segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Cristãos paquistaneses mortos em violentos ataques

Continuam os problemas para uma minoria perseguida

Por Pe. John Flynn, LC

Para muitos na Europa e na América do Norte, as últimas semanas têm sido tempo de férias e descanso. Para os cristãos no Paquistão, no entanto, tem sido um tempo de renovada violência e morte.
No dia 30 de julho, uma multidão composta por membros de uma banida organização extremista muçulmana, Sipah-e-Sahaba, começou a incendiar casas de cristãos na cidade de Gojra. O ataque se seguiu às alegações de que um Alcorão tinha sido profanado.
Cerca de 40 casas pertencentes a cristãos foram queimadas; seis cristãos foram mortos presos dentro de uma delas.
''Os conflitos religiosos são assustadores, onde religiosos islâmicos fanáticos assumiram a lei em suas próprias mãos”, comentou Mehdi Hassan, vice-chefe da Comissão de Direitos Humanos do Paquistão, em comunicado citado por Associated Press.
Segundo um relatório publicado a 31 de julho por uma agência de notícias católica asiática, UCAN, a violência atingiu a aldeia de Korian no dia 30 de julho. Korian era o lar de cerca de 100 famílias cristãs, a maioria delas trabalhadores.
O informe de UCAN eleva o número de casas destruídas em Korian a 60 e também destaca que dois templos, pertencentes à Igreja do Paquistão e da Igreja Nova Apostólica, foram destruídos.
Políticos cristãos e sacerdotes católicos condenaram os ataques e exigiram investigações. Um grupo de sete padres católicos visitou o local, informou UCAN. "Não podemos deixar de chorar ao ver o rastro de destruição deixado para trás”, afirmou o pe. Aftab Paul James, diretor da comissão da diocese de Faisalabad para o diálogo inter-religioso.
Mensagem do Papa
Bento XVI enviou um telegrama para a Igreja no Paquistão após o episódio, informou Rádio Vaticano a 4 de agosto. A informação vaticana elevava a oito o número de mortos. Ao enviar suas condolências, o Papa pediu aos bispos que respaldem a comunidade diocesana e os cristãos no Paquistão.
O pontífice pediu que os cristãos não cessem em seus esforços de ajuda a construir uma sociedade que, com sentido profundo de confiança nos valores religiosos e humanos, esteja marcada pelo respeito mútuo entre todos os seus membros.
Em uma reportagem de 3 de agosto, o New York Times dava mais detalhes sobre os assassinatos. Morreram sete membros da família Hameed, seis queimados vivos, e um golpeado pela multidão. Quando queimava uma casa, a multidão que estava fora ameaçou a família com a morte, caso tentasse sair.
Segundo o New York Times, foram incendiadas e saqueadas mais de 100 casas de cristãos em um período de oito horas.
O artigo também chamava a atenção sobre a discriminação contra os cristãos no Paquistão. Com poucas exceções, a maioria deles está relegada às tarefas mais simples. Outro problema é a lei contra a blasfêmia, que se usa frequentemente para provocar o ódio contra os cristãos.
“A lei contra a blasfêmia está-se usando para aterrorizar as minorias no Paquistão”, afirmava Shahbaz Bhatti, ministro para as minorias do Paquistão, em uma entrevista em Gojra, informava o New York Times.
Minorias
De fato, os acontecimentos dos meses anteriores à violência em Gojra dão testemunho das palavras do ministro. A 13 de maio, Associated Press informava que estavam aumentando os assaltos violentos contra as minorias religiosas, devido à influência crescente dos talibãs.
O artigo afirmava que em dezenas de entrevistas ao longo do país as minorias falavam dos ataques e ameaças e expressavam seu terrível medo. Segundo CIA World Factbook, as minorias religiosas representam cerca de 5% dos 160 milhões de habitantes do Paquistão.
Um caso ilustrativo foi tema de uma reportagem no dia 6 de maio de uma agência especializada em notícias de perseguição contra cristãos, Compass News Direct. Hector Aleem, um cristão paquistanês, foi acusado de incitar à blasfêmia contra o Islã. Foi-lhe negada fiança para sua própria segurança, depois que um advogado islâmico supostamente ameaçasse sua vida em uma audiência judicial.
“Se o juiz não castiga Aleem segundo a lei, então o mataremos nós mesmos”, afirmou Tariq Dhamal, advogado de um demandante sem nome. Segundo o artigo, inclusive o juiz temeu por sua vida ante os extremistas se não condenasse Aleem.
Reações
Os cristãos paquistaneses reagiram ao último ataque declarando que fechariam suas escolas e colégios ao longo do país durante três dias, segundo informou Associated Press a 3 de agosto.
O artigo também mencionou que Gojra está na região paquistanesa de Faisalabad, que tem colégios islâmicos de linha dura. O grupo Sipah-e-Sahaba, que se declarou responsável pela violência, tem um grupo afiliado, Lashkar-e-Jhangvi, que está ligado ao Talibã à al-Qaeda, segundo Associated Press.
No entanto, além dos protestos, a Igreja está fazendo esforços para trazer a paz, informava a agência UCAN a 3 de agosto. A Igreja Católica criou um comitê composto por dois bispos, três sacerdotes e vários conselheiros, que estão se reunindo com políticos e clérigos muçulmanos para parar qualquer ulterior violência.
A 6 de agosto, UCAN informava que os bispos católicos do Paquistão estão pedindo ao governo que revogue as leis contra a blasfêmia, afirmando que elas estão sendo mal empregadas e causam problemas para as minorias.
Durante uma coletiva de imprensa de 4 de agosto, no Karachi Press Club, o arcebispo de Karachi, Dom Evarist Pinto, exigiu que o governo abolisse tais leis. Pediu ainda compensação imediata para as vítimas do ataque em Gojra.
Estas leis fazem do insulto ao Alcorão um delito punido até com prisão perpétua, ademais de sentenciar à pena de morte qualquer pessoa condenada por insultar o profeta Maomé, segundo UCAN.
A 10 de agosto, UCAN informava que uma das missas após o episódio em Gojra aconteceu na igreja do Sagrado Coração da localidade. Durante a missa, o bispo de Faisalabad, Dom John Samuel, comentava: “Ainda que acreditemos que os que morrem por sua fé vão ao céu, há quem assassina outros pela mesma promessa do céu”.
“Só a Palavra de Deus pode trazer consolo a nossos doloridos corações”, acrescentou. UCAN também informou que, segundo fontes da Igreja, as agressões causaram 10 mortos, incluindo três crianças e três mulheres. A polícia prendeu 80 muçulmanos por estes ataques e estabeleceu uma unidade de polícia em Gojra.
Novo modelo
A 13 de agosto, L’Osservatore Romano publicava uma entrevista com o núncio da Santa Sé no Paquistão, o arcebispo Adolfo Tito Yllana. O núncio advogou por um novo modelo cultural no Paquistão. Não é apenas uma questão de mudança na lei, afirmou, ainda que criticou a lei contra a blasfêmia. No âmbito mais profundo, há necessidade de um diálogo que transforme a sociedade conduzindo-a à reconciliação a à paz, explicou.
O representante vaticano também apontava que no Paquistão não só se perseguem os cristãos. Outras minorias, como os sijs, também estão sofrendo violência ou discriminação.
Este diálogo não é apenas tarefa dos líderes religiosos, acrescentava o núncio, mas deve implicar também toda população se quiser uma transformação da sociedade. O diálogo deve levar a uma mudança de mentalidade, para que haja uma cultura de tolerância, comentava.
Não se trata de impulsos violentos ocasionais como as matanças em Gojra, acrescentava o núncio. Há muitos episódios de intolerância nas aldeias e nas cidades do Paquistão, mas a mídia não denuncia.
Precisamos ajudar os muçulmanos a mudar sua percepção dos cristãos, concluía o núncio. Uma meta que será certamente difícil de alcançar dada a atual situação no Paquistão.

Fonte: Zenit.
Intenções para o mês de setembro

Bento XVI pede orações durante este mês de setembro pelos cristãos de Laos, Camboja e Mianmar, e para que a Palavra de Deus seja mais conhecida e vivida. Assim expõe nas intenções do Apostolado da Oração, iniciativa seguida por 50 milhões de pessoas dos cinco continentes, para o mês que se inicia.
O Papa apresenta duas intenções de oração, uma geral e outra missionária. A primeira diz: “Para que a Palavra de Deus seja mais conhecida, aceita e vivida como fonte de liberdade e alegria”.
A intenção missionária do Apostolado da Oração do Papa para o mês de setembro é: “Para que os cristãos em Laos, Camboja e Mianmar, que com frequência encontram grandes dificuldades, não desanimem de anunciar o Evangelho a seus irmãos, confiando na força do Espírito Santo”.

Fonte: Zenit.

Papa pede orações pelos cristãos de Laos, Camboja e Mianmar

Intenções para o mês de setembro

Bento XVI pede orações durante este mês de setembro pelos cristãos de Laos, Camboja e Mianmar, e para que a Palavra de Deus seja mais conhecida e vivida. Assim expõe nas intenções do Apostolado da Oração, iniciativa seguida por 50 milhões de pessoas dos cinco continentes, para o mês que se inicia.
O Papa apresenta duas intenções de oração, uma geral e outra missionária. A primeira diz: “Para que a Palavra de Deus seja mais conhecida, aceita e vivida como fonte de liberdade e alegria”.
A intenção missionária do Apostolado da Oração do Papa para o mês de setembro é: “Para que os cristãos em Laos, Camboja e Mianmar, que com frequência encontram grandes dificuldades, não desanimem de anunciar o Evangelho a seus irmãos, confiando na força do Espírito Santo”.

Fonte: Zenit.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Bispos argentinos convidam a renovar estilo evangelizador

Carta pastoral por ocasião da Missão Continental

Por Nieves San Martín

Os bispos argentinos divulgaram uma carta pastoral por ocasião da Missão Continental, na qual sublinham a necessidade de “renovar nosso estilo evangelizador”. Nela, recordam que “o acontecimento de Aparecida foi para a Igreja um convite a renovar nosso ardor apostólico e nosso fervor. Cada um de nós sabe o que é ‘evangelizar’ e o que implica esta vocação na Igreja”.
“Mas é verdade – acrescentam – que sempre há uma novidade na Igreja. E a novidade está dada pelos desafios que o tempo presente nos marca, a época em que estamos vivendo.”
“O que o Espírito nos diz? – perguntam-se os bispos. A necessidade de renovar (tornar novo) nosso estilo evangelizador. Alcançar um renovado estilo missionário.”
“A Igreja na América Latina, renovada no santuário de Aparecida em maio de 2007, vem nos dizer que a novidade está em definir a identidade cristã a partir da única vocação de discípulos e missionários de Jesus Cristo”, afirmam.
“Aparecida deseja que os cristãos descubram que, pelo batismo, temos uma única vocação, discipular e missionária ao mesmo tempo; que o discipulado nos leva à missão e a missão nos modela como discípulos”, acrescentam.
“Este é o grande desafio neste tempo – sublinham: como renovar nossas opções pastorais a partir da perspectiva missionária, transmitindo que existe uma só vocação de discípulos missionários. E este desafio é para as comunidades diocesanas, paroquiais e para todas as áreas e âmbitos pastorais.”
“A Missão proposta por Aparecida não está limitada no tempo, mas pensada de tal forma que tenha continuidade, que seja uma missão permanente. Não se trata de programar uma série de ações, ainda que não descarta isso, mas o começo de algo com projeção indeterminada.”
“Por tal motivo, foi amadurecendo uma acentuação na necessidade de uma ‘conversão pastoral’ e de um estilo missionário em toda atividade pastoral cotidiana. Isto não significa que não sejam feitos gestos missionários concretos, mas fica claro que a Missão Continental não deve se reduzir a eles.”
Portanto, falar de Missão Continental, dizem os bispos, “quer dizer ao mesmo tempo duas coisas: trabalhar em uma ‘conversão pastoral’ que leve a um estado de missão permanente, a partir da pastoral cotidiana, e realizar missões organizadas que encarnem e tornem visível este renovado estilo missionário”.
Os bispos destacam que o começo deste caminho missionário renovado coincide com a proclamação do Ano Sacerdotal, convocado por Bento XVI: “Esta iniciativa já está dando seus frutos de alegre fervor nos sacerdotes, compartilhado plenamente com os fiéis leigos”, afirmam.
“Anunciar integralmente Jesus Cristo em nossos dias exige coragem e espírito profético, conscientes de que a fé deverá gerar modelos culturais alternativos para a sociedade atual”, sublinham.
“Para saber qual deve ser o estilo missionário que devemos implementar – afirmam os bispos –, é preciso partir de uma visão da realidade com espírito de fé e descobrir alguns elementos essenciais. Por exemplo, a questão social, que ‘abrange tanto as situações de exclusão econômica como as vidas humanas que não encontram sentido e já não podem reconhecer a beleza da existência’ (documento “Rumo a um bicentenário de justiça e solidariedade”, 25); ou o ‘crescimento do individualismo e o enfraquecimento dos vínculos pessoais e comunitários’ (HB, 25).”
Em continuidade com o caminho metodológico do seu documento “Rema mar adentro”, os bispos apresentam algumas ações destacadas para este tempo de renovação missionária.
Em primeiro lugar, “alentar um estilo missionário na pastoral orgânica e diocesana, em especial a partir da paróquia”. Além disso, “priorizar uma pastoral missionária a partir da catequese de iniciação”, assim como “promover o compromisso missionário rumo a uma sociedade justa e responsável: pastoral familiar e doutrina social da Igreja”. E por último, “expandir processos missionários permanentes”.
Em conclusão, os bispos argentinos afirmam que “Aparecida provoca uma revisão do estilo evangelizador. Redescobre que a missão (relação com o outro para compartilhar a fé em Cristo) é fundamental na identidade cristã, dando prioridade às atitudes e ao estilo evangelizador”.
Por isso, é necessário um caminho de “conversão pastoral”, procurando transformar a maneira de transmitir o Evangelho, reconhecendo que o Espírito está na origem de todo o caminho da fé.
“Hoje, mais que nunca – afirmam –, espera-se de todo agente evangelizador a consciência desta vocação de discípulos missionários. O vínculo com Jesus na dimensão discipular se torna vínculo missionário com os irmãos para apresentar-lhes o amor e a bondade de Deus.”
Levando em consideração a presença da Igreja e seus ensinamentos na construção da pátria e no horizonte da celebração do seu bicentenário, os bispos se confiam a Nossa Senhora de Luján, para renovar seu compromisso missionário e transmitir o Evangelho de Cristo para que “todos tenham vida nele”.

Fonte: Zenit.

Eleito novo secretário do Conselho Mundial de Igrejas



O teólogo e pastor norueguês Olav Fykse Tveit

O teólogo e pastor norueguês Olav Fykse Tveit, 48 anos, foi eleito secretário geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) nesta quinta-feira pelo comitê central da organização reunido em Genebra de 26 de agosto a 2 de setembro.
Tveit é o sétimo secretário geral da organização ecumênica e o mais jovem desde que Willem A. Visser ‘t Hooft liderou o CMI durante seu processo de formação e após sua assembleia constitutiva há seis décadas.
“Realmente sinto que esta tarefa é um chamado de Deus. Sinto que temos muito que realizar juntos”, disse Tveit em suas palavras de aceitação.
Sublinhou o espírito de unidade que dominou o processo e expressou a esperança de que continuará reinando no caminho em comum. Tveit alentou aos membros do comitê a continuar orando por ele: “Por favor, não parem!”, disse.
Desde 2002, o reverendo Olav Fykse Tveit ocupa o cargo de secretário geral de Ecumenismo e Relações Internacionais do Conselho de Igrejas da Noruega.
Tveit é membro da Comissão de Fé e Constituição do CMI e da mesa de diretores do comitê do Conselho Cristão da Noruega.
Foi previamente Secretário da Comissão sobre Doutrina da Igreja da Noruega (1999-2000), e da Comissão de Relações Igreja Estado (2001-2002). É pastor da Igreja [Luterana] da Noruega e atuou como pároco em Haram, Diocese de Møre, 1988-91 e como capelão militar durante seu ano obrigatório de serviço nacional em 1987-88.
O outro candidato para este posto foi o reverendo Park Seong-won, teólogo presbiterano da Coreia do Sul.
Tveit sucederá o secretário geral, o reverendo Samuel Kobia, que havia informado ao comitê central em fevereiro de 2008 que não aspirava a um segundo mandato no cargo. Kobia foi secretário geral do CMI desde janeiro de 2004.
O CMI agrupa 349 igrejas, denominações e comunidades de igrejas em mais de 110 países e territórios de todo mundo que representam mais de 560 milhões de cristãos, incluídas a maioria das igrejas ortodoxas, grande quantidade de igrejas anglicanas, batistas, luteranas, metodistas e reformadas, assim como muitas igrejas unidas e independentes.
Apesar de que a maioria das igrejas fundadoras do CMI eram europeias e norte-americanas, hoje a maior parte está na África, Ásia, Caribe, América Latina, Oriente Médio e Pacífico.
A Igreja católica não faz parte do CMI, mas colabora com suas instituições, em particular com sua Comissão de Fé e Constituição. Esta colaboração acontece em particular com o Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, há 44 anos.

Fonte: Zenit.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Declaração do encontro da pastoral penitenciária do Cone Sul



"Discípulos Missionários pelo Sonho de Deus”

Os integrantes da Pastoral Penitenciária do Cone Sul, reunidos na cidade de Luque, Paraguai, fizeram pública uma declaração intitulada “Discípulos Missionários pelo Sonho de Deus”, na qual expressam seu sonho: um continente sem prisões.
Depois de cinco dias de estudo e apresentação das mais diversas realidades sobre a situação das prisões no Cone Sul, os representantes da Pastoral Penitenciária dos cinco países do bloco (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile) chegaram à conclusão de que é necessário criar políticas públicas que garantam o bem-estar do preso e seus familiares.
“Nós conseguimos avançar em acordos e parâmetros para a Pastoral Carcerária já que nós que compomos o Cone Sul somos referência para toda América Latina e, com isso, precisamos pensar em coletividade, unir mais as pessoas e fazer que, de alguma forma, pare de se pensar apenas no individual”, comentou o coordenador da Pastoral Penitenciária no Brasil, Pe. Gunther Zgubic.
Um dos compromissos assumidos ao final do encontro é que a Pastoral Penitenciária ajudará ao Departamento de Justiça e Solidariedade do Conselho Episcopal Latino Americano (CELAM) na elaboração de uma guia para os próximos dez anos dentro da Missão Continental permanente. “Isto inclui a introdução de uma nova visão em toda a justiça penal”, disse Zgubic.
Um dos compromissos assumidos ao final do encontro é que a Pastoral Penitenciária ajudará o Departamento de Justiça e Solidariedade do Conselho Episcopal Latino Americano (CELAM) na elaboração de um guia para os próximos dez anos dentro da Missão Continental permanente. “Isto inclui a introdução de uma nova visão em toda a justiça penal”, disse Zgubic.
Os integrantes reconhecem – informa a ZENIT a Pastoral Penitenciária do Cone Sul –, aludindo ao título de sua declaração, que seu sonho não é fácil, “que primeiro deve dar-se com profundidade uma mudança do modelo social em nossos países de tal modo que não haja excluídos nem irmãos considerados descartáveis com os quais se enchem hoje as prisões”.
Durante os dias de encontro contaram com a presença do sacerdote Enrique Quiroga Civera, secretário executivo do Departamento de Justiça e Solidariedade do Conselho Episcopal Latino Americano (CELAM).
Iniciou-se com o III Encontro Regional de Juristas Católicos (JUCALAeC), sob o lema “Ser discípulo-missionário-profissional a partir do Documento de Aparecida”. Os advogados dos cinco países do Cone Sul, acompanhados por outros profissionais, refletiram sobre o compromisso do discípulo missionário profissional no mundo da prisão.
“Sozinhos é impossível – reconhecem na declaração assinada em 23 de agosto –, mas unidos e com a graça de Deus toda utopia pode ser concretizada, por isso não vamos desistir, vamos trabalhar com alegria e valentia, com audácia e criatividade na missão de viver o Evangelho no mundo da prisão”.
Concluem pedindo “a intercessão de Maria, Nossa Senhora da Assunção, que nos educa em um estilo de vida compartilhado e solidário, em atenção e acolhida dos mais pobres entre os pobres, nossos irmãos prisioneiros. (Cfr. Aparecida 272)”.

Fonte: Zenit.

Bispos pedem aos jovens que avaliem a Segunda Guerra Mundial com justiça



Mensagem dos bispos poloneses e alemães nos 70 anos de seu início

Os bispos da Alemanha e Polônia destacaram a necessidade de “que as novas gerações adquiram e conservem uma justa avaliação da Segunda Guerra Mundial”, em um comunicado conjunto publicado nesta terça-feira por ocasião do 70º aniversário do início da guerra.
“Não só temos necessidade de um honesto balanço das atrocidades do passado, mas também de renunciar aos estereótipos que dificultam ainda mais uma correta compreensão deste tempo e podem abalar a confiança, construída apesar das dificuldades”, assinalam.
Em setembro de 1939, as forças armadas da Alemanha invadiam a Polônia dando início à Segunda Guerra Mundial.
Agora, os bispos de ambos países afirmam conjuntamente que “é necessário cuidar verdadeiramente da paz e da formação de homens livres do ódio”.
“Algumas tendências na sociedade ou na política revelam a tentação de um uso propagandístico das feridas infligidas para reavivar os ressentimentos alimentados por uma interpretação facciosa da história”, adverte a mensagem.
“A Igreja tenta por isso pronunciar-se contra essa eliminação da verdade histórica convidando a um diálogo intenso, sempre ligado à capacidade de escutar as razões da outra parte”, continua.
A declaração reconhece que “algumas feridas ainda não foram fechadas” e recorda “as milhões de vítimas perseguidas e sacrificadas por causa da ideologia nazista, de sua procedência ou fé”, entre elas judeus, ciganos, deficientes mentais e a elite dos povos da Europa Central e Oriental.
Os bispos condenam conjuntamente na declaração “os crimes de guerra” e as deportações da guerra e o pós-guerra, e recordam as consequências negativas da guerra para ambos países, como a submissão a regimes comunistas.
“Na Europa do Leste, aquela guerra tinha o objetivo de destruir e escravizar povos inteiros”, recordam.
“A elite governante da Polônia, entre eles intelectuais, acadêmicos e membros do clero, foi afetada por uma política de extermínio que buscava submeter toda uma nação”, reconhecem.
A declaração está assinada pelos dois presidentes das conferências episcopais da Alemanha e da Polônia, os arcebispos Robert Zollitsch e Józef Michalik respectivamente.
O documento pede para se manter a boa fé, perdoar e confessar a própria culpa.
Também orar mais pela paz, uma maior cooperação das instituições religiosas da Alemanha e Polônia, promover juntos a família e proteger a vida e prestar unidos assistência na evangelização do mundo, especialmente de grande parte da África.
Indica que “só no clima do perdão e da reconciliação se pode desenvolver a cultura da paz que serve ao bem comum”.
“A paz é construída dia a dia e só pode florescer se estamos dispostos a reconhecer nossa responsabilidade”, destaca.
Para os bispos, “o dom da paz deve ser vivido no próprio coração para que se possa propagar às famílias e às várias formas de organização social, e possa finalmente chegar a toda a comunidade das nações”.
Por último, a mensagem destaca o “passo histórico constituído pela integração europeia” e pede “não deixar passar a oportunidade de construir a paz oferecida pela unificação dos povos da Europa”.


Fonte: Zenit.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Atentado contra a Eucaristia na Colômbia



Comunicado de repulsa do bispo Frei Fabio Duque

Por ocasião do atentado contra a Eucaristia que aconteceu em 17 de agosto passado, na paróquia de Nossa Senhora da Anunciação de Armenia, Quindío, Colômbia, o bispo da diocese fez público um comunicado no qual indica que os autores incorreram em excomunhão.
O bispo de Armênia, Dom Fabio Duque Jaramillo O.F.M., relata os fatos em um comunicado de 20 de agosto, enviado a ZENIT.
“Em 17 de agosto passado – assinala o comunicado – aconteceu uma brutal agressão contra a Paróquia de Nossa Senhora da Anunciação em Armênia. Um desconhecido se introduziu no templo durante a noite, forçou a porta do Sacrário e o jogou no chão, com o cálice e as hóstias consagradas”.
“Não se tratou de um roubo motivado pelo valor econômico dos vasos sagrados – aponta o bispo de Armenia –, pois o assaltante não levou nenhum objeto de valor da paróquia. O assalto teve como fim unicamente ferir os sentimentos dos fiéis atacando o mistério central da fé cristã, a Eucaristia, presença de Deus entre nós e prolongação do mistério da redenção do homem”.
O fato foi posto em conhecimento das autoridades e da Polícia e “esperamos que o autor do crime possa ser capturado logo”, afirma o bispo.
Convida também as autoridades, os representantes e cargos eleitos, aos meios de comunicação, as associações cívicas e toda a sociedade do Quindío “a expressar, sem rodeios, sua repulsa por estes fatos que constituem uma violação gravíssima dos direitos dos cidadãos, uma ofensa às crenças e princípios dos fiéis católicos, crenças arraigadas profundamente na cultura de nosso povo”.
Desta forma convida as autoridades e os representantes da sociedade civil “a não desvalorizar estas agressões contra os sentimentos e a fé dos católicos, pois quando um povo pisoteia os direitos mais sagrados das pessoas, o direito a expressar livremente sua fé e suas convicções mais íntimas, toda a sociedade se encontra em perigo. Quando os direitos de Deus são pisoteados impunemente, os direitos do homem correm perigo”.
Por isso, convida também todos os cidadãos de Armenia e Quindío “a expressar sua solidariedade com a comunidade da Paróquia da Anunciação associando-se às manifestações cívicas e religiosas de repulsa que se convocarão, a denunciar estes fatos ante as autoridades e a unir-se aos atos de reparação e desagravo que serão convocados na Paróquia em 30 de agosto, às 18 horas.
O prelado recorda que, segundo a legislação eclesiástica (Código de Direito Canônico, cânon 1367), “o autor desta profanação, pelo mero fato de ter realizado esta ação está excomungado, buscando com isto não tanto castigá-lo mas seu arrependimento. É uma ocasião para que o delinquente considere a gravidade de sua falta. Esta excomunhão só poderá ser suspensa pelo Santo Padre”.

Fonte: Zenit.

Oração na Índia um ano depois do assassinato de cristãos

Morreram cerca de 100 cristãos

Um ano depois da onda de violência no estado de Orissa, que acabou com a vida de mais de 100 cristãos pelas mãos de fundamentalistas hindus, a Conferência Episcopal da Índia celebrou nesse domingo um dia de oração sob o lema “Dia de paz e harmonia”, com o objetivo de reunir todos os fiéis de diferentes religiões que queiram buscar um caminho para a paz.
O cardeal Telesphore Placidus Toppo, arcebispo de Ranchi, afirmou que após os momentos difíceis que a comunidade cristã viveu no país, chegou o momento de “iniciar um diálogo, através de uma oração conjunta que nos una para conseguir a paz”.
Por sua parte, o governo do estado de Orissa decidiu dissolver os campos de refugiados, que em sua maioria voltaram para seus povoados.
Contudo, a organização internacional Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) alerta que os cristãos ainda não podem voltar a suas casas pelo temor da violência.
Da Índia, o jornalista Anto Akkara assinalou à AIS que muitos cristãos que ainda não puderam voltar estão vivendo nos bairros baixos de Bhubaneswar, em Orissa, pelo temor de que o governo não garanta sua segurança.
Por sua parte, Marie-Ange Siebrecht, especialista de AIS na Índia, assinalou que “o governo está dissolvendo os campos, mas isso não soluciona os problemas dos refugiados, porque os cristãos não se aventuram a voltar a seus povoados pelas ameaças dos fundamentalistas hindus”.
Também os cristãos muitas vezes não têm meios para subsistir já que as compensações governamentais com frequência “terminam desaparecendo”.
Por este motivo, esta organização de direito pontifício proporcionou alívio de emergência nos campos e prometeu sua ajuda ao arcebispo Cheenath para reconstruir as igrejas e outras propriedades católicas destruídas pelos extremistas hindus.

Fonte: Zenit.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Minha Gratidão a Equipe Colméia



A todos que vestiram a camisa do nosso último evento a minha gratião.

Deus os abençoe por tudo!

Migrantes têm direito a ser acolhidos e socorridos

Disse o presidente do organismo vaticano, sobre tragédia na Itália

Existe um direito humano no que se refere a acolhida e socorro, considera o arcebispo Antonio Maria Vegliò, presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral para os Migrantes e Itinerantes, após a tragédia recentemente ocorrida no canal da Sicília.
Este direito, sublinhou com força o prelado em uma entrevista a Rádio Vaticano, “acentua-se em situações de extrema necessidade, como por exemplo estar à mercê das ondas do mar”.
Em 20 de agosto passado, cinco eritreus chegaram à costa de Lampedusa após terem permanecido durante cerca de vinte dias à mercê das ondas, enquanto que outros 73 que também tinham embarcado na lancha de borracha morreram de fome no trajeto.
Para Dom Vegliò, “se por um lado é importante vigiar zonas de mar e empreender iniciativas humanitárias, é legítimo o direito dos estados a administrar e regular as migrações”.
Contudo, observou o arcebispo, deveriam-se “harmonizar as diversas disposições legislativas, na perspectiva de salvaguardar as exigências e os direitos das pessoas e das famílias migrantes e, ao mesmo tempo, os das sociedades de chegada dos próprios migrantes”.
“Certamente –admitiu o prelado– nossas sociedades chamadas civis, na realidade desenvolveram sentimentos de rejeição ao estrangeiro, originados não só por uma falta de conhecimento do outro, mas também por um sentido de egoísmo pelo que não se quer compartilhar com o estrangeiro o que se tem”.
Lamentavelmente, destacou, “os números continuam aumentando: segundo as últimas estatísticas, desde 1988 até hoje, o número de potenciais migrantes naufragados ou vítimas nas fronteiras da Europa estima-se em mais de 14.660 mortos”.
O Conselho Pontifício da Pastoral para os Migrantes e Itinerantes, assegurou Dom Vegliò, “sente-se entristecido pelo contínua repetição destas tragédias e reafirma o que foi dito pelo Papa em Caritas in Veritate: ‘Todo migrante é uma pessoa humana que, enquanto tal, possui direitos fundamentais inalienáveis que devem ser respeitados por todos e em toda situação (142)”.

Fonte: Zenit.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Belo Horizonte faz mutirão da Campanha Ficha Limpa

Nos dias 1, 2 e 3 de setembro

O Estado de Minas Gerais saiu na frente e é recordista em número de assinaturas coletadas para a Campanha Ficha Limpa.
A adesão dos mineiros é mais expressiva do que a registrada em São Paulo, maior colégio eleitoral do país. Mais de 1% do eleitorado de Minas, onde há 14,07 milhões de eleitores, já se mobilizou e participa da campanha, o que contabiliza mais de 163.000 pessoas – num grande esforço integrado de cada fiel e de cada paróquia.Agora, o arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, lança um desafio para intensificar ainda mais a Campanha Ficha Limpa e a arquidiocese possa contribuir para se alcançar a meta nacional de 1,3 milhão.
Neste esforço final, o Vicariato para a Ação Social e Política organiza um mutirão para coletar assinaturas na Praça Sete, nos próximos dias 1, 2 e 3 de setembro, de 10 às 16 horas. Todo cidadão pode participar da Campanha Ficha Limpa e sua adesão é muito importante. Na arquidiocese de Belo Horizonte o setor responsável pela mobilização é o Vicariato Episcopal para Ação Social e Política. Para participar é simples: pegue os formulários no Vicariato e devolva-os preenchidos no mesmo local, ou nas paróquias. A ficha também está disponível no site www.mcce.org.br.
Faltam 300 mil assinaturas para atingir 1,3 milhão e emplacar a lei impedindo a candidatura de políticos com pendências na justiça. Em âmbito nacional a meta é totalizar um por cento do eleitorado, e assim atender às exigências da lei que regulamenta a apresentação de projetos de iniciativa popular.
O documento deve dar entrada imediatamente no Congresso para que a nova legislação entre em vigor nas eleições de 2010.

Fonte: Zenit.

Os 800 Mártires de Otranto



Por Elizabeth Lev

Em 1480, a Itália celebrava a festa da Assunção com liturgias espetaculares, procissões e, claro, banquetes. Com a exceção de Otranto, uma pequena cidade na costa do Adriático, onde 800 homens ofereceram suas vidas a Cristo. Eles foram os Mártires de Otranto.o.
Poucas semanas antes, a frota turca atracara em Otranto. Sua chegada era temida há muitos anos. Desde a queda de Constantinopla, em 1454, era apenas uma questão de tempo até que os turcos otomanos invadissem a Europa.
Otranto está mais próxima do lado leste do Adriático controlado pelos otomanos. São Francisco de Paula reconheceu o perigo iminente para a cidade e seus cidadãos cristãos e pediu reforços para proteger Otranto. Ele predisse: "Ó, cidadãos infelizes, quantos cadáveres vejo cobrindo as ruas? Quanto sangue cristão vejo entre vocês?"
A 28 de julho de 1480, 18.000 soldados turcos invadiram o porto de Otranto. Eles ofereceram condições de rendição aos cidadãos, na esperança de ganhar sem resistência este primeiro ponto de apoio na Itália e completar a conquista da costa adriática. O sultão Mehmed II havia dito ao Papa Sisto IV que levaria seu cavalo para comer sobre o túmulo de São Pedro.
O Papa Sisto, reconhecendo a gravidade da ameaça, exclamou: "pessoas da Itália, se quiserem continuar se chamando de cristãos, defendam-se!"
Apesar de suas advertências terem-se esquecido nos ouvidos da maioria das cabeças coroadas da península –estavam muito ocupadas brigando entre si– o povo de Otranto escutou.
Pescadores, não soldados; eles não tinham artilharia. Eram menos de 15 mil, incluindo mulheres, crianças e idosos. Mas, por comum acordo, eles decidiram guardar a cidade, lançando-se ao combate das forças turcas.
A sofisticada artilharia turca danificava as muralhas de defesa, mas os cidadãos consertavam rapidamente os estragos. Detrás dos muros, os turcos encontraram cidadãos impávidos, determinados a defender as muralhas com óleo fervendo, sem armas, e às vezes usando as próprias mãos.
Os cidadãos de Otranto frustraram o plano do Sultão de um ataque surpresa e deram à Itália duas semanas de tempo precioso para organizar e preparar suas defesas para repelir os invasores. Mas a 11 de agosto os turcos venceram os muros e açoitaram a cidade.
O exército turco foi de casa em casa, promovendo saques, pilhagens e, em seguida, ateando fogo. Os poucos sobreviventes refugiaram-se na catedral. O arcebispo Stefano, heroicamente calmo, distribuiu a Eucaristia e sentou-se entre as mulheres e crianças de Otranto, enquanto um frade dominicano conduzia os fiéis em oração.
O exército de invasores arrombou a porta da catedral e a posterior violência contra mulheres, crianças e o arcebispo –que foi decapitado no altar– chocou a península italiana.
Os turcos tinham tomado a cidade, destruído casas, escravizado o povo e transformado a catedral em mesquita. Cerca de 14.000 pessoas morreram na tomada de Otranto, na maior parte seus próprios cidadãos, mas um pequeno grupo de 800 sobrevivera, então os turcos tentaram o domínio completo, forçando a conversão.
A opção era o Islã ou a morte. Oito centenas de homens, acorrentados, sem casa e família, pareciam totalmente subjugados aos turcos vitoriosos.
Um dos 800, um trabalhador têxtil chamado Antonio Primaldo Pezzula, passou de artesão humilde a líder heróico nesse dia. Antonio voltou-se para seus companheiros de Otranto e declarou: "Vocês ouviram o que vai custar salvar o que resta de nossas vidas! Meus irmãos, lutamos para salvar nossa cidade, agora é tempo de lutar por nossas almas!"
Os 800 homens com idades acima dos 15, de forma unânime, decidiram seguir o exemplo de Antonio e ofereceram suas vidas a Cristo.
Os turcos, que esperavam por um momento de propaganda triunfante, tentaram evitar o massacre. Eles ofereceram o retorno das mulheres e crianças que estavam prestes a ser vendidas como escravos, em troca da conversão dos homens, e eles ameaçaram com a decapitação em massa se isso não fosse aceito. Antonio recusou, seguido pelo resto dos homens.
Na vigília da Assunção, os 800 foram levados para fora da cidade e decapitados. A tradição conta que Antonio Pezzula foi decapitado em primeiro lugar, mas seu corpo sem cabeça permaneceu de pé até que o último otrantino estivesse morto.
Um dos carrascos, um turco chamado Barlabei, ficou tão impressionado com esse prodígio que se converteu ao cristianismo, e também foi martirizado.
Os restos foram cuidadosamente recolhidos, e são mantidos até hoje na Catedral de Otranto. No aniversário de 500 anos de sacrifício dos otrantinos, o Papa João Paulo II visitou a cidade e prestou homenagem aos mártires.
Bento XVI reconheceu oficialmente o martírio em 2007, trazendo Antonio Pezzula e seus companheiros um passo mais perto da canonização.
Esta "hora dos leigos" em Otranto, separados de nós por meio milênio, ainda ressoa como exemplo de testemunho do amor a Cristo. Poucos de nós serão chamados ao mesmo sacrifício de Antonio Pezzuli e seus companheiros, mas como poderíamos responder a sua exortação: "Permanecei fortes e constantes na fé: com esta morte temporal nós ganharemos a vida eterna”.
* * *
Elizabeth Lev ensina arte e arquitetura cristã no campus italiano da Universidade de Duquesne e na Universidade São Tomás.

Fonte: Zenit.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Benção do estúdio da Rádio Colméia

O Arcebispo Metropolitano de Maringá, abençoará às 08:00 horas da manhã destá sexta-feira o novo estúdio da Rádio Colméia em Maringá.

“Desequilíbrio ecológico amplia a brecha entre pobres e ricos”

Declaração do Seminário sobre Ecologia organizado pelo CELAM

Provenientes de 18 países da América Latina e Caribe, os participantes do “Seminário sobre Ecologia: Ambientes, Economias e Povos”, organizado pelo Departamento de Justiça e Solidariedade do Conselho Episcopal Latino Americano (CELAM), de 3 a 8 de agosto, em Quito, Equador, manifestaram sua preocupação com a crise ecológica.
Em uma declaração remetida a ZENIT pelo CELAM, os participantes constatam em primeiro lugar “que o problema do aquecimento global e da mudança climática é uma realidade presente e permanente que nos afeta local e globalmente”.
A responsabilidade, afirmam, “corresponde principalmente ao consumo de energia, entre elas a elétrica, e ao desmatamento massivo e queima de matas e selvas”. Por isso, reconhecem que são conscientes de “que o problema do aquecimento global se apresenta como um sintoma da crise de um paradigma ou modelo sócio-econômico baseado na maximização do lucro e o consumo exacerbado de bens renováveis e não renováveis”.
“O evidente desequilíbrio ecológico e brecha crescente entre ricos e pobres no planeta, pese o crescimento econômico, evidenciaram a inviabilidade do modelo. Constata-se que 25% da população mundial consome 80% dos recursos disponíveis”.
Por outro lado, afirmam que “é consenso geral que vivemos uma crise de água. No mundo, hoje em dia, 1,2 bilhão de pessoas não têm acesso a água potável e 2,4 bilhões não têm serviços sanitários adequados”.
“Frente a esta crise – assinalam –, surgem duas posturas antagônicas no continente: quem vê nela uma oportunidade para fazer negócios e quem percebe a necessidade de declarar a água doce um bem público, patrimônio de todos os seres vivos e um direito para todos os seres humanos”.
Os representantes do encontro sustentam esta postura que Bento XVI expressa assim: “o direito à alimentação e à água tem um papel importante para conquistar outros direitos, começando antes de tudo pelo direito primário à vida. Portanto, é necessário que amadureça uma consciência solidária que considere a alimentação e o acesso à água como direitos universais de todos os seres humanos, sem distinções e discriminações”.
“Mais ainda – afirma a declaração –, o aquecimento global está agravando a crise da água doce já que cidades e povos dependentes de glaciais começam a sofrer suas consequências pelo derretimento e extinção. Sendo que a água é um bem vital para a sobrevivência e desenvolvimento humanos, muitas populações poderão ver-se forçadas a migrar constituindo o conjunto dos ‘desabrigados ambientais’”.
Por tudo isso, os participantes do encontro reconhecem “um sistema perverso que busca exacerbar as riquezas econômicas rápidas sem ter em conta o destino universal dos bens”.
Esta ideia do destino final, da comunhão cristã de bens, afirmam, “deve ser um princípio inspirador do trabalho pela justiça ambiental”.
Estes desafios, acrescentam, “nos chamam a reforçar a voz profética das Igrejas locais mediante o desenvolvimento de uma nova espiritualidade com métodos pastorais em acordo e a integração dos diversos agentes de pastoral que ajudem à transformação do estilo de vida consumista imperativa e o cuidado dos bens da criação”.
Consideram a missão continental da Igreja na América Latina e Caribe “como o kairós de Deus que desafia todos a assumir criativamente o compromisso com as temáticas que aqui se abrem em todas as atividades pastorais na dimensão do Amor, da Beleza, da Verdade e da Bondade revelada em Jesus Cristo, Vida abundante para todos os povos”.
Indicam que “a educação em valores evangélicos em cada etapa do desenvolvimento integral das pessoas permite a transformação da mentalidade tecnocrática cientificista para uma consciência mais sensível e crítica frente ao uso dos bens naturais e culturais que são de todos”.
Sugerem que “é necessário incorporar nas escolas de economia das universidades católicas linhas de investigação e docência inter-disciplinares que abram perspectiva à elaboração de paradigmas teóricos alternativos de economia centrados no ser humano, no trabalho e na solidariedade e não na maximização do lucro”.
Pedem “aos governos, empresários e organizações sociais, a revisão e/ou criação de políticas públicas com enfoque de direitos humanos que contemplem a dinâmica ecológica e o desenvolvimento sócio-econômico sustentável”.
Desta forma, assinalam ser imperativo “que os países ratifiquem e cumpram os diversos protocolos e tratados internacionais em matéria de aquecimento global e cuidado ambiental” e ser necessário “avançar em planos estratégicos de Estado de mudança da matriz energética de nossos países em base a tecnologias limpas e sustentáveis a fim de reduzir ao menos em 50% as emissões de gases de efeito estufa”.
“Como discípulos de Jesus – concluem –, nos sentimos convidados a agradecer pelo dom da criação, reflexo da sabedoria e beleza do Logos criador. No designio maravilhoso de Deus, o homem e a mulher estão chamados a viver em comunhão com Ele, em comunhão entre eles e com toda a criação. A criação foi sempre mediação para a experiência de Deus, na qual devemos rastrear as marcas de sua presença. Por esta razão é necessário recuperar o olhar crente de gratidão e beleza sobre ela, que nos permita crescer na austeridade e simplicidade de vida. Assim, as gerações futuras também poderão ter acesso à contemplação de Deus que se manifesta em suas criaturas”.

Fonte: Zenit.

CNBB apoia campanha de diagnóstico da AIDS

A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) manifestou ontem seu apoio à nova campanha que o Ministério da Saúde vai lançar em parceria com a Pastoral da Aids.
Segundo o departamento de imprensa da CNBB, a campanha visa a estimular as pessoas a fazerem o teste de AIDS a fim de detectar precocemente o vírus HIV e, no caso das gestantes, da sífilis.Ontem, representantes do Ministério da Saúde e da Pastoral da AIDS esclareceram os detalhes da campanha aos bispos do Conselho Episcopal de Pastoral (Consep), reunidos em Brasília.
“O Consep entende que é importante o incentivo ao diagnóstico precoce da Aids e, no caso das gestantes, da sífilis”, afirmou o secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa. “É igualmente importante a informação e a assistência ampla, particularmente, no caso da gestante, da transmissão vertical da sífilis”, disse.
O assessor nacional da Pastoral da AIDS, frei Luiz Carlos Lunardi, explicou o contexto da parceria entre a Igreja e o governo.
“O governo dá, gratuitamente, os medicamentos e o teste. A Igreja entra com sua capacidade de convocar, informar e sensibilizar, aproveitando a rede bem articulada que ela tem na organização das comunidades”, acentuou. A Pastoral da AIDS possui 13 mil agentes e está presente em 142 das 272 dioceses do Brasil.Dom Dimas Lara explicou que as formas concretas da parceria continuam em discussão com os grupos responsáveis. “O projeto está ainda em construção”, disse.
A expectativa é de que a campanha seja lançada no próximo mês, em Brasília, e, numa primeira fase, atingirá apenas seis cidades: Manaus, Fortaleza, João Pessoa, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre.

Fonte: CNBB.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Mobilização no Facebook contra proibição dos crucifixos na Espanha



Nasce o grupo “Sim ao crucifixo”

O anúncio do ministro da Justiça, Francisco Caamaño, da intenção do Governo espanhol de proibir a presença dos símbolos religiosos nos centros educativos públicos provocou a mobilização no Facebook.
Com este motivo se criou o grupo "Sim ao crucifixo", que no momento do fechamento desta edição contava com cerca de 700 usuários na rede social, pouco depois de ter sido criado.
“O sinal da cruz é o sinal universal do amor e da paz”, dizem os promotores no Facebook.
O grupo é promovido pelo site da revista Ecclesia.
Nos foros de discussão, alguns dos participantes retomaram as declarações que emitiu esta terça-feira o cardeal Eduardo Martínez Somalo, carmalengo emérito e antigo prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica.
Após a reunião com Pedro Sanz, presidente do Governo de La Rioja, o purpurado espanhol reconheceu que “não entende” por que o Governo espanhol propõe mediante uma lei tirar crucifixos dos colégios públicos.
O cardeal confessou que desconhece “a quem os crucifixos podem agredir”, “ainda que não seja católico”. Não se entende, disse, como “para chegar à pluralidade e para ter uma autêntica democracia tenha de suprimir um elemento da pluralidade, que é o catolicismo, ou não respeitar a grande maioria, que são crentes”.

Fonte: Zenit.

Bispos ameaçado na Nicarágua informam Papa sobre violência

Três prelados receberam ameaças de morte

A Conferência Episcopal da Nicarágua (CEN) apresentará um informe a Bento XVI sobre “o perigoso ambiente de violência”, do qual fazem parte as ameaças de morte a três bispos, segundo informou a imprensa local.
O vice-presidente da Conferência, Dom Juan Abelardo Mata Guevara, S.D.B., bispo de Estelí, explicou à edição desta terça-feira do jornal La Prensa que o informe será enviado ao Papa através do núncio apostólico na Nicarágua, o arcebispo Henryk Józef Nowacki.
“Um bispo está ao serviço direto do Santo Padre (Bento XVI) e é nosso dever também informar os superiores. Nossos superiores são justamente o Santo Padre junto com as pessoas que o assessoram em seu ofício de governo”, assinalou o bispo.
Dom Mata foi ameaçado de morte na semana passada através de um correio eletrônico que chegou à Rádio Católica da Nicarágua, junto a outros dois prelados, o bispo de Granada, Dom Bernardo Hombach, e o bispo de Chontales, Dom René Sándigo.
As ameaças aconteceram depois de que o arcebispo de Manágua condenou as agressões que sofreram em 9 de agosto membros da Coordenadoria Civil na catedral metropolitana durante um ato cultural por parte de supostos simpatizantes da Frente Sandinista.
O procurador geral de Direitos Humanos, Omar Cabezas, em um programa transmitido pelo Canal 4 da televisão local, próximo ao Governo, acusou os bispos Mata e Hombach de serem agentes da Agência Central de Informação dos Estados Unidos (CIA).

Fonte: Zenit.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Acordo Brasil-Santa Sé: arcebispo pede que não haja preconceito contra Igreja

Segundo D. Orani Tempesta, estatuto não fere a Constituição e respeita laicidade


O arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, afirma que o Acordo entre o Brasil e a Santa Sé apenas codifica várias leis esparsas, estando longe de ferir a Constituição ou o princípio da separação entre Igreja e Estado.

Esta segunda-feira, Dom Orani divulgou um artigo em que manifesta a expectava da Igreja pela aprovação no plenário da Câmara dos Deputados, já na próxima semana, do Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, texto assinado em novembro passado que espera a ratificação do Congresso.

Segundo o arcebispo, o estatuto “há muito se faz necessário, mais precisamente desde a proclamação da República, em 1889”.

Sobre a votação pelo plenário, ele pede “a isenção objetiva de nossa casa de leis não se deixando levar por preconceitos e pressões e permanecendo naquilo que é a verdade e dando a devida importância a esse momento para a democracia de nosso país laico”.

As disposições nos vinte artigos constantes no documento, de acordo com Dom Orani, estabelecem “normas que, longe de ferir a Constituição Federal – como alguns desavisados têm lançado com insistência à opinião pública –, ratifica uma relação que sempre existiu e abre perspectivas, inclusive para outras religiões no país”.

O arcebispo deseja que “o bom senso” seja “o santelmo a clarear os estudos, principalmente dos que têm má vontade e preconceitos, e consigam compreender que não está se concedendo privilégio extraordinário nenhum à Igreja Católica”.

“Essa comunhão que se promove é uma capacidade que o Estado democrático laico é capaz de proporcionar: o respeito entre as partes, desde que solidificados sobre os fundamentos éticos e morais, com o intento de promover o crescimento e o bem-estar comum dos cidadãos, sem descartar a possibilidade, como já me referi acima, de outras crenças se beneficiarem desse Acordo.”

O estatuto “apenas codifica várias leis esparsas que, agora, num tomo único, mostram a Igreja Católica com reconhecimento jurídico, de uma instituição que ajudou a construir esta grande Nação, nascida diante da Cruz do Senhor Jesus”.

Dom Orani considera que “com a aprovação do acordo na Câmara Federal se prestigia o estado de direito, a norma jurídica, a tecnicidade e torna ainda mais fácil continuar praticando os muitos serviços que a Igreja Católica presta no campo social, educacional, da saúde, da assistência ao idoso, enfim, de uma maneira ampla ao povo brasileiro”.

CNBB

Nesta quinta-feira, a presidência da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) concederá uma entrevista coletiva em Brasília para falar sobre o Acordo. O organismo episcopal também divulgará uma nota sobre a atual crise no Senado.


Fonte: Zenit.

CD com voz de Bento XVI e música será lançado no outono europeu



Com orações e fragmentos de discursos

Um CD musical do grupo católico Multimedia San Paolo, em cooperação com a gravadora Geffen-Universal, com a voz de Bento XVI será lançado no próximo outono europeu.
A produção é realizada com gravações de fragmentos de discursos e de orações em diversas línguas pronunciadas pelo Papa, que a Rádio Vaticano pôs à disposição da produtora inglesa.
Entre as gravações, se encontra uma na qual o Papa canta o Regina Caeli, confirmou a Rádio Vaticano.
Durante o pontificado do Papa João Paulo II, foi produzido um CD semelhante intitulado “Abba Pater”, com a voz do Santo Padre polonês.

Fonte: Zenit.

Proximidade e ajuda do Papa às vítimas do tufão na Ásia

Entrega 50 mil dólares a Taiwan

Bento XVI assegurou sua proximidade e ofereceu ajuda material às vítimas do tufão que nos últimos dias atingiu a Ásia, em particular Taiwan.
Nesta ilha, há 11 dias, o tufão Morakot provocou a morte de mais de 400 pessoas e danos que custarão pelo menos 2 bilhões de dólares.
Segundo informou o jornal China Post no último dia 15 de agosto, o Papa entregou 50 mil dólares às vítimas da catástrofe, como gesto para estimular a solidariedade.
No último dia 12 de agosto, no final da audiência geral, o Papa dirigiu sua saudação às populações afetadas pelo tufão nas Filipinas, em Taiwan, em algumas províncias do sul da República Popular da China e no Japão, “país que sofreu um forte terremoto”.
“Desejo manifestar minha proximidade espiritual àqueles que se encontram em condições de grave mal-estar e convido todos a rezarem por aqueles que perderam a vida”, afirmou o Papa.
“Espero que não lhes falte o alívio da solidariedade e a ajuda dos auxílios materiais”, concluiu.

Fonte: Zenit.

Fé católica, segredo do ex-presidente coreano Kim Dae-Jung

Recebeu o prêmio Nobel da Paz

A fé católica era o segredo da grandeza de espírito de Kim Dae-Jung, ex-presidente da Coreia do Sul, Prêmio Nobel da Paz, falecido nesta terça-feira em um hospital de Seúl, considera L’Osservatore Romano.
O jornal vaticano o qualifica como “figura de primeiro nível na luta pela democracia” e rende homenagem a “seus intentos de reconciliação com a Coreia do Norte”.
Hospitalizado em 13 de julho passado, faleceu por causa de uma pneumonia aos 85 anos. Havia sido presidente do país asiático de 1998 a 2003.
“A luta pelos valores democráticos fez de Kim o líder das batalhas contra o regime, até o ponto de que o poder tentou detê-lo com todos os meios”, afirma o jornal vaticano.
“Durante o regime militar foi encarcerado, torturado e condenado à morte e duas vezes expulso ao exílio. A fé católica, dizia, o ajudou e apoiou nesses momentos difíceis”, continua dizendo L’Osservatore Romano.
“Após sobreviver a vários atentados, inspirou a ‘Sunshine policy’, a chamada política do raio de sol para com o irmão norte-coreano para favorecer uma atividade favorável ao diálogo, que no ano 2000 levou à distensão nas relações entre Coreia do Norte e Coreia do Sul”, recorda o jornal vaticano.
Esse novo ambiente foi selado com a histórica reunião de Pyongyang, de 14 de junho daquele ano, entre o próprio Kim Dae-jung, primeiro expoente do partido da oposição eleito chefe de Estado, e o líder comunista norte-coreano, Kim Jong-il.
Foi o primeiro encontro entre as duas Coreias desde a guerra de 1950-1953. Meses depois recebeu o Prêmio Nobel da Paz.
Depois de ter recebido este reconhecimento, Kim declarou: “Durante toda minha vida vivi com a convicção de que a justiça vence. A justiça pode fracassar uma vez na vida, mas ao final sempre triunfa no transcurso da história”.

Fonte: Zenit.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Delegação do episcopado norte-americano em Cuba

Analisa a colaboração pastoral e a ajuda à ilha após os furacões

Neste semana, acontece uma visita de três bispos e dois sacerdotes dos Estados Unidos a Cuba, com o objetivo de fomentar as relações pastorais entre ambos episcopados e revisar os danos causados por três furacões que devastaram a ilha no ano passado.
A informação da visita foi divulgada pela Conferência de Bispos Católicos de Cuba, através de seu secretário, o sacerdote José Félix Pérez. Segundo o presbítero, a visita “quer continuar essa relação que se mantém há muitos anos de colaboração, de intercâmbio, onde não só o aspecto de ajuda é importante”.
A delegação norte-americana faz parte do secretariado para América Latina da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos e é liderada pelo arcebispo de Boston, o cardeal Sean O’Maileu; o bispo de Orlando, Dom Thomas Wenski; e o bispo auxiliar de Santo Antonio, Dom Oscar Cantú.
A viagem anterior de uma delegação episcopal norte-americana a Cuba aconteceu em agosto de 2008, justamente no momento que acabava de passar o primeiro furacão da temporada. Em seguida vieram outras duas grandes tempestades. O episcopado dos Estados Unidos, através da Cáritas Cuba, canalizou uma importante ajuda econômica às vítimas.
Pe. José Félix Pérez precisou que o episcopado dos Estados Unidos “também sustenta outros projetos que não têm a ver com os furacões. São projetos – disse – para ajudar a pastoral, para ajudar as diferentes iniciativas em suas dioceses”.
A Igreja católica em Cuba teve uma difícil relação com o governo comunista, que começou a mudar favoravelmente desde que João Paulo II visitou Cuba há pouco mais de uma década.

Fonte: Zenit.

Fundação papal para a América Latina aprova 193 projetos

Conselho de Administração da Populorum Progressio reunido na Alemanha

O Conselho de Administração da Fundação Populorum Progressio aprovou na reunião que manteve de 27 a 31 de julho, na localidade alemã de Paderborn, 193 projetos de ajuda ao desenvolvimento integral a favor de comunidades indígenas, mestiças, afro-americanas e camponesas da América Latina e do Caribe.
Um comunicado firmado por Dom Segundo Tejado Muñoz, oficial do Conselho Pontifício Cor Unum, informa que os fundos destinados para o financiamento dos projetos superam os dois milhões de dólares.
A maior parte das iniciativas aprovadas pela fundação será realizada no Brasil com 39 projetos, Colômbia com 35, Peru 27 e Equador com 18.
Os projetos apresentados à fundação no ano 2008 foram 203 por parte de diversas comunidades católicas e grupos pastorais das dioceses. Contam com a aprovação do bispo do lugar. Só dez não puderam ser aceitos pelo Conselho de Administração da Fundação.
Os fundos que distribui a fundação serão financiados quase totalmente pelo Comitê para a ajuda ao Terceiro Mundo da Conferência Episcopal Italiana.
Os projetos afetam diferentes aspectos do desenvolvimento integral das comunidades, como saúde, moradia, água potável, educação, infra-estruturas municipais, produção, alimentação, formação religiosa e cívica.
Na reunião se aproveitou para apresentar diversas situações sócio-políticas e eclesiais das nações representadas, no contexto pastoral de todo o continente, com especial atenção pela situação que atravessam Honduras e outros países que estão vivendo situações de tensão social e política.
A reunião contou com a presença do cardeal Paul Joseph Cordes, presidente do Conselho Pontifício Cor Unum e, como tal, também presidente da Populorum Progressio.
Entre os presentes, se encontravam o cardeal Juan Sandoval Iñiguez, arcebispo de Guadalajara (México) e presidente do Conselho Administrativo; o arcebispo de La Paz (Bolívia), Dom Edmundo Abastoflor Montero, vice-presidente do Conselho; o arcebispo de Palmas (Brasil), Dom Alberto Taveira Corrêa; o arcebispo de Guayaquil (Equador), Dom Antonio Arregui Yarza; o bispo do vicariato apostólico de Yurimaguas (Peru), Dom José Luis Astigarraga Lizarralde; Dom Tejado Muñoz, e Juan Vicente Isaza Ocampo, secretário do Conselho.
A Fundação Populorum Progressio foi criada por João Paulo II em 1992 com a finalidade de promover o desenvolvimento integral das comunidades de camponeses mais pobres da América Latina e ser sinal e testemunho do anseio cristão de fraternidade e autêntica solidariedade.

Fonte: Zenit.

Fundador dos Arautos do Evangelho recebe condecoração do Papa

A Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias a “Pro Ecclesia et Pontifice”

Durante a Eucaristia na festa de Nossa Senhora da Assunção celebrada na Igreja Nossa Senhora do Rosário, em São Paulo, o cardeal Franc Rodé, prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, entregou, a 15 de agosto, em nome do Papa Bento XVI, a Cruz “Pro Ecclesia et Pontifice”, a Monsenhor Joao Scognamiglio Clá Dias, fundador e presidente geral dos Arautos do Evangelho.
Ao fazer a entrega da condecoração, o cardeal Rodé apresentou os objetivos desta recente associação internacional de fiéis de Direito Pontifício inspirada em “um novo ideal de santidade e um heróico empenho pela Igreja”.
“Nesta iniciativa nascida em seu nobre coração, não podemos deixar de ver uma graça particular concedida à Igreja, um ato da Divina Providência, ante as necessidades do mundo de hoje”, reconheceu o cardeal esloveno dirigindo-se ao fundador.
Segundo o purpurado, o ideal que monsenhor João Scognamiglio propõe “é o de seguir Cristo no grande movimento dos Arautos do Evangelho, com radicalismo evangélico, combatendo sem trégua, como diz São Bernardo, uma dupla batalha, seja contra a carne e o sangue, seja contra os espíritos malignos do mundo invisível”.
Por sua parte, Monsenhor João Scognamiglio Clá, ao dirigir-se ao cardeal Rodé, agradeceu a Bento XVI por esta condecoração.
A condecoração “Pro Ecclesia et Pontifice” foi instituída pelo Papa Leão XIII, em 1888, para distinguir sacerdotes ou leigos por suas qualidades, virtudes ou méritos, especialmente por seu amor à Santa Igreja e ao Romano Pontífice.
Os Arautos do Evangelho foram reconhecidos como associação internacional de fiéis de Direito Pontifício erigida pela Santa Sé em 22 de fevereiro de 2001.
Formada em sua maioria por jovens (consagrados no celibato ou “cooperadores”), a associação atualmente se faz presente em 57 países.

Fonte: Zenit.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Papa pede que sacerdotes levem Maria no coração


E destaca o amor especial que a Mãe de Jesus lhes dedica

Bento XVI pediu hoje que os sacerdotes tenham Maria na dinâmica de sua existência e no horizonte de seu apostolado, valorizando o especial vínculo de maternidade entre a Mãe de Jesus e os presbíteros.

Esta manhã, durante a audiência geral com os peregrinos no pátio da residência pontifícia de Castel Gandolfo, o Papa falou sobre Maria e o sacerdócio, “uma relação profundamente enraizada no mistério da Encarnação”.

De acordo com o pontífice, o ‘sim’ de Maria “é a porta através da qual Deus é capaz de entrar no mundo, fazer-se homem. Então Maria é verdadeira e profundamente envolvida no mistério da Encarnação, de nossa salvação”.

Ao voltar o olhar para a Cruz, o Papa destacou que naquele momento Jesus entregou na reciprocidade Maria e o discípulo amado.

“O Evangelho nos diz que, a partir desse momento, São João, o filho amado, levou a mãe Maria ‘para a sua casa’. Assim é na tradução italiana, mas o texto grego é muito mais profundo, muito mais rico”, disse o Papa.

“Podemos traduzir: levar Maria no íntimo de sua vida, de seu ser, eis tà ìdia, na profundidade do seu ser. Levar consigo Maria significa introduzi-la na dinâmica completa da própria existência –não é algo exterior– e em tudo o que constitui o horizonte de seu apostolado.”

De acordo com o Papa, assim se compreende “como a peculiar relação de maternidade existente entre Maria e os sacerdotes constitui a fonte primária, a razão fundamental da predileção que ela tem por cada um deles”.

“Maria os prefere, de fato, por duas razões: porque eles são mais parecidos com Jesus, amor supremo de seu coração, e também porque, como Ele, estão envolvidos na missão de proclamar, testemunhar e dar Cristo ao mundo.”

“Pela própria identificação e conformação sacramental a Jesus, Filho de Deus e Filho de Maria, cada sacerdote pode e deve sentir-se realmente filho amado desta suprema e humilde Mãe”, disse Bento XVI.


Fonte: Zenit.

Patriarcado de Lisboa destaca Palavra de Deus



No Programa Diocesano de Pastoral

O Cardeal-Patriarca de Lisboa, Dom José Policarpo, espera continuar a acentuar o papel da Palavra de Deus na edificação da Igreja, com o Programa Diocesano de Pastoral 2009-2012.
Segundo informa Agência Ecclesia, o desejo foi expresso na introdução do calendário do novo ano pastoral, que terá como tema inspirador “Assumir a Palavra de Deus como luz para a vida: alimento da oração, forma da comunidade e sustento da missão”.
“Se este ano, na linha do último Sínodo dos Bispos, continuamos a acentuar o papel da Palavra de Deus na edificação da igreja, é porque sabemos que quanto mais profundamente acolhermos a Palavra, melhor celebraremos os sacramentos, nos abriremos à experiência da oração, daremos testemunho, na vida, da novidade cristã e ensinaremos os cristãos a ler a realidade e a história à luz da fé”, explica o cardeal.
Na introdução ao programa de pastoral, Dom José Policarpo assinala que “o objetivo fundamental é sempre o mesmo, edificar a Igreja, corpo de Cristo”.
Por isso, acrescenta, “a programação pastoral tem de incluir, na especificidade de cada Ano, a continuidade das opções pastorais dos anos anteriores”. Exemplificando, o Patriarca de Lisboa alude à vivência do Ano Paulino, que “não pode ser um capítulo encerrado”.
Dom José Policarpo aborda também a questão dos sacramentos. “Temos de dar prioridade à lógica da graça e à natureza sobrenatural da vida cristã, para que a Igreja possa ser, no mundo de hoje, um sinal do Reino de Deus, interpelante e motivador de esperança”, afirma.

Fonte: Zenit.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Igreja no Brasil promove semana da família




A Igreja no Brasil celebra desde ontem a Semana Nacional da Família. Esta edição do evento tem como tema “Família, Igreja Doméstica, Caminho para o Discipulado”.
Segundo informa a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), a Semana acontece desde 1992 e o seu objetivo é defender e promover a família. Durante esta semana, as paróquias e comunidades de todo o país se engajam no evento por meio de palestras, orações, discussões e passeatas.
Segundo o assessor da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB, padre Luís Antônio Bento, os sete dias de evento vão destacar os valores da família para a sociedade e “salientar a sua importância, que, talvez mais que outras instituições, tem sido posta em questão pelas amplas, profundas e rápidas transformações da sociedade e da cultura”.
Para auxiliar as comunidades e paróquias que participarão da Semana Nacional da Família, a Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família e a Comissão Nacional da Pastoral Familiar lançaram o subsídio “Hora da Família”.
A obra, que já está em sua 13ª edição, com uma tiragem de 190 mil exemplares, apresenta reflexões sobre temas familiares e traz sugestões de celebrações e reflexões sobre o Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia do Catequista, Dia do Nascituro.

Fonte: Zenit.

Um simples padre de aldeia



Cardeal Odilo Scherer narra trajetória de São João Maria Vianney

Publicamos o artigo do arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer, sobre São João Maria Vianney, difundido hoje pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
* * *
A Igreja recorda o 150º aniversário da morte de São João Maria Vianney, o Cura de Ars, falecido em 4 de agosto de 1859. Para a maioria dos leitores, certamente, trata-se de um ilustre desconhecido. Então vamos situá-lo no tempo e no espaço: de fato, os “santos” católicos não são personagens imaginários nem produto da fantasia, mas pessoas reais e históricas.
Nasceu em 8 de maio de 1786, em Dardilly, ao norte de Lyon. Na França ouviam-se discursos inflamados por toda parte contra a burguesia e o regime absolutista, reclamando por uma nova ordem social e política; a Bastilha já balançava e a Revolução Francesa estava para explodir. Também contra o clero as invectivas eram virulentas: no velho regime, boa parte dele formava uma classe à parte e tinha muitos privilégios. A bem da verdade, porém, deve-se dizer que, na mesma época, na França, também floresciam por toda parte obras sociais suscitadas e mantidas pelo clero e pelas organizações da Igreja para o benefício do povo esquecido e explorado.
Nesse contexto, o jovem Vianney quis ser padre. Não era sem riscos, pois a vigilância da polícia revolucionária estava por toda parte. Durante vários anos, favoráveis e contrários à Revolução dividiam dolorosamente a Igreja; símbolos religiosos eram varridos dos espaços públicos por uma onda de intolerância religiosa, em nome do Estado laico instaurado pela Revolução; padres foram perseguidos, jogados na cadeia e também assassinados. Quando a paz voltou, Vianney, já com 20 anos, foi ser alfabetizado; queria estudar e na sua aldeia não havia escola. Teve sérias dificuldades nos estudos, sobretudo por causa do latim, matéria obrigatória para os estudos eclesiásticos e para o desempenho das funções sacerdotais. Já houve quem o descreveu como “burrinho”, talvez por desprezo, pois sem inteligência ele não era. Ao visitar sua humilde casa paroquial em Ars, ainda hoje existente, eu mesmo pude observar ali vários livros bem volumosos, que lhe pertenceram, sublinhados e anotados à margem. Eram até muitos para uma época em que os livros não eram abundantes nem acessíveis, como hoje.
Foi ordenado padre em 13 de agosto de 1815, com 29 anos de idade. Pouco mais tarde, o arcebispo de Lyon enviou-o para Ars, camponesa numa região de bons vinhos, como o Beaujolais... Não longe de lá, vê-se ainda o que sobrou da abadia beneditina de Cluny, importantíssimo na vida religiosa e civil da França durante vários séculos. Foi destruída no tempo da Revolução; depois, uma parte pequena foi reerguida, o resto continua em ruínas. Ars, com cerca de 370 habitantes, tinha fama de “terra sem Deus”, onde fé cristã e as práticas religiosas tinham caído no esquecimento. Muitos padres largaram o serviço da Igreja, trocando o altar pelas barricadas e o catecismo pelas baionetas; a mentalidade iluminista, o anti-clericalismo e os preconceitos contra a religião haviam lançado raízes também naqueles ermos distantes de Paris.
Ao ser nomeado, o Cura recebeu esta recomendação: “em Ars não há muito amor a Deus, mas o senhor o despertará!” Era como ser mandado ao deserto, para fazê-lo reflorir... O Cura não se deixou desanimar e acolheu o encargo como missão recebida de Deus, pondo-se logo a trabalhar. Visitava as famílias e as pessoas doentes, rezava muito, estava sempre na igreja, dentro da qual até instalou seu simples dormitório, celebrava as missas, atendia as confissões... No início, ficava praticamente sozinho; aos poucos, porém, o povo reconheceu nele um homem de Deus. Nos últimos anos de sua vida chegava a passar 16 horas por dia no confessionário. Seu modo de falar de Deus (le bon Dieu), sua fé límpida e a bondade no trato com todos chamaram a atenção. Seu amor pelos pobres era concreto: dava-lhes tudo, até suas roupas, e o dinheiro nem esquentava em suas mãos, mas era passado logo aos pobres. Em 1824, fundou a Casa da Providência, inicialmente, uma escola para meninas em geral e, em seguida, só para meninas abandonadas; nesta obra, Vianney conseguiu agregar a solidariedade de muitas pessoas.
A obscura aldeia de Ars, aos poucos, tornou-se conhecida em toda a região e até nos palácios de Paris. O povo chegava em peregrinações para ver e ouvir o humilde Cura. Eram pessoas simples e também instruídas, que não mediam sacrifícios para ouvirem suas pregações e conselhos, para receberem sua bênção, rezarem com ele... Outros famosos talvez ostentavam obras bem mais vistosas, faziam discursos eruditos, contavam com o poder do dinheiro e da força política. Ele não tinha nada disso para impressionar as massas. Por qual motivo, então, o povo o procurava? Por qual desejo esperavam horas e horas na fila para se confessarem com ele? Em 1830 passaram por Ars quase 30 mil pessoas, querendo encontrar o Cura; em 1840 começou a funcionar diariamente um serviço de diligências, que partiam diretamente de Lyon para Ars. Por que o povo queria ir para Ars? Para ver o quê?
Para alguns, a resposta a estas perguntas intrigantes pode ser ainda mais intrigante: para ver um simples padre de aldeia, que lhes falava do “bom Deus”. Sem milagres nem mistificações. Ele mesmo era um homem de Deus, que comunicava o fascínio do amor de Deus às pessoas e diante do qual até os pecadores mais empedernidos caíam de joelhos, pediam o perdão de seus pecados e recebiam a paz da consciência.
Por decisão de Bento XVI, Vianney é o patrono de todos os sacerdotes, comemorado cada ano no dia 4 de agosto. Ainda hoje, muitos padres, a exemplo do Cura de Ars, nos campos e nas metrópoles, gastam a vida falando do bom Deus e servindo aos irmãos. Foi pensando neles que escrevi este artigo.

Cardeal Odilo Pedro Scherer

Arcebispo de São Paulo

Fonte: Zenit.

Bispo brasileiro preside à peregrinação de agosto em Fátima



Evento dá destaque à figura do migrante e do refugiado

O bispo auxiliar da arquidiocese de Porto Alegre (Brasil) D. Alessandro Carmelo Ruffinoni preside à Peregrinação Internacional de Agosto ao Santuário de Fátima, nos próximos dias 12 e 13.
O evento terá como tema: "Tudo o que é justo e puro, tudo o que é amável e de boa reputação é o que deveis ter no pensamento" (Fil 4, 8) e centra-se na questão dos migrantes e refugiados. Dom Alessandro Ruffinoni é o responsável na CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) pela Pastoral dos Brasileiros no Exterior.
Em entrevista ao departamento de imprensa do Santuário de Fátima, o bispo explicou que, por ser missionário Scalabriniano, sua vida e seu meu trabalho como sacerdote foi sempre neste carisma de trabalhar no mundo das migrações.
“Como bispo recebi da CNBB a tarefa de facilitar a presença de sacerdotes brasileiros para acompanhar as comunidades brasileiras espalhadas no mundo (estima-se que haja 4 milhões de brasileiros no mundo)”, destaca.
Segundo o prelado, a realidade da mobilidade humana constitui o maior movimento de pessoas de todos os tempos.
“Não há lei que possa deter este fenômeno que é antigo quanto a humanidade. O migrante não pode ser visto como problema nem pela Igreja, nem pelo Estado. Na Igreja ninguém é estrangeiro. Ela é como uma mãe que acolhe, estima e valoriza a todos, porque todos são seus filhos e filhas.”
“O pai dos migrantes, João Batista Scalabrini dizia: ‘...emigra o homem, guiado pela Providência...’. Os migrantes são muitas vezes ocasião de comunhão, diálogo, integração. Eles não só precisam de acolhida e trabalho, mas também eles levam consigo uma riqueza de fé, de cultura e tradições que enriquecem os povos que os acolhem”, afirmou o bispo.

Fonte: Zenit.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Não Transforme o homem em um deus



Bento XVI recebeu esta manhã cerca de 4 mil fiéis e peregrinos, no pátio da residência de Castel Gandolfo, para a oração dominical do Ângelus.
Assim como no domingo passado, hoje também – no contexto do Ano Sacerdotal – o papa meditou sobre alguns santos recordados pela liturgia nestes dias: Santa Clara de Assis e dois mártires executados no campo de Auschwitz: Santa Teresa Benedita da Cruz - Edith Stein, judia convertida ao catolicismo, e São Maximiliano Kolbe, filho da Polônia.
“Estes santos – lembrou o papa – são testemunhas da caridade que ama até o fim, não levando em conta o mal recebido, mas combatendo-o com o bem. Devemos – especialmente nós, sacerdotes – nos inspirar neles, em seu heroísmo evangélico que nos leva, sem temer, a darmos a vida pela salvação das almas. O amor vence a morte” – proclamou Bento XVI, recordando que todos os santos, especialmente os mártires, são testemunhas de Deus, que é amor: Deus caritas est.
Nascido na Baviera, em 1927, Bento XVI afirmou que os campos de concentração nazistas, como todo campo de extermínio, podem ser considerados símbolos extremos do mal, do inferno que se abre sobre a terra quando o homem se esquece de Deus e se substitui a Ele, apropriando-se do direito de decidir o que é o bem e o que é o mal, de dar a vida e a morte. Infelizmente, no entanto, este triste fenômeno não se limita aos campos de concentração. São o ápice de uma realidade ampla e muito comum, que tem confins indefinidos”.
Bento XVI sublinhou as divergências existentes entre o humanismo ateu e o humanismo cristão; uma antítese que se verificou em toda a história, mas que no fim do segundo milênio alcançou seu ponto mais crucial.
“Por um lado, existem filosofias e ideologias, mas cada vez mais há modos e pensar e agir que exaltam a liberdade como único princípio do homem, como alternativa a Deus, transformando o homem em um deus, mas é um deus errado, que se comporta arbitrariamente. Por outro, existem os santos, que, praticando o Evangelho da caridade, dão razão à sua esperança; apresentam o verdadeiro rosto de Deus, que é Amor, e ao mesmo tempo, o rosto autêntico do homem, criado à imagem e semelhança divina”.
Antes de rezar a oração mariana, o papa pediu para rezarmos a Nossa Senhora a fim de sermos santos como estas heróicas testemunhas da fé e da entrega de si, até o martírio. “Este é – completou Bento XVI – o único modo para oferecermos aos interrogativos humanos e espirituais suscitados pela crise do mundo atual, uma resposta crível e exaustiva: a da caridade na verdade”.
Depois de rezar o Ângelus com os fiéis, o papa fez suas saudações em várias línguas, recordando o testemunho dos santos e desejando a todos um bom domingo.
Em conexão televisiva ao vivo com a Polônia, Bento XVI se disse particularmente próximo aos fiéis que nestes dias de agosto fazem peregrinação a pé ao Santuário de Nossa Senhora de Jasna Gora, em Czestochowa, e a outros santuários marianos.
“Que seu caminho traga frutos abundantes: a conversão dos corações, o dom da divina misericórdia e a proteção de Nossa Senhora. Confio às suas orações o meu ministério universal e as intenções da Igreja”.
Com sempre, o pontífice concedeu a sua bênção a todos os fiéis presentes, bem como aos que o acompanharam pelo rádio e pela televisão. (CM)

Fonte: Rádio Vaticano

Décimo nono domingo do tempo comum

Jo 6, 41-5

"Quem come deste pão viverá para sempre”
No texto de hoje, nos encontramos no meio do discurso de Jesus sobre o “Pão da Vida”. O gancho que João usa para pendurar o discurso é o pedido dos judeus em v. 35: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”. Em resposta, Jesus começa o seu grande discurso. Divide-se em duas partes. Na primeira parte (vv. 35-50), que inclui o texto de hoje, o pão celestial que nos nutre é a revelação ou o ensinamento de Jesus (o tema sapiencial); na segunda parte (vv. 51-58) será a eucaristia (tema sacramental). O redator da comunidade joanina combinou “o pão do céu” com o material eucarístico da Última Ceia e assim formou a segunda parte do discurso como um paralelo à primeira. Isso explica a ausência de um relato da instituição da eucaristia nos textos da Ceia em João - pois o seu conteúdo básico foi colocado aqui.Como os seus antepassados murmuravam no deserto contra o pão que Deus mandava - o maná - agora eles se queixam do novo maná. Aqui logo aparece uma característica do João - a ironia. Os judeus (aqui se entende as autoridades judaicas e não o povo judeu) dizem que conhecem a origem de Jesus, pois só pensam na sua família de origem; e Jesus mostra que na verdade não a conhecem, pois eles não viram o Pai, a sua verdadeira origem. Aqui também aparece em v. 47 - mais uma característica joanina - a escatologia realizada. Enquanto para os Sinóticos o juízo é algo que acontece no último dia, para João, frequentemente, já aconteceu, pois a pessoa é salva ou condenada já, pela sua aceitação ou não de Jesus como o Filho de Deus.Aqui, de novo, João nos dá o que talvez seja uma variante das palavras da instituição da eucaristia: “O pão que eu vou dar é a minha própria carne, para que o mundo tenha a vida” (v. 51). João enfatiza que o Verbo Divino se tornou carne e tem entregado a sua carne como alimento da vida eterna.O texto não é fácil, pois é extraído de um discurso muito mais comprido e que forma uma unidade. Mas está ligado à multiplicação dos pães - a participação eucarística no corpo e sangue de Jesus exige uma vivência de partilha e solidariedade. Esse tema é caro a João e é retomado na sua Primeira Carta.

Fonte: Pe. Tomaz Hughes SVD

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Bento XVI alenta solidariedade na Argentina


Durante a campanha “Mais por Menos”


Bento XVI enviou uma saudação aos promotores, colaboradores e participantes da campanha “Mais por Menos”, que favorece a solidariedade com os pobres na Argentina.

A coleta, em sua quadragésima edição, acontece em setembro, com o lema “Mais solidariedade por menos exclusão”.

Segundo informa AICA, o Papa alentou os cristãos a um “esforço solidário que contribua a reduzir o escândalo da pobreza e da iniquidade social, dando assim cumprimento às exigências evangélicas que exortam a fazer possível uma sociedade mais justa e solidária”.

“Com estes desejos, o Santo Padre manifesta sua viva gratidão aos que contribuírem com o bom resultado desta campanha”, sublinha a mensagem encaminhada ao episcopado argentino pelo núncio apostólico, Dom Adriano Bernardini.

Após encomendar os argentinos à proteção de Nossa Senhora de Luján, patrona nacional, o Papa envia com afeto a bênção apostólica.


Fonte: Zenit.

Igreja recorda Paulo VI31 anos da morte do Papa Montini31 anos da morte do Papa Montini



31 anos da morte do Papa Montini

O Papa Paulo VI foi recordado hoje, no 31º aniversário de sua morte, na Basílica de São Pedro, com uma missa presidida pelo cardeal arcipreste Angelo Comastri.
Castel Gandolfo, onde Bento XVI transcorre o período de verão boreal, também fez memória do Papa Giovanni Battista Montini, com uma Eucaristia na Paróquia de São Tomás de Villanova, celebrada pelos bispos de Palestrina, Dom Domenico Sigalini, e de Albano, Dom Marcello Semeraro, segundo informa Rádio Vaticano.
No Angelus de domingo passado, ao propor modelos de espiritualidade para o Ano Sacerdotal, Bento XVI apontou a figura de Paulo VI.
“A sua vida, tão profundamente sacerdotal e rica de tanta humanidade, permanece na Igreja como um dom do qual dar graças a Deus”, disse o Santo Padre.
Bento XVI rogou que a Vigem Maria ajude os sacerdotes de hoje a “serem totalmente enamorados de Cristo”, seguindo o exemplo do Papa Montini e de santos como o Cura d’Ars.
Giovanni Battista Montini nasceu em Concesio, província de Brescia, a 26 de setembro de 1897. Morreu em Castel Gandolfo, a 6 de agosto de 1978. Foi papa de 21 de junho de 1963 até a data de sua morte. Esteve à frente da Igreja Católica durante a maior parte do Concílio Vaticano II e foi decisivo na aplicação prática de suas orientações, segundo recorda breve biografia difundida por Rádio Vaticano.
Montini entrou no seminário em 1916 e foi ordenado em 1920. Estudou na Universidade Gregoriana, na Universidade de Roma e na ‘Accademia dei Nobili Ecclesiastici’. Seu talento o levou à Cúria Romana: em 1937 foi nomeado Substituto para Assuntos Correntes pelo cardeal Pacelli, secretário de Estado da Santa Sé no papado de Pio XI.
Em 1954, foi nomeado arcebispo de Milão, cargo que lhe conferiu maior experiência pastoral. No consistório de 1958, João XXIII o elevou à dignidade cardinalícia. Foi eleito papa em 21 de junho de 1963, após a morte de João XXIII.
Foi o primeiro papa a viajar de avião: fez viagens a Terra Santa, Índia, Portugal, Turquia, Colômbia, Suíça, Uganda, Filipinas, Austrália, e visitou a ONU. Encerrou o Concílio Vaticano II, aberto pelo Papa João XXIII, implementando posteriormente as suas reformas e medidas que visavam a renovar a Igreja Católica.
O Papa Paulo VI escreveu a encíclica Humanae vitae, documento que se constituiu num marco da Doutrina da Igreja nas questões sobre aborto, esterilização e regulação da natalidade por métodos artificiais, e cuja doutrina serviu de base para vários documentos pontifícios posteriores sobre os temas da família, da ética conjugal e da bioética.


Fonte: Zenit.

Superando as diferenças

O mundo de Don Camillo, de Giovannino Guareschi

Por Elizabeth Lev

O poeta romano Horácio registrou em sua lírica o tempo mágico do “otium”, um período de pacífica ociosidade e descanso que permite o fortalecimento espiritual para o dia-a-dia. Pretendo usar este tempo de tranquilidade para a leitura, e, nestas férias de verão europeu, eu felizmente abri o primeiro livro que despertou minha paixão pela Itália.
“Don Camillo e o seu pequeno mundo”, escrito pelo italiano Giovannino Guareschi, oferece uma refrescante perspectiva da política, religião e amizade em uma idade em que estes três campos parecem irreconciliáveis. As histórias de Guareschi, escritas quando as paixões eram fortes e as barreiras eram mais altas do que hoje, refletem a forma como o direito somado à esperança, à humanidade e ao humor pode vencer qualquer ideologia.
Guareschi nasceu na região italiana da Emilia Romagna, no início do século XX. Sua vida atravessou as duas Guerras Mundiais, assim como a ascensão do comunismo e do fascismo. Foi um provocador. Suas críticas ao governo Mussolini lhe renderam o ingresso forçado no exército italiano e três anos em uma prisão polonesa.
Retornou ao norte da Itália justamente no ápice dos embates entre os comunistas e os democrata-cristãos pelo controle da Itália. As tensões eram fortes entre as duas partes, os democrata-cristãos afirmando que os filhos dos comunistas tinha sido apropriados pelo Estado, enquanto os extremistas da esquerda atacavam os sacerdotes e proprietários de terra, seus maiores inimigos de classe.
Nesse clima volátil, Guareschi lançou suas sátiras tanto ao primeiro grupo quanto ao segundo, expondo os pontos fracos de ambos lados. Com isso, ajudou a diminuir as tensões entre as violentas oposições. As obras de Guareschi foram vitais para a derrota do Partido Comunista na histórica eleição de 1948. Essas histórias se tornaram extremamente populares e beneficiaram ensinamentos como os do Papa João XXIII, cujo tom pastoral refletia uma presença paternal amorosa em um mundo repleto de ódio.
As mais famosas histórias de Guareschi foram as de Don Camillo, um pároco na pequena aldeia de Reggio, em Emilia Romagna, e seu rival Peppone, o prefeito comunista da cidade. Este contraste é o ambiente de confrontos políticos e calorosos momentos de cumplicidade guiados pelo Cristo crucificado que do altar serve de moderador de consciência para Don Camillo e o tolo Peppone.
Don Camillo e Peppone formam a profunda fronteira do movimento da resistência italiana durante a Segunda Guerra. Peppone representa os "partigiani", enquanto Don Camillo encarna o capelão. O ódio pós-guerra contra os fascistas (Mussolini foi de Emilia Romagna) empurraram a região para um triângulo comunista entre Parma, Bolonha e Ferrara. Don Camillo e Peppone chocam-se constantemente, em confrontos que às vezes escapam do verbal para o físico. Mas apesar das suas diferenças, quando confrontados com questões fundamentais como a vida e a morte, o verdadeiro e o falso, eles acabam ficando do mesmo lado.
Don Camillo é frequentemente tentado pelo orgulho a permitir que a política ultrapassar o seu dever com as almas, mas, felizmente, Cristo está sempre lá para chamá-lo de volta ao caminho certo. Em um memorável episódio, Don Camillo tenta justificar o seu comportamento pecaminoso, usando uma inteligente retórica familiar com muitos políticos. Cristo o repreende dizendo: "Estas são as sutilezas dos sofistas... sem você perceber o diabo ganhou vida em ti e mistura suas palavras com as dele". Um breve período de jejum restaura a saúde espiritual de Don Camillo.
Minha história favorita está próxima do final do livro. No Natal que se aproxima, os comunistas estão-se tornando mais intolerantes com Don Camillo, que acaba de escapar de um atentado a bala. A frágil fronteira respeitosa entre ambos lados parece estar prestes a ruir. Na véspera de Natal, um oprimido Peppone, sem saber para onde se dirigir, acaba por se encaminhar à casa de Don Camillo. Os dois homens sentam-se em lados opostos da mesa, as fortes mãos ocupadas ternamente com as figuras do presépio. Esta simples mas eficaz atividade lentamente cura as feridas entre os dois homens e pacifica os caminhos na pequena aldeia do rio Po, trazendo esperança a todos aqueles que seguem o Príncipe da Paz.
* * *
[Elizabeth Lev ensina arte cristã e arquitetura no campus Italiano da Universidade de Duquesne e no programa de estudos católicos da Universidade de São Tomás]

Fonte: Zenit.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Brasil: campanha pela ética na política intensifica coleta de assinaturas

Projeto Ficha Limpa espera recolher 300 mil assinaturas em 30 dias

Após alcançar a marca de 1 milhão de assinaturas, a Campanha Ficha Limpa volta-se para as últimas 300 mil assinaturas, a fim de que a iniciativa possa ser enviada ao Congresso Nacional brasileira como um Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PL) em prol da ética na política.
Segundo informa a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), uma ampla coleta de assinaturas será realizada entre os dias 7 de agosto e 7 de setembro, em todo o país. O objetivo é colher 300 mil assinaturas em 30 dias.
O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) promoverá uma agenda de mobilizações e atos culturais ao longo deste mês com a expectativa de finalizar a coleta e encaminhar o PL à Câmara dos Deputados em setembro.
A Campanha Ficha Limpa foi lançada em abril de 2008, na Assembleia Geral da CNBB e desde então conta com um apoio crescente de diversos segmentos da sociedade.
Mais informações em http://www.lei9840.org.br/

Fonte: Zenit.

Da “ditadura do racionalismo” à “ditadura do relativismo

Bento XVI destaca força profética do testemunho de São João Maria Vianney

Ao apresentar hoje aos peregrinos a figura de São João Maria Vianney, Bento XVI destacou que o santo é mais que um simples exemplo da espiritualidade devocional do século XIX. Seu testemunho reveste-se de força profética, “que marca sua personalidade humana e sacerdotal de uma altíssima atualidade”.
O Papa explicou na audiência geral em Castel Gandolfo que, na França pós-revolucionária, período da atividade apostólica do Cura d’Ars, vivia-se “uma espécie de ‘ditadura do racionalismo’, empenhada em apagar a presença dos padres e da Igreja na sociedade”.
A “singular e fecunda criatividade pastoral” do Cura d’Ars estava pronta para demonstrar que o racionalismo, então imperante, estava na realidade “distante de satisfazer as necessidades autênticas do homem”.
Bento XVI assinalou que, após 150 anos da morte do santo francês, “os desafios da sociedade moderna não são menos exigentes, talvez até se tornaram mais complexos”.
“Se naquele tempo havia a ‘ditadura do racionalismo’, hoje se registra em muitos ambientes uma espécie de ‘ditadura do relativismo’”, disse.
Segundo o Papa, ambas “lançam respostas inadequadas à justa procura do homem por usar de modo pleno a razão como elemento distintivo e constitutivo da própria identidade”.
“O racionalismo foi inadequado porque não levou em conta os limites humanos e aspirou a elevar apenas à razão a mistura de todas as coisas, transformando-as em uma ideia.”
Já o relativismo contemporâneo “mortifica a razão, porque de fato chega a afirmar que o ser humano não pode conhecer nada com certeza além do campo científico positivo”.
“Hoje, como então, o homem, mendicante de significado e completude, sai em contínua busca das respostas exaustivas às questões de fundo que não cessam de se colocar”, disse o pontífice.
Diante desta “sede de verdade que arde no coração humano”, Bento XVI indicou que os sacerdotes busquem formar “genuínas comunidades cristãs”, capazes de abrir “a todos o caminho para Cristo”.
“O ensinamento que a este propósito continua a transmitir o Santo Cura d’Ars é que, na base de tal empenho pastoral, o sacerdote deve cultivar uma íntima união pessoal com Cristo, fazendo-a crescer dia após dia”, disse.

Fonte: Zenit.