras de Deus”, para "contemplar o seu rosto face a face" e para ver a Deus como Ele é: "belo, cheio de luz, cheio de amor, cheio de ternura".
Porque a morte está sempre à espreita, temos que nos preparar para ela, ficando sempre perto de Jesus na oração, nos sacramentos e na prática da caridade.
O Senhor está presente "nos mais fracos e necessitados" (cf. Mt 25,35-36.40 ). Portanto, sugere o papa, "um caminho seguro é o de recuperar o sentido da caridade cristã e da partilha fraterna, cuidando das feridas físicas e espirituais do próximo".
Para receber em herança o reino, é necessário praticar a solidariedade, compartilhando a dor e infundindo a esperança. “Quem pratica a misericórdia não tem medo da morte". O papa reiterou esta frase pedindo que os peregrinos a repetissem em coro.
"E por que não tem medo da morte? Porque [aquele que pratica a misericórdia] a encara nas feridas dos irmãos e a supera com o amor de Jesus Cristo. Se abrirmos a porta da nossa vida e do nosso coração para os irmãos, a nossa morte também se tornará uma porta para o céu, para a pátria abençoada, para onde rumamos no desejo de viver para sempre com o nosso Deus Pai, com Jesus, com a Virgem Maria e com os santos", concluiu Francisco.

Fonte: Zenit.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Evangelii Gaudium, uma "bomba atômica" para as velhas estruturas eclesiásticas



Enquanto o episcopado, o clero, as pessoas consagradas e os fieis leigos esperavam o documento conclusivo da XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, celebrado do 7 ao 28 de outubro de 2012, sobre o tema “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”, o Papa Francisco mais uma vez nos surpreendeu e, de forma totalmente inesperada, embora bem pensada e refletida, publicou uma Exortação Apostólica com caráter programático para toda a Igreja, a exortação apostólica Evangelii Gaudium, sobre o anúncio do evangelho no mundo atual.

Como o mesmo pontífice escreve “Aqui escolhi propor algumas directrizes que possam encorajar e orientar, em toda a Igreja, uma nova etapa evangelizadora, cheia de ardor e dinamismo”. Sendo assim o Papa decidiu deter-se, entre outros temas, nas seguintes questões: a) A reforma da Igreja em saída missionária. b) As tentações dos agentes pastorais. c) A Igreja vista como a totalidade do povo de Deus que evangeliza. d) A homilia e a sua preparação. e) A inclusão social dos pobres. f) A paz e o diálogo social. g) As motivações espirituais para o compromisso missionário.
Se a Igreja conseguir ser melhor, sem dúvida o mundo também o será. O importante, escreve o Papa, é que “Jesus Cristo pode romper também os esquemas enfadonhos em que pretendemos aprisioná-Lo, e surpreende-nos com a sua constante criatividade divina.” Em “toda a vida da Igreja deve manifestar-se sempre que a iniciativa é de Deus” e não nossa” e é por isso que “A Igreja não cresce por proselitismo, mas por atração”.
A primeira exortação apostólica do Papa Francisco está composta por cinco capítulos revolucionários que caem como uma bomba atômica nos diversos setores da Igreja, com “consequências importantes”, reconhece o Papa.
“Não ignoro que hoje os documentos não suscitam o mesmo interesse que noutras épocas, acabando rapidamente esquecidos. Apesar disso sublinho que, aquilo que pretendo deixar expresso aqui, possui um significado programático e tem consequências importantes”, escreve o Papa.
Contudo, não é uma exortação que pretenda dar uma palavra conclusiva a todos os problemas existentes, porque, como o mesmo pontífice recorda, “acho que não se deva esperar do magistério papal uma palavra definitiva ou completa sobre todas as questões que afetam a Igreja e o mundo. Não é conveniente que o Papa substitua os episcopados locais no discernimento de todas as problemáticas que surgem nos seus territórios. Neste sentido, percebo a necessidade de avançar em uma saudável “descentralização”.
Com esta exortação, de leitura e reflexão obrigatória, tanto a nível pessoal quanto comunitário, Francisco - assim como o poverello de Assis fez há séculos - não somente quer exortar os demais a se converterem, dizendo para cada Igreja particular entrar “em um processo decidido de discernimento, purificação e reforma”. Mas, primeiramente olha para si, “dado que sou chamado a viver aquilo que peço aos outros, devo pensar também numa conversão do papado”, afirma o pontífice, porque “também o papado e as estruturas centrais da Igreja universal necessitam escutar o chamado a uma conversão pastoral”.
Para ler o texto completo da exortação clique aqui

Fonte: Zenit.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Filme documentário Blood Money - A indústria do aborto segue em exibição pelo Brasil

Estreou no último fim de semana em todo o Brasil o filme documentário Blood Money - Aborto Legalizado, uma produção norte-americana independente, produzida pelo diretor David Kyle.
O filme retrata a indústria do aborto nos Estados Unidos, com depoimentos de médicos, cientistas e da ativista de movimentos negros dos EUA, Alveda King, sobrinha do pacifista Martin Luther King.
O coordenador da estreia do filme em Brasília no último dia 15, Alan Araújo, membro da Associação Nacional de Cidadania pela Vida falou da importância do documentário: “É importante que a sociedade tenha acesso às informações desse filme, informações verídicas sobre a realidade de um país onde o aborto é legalizado.”
Quem também esteve na estreia foi o diretor da Estação Luz Filmes Luís Eduardo Girão, responsável por trazer o documentário ao país. Ele afirma a necessidade das pessoas conhecerem o lado desconhecido do aborto. “Esse filme é um grande sonho, que tem uma sede de justiça em causa à defesa da vida. Foi feito por uma pessoa corajosa, pois fez esse filme com o governo e a mídia americana contra. Além disso, tivemos muitas dificuldades para colocar esse filme nos cinemas, mas batemos na porta de grandes distribuidoras. Nos disseram que ninguém assistiria o filme”, afirma Luís.
Em Brasília, o documentário superou as expectativas e teve todas as sessões dos dias 15, 16 e 17 de novembro esgotadas. O estudante de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, Vitor Augusto Guimarães assistiu ao documentário. Católico, ele disse a ZENIT que não imaginava o tamanho da indústria do aborto. O filme superou minhas expectativas, eu imaginei que seria algo mais clichê, sem tanto embasamento científico, ou pautado somente em alguns pontos. Mas o filme abordou todos os pontos, desde os científicos aos psicológicos, e, a minha maior surpresa, os econômicos também. Em si, o filme fortaleceu minha opinião sobre o aborto, mostrando o quão horrível é”, afirma.
Devido ao sucesso de público, o filme documentário Blood Money – Aborto Legalizado continuará em cartaz no Brasil até o dia 28 de novembro. Em Brasília, as sessões acontecem no Espaço Itaú de Cinema.

Fonte: Zenit.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Igreja anglicana: aprovada a ordenação episcopal feminina



A Igreja anglicana, reunida no Sínodo Geral de Londres, aprovou a possibilidade da ordenação episcopal de mulheres. Após uma série de tentativas frustradas, relata o Vatican Insider, a proposta apresentada em novembro de 2012 foi aprovada por uma maioria de 378 votos a favor, 8 contra e 25 abstenções.
Nas votações anteriores, tinha prevalecido sempre a ala mais tradicionalista dos bispos anglicanos, como no Sínodo Geral precedente, em que, por apenas 6 votos, não tinha sido aprovada a proposta.
A possibilidade da ordenação episcopal feminina foi solicitada por várias partes da Igreja inglesa, que enfrenta uma crise de crentes, a fim de “manter-se ao ritmo dos tempos”.

Fonte: Zenit.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Cardeal Ouellet exorta: todo o continente americano seja uma tilma eclesial de discípulos, missionários, carismas



Terminou nesta terça-feira (19) a peregrinação-encontro “Nossa Senhora de Guadalupe, Estrela da Nova Evangelização no Continente Americano”, promovida pela Pontifícia Comissão para a América Latina, na Cidade do México. No encerramento, o cardeal Marc Ouellet, presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, celebrou a missa cuja intenção foi a evangelização de todos os povos.
Desde o dia 16, cardeais, bispos, religiosos e leigos de todo o continente americano trabalharam em diversas comissões abordando diversas questões concernentes ao apelo da nova evangelização na América e da América para o mundo. Padre Sílvio Scopel e Cristiano Pinheiro, da Comunidade Católica Shalom, colaboraram nas comissões do encontro.
“Estamos vivendo um tempo de graça, um tempo profético para a Igreja na América. As palavras e testemunhos de tantos cardeais, bispos, consagrados e leigos nos impulsionam a continuar firmes na nossa grande missão de evangelizar, a avançar na amizade com Deus e no amor à Virgem Maria. Assim, seremos cada vez mais amigos uns dos outros e, impulsionados por este amor, iremos até as periferias existenciais”, destacou Cristiano Pinheiro.
A conferência “A Missão Continental à luz do novo pontificado do Papa Francisco e dos conteúdos do magistério pontifício no Ano da Fé” foi proferida pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta.
O discurso de Dom Orani, conforme publicado no site da Arquidiocese do Rio de Janeiro, partiu da Carta Encíclica “Lumen Fidei”, do Papa Francisco, assim como seus discursos e palavras no Brasil, “sobretudo durante a Jornada Mundial da Juventude realizada no Rio de Janeiro, que sem dúvida significou para toda a Igreja um dos momentos mais fortes do Ano da Fé”.
Além de Dom Orani, o Brasil esteve representado pelos bispos: Dom João Carlos Petrini, de Camaçari (BA), Dom Bernardino Marchió, de Caruaru (PE) e Dom Leonardo Ulrich Steiner, bispo auxiliar de Brasília e secretário da CNBB.
Durante a celebração de encerramento o cardeal Ouellet exortou: “todo o continente americano seja essa ’tilma’, uma tilma eclesial de discípulos, missionários, carismas, unidos nessa tilma da Virgem Maria de Guadalupe”.

Fonte: Zenit.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A primeira exortação apostólica de Francisco encerra o Ano da Fé



O Ano da Fé proclamado por Bento XVI e iniciado em 11 de outubro de 2012 termina neste domingo, em Roma, com a missa de encerramento. Foram apresentados hoje os últimos eventos desse período significativo e intenso na história da Igreja.

O “Dia da vida contemplativa” acontece neste 21 de novembro. As celebrações do final do Ano da Fé serão duas: o encontro dos catecúmenos com o papa, em 23 de novembro, e a santa missa de encerramento, no dia 24. Participaram da coletiva de apresentação dos eventos o arcebispo Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, e o arcebispo José Octavio Ruiz Arenas, secretário do mesmo dicastério.
Dom Fisichella destacou que são mais de 8 milhões e meio os peregrinos que visitaram o túmulo de São Pedro neste ano para professar a fé. “Chega ao fim um ano dedicado completamente a reavivar a fé dos crentes, mas agora continua o desejo de manter vivo o ensinamento que recebemos durante esses meses todos", disse ele, complementando que foram muitas as "microiniciativas que evidenciaram em todo o mundo o quanto a fé permanece viva e dinâmica no meio dos fiéis, como testemunho da piedade e da profunda religiosidade que está presente em nosso povo".
E prosseguiu: “Para fechar o ano, pensamos num conjunto de sinais para demonstrar a continuidade da fé e o caminho que temos que seguir para evitar que ela vire uma coisa rotineira na vida de todos os dias”.
O papa Francisco irá ao Mosteiro Camaldolense do Aventino neste dia 21 de novembro para se encontrar com aquela comunidade religiosa. A jornada, que coincide com o aniversário da entrada da irmã Nazarena Crotta no mosteiro, será dedicada a quem escolheu a vida de clausura como dedicação privilegiada à oração e à contemplação.
Com o lema “Preparados para Cruzar a Porta da Fé”, acontece no dia 23 de novembro o segundo ato dedicado aos catecúmenos. 500 catecúmenos acompanhados por seus catequistas, procedentes de 47 países dos cinco continentes, serão os protagonistas dessa jornada. O papa receberá 35 deles na entrada da Basílica de São Pedro e lhes fará as perguntas tradicionais do rito.
Fechando o Ano da Fé, a celebração da eucaristia no domingo, 24 de novembro, na Praça de São Pedro, contará com três símbolos que destacarão a importância do momento: a exposição das relíquias de São Pedro, a entrega da exortação apostólica do papa Francisco, Evangelii Gaudium, e um gesto de caridade em auxílio do povo das Filipinas: durante a eucaristia, será feita uma coleta como contribuição dos peregrinos do Ano da Fé para os atingidos pelos desastres meteorológicos naquela nação asiática.
Fisichella enfatizou que “estamos acostumados a destacar os fatores de crise e nos esquecemos de olhar também para os muitos sinais positivos de esperança que estão realmente presentes na Igreja. O Ano da Fé nos permitiu experimentar isso. Sustentados por um testemunho tão impressionante, entusiasmado e confiante, que se expressa principalmente no silêncio da vida cotidiana, olhamos para o futuro com mais serenidade, graças à experiência adquirida neste ano, esperando que os seus efeitos positivos se prolonguem durante muito tempo”.

Fonte: Zenit.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

União Europeia: quase dois milhões de assinaturas para combater a destruição de embriões humanos

O processo de coleta de assinaturas para o abaixo-assinado popular europeu “Um de Nós” foi encerrado com grande sucesso. Vinte países superaram o mínimo de assinaturas necessárias e mais de 1.800.000 foram conseguidas em toda a Europa. Os países com o maior número de adesões são a Itália, a Polônia, a Alemanha, a Romênia, a França e a Espanha.

A partir de agora, as autoridades nacionais competentes têm três meses para validar as assinaturas. A Comissão Europeia e o Parlamento se reunirão depois com os organizadores para discutir as questões levantadas por esta Iniciativa Cidadã Europeia (ICE).
Os promotores da iniciativa agradeceram "calorosamente" a todas as organizações que promoveram o projeto Um de Nós em toda a Europa, "conseguindo este sucesso cívico extraordinário".
Graças aos apoios recebidos, será possível apresentar "uma proposta de reforma legislativa para a defesa da vida humana desde as primeiras etapas do seu desenvolvimento", reconhecer "a personalidade jurídica do embrião humano" e acabar "com o financiamento europeu às atividades que acarretam a destruição de embriões humanos".
Os organizadores definiram como "fonte de alegria e de esperança o fato de ver as Igrejas católica, ortodoxa e protestantes unidas na promoção do bem comum". Em todos os momentos houve "apoio" e "parceria" entre essas Igrejas.
Dom Piotr Mazurkiewicz, oficial do Pontifício Conselho para a Família, também destaca o caráter ecumênico e inter-religioso da iniciativa. "A cooperação entre os movimentos pró-vida em toda a Europa e entre os cidadãos europeus que se mobilizaram para a campanha Um de Nós é ecumênica em si mesma", afirma Mazurkiewicz. "Ela reuniu católicos, protestantes e ortodoxos e também os muçulmanos e organizações não vinculadas a nenhuma religião".
Para o oficial do Pontifício Conselho para a Família, esta ação de democracia participativa dos cidadãos europeus "estabelece uma nova identidade de uma Europa unida: uma Europa a favor da vida concreta e na defensa dos seres humanos sem discriminação".
Com esta Iniciativa Cidadã Europeia, os cidadãos participantes pedem que a União Europeia "assegure o respeito à dignidade do embrião humano desde o momento da concepção" e "modifique determinados atos legislativos da União para acabar com o financiamento de atividades que acarretam a destruição de embriões humanos, em particular nos âmbitos de pesquisa, de ajuda ao desenvolvimento e de saúde pública".
O alcance da reivindicação Um de Nós se limita aos âmbitos de competência da União Europeia, dos quais está excluído o aborto, cuja regulamentação permanece como competência exclusiva de cada país membro.

Fonte: Zenit.

sábado, 16 de novembro de 2013

A curiosidade gera confusão e afasta da sabedoria e da paz de Deus

A curiosidade, manifestação humana que em geral é considerada "louvável" pela cultura moderna e caracterizada por um excesso de comunicação e de sociabilidade (muitas vezes com pouca substância), é uma qualidade que tem seus lados escuros.
O papa Francisco, na homilia da missa desta manhã, definiu o “espírito de curiosidade” como uma atitude que gera confusão e afasta da sabedoria e da paz de Deus.
A primeira leitura de hoje (Sab 7,22-30.8,1) descreve "o estado de ânimo do homem e da mulher espiritual" que vivem "na sabedoria do Espírito Santo", que ajuda "a julgar e tomar decisões de acordo com o coração de Deus", infundindo sempre "a paz".
A santidade é "o que Deus pede a Abraão: caminha na minha presença e sê perfeito". Os homens e mulheres que seguem essa estrada são sábios "porque caminham sob a moção da paciência de Deus", explicou o papa.
A atitude oposta é a da curiosidade vã, que, no Evangelho de hoje (Lc 17,20-25 ), encontramos nos fariseus que cercavam Jesus: "Quando virá o Reino de Deus?", indagavam eles. Essa pergunta era provocada por um mero espírito de curiosidade, que "nos afasta do Espírito da sabedoria porque só está interessado nas miudezas, nos boatos, nas pequenas notícias de todos os dias".
A curiosidade não apenas nos leva para longe de Deus como também nos faz "falar demais". É uma atitude "mundana", que "conduz à confusão" e que nos leva a querer ouvir histórias como "o Senhor está aqui ou está ali", ou "Eu sei de um tal vidente, um visionário, que recebe cartas de Nossa Senhora, mensagens de Nossa Senhora". O papa adverte: "Nossa Senhora é Mãe e não uma gerente dos Correios que fica despachando mensagens todo dia".
O espírito de curiosidade, em suma, afasta "do Evangelho, do Espírito Santo, da paz e da sabedoria e glória de Deus, da beleza de Deus".
Jesus, por outro lado, nos lembra que "o reino de Deus não vem de modo chamativo, mas sim na sabedoria", e não "na confusão". É emblemático que “Deus não falou com o profeta Elias no vendaval, na tempestade, mas na brisa suave, na brisa da sabedoria”.
Santa Teresinha do Menino Jesus dizia a si mesma para "sempre parar diante do espírito de curiosidade". Quando ouvia histórias dos outros, mesmo desejosa de ouvi-las até o fim, ela reconhecia que "este não é o espírito de Deus, porque é um espírito de dispersão, de curiosidade vã".
O Reino de Deus está "no meio de nós", acrescentou o Santo Padre, e por isso não há necessidade de olhar para "coisas estranhas" ou "novidades" com mera "curiosidade mundana". É o Espírito Santo que deve nos levar para frente, "com a sabedoria que é uma brisa suave", concluiu.

Fonte: Zenit.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Possível ataque ao Papa preocupa a América Latina. Lombardi: estamos tranquilísimos

As informações sobre um possível ataque da máfia contra o papa, publicada por ZENIT na edição espanhola de ontem, despertou grande preocupação em toda a América Latina. Durante o dia de hoje, a redação recebeu inúmeras chamadas, de diferentes países da América Latina. A suspeita foi lançada pelo fiscal-adjunto da região italiana de Reggio Calabria, Nicola Gratteri, em entrevista publicada ontem no jornal italiano Il Fatto Quotidiano.
“Não existe nenhum motivo concreto que preocupe e não vem ao caso se alarmar” afirmou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. Conforme notícia da agência italiana ANSA.
Nos centro do poder, diz ele, a figura do Papa Francisco é vista com desconfiança e temor. O santo padre, adverte Gratteri, pode ser alvo do crime organizado se ele continuar com sua política de limpeza financeira no Vaticano. "Está deixando nervosa a máfia financeira", afirma.
Além disso, o fiscal da Calábria afirma que "aqueles que se nutriram até agora do poder e da riqueza derivados da Igreja, estão inquietos”. O Papa "está no caminho certo, rema contra o luxo e tem dado sinais importantes" de que "tem como objetivo fazer uma limpeza total", uma atitude que não pode deixar de desagradar a máfia.
"Eu não sei se o crime organizado é capaz de fazer algo contra o Papa -continua-, mas certamente está pensando". "Pode ser perigoso", ressalta.
Em suas declarações, o especialista na luta contra o crime organizado também afirma que "os antigos ‘padrinhos’ deixaram de existir, estão mortos ou na cadeia". No momento, esclarece Gratteri, manda "o investidor mafioso, que faz lavagem de dinheiro, em suma, tem o poder real". Para o fiscal de Reggio Calabria, "são estes que estão ficando nervosos".
É importante notar que a palavra máfia na América Latina é usadacomo um termo genérico,masna Itália, a Máfia éo 'crime organizado' na região da Sicília, enquanto em Reggio Calabria é chamado N'drangheta e em Nápoles, camorra.
Enquanto isso, os modelos do filme 'O Poderoso Chefão' (IlPadrino) tornaram-se obsoletos e o que resta é a criminalidade que se ocupa do tráfico humano, de armas, prostituição e drogas, daí a necessidade de buscar fundos ilícitos.

Fonte: Zenit.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A Santa Sé e a construção da paz



"A diplomacia pontifícia no mundo globalizado" contém muitos dos pronunciamentos do cardeal Tarcisio Bertone como secretário de Estado do Vaticano, bem como textos anteriores que remontam à sua experiência como docente.
Foi assim que dom Dominique Mamberti, secretário para as Relações com os Estados, resumiu o novo livro do cardeal Bertone, apresentado na tarde de ontem na Sala do Sínodo.
"É uma recopilação orgânica, cuidadosamente editada pelo prof. Vincenzo Buonomo, que aborda algumas das questões-chave da atividade diplomática da Santa Sé, mas também incide sobre as características daqueles que são os protagonistas dessa atividade, desde o papa até os representantes pontifícios".
Alguns destaques do livro constituem o fio condutor da atividade diplomática da Santa Sé. "Um deles é a construção da paz", destaca Mamberti, continuando: “Um dos objetivos da diplomacia papal é precisamente o de construir pontes entre todos os homens, para que cada um possa encontrar no outro não um inimigo, não um concorrente, mas um irmão para acolher e abraçar".
Bertone recorda o magistério dos papas a partir de Pio XII, destacando "os ensinamentos dos papas depois de 1945, especialmente no que se refere ao Evangelho da paz e a uma ‘metafísica da paz’ construída sobre os princípios da ordem moral, que é a luz que tem norteado as ações e intervenções das comunidades eclesiais".
Bertone observa que não há contradição entre a libertas Ecclesiae e a liberdade religiosa, argumentando que, através desta leitura do Magistério, fica claro que a ação diplomática da Santa Sé é sempre orientada a um bem positivo.
"Não é um olhar negativo para o homem e para a realidade", diz Mamberti, porque " incute confiança, é animado pela esperança cristã" e "não é simples otimismo", ou seja, "aquela atitude humana que depende de tantas coisas".
Daí a necessidade, disse Mamberti, citando Bento XVI, de "lugares de confiança​​", porque "a vida humana se torna impossível quando não se pode depositar confiança no outro ou nos outros, quando não podemos nos apoiar na sua experiência, no seu conhecimento".
O Secretário para as Relações com os Estados concluiu que "uma das capacidades da ação diplomática da Santa Sé é justamente a de ter esse olhar católico, ou seja, universal, próprio da Igreja, para o qual o patrimônio de cada povo é uma riqueza para toda a humanidade".

Fonte: Zenit.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Na origem do mal

A iniciativa “Quarta-feira na Gregoriana” é um ciclo de palestras e debates que, neste ano, tem como tema "Nos subúrbios da existência: enfrentando o mal em sintonia com o papa Francisco”. O título do encontro desta quarta-feira, 13 de novembro, é “Na origem do mal”.
O eterno problema da origem do mal é uma das questões mais interessantes em que o homem reflete desde os seus primórdios. É um dos primeiros desafios lançados ao homem, um nó filosófico e religioso de particular dificuldade, que, devido aos vários conceitos que agrupamos sob o único termo “mal”, exige o esforço de diversos setores do conhecimento.
A questão será analisada pelo pe. Elman Salmann, monge e teólogo beneditino e um talento intelectual que combina teologia, filosofia, literatura, história e arte.

Fonte: Zenit.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Ele é o Deus de cada um de nós!

Caros irmãos e irmãs, bom dia!

O Evangelho deste domingo nos apresenta Jesus com os saduceus, que negavam a ressurreição. E é justamente sobre este tema que eles fazem uma pergunta a Jesus, para coloca-lo em dificuldade e ridicularizar a fé na ressurreição dos mortos. Partem de um caso imaginário: “Uma mulher teve sete maridos, mortos um depois do outro”, e perguntam a Jesus: “De quem será esposa esta mulher depois da sua morte?”. Jesus, sempre humilde e paciente, primeiramente responde que a vida depois da morte não tem os mesmos parâmetros daquela terrena. A vida eterna é uma outra vida, em uma outra dimensão onde, entre outras coisas, não existirá mais o matrimônio, que está ligado à nossa existência neste mundo. Os ressuscitados – disse Jesus – serão como os anjos, e viverão em um estado diferente, que agora não podemos experimentar e nem sequer imaginar. E assim explica Jesus.
Mas, depois, Jesus, por assim dizer, passa ao contra ataque. E o faz citando a Sagrada Escritura, com uma simplicidade e uma originalidade que nos deixam cheios de admiração pelo nosso Mestre, o único Mestre! A prova da ressurreição, Jesus a encontra no episódio de Moisés e da sarça ardente (cf. Ex 3, 1-6), lá onde Deus se revela como o Deus de Abrão, de Isaac e de Jacó. O nome de Deus está ligado aos nomes dos homens e das mulheres com os quais Ele se liga, e esta ligação é mais forte do que a morte. E nós podemos falar também da relação de Deus conosco, com cada um de nós: Ele é o nosso Deus! Ele é o Deus de cada um de nós! Como se Ele tivesse o nosso nome. Ele gosta de dizer, e esta é a aliança. Eis porque Jesus afirma: “Deus não é dos mortos, mas dos vivos; porque todos vivem por ele” (Lc 20, 38). E esta é a ligação decisiva, a aliança fundamental, a aliança com Jesus: Ele mesmo é a Aliança, Ele mesmo é a Vida e a Ressurreição, porque com o seu amor crucificado venceu a morte. Em Jesus Deus nos dá a vida eterna, a dá a todos, e todos, graças a Ele têm a esperança de uma vida ainda mais verdadeira do que esta. A vida que Deus nos prepara não é um simples embelezamento desta atual: essa supera a nossa imaginação, porque Deus nos surpreende continuamente com o seu amor e com a sua misericórdia.
Portanto, o que acontecerá é justamente o contrário do que esperavam os fariseus. Não é esta vida que é referência para a vida eterna, para a outra vida, aquela que nos espera, mas é a eternidade – aquela vida – que ilumina e dá esperança à vida eterna de cada um de nós! Se olhamos somente com olhos humanos, somos levados a dizer que o caminho do homem vai da vida à morte. Isso se vê! Mas somente é assim se o olhamos com olhos humanos. Jesus muda esta perspectiva e afirma que a nossa peregrinação vai da morte à vida: a vida plena! Nós estamos em caminho, em peregrinação em direção à vida plena, e aquela vida plena é aquela que nos ilumina no nosso caminho! Portanto, a morte está atrás, nas costas, não diante de nós. Diante de nós está o Deus dos vivos, o Deus da aliança, o Deus que traz o meu nome, o nosso nome, como Ele disse: “eu sou o Deus com o meu nome, com o teu nome, com o teu nome..., com o nosso nome. Deus dos vivos!... Eis a derrota definitiva do pecado e da morte, o começo de um novo tempo de alegria e de luz sem fim. Mas já nessa terra, na oração, nos Sacramentos, na fraternidade, nós encontramos Jesus e o seu amor, e assim podemos degustar algo da vida ressuscitada. A experiência que fazemos do seu amor e da sua fidelidade acende como um fogo no nosso coração e aumenta a nossa fé na ressurreição. De fato, se Deus é fiel e ama, não pode sê-lo por tempo limitado: a fidelidade é eterna, não pode mudar. O amor de Deus é eterno, não pode mudar! Não é ao mesmo tempo limitado: é para sempre! É para seguir adianta! Ele é fiel para sempre e Ele nos espera, cada um de nós, acompanha a cada um de nós com esta fidelidade eterna.

Fonte: Zenit

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Creio na ressurreição da carne

Estamos para terminar o Ano da Fé, convocado por Bento XVI e confirmado pelo Papa Francisco, no qual foram assumidas muitas iniciativas em vista de um aprofundamento das verdades que sustentam a vida cristã. Muitas pessoas aprenderam de novo a profissão de fé chamada “niceno-constantinopolitana” que, ao lado do “Símbolo dos Apóstolos” expressa, de forma resumida e precisa, o que nós cristãos acreditamos.
A fé é dom recebido e oferecido, a modo de testemunho e anúncio, a todas as gerações da humanidade, a partir do acontecimento que é Nosso Senhor Jesus Cristo, reconhecido por todos os cristãos como Senhor e Salvador. Sabemos que o Espírito Santo espalha sementes do Verbo de Deus em todos os recantos da humanidade, fazendo com que o anseio pela verdade se encontre no coração dos homens e mulheres de todos os tempos. Entretanto, seríamos os cristãos dignos de dó se não existisse a convicção profunda a respeito do que acreditamos. É inclusive condição indispensável para dialogar com quem pensa diferente de nós o conhecimento e a certeza da fé, com a qual nos dignificamos e somos valorizados. Não oferecemos a fé cristã numa espécie de supermercado de ofertas consideradas “iguaizinhas”, mas a professamos com dignidade, dando testemunho, vivendo com coerência e oferecendo aos outros o anúncio da Boa Nova do Evangelho.
Desde o Antigo Testamento e passando por toda a história da Igreja, há homens e mulheres cuja coerência nos edifica e sustenta: “Com tamanha nuvem de testemunhas em torno de nós, deixemos de lado tudo o que nos atrapalha e o pecado que nos envolve. Corramos com perseverança na competição que nos é proposta, com os olhos fixos em Jesus, que vai à frente da nossa fé e a leva à perfeição”(Hb 12,1-2). A conhecida saga dos Macabeus, em tempo de perseguição acirrada, é um dos significativos exemplos. Assim descreve a Escritura: “Sobremaneira admirável e digna de abençoada memória foi a mãe, a qual, vendo morrer seus sete filhos no espaço de um dia, soube portar-se animosamente por causa da esperança que tinha no Senhor. A cada um deles exortava na língua dos seus antepassados, cheia de coragem e animando com força viril a sua ternura feminina. E dizia-lhes: ‘Não sei como viestes a aparecer no meu ventre, nem fui eu quem vos deu o espírito e a vida. Também não fui eu quem deu forma aos membros de cada um de vós. Por isso, o Criador do mundo, que formou o ser humano no seu nascimento e dá origem a todas as coisas, ele, na sua misericórdia, vos restituirá o espírito e a vida. E isto porque, agora, vos sacrificais a vós mesmos, por amor às suas leis’” (Cf. 2 Mac 7, 1-14). E os filhos, quase como em refrão, proclamavam a certeza da ressurreição para a vida eterna, que é dada por Deus!
Jesus, numa discussão com os saduceus, acentua a verdade da Ressurreição dos mortos e a certeza de que Deus é Deus dos vivos (Lc 20, 27-38). E chegamos a um dos pontos cruciais de nossa fé cristã, diante de convicções tantas vezes diferentes com as quais convivemos no dia a dia, a fé na ressurreição dos mortos e na vida eterna. Reafirme-se o respeito às pessoas que pensam de outra forma, mas não é possível, para nós cristãos, omitirmos as razões de nossa esperança.
Acreditamos em Deus, que nos dá uma vida só, a ser entregue em suas mãos, quando terminar o curso de nossa aventura terrena, pois “está determinado que os homens morram uma só vez, e depois vem o julgamento” (Hb 9, 27). Quem nos salva e nos introduz na vida eterna não são eventuais e sucessivos retornos a esta terra, mas os méritos de Jesus Cristo, Senhor, Salvador e Redentor. Diante dele, cada pessoa se torna responsável pelos seus atos, abrindo-se ao seu amor misericordioso, para poder proclamar com toda certeza: “Pois eu sei que meu redentor está vivo e que, no fim, se levantará sobre o pó; e, depois que tiverem arrancado esta minha pele, em minha carne, verei a Deus. Eu mesmo o verei, meus olhos o contemplarão, e não a um estranho” (Jó 19, 25-27).
Consequência de nossa fé na ressurreição da carne será uma grande responsabilidade do cristão diante da vida e pelos seus próprios atos. Não é possível jogar nas mãos dos outros a própria existência. Seremos, sim, irmãos e irmãs, solidários uns com os outros, mas chegará o momento de nossa páscoa pessoal em que, como uma pessoa sozinha no deserto, nua diante do Senhor, encontraremos, na maravilhosa experiência do amor misericordioso, fogo que purga como ao ouro e à prata no cadinho, a verdade definitiva, que se chama salvação eterna! Poderemos dizer nosso sim definitivo a Deus, consequência de nossas escolhas cotidianas.
Homens e mulheres que assim acreditam se tornam semeadores de esperança. Não proclamam condenação diante de quem quer que seja, mas anunciam perdão e vida. Em nome de tais certezas, vão em busca de todos. Recolhem em cada recanto do mundo as pessoas que sofrem, fazendo brilhar diante delas o amor que abre novas estradas. Acreditar na ressurreição da carne faz ainda valorizar a própria vida, a saúde do corpo que é feito templo do Espírito Santo. E diante da vida dos outros, trata-se de admirar o verdadeiro santuário em que Deus quer habitar.
Quem assim acredita acolhe exigências fortes e salutares, como as que se encontram no Livro da Sabedoria (Sb 1, 12-15): “Não procureis a morte com uma vida desregrada, e não provoqueis a ruína com as obras de vossas mãos. Pois Deus não fez a morte, nem se alegra com a perdição dos vivos. Ele criou todas as coisas para existirem, e as criaturas do orbe terrestre são saudáveis: nelas não há nenhum veneno mortal, e não é o mundo dos mortos que reina sobre a terra, pois a justiça é imortal”.
Quem assim professa a fé supera o círculo vicioso de certo eterno retorno! Sim, Deus pode ser e é original. A prova está em cada um de nós! Um dito jocoso afirma com verdade que Deus “jogou a forma fora” quando criou cada homem e cada mulher. E de surpresa em surpresa descobriremos a maravilha que é cada pessoa, destinada à felicidade eterna, pois ele não fez ninguém para a perdição. Todos, sem exceção, são candidatos à felicidade nesta terra e na eternidade, o que não nos permite passar em vão perto das pessoas, mas olhar ao nosso redor para oferecer o que estiver ao nosso alcance, em vista da realização, dignidade e salvação, a partir dos mais pobres e dos pequenos.
Quem assim acredita na vida eterna e na ressurreição da carne encontra desde já o sentido e o rumo de sua existência! Amém!

Fonte: Zenit.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Não há amor verdadeiro se não se anuncia Cristo



Ao apresentar o encontro internacional “Testemunhar a fé por meio da caridade”, o cardeal Angelo Bagnasco, presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), discorreu sobre alguns dos mais importantes fundamentos do cristianismo.

O congresso, que termina nesta quarta-feira, 6 de novembro, em Trieste, é promovido pelo Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) e pelo Conselho Pontifício Cor Unum.
A fé, disse Bagnasco, "é um dom de Deus" que o homem pode aceitar ou não, mas que sempre "se origina do chamado divino e nunca da iniciativa humana". Os homens de hoje, no entanto, "nem sempre captam essa ordem e a invertem, pensando que Deus é um objeto da sua escolha. Mas Deus não concorda em ser um elemento entre outros na vida do homem: se fosse, ele ficaria reduzido a um objeto ou a um ídolo".
A fé sozinha, porém, é insuficiente: ela precisa das obras (cf. Tg 2,26), que são a máxima expressão do amor. "Aquele que não dá fruto na caridade mostra que não acolheu na fé o Cristo, que transforma o homem e faz dele uma nova criatura (cf. 2 Cor 5,17)".
A caridade, não menos do que a fé, tem "caráter responsorial" e se baseia na "livre adesão" do homem ao amor de Deus, cuja expressão máxima é Cristo.
Verdade e caridade, por sua vez, não podem ser mutuamente excludentes: a primeira, sozinha, leva a uma "religiosidade feita de culto, mas não de justiça; feita de dedicação a Deus com as palavras, mas não com o coração; de sacrifícios oferecidos por quem se esqueceu da misericórdia (Os 6,6)".
Por outro lado, a caridade sem a verdade dissemina o relativismo, que esvazia a fé e a leva à "privatização", além de "aviltar a caridade mesma, reduzindo-a a puro sentimentalismo".
A caridade é autêntica e completa somente quando é "plena expressão da fé" e não "mera filantropia": ela deve ser "um sinal do amor recebido de Deus".
Como os milagres de Jesus e dos Apóstolos, "os gestos de caridade dos fiéis não esgotam o seu significado na solidariedade humana que transmitem, mas são sinais, segundo a expressão usada por João Evangelista, porque apontam para realidades mais elevadas e representam um apelo à fé".
O trabalho da caridade, portanto, deve sempre vir acompanhado de uma "forte capacidade evangelizadora", e se fundamenta em "levar o Cristo para aqueles que são socorridos". A fé nos leva a "lançar as redes para a pesca, as redes da Palavra e da caridade; não a fim de ampliar as fileiras da Igreja com intenções proselitistas, mas para trazer o máximo de pessoas ao reino de Cristo", disse Bagnasco.
O serviço da caridade é uma "dimensão constitutiva" e uma "expressão irrenunciável" da missão da Igreja, que, através do amor recíproco dos seus discípulos, "manifesta a sua natureza mais íntima".

Fonte: Zenit.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

"A Igreja não é a Igreja somente para as pessoas boas"

A essência do cristianismo é um convite para a festa. Foi o que afirmou o Papa Francisco na Missa desta manhã, na Casa Santa Marta. O Papa reiterou que a Igreja “não é somente para as pessoas boas”, o convite a fazer parte dela é para todos. E acrescentou, que na festa do Senhor, “participa-se plenamente” e com todos, não se pode fazer seleção. “Que os cristãos – advertiu – não se contentem em estar na lista de convidados”, pois seria “como estar fora da festa”.

“As leituras do dia – disse o Papa no início da homilia – nos mostram a carta de identidade do cristão”, sublinhando a seguir que “antes de tudo, a essência cristã é um convite: somente nos tornamos cristãos se somos convidados”. Trata-se, portanto, de “um convite gratuito” para participar, “que vem de Deus”. Para entrar nesta festa, “não se pode pagar: ou és convidado ou não podes entrar”. Se “na nossa consciência não temos esta certeza de sermos convidados”, então “não entendemos o que é um cristão”:
“Um cristão é alguém que é convidado. Convidado para que? Para um negócio? Convidado para fazer um passeio? O Senhor quer nos dizer algo a mais: ‘Tu és convidado para a festa!’. O cristão é aquele que é convidado à festa, à alegria, à alegria de ser salvo, à alegria de ser redimido, à alegria de participar da vida com Jesus. Isto é uma alegria! Tu és convidado para a festa! Se entende, uma festa é um encontro de pessoas que falam, riem, festejam, são felizes. Mas é um encontro de pessoas. Entre as pessoas normais, mentalmente normais, nunca vi alguém que faça festa sozinho, não é mesmo? Isto seria um pouco aborrecido! Abrir a garrafa de vinho... Isto não é uma festa, é uma outra coisa. Festeja-se com os outros, festeja-se em família, festeja-se com os amigos, festeja-se com as pessoas que são convidadas, como fui convidado. Para ser cristão é necessário uma pertença e se pertence a este Corpo, a esta gente que foi convidada para a festa: esta é a pertença cristã”.
Referindo-se à Carta aos Romanos, o Papa afirmou que esta festa é “uma festa de unidade”. E evidenciou que todos são convidados, “bons e maus”. E os primeiros a serem chamados são os marginalizados:
“A Igreja não é a Igreja somente para as pessoas boas. Quem pertence à Igreja, a esta festa? Os pecadores, todos nós pecadores somos convidados. E aqui o que se faz? Se faz uma comunidade que tem dons diversos: um tem o dom da profecia, o outro o ministério, um é professor... Todos têm uma qualidade, uma virtude. Mas a festa se faz levando isto que tenho em comum com todos...à festa se participa, se participa plenamente. Não se pode entender a essência cristã sem esta participação. É uma participação de todos nós. ‘Eu vou à festa mas vou ficar apenas na primeira sala, porque eu tenho que estar somente com três ou quatro que eu conheço e os outros ...". Isso não se pode fazer na Igreja! Ou tu entras com todos ou você fica de fora! Você não pode fazer uma seleção, a Igreja é para todos, começando por estes que eu falei, os mais marginalizados. É a Igreja de todos! "
É a “Igreja dos convidados” – acrescentou: “Ser convidado, ser participante de uma comunidade com todos”. Mas – observou o Papa – na parábola narrada por Jesus lemos que os convidados, um após outro, começam a encontrar desculpas para não ir à festa: “Não aceitam o convite! Dizem sim, mas fazem não”. Estes “são os cristãos que somente se contentam em estar na lista dos convidados: cristãos elencados”. Mas – advertiu Francisco – isto “não é o suficiente” porque se não se entra na festa não se é cristão. “Tu estarás na lista, mas isto não serve para a tua salvação! Esta é a Igreja: entrar na Igreja é uma graça; entrar na Igreja é um convite”. “E este direito não se pode comprar”, advertiu.
“Entrar na Igreja – reiterou - é fazer comunidade, comunidade da Igreja; entrar na Igreja é participar com tudo o que nós temos de virtudes, das qualidades que o Senhor nos deu, no serviço de uns pelos outros. E ainda: “Entrar na Igreja significa estar disponível àquilo que o Senhor Jesus nos pede”. “Entrar na Igreja é fazer parte deste Povo de Deus, que caminha para a Eternidade”. “Ninguém é protagonista na Igreja – observou - mas temos um protagonista que fez tudo. Deus é o protagonista!”. Todos nós O seguimos e quem não O segue, é alguém que se desculpa” e não vai à festa:
“O Senhor é muito generoso. O Senhor abre todas as portas e também entende aquele que Lhe diz: ‘Não, Senhor, não quero ir contigo!’. Entende e o espera, porque é misericordioso. Mas ao Senhor não agrada aquele homem que diz ‘sim’ e faz ‘não’; que finge agradecer-lhe por tantas coisas bonitas, mas em verdade segue seu próprio caminho; que tem boas maneiras, mas faz a própria vontade e não a do Senhor: estes que sempre se desculpam, que não conhecem a alegria, que não experimentam a alegria do pertencer. Peçamos ao Senhor esta graça: de entender bem quão belo é ser convidado para a festa, quão belo é estar com todos e partilhar com todos as próprias qualidades, quão belo é estar com Ele e que ruim é jogar entre o “sim” e o “não”, de dizer “sim” mas contentar-me somente em fazer parte da lista dos cristãos”.


(Fonte: Red.Rádio Vaticano/ Red.ZENIT T.S.)

 

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Papa Francisco preside a celebração eucarística em sufrágio dos cardeais e bispos falecidos



Papa Francisco preside a celebração eucarística em sufrágio dos cardeais e bispos falecidos . ACelebração foi às 11h30 desta manhã, no Altar da Cátedra da Basílica de São Pedro


Publicamos a seguir a homilia do papa Francisco na Santa Missa de hoje:
No clima espiritual do mês de novembro, marcado pela memória dos fiéis defuntos, recordamos os nossos irmãos cardeais e bispos de todo o mundo que voltaram para a casa do Pai ao longo deste ano. Enquanto oferecemos por cada um deles esta Eucaristia, peçamos a nosso Senhor que lhes conceda a recompensa celestial prometida aos servos bons e fiéis.
Ouvimos as palavras de São Paulo: "Eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rm 8, 38-39) .
O apóstolo fala do amor de Deus como o motivo mais profundo e invencível da confiança e da esperança cristã. Ele enumera as forças opostas e misteriosas que podem ameaçar o caminho da fé. Mas logo afirma que, mesmo se toda a nossa existência é cercada por ameaças, nada vai nos separar do amor que Cristo mesmo mereceu por nós, doando-se completamente. Mesmo os poderes demoníacos hostis ao homem se detêm impotentes diante da íntima união de amor entre Jesus e aquele que o acolhe com fé. Essa realidade do amor fiel que Deus tem por cada um de nós nos ajuda a trilhar com serenidade e força o caminho de cada dia, que, às vezes, é expedito, mas outras vezes é lento e cansativo.
Só o pecado do homem pode romper esse vínculo; mas, mesmo nesse caso, Deus vai sempre atrás dele para restabelecer a união que dura inclusive depois da morte; uma união que, no encontro definitivo com o Pai, atinge o seu ápice. Esta certeza dá um significado novo e pleno à vida terrena e nos abre à esperança para a vida além da morte.
Toda vez que somos confrontados com a morte de um ente querido ou de alguém que conhecíamos bem, surge em nós a pergunta: "O que será feito da sua vida, do seu trabalho, do seu serviço à Igreja?". O Livro da Sabedoria nos diz que eles estão nas mãos de Deus! A mão é um sinal de acolhimento e de proteção, é um sinal de uma relação pessoal de respeito e de lealdade: dar a mão, apertar a mão. Esses pastores zelosos, que dedicaram as suas vidas ao serviço de Deus e do próximo, estão nas mãos de Deus, todos eles estão bem guardados, e não serão corroídos pela morte. Estão nas mãos de Deus todos os seus dias, entrelaçados de alegrias e sofrimentos, esperanças e fadigas, fidelidade ao Evangelho e paixão pela salvação espiritual e material do rebanho que lhes foi confiado.
Mesmo os pecados, os nossos pecados, estão nas mãos de Deus: essas mãos são mãos misericordiosas, "feridas" de amor. Não foi por acaso que Jesus quis preservar as feridas em suas mãos para nos fazer sentir a sua misericórdia. E esta é a nossa força, a nossa esperança.
Esta realidade, cheia de esperança, é a perspectiva da ressurreição final, da vida eterna, à qual se destinam "os justos", aqueles que aceitam a Palavra de Deus e são obedientes ao Seu Espírito.
Queremos lembrar assim os nossos irmãos cardeais e bispos falecidos. Homens dedicados à sua vocação e ao seu serviço à Igreja, a Igreja que amavam como se ama uma esposa. Na oração, vamos confiá-los à misericórdia do Senhor, pela intercessão de Nossa Senhora e de São José, para que Deus os receba em seu reino de luz e de paz, onde vivem eternamente os justos e aqueles que foram fiéis testemunhas do Evangelho. Nesta mesma oração, rezemos também por nós, para que o Senhor nos prepare para aquele encontro. Nós não sabemos a data, mas o encontro acontecerá.

Fonte: Zenit.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Os santos não são "super-homens" e ser santo não é "privilégio de poucos"



Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

a festa de Todos os Santos, que hoje celebramos , nos lembra que o objetivo da nossa existência não é a morte, é o Paraíso! Isto foi escrito pelo apóstolo João: "O que seremos ainda não se manifestou. Sabemos que por ocasião desta manifestação seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é” (1 Jo 3, 2). Os santos, os amigos de Deus, nos garantem que esta promessa não decepciona. Em sua existência terrena, de fato, viveram em profunda comunhão com Deus. No rosto dos irmãos menores e desprezados viram o rosto de Deus, e agora o contemplam face a face na sua beleza gloriosa.
Os santos não são super-homens, nem nasceram perfeitos. São como nós, como cada um de nós, são pessoas que antes de chegar à glória viveram uma vida normal, com alegrias e tristezas, lutas e esperanças. Mas o que foi que mudou as suas vidas? Quando conheceram o amor de Deus, seguiram-no com todo o coração, sem condições e hipocrisias; consumiram as suas vidas no serviço dos outros, suportaram sofrimentos e adversidades sem odiar e respondendo o mal com o bem, difundindo alegria e paz. Esta é a vida dos Santos: pessoas que por amor a Deus não lhe colocaram restrições nas próprias vidas; não foram hipócritas; gastaram as suas vidas no serviço dos outros para servir o próximo; sofreram muitas dificuldades, mas sem odiar. Os Santos nunca odiaram. Compreendam bem isso: o amor é de Deus, mas o ódio vem de quem? O ódio não vem de Deus, mas do diabo! E os santos se afastaram do diabo; Os Santos são homens e mulheres que têm a alegria no coração e a transmitem aos outros. Nunca odiar, mas servir os outros, os mais necessitados; orar e viver na alegria; esse é o caminho da santidade!
Ser santos não é um privilégio de poucos, como se alguém tivesse recebido uma grande herança; todos nós no Batismo temos a herança de poder tornar-nos santos. A santidade é uma vocação de todos. Todos, portanto, somos chamados a percorrer o caminho da santidade, e este caminho tem um nome, um rosto: o rosto de Jesus Cristo. Ele nos ensina a sermos santos. Ele nos mostra o caminho do Evangelho: o das Bem-aventuranças (cf. Mt 5, 1-12). O Reino dos Céus, na verdade, é para aqueles que não depositam sua confiança nas coisas, mas no amor de Deus; para aqueles que têm um coração simples, humilde, não presumem que são justos e não julgam os outros, aqueles que sabem sofrer com quem sofre e alegrar-se com quem se alegra, não são violentos mas misericordiosos e buscam ser artífices de reconciliação e de paz. O Santo, a Santa é artífice de reconciliação e de paz; sempre ajuda as pessoas a se reconciliarem e sempre contribui para que haja a paz. E assim, a santidade é bela; é um belo caminho!
Hoje, nesta festa, os santos nos dão uma mensagem. Nos dizem: confiem no Senhor, porque o Senhor não decepciona! Nunca decepciona, é sempre um bom amigo ao nosso lado. Com o seu testemunho os Santos nos encorajam a não termos medo de nadar contra a corrente ou de sermos mal interpretados e ridicularizados quando falamos Dele e do Evangelho; nos mostram com as suas vidas que aqueles que permanecem fieis a Deus e à sua Palavra experimenta já nessa terra o conforto do seu amor e depois “cem vezes mais” na eternidade. Isso é o que esperamos e pedimos ao Senhor pelos nossos irmãos e irmãs defuntas. Com sabedoria a Igreja colocou muito próximas a festa de Todos os Santos e a Comemoração de todos os fieis defuntos. À nossa oração de louvor a Deus e de veneração aos espíritos bem aventurados une-se à oração de sufrágio por todos aqueles que nos precederam na passagem desse mundo à vida eterna.
Confiemos a nossa oração à intercessão de Maria, Rainha de todos os Santos.
[Depois do Angelus]
Queridos irmãos e irmãs,
Saúdo todos vós com afeto, especialmente as famílias, os grupos paroquiais e as associações.
Uma calorosa saudação vai para todos os que participaram esta manhã na Corrida dos Santos, organizada pela Fundação "Dom Bosco no mundo". São Paulo diria que toda a vida do cristão é uma “corrida” para conquistar o prêmio da santidade: vocês nos dão um bom exemplo! Obrigado por esta corrida!
Esta tarde irei ao cemitério do Verano e celebrarei a Santa Missa lá. Estarei unido espiritualmente a todos aqueles que visitam nesses dias os cemitérios, onde dormem aqueles que nos precederam no sinal da fé e esperam o dia da ressurreição. Especialmente, rezarei pelas vítimas da violência, especialmente pelos cristãos que perderam a vida por causa das perseguições. Rezarei também de modo especial por todos, irmãos e irmãs nossos, homens, mulheres e crianças que foram mortos por causa da sede, da fome e do cansaço na luta para chegar a uma condição de vida melhor. Nestes dias temos visto nos jornais aquelas imagens cruéis do deserto: façamos todos, em silêncio, uma oração por estes irmãos e irmãs nossos.

Desejo a todos uma boa festa de Todos os Santos. Até mais e bom almoço!

Traduzido do original italiano por Thácio Siqueira - Fonte: Zenit.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Novos decretos da Congregação das Causas dos Santos


 
Nesta quinta-feira (31), o Santo Padre Francisco recebeu em audiência privada o Em. Cardeal Angelo Amato SDB, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos. Durante o encontro, o Santo Padre autorizou a promulgação dos seguinte decreto:

As virtudes heróicas da Serva de Deus Celestina Bottego, fundadora da Sociedade Missionária de Maria conhecida como Missionárias Xaverianas. Nasceu em Glendale (Ohio, EUA) dia 20 de dezembro de 1895, e morreu em San Lazzaro di Parma (Itália) em 20 de agosto de 1980.

Que do céu e possa rogar a Deus por nós.