sábado, 31 de janeiro de 2015

90% dos italianos aprovam Papa Francisco

O Papa Francisco está marcando o coração dos italianos. Confirma o relatório italiano Eurispes 2015, que mostra que 89,6% dos habitantes do país aprecia o Papa e acredita que ele está dando um novo impulso à Igreja Católica.
Simultaneamente ao crescimento da popularidade de Francisco, diminui a confiança dos italianos em relação às instituições. Os mais atingidos pelo que muitos chamam de "efeito Bergoglio" são os jovens: o consenso dobrou entre 18 e 24 anos de idade (de 27,1% para 51,1%) e entre 25 e 34 anos de idade (de 34,3 % para 53,5%).
As pessoas que mais gostam do Papa – revela a Eurispes – são as viúvas (77,3%) e os casados (69,9%). Aumenta o crédito com os separados / divorciados (63,6%). Quase um "plebiscito" italiano (89,6%) acredita que o Santo Padre está dando um novo ânimo à Igreja. O valor é 2,5% maior em relação ao ano passado.

Fonte: Zenit.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Os novos arcebispos receberão o pálio nas suas dioceses, não mais em Roma

A notificação enviada pela Santa Sé a todas as Nunciaturas Apostólicas anuncia a decisão do Papa Francisco de alterar a modalidade de imposição do pálio, faixa de lã branca bordada com cruzes pretas, simbolizando as ovelhas nos ombros do Bom Pastor. É usado pelo Papa e pelos arcebispos metropolitanos como sinal de comunhão.
Como revelado pelo site Vatican Insider, não será mais o Bispo de Roma que fará a imposição do Pálio aos novos arcebispos metropolitanos nomeados nos últimos doze meses, durante a missa celebrada pelo Papa em São Pedro a cada 29 de junho, festa dos santos Pedro e Paulo. A imposição do pálio ficará a cargo do núncio apostólico nas respectivas dioceses de origem. Uma forma, destaca a matéria, para "melhorar a sinodalidade".
O Vatican Insider mostra um trecho do comunicado do Vaticano, assinado em 12 janeiro de 2015 por Mons. Guido Marini, mestre de cerimônias pontifícias: "O Papa pede que o pálio abençoado na Missa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo seja imposto aos arcebispos metropolitanos em suas dioceses de origem por um seu representante".
Os novos arcebispos estarão presentes na Missa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, 29 de junho, quando receberão o pálio "de forma privada pelas mãos do Santo Padre". Portanto, foi cancelado a imposição oficial durante o rito, caracterizado por uma fila de novos arcebispos que se ajoelham diante do Papa e recebem o pálio nos ombros. Semelhante cerimônia ocorrerá nas igrejas locais.
"O Santo Padre - continua a carta de Mons. Marini – confere o mandato apostólico" para impor o pálio durante uma celebração “com a participação dos bispos das dioceses sufragâneas". A alteração na modalidade de imposição do antigo símbolo- que como emblema episcopal remete ao século IV, sendo mais antigo do que a mitra– na intenção do Papa Francisco comunicada às Nunciaturas, é "incentivar a participação da Igreja local" neste momento "importante" para sua vida e sua história.
Esta é a segunda decisão sobre o pálio introduzida por Francisco. Em 2014, segundo ano de seu pontificado, o Papa decidiu vestir o pálio tradicionalmente usado pelos Papas nos últimos séculos, idêntico ao dos arcebispos.
Este tipo de pálio foi usado pelos Papas até 2005, quando, durante o período da sede vacante, o ex-mestre de cerimônias Piero Marini confeccionou para o Papa um pálio de tamanho muito maior, não mais simétrico, para ser apoiado em um dos ombros, adornado com cruzes vermelhas. Modelo que corresponde àqueles dos primeiros séculos, como representado em alguns mosaicos da era bizantina. Este foi alterado novamente por Bento XVI, que, no entanto, não voltou ao modelo anterior mas usou outro um pouco diferente do apresentado por Mons. Marini.

Fonte: Zenit.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

O inalienável valor da vida e da dignidade humana transcende qualquer finalidade econômica

A Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), divulgou hoje, 28 de janeiro, nota por ocasião do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. A data foi criada em 2004 - lê-se em nota da CNBB- presta homenagem a quatro auditores do Ministério do Trabalho e Emprego, assassinados quando investigavam a suspeita de uso de mão de obra escrava em fazendas de feijão em Unaí (MG).
 
Confira a íntegra do texto:

Nota por ocasião do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo

A Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, neste Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, dirige uma palavra a todos os que se empenham em eliminar este crime.
Em 2014, a Campanha da Fraternidade teve como tema “Fraternidade e Tráfico Humano”, com o objetivo de identificar as práticas de tráfico humano e denunciá-las como violação da dignidade e da liberdade humana, mobilizando cristãos e a sociedade brasileira para erradicar esse mal, com vistas ao resgate da vida dos filhos e filhas de Deus.
A exploração do ser humano, através do trabalho escravo, é um grave desrespeito à pessoa humana, especialmente ao direito de trabalhar em condições dignas, recebendo um salário justo. O trabalho é dimensão constitutiva do ser humano e não oportunidade para a violação da sua dignidade.
A sociedade tem a tarefa de conduzir-se por uma economia que preze a dignidade humana, acima de tudo. Isto implica, entre outras coisas, em eliminar a prática do trabalho escravo em qualquer faixa etária, nas diferentes relações de trabalho, seja na agropecuária, na construção civil, na indústria têxtil, nas carvoarias, nos serviços hoteleiros e em serviços domésticos. Os migrantes e imigrantes estão mais expostos à essa exploração, devido à sua situação de vulnerabilidade e a necessidade de trabalhar para prover seu próprio sustento e o de sua família.
Urge reafirmar, de forma inequívoca, o inalienável valor da vida e da dignidade humana que transcende qualquer finalidade econômica. Preocupa-nos a tramitação, no Congresso Nacional, de tratativas visando revisar a definição legal do trabalho escravo, sob pretexto de regulamentar a Emenda Constitucional 81/2014 (confisco da propriedade flagrada com trabalho escravo), bem como os ataques recentes à Lista Suja, um instrumento valioso no combate ao trabalho escravo. Não se pode, em hipótese alguma, retroceder na política nacional de combate ao trabalho escravo, iniciada há 20 anos.
Insistimos no compromisso do Estado brasileiro de continuar adotando medidas firmes que inibam a prática do trabalho escravo. Neste aniversário da trágica chacina de Unaí-MG, que ceifou a vida de quatro funcionários do Ministério do Trabalho, reitera-se o apelo a que se esmere na proteção e defesa dos que lutam pelo fim do trabalho escravo. A garantia da reinserção, na sociedade, das pessoas libertadas, também requer atenção e adoção de políticas facilitadoras deste processo.
Lembramos a todos as palavras do Papa Francisco, por ocasião do Dia Mundial da Paz - 2015: “Lanço um veemente apelo a todos os homens e mulheres de boa vontade e a quantos, mesmo nos mais altos níveis das instituições, são testemunhas, de perto ou de longe, do flagelo da escravidão contemporânea, para que não se tornem cúmplices deste mal, não afastem o olhar à vista dos sofrimentos de seus irmãos e irmãs em humanidade, privados de liberdade e dignidade, mas tenham a coragem de tocar a carne sofredora de Cristo, o Qual Se torna visível através dos rostos inumeráveis daqueles a quem Ele mesmo chama os «meus irmãos mais pequeninos» (Mt 25, 40.45)”.
Jesus Cristo, que habitou o coração de Santa Bakhita, a escrava que testemunhou a esperança, nos anime a proclamar que a vida e a dignidade de todas as pessoas passam pelo trabalho digno e sua justa valorização.

Brasília, 28 de janeiro de 2015

Dom Guilherme Werlang

Bispo de Ipameri - GO

Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o serviço da Caridade, da Justiça e da Paz

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Papa recebe um transexual no Vaticano

No sábado, o Papa Francisco recebeu em audiência privada na Casa Santa Marta um transexual espanhol, chamado Diego Neria Lejarraga, acompanhado por seu parceiro.
A notícia foi divulgada pelo jornal Hoy, segundo o qual Diego, ‘ex-mulher’ de 48 anos, natural de Plasencia em Extremadura, teria escrito há muito tempo para o Papa contando sua dramática história pessoal e religiosa.
Na carta o transexual teria dito ao Papa que, após a mudança de sexo realizada há oito anos, ele foi fortemente discriminado por parte da Igreja. Diego, filho de uma família de católicos fervorosos, que se declara católico e praticante, queixou-se de ser rejeitado em sua cidade por pessoas que frequentam a paróquia, e que o padre teria falado com ele em um tom muito duro chamando-o de "filho do diabo".
Francisco - relata o jornal - telefonou para Diego duas vezes em dezembro. A primeira tentativa teria sido no dia da Imaculada e, em outro dia, chegaram a um acordo sobre a data da audiência. No último sábado, 24 de janeiro, portanto, foi recebido no Vaticano.
Ao jornal espanhol que revelou a história, o transexual disse que se sentia mal em seu corpo feminino desde que era criança e que tinha confidenciado ao Bispo de Plasencia Amedeo Rodriguez Magro, no qual ele encontrou "coragem, consolo e apoio".

Fonte: Zenit.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O soco, os coelhos e os pretextos

Primeiro, o soco. O grupinho “pacifista e evangélico” está escandalizado: “Nós sempre damos a outra face”, declaram. Talvez seja verdade.
Depois, a história dos coelhos. Os jovens que são pura tradição (mas será que sabem do que falam?), com a medalha de católicos perfeitos, estão feridos. Mas...
Estas reações demostram apenas ignorância, meus caros jovens. Será que nós lemos o que o papa disse? Tentamos entender? Ou só vimos as manchetes na internet, que, em muitos casos, são fuxicos miseráveis e nem um pouco inocentes de “ilustres” jornalistas ou “autodenominados” teólogos?
O papa Francisco ama a comunicação direta e não se preocupa em ser sutil, especialmente nas conversas informais. Mas ele sempre diz a verdade. Ele não se preocupa em equilibrar cada coisa que diz: ele é o papa, fala dentro de um contexto mais amplo, que é o Magistério da Igreja, e dentro do magistério pessoal, que, não custa lembrar, é o magistério petrino.
A jogada dos senhores da informação, dos vendedores de fumaça, é precisamente a de desacreditar o magistério, seja diante de quem se opõe a ele, seja diante de quem o apoia, embora vários apoiem o que lhes convém, deformando todo o sentido. Querem dividir a Igreja. “Divide et impera”, como de fato acontece. E não poucos (e bons) católicos se prestam a esse jogo. Não podemos continuar caindo na armadilha!
O papa Francisco conhece muito bem esses problemas e por isso escreveu a Evangelii gaudium, a exortação apostólica que contém as diretrizes do seu modo de agir e de todas as suas afirmações. É preciso estudá-la melhor! O papa quer evangelizar, chegar a todos, não pode usar sempre uma linguagem especializada e pomposa. Ele quer chamar a todos à conversão, começando por si mesmo.
Até os pais de muitos filhos, que o Santo Padre estima e encoraja, precisam ser chamados à conversão. Ter filhos, em si, não é garantia de nada: em muitas partes do mundo existe uma frequente irresponsabilidade com os filhos, gerados e abandonados a si mesmos e às ruas. O papa vem desses lugares, dessas situações.
E depois, meia dúzia de ocidentais que clamam o direito de insultar impunemente as religiões (ah, vejam que curioso, em particular a nossa!)... E, no mesmo país, se alguém afirma que o casamento é entre um homem e uma mulher, corre o risco de ir para a cadeia!
Mas a questão é outra. O papa é amado “independentemente”. É o sinal visível da unidade da Igreja. Ele é, na terra, a Cabeça do Corpo de Cristo entre os homens do nosso tempo. Nele a Igreja encontra unidade e é universal. Muitas confissões cristãs não têm o presente do papa e, sejamos claros, isso é algo que se faz notar. A comunidade desmorona, a Tradição se perde ou se mumifica, a Igreja se deteriora.
Santa Catarina, que é Doutora da Igreja, chamava os papas de “doce Cristo na terra”. E os papas do tempo dela foram Gregório XI e Urbano VI, ambos discutíveis e discutidos. Basta pensar que com o papa Urbano aconteceu um grave cisma. Catarina, porém, amou os dois, apoiou os dois. Se ela os chamou a honrar o seu dever, foi porque Cristo diretamente lhe deu esta ordem, que ela cumpriu de forma estritamente privada, pessoalmente ou por meio de cartas, que se tornaram públicas só depois da morte da santa e dos papas. Não eram artigos de jornal!
Diante de Pedro, mesmo que ele diga ou faça coisas que não nos agradam, só tem sentido o respeito e a gratidão. A menos que sejamos perfeitos alienados. Não é questão de ver quem tem razão, mas de considerar os papéis que Deus deu à Igreja.
Eu também, às vezes, demoro a entender o papa. Nesses casos, quando se trata de algo importante, escuto com mais atenção e leio melhor as declarações sobre o tema, porque não acho sensata a ideia de que eu tenha toda a verdade católica no bolso e o papa não.
No final das contas, estou sempre de acordo com o Santo Padre. Aprendi a compreender as preocupações dele, mesmo que inicialmente não fossem as minhas, e, assim, elas se tornaram minhas também. Além do mais, o papa é o papa. Demos graças a Deus por ele e rezemos por ele!

Fonte: Zenit.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Estamos todos ao serviço do único e mesmo Evangelho

 Abaixo a homilia pronunciada pelo Papa Francisco no final da tarde de ontem (25/01), na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, na celebração da Segundas Vésperas da Festa da Conversão de São Paulo Apóstolo, na conclusão da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.
 

Na sua viagem da Judeia para a Galileia, Jesus passa através da Samaria. Não tem dificuldade em encontrar os samaritanos considerados hereges, cismáticos, separados dos judeus. A sua atitude diz-nos que o confronto com quem é diferente de nós pode fazer-nos crescer.
Jesus, cansado da viagem, não hesita em pedir de beber à mulher samaritana. Mas a sua sede estende-se muito para além da água física: é também sede de encontro, desejo de abrir diálogo com aquela mulher, oferecendo-lhe assim a possibilidade de um caminho de conversão interior. Jesus é paciente, respeita a pessoa que tem à sua frente, revela-Se-lhe progressivamente. O seu exemplo encoraja a procurar um confronto sereno com o outro. As pessoas, para se compreenderem e crescerem na caridade e na verdade, precisam de se deter, acolher e escutar. Desta forma, começa-se já a experimentar a unidade.
A mulher de Sicar interpela Jesus sobre o verdadeiro lugar da adoração a Deus. Jesus não toma partido em favor do monte nem do templo, mas vai ao essencial derrubando todo o muro de separação. Remete para a verdade da adoração: «Deus é espírito; por isso, os que O adoram devem adorá-Lo em espírito e verdade» (Jo 4, 24). É possível superar muitas controvérsias entre cristãos, herdadas do passado, pondo de lado qualquer atitude polémica ou apologética e procurando, juntos, individuar em profundidade aquilo que nos une, ou seja, a chamada a participar no mistério de amor do Pai, que nos foi revelado pelo Filho através do Espírito Santo. A unidade dos cristãos não será o fruto de sofisticadas discussões teóricas, onde cada um tenta convencer o outro da justeza das suas opiniões. Temos de reconhecer que, para se chegar à profundeza do mistério de Deus, precisamos uns dos outros, encontrando-nos e confrontando-nos sob a guia do Espírito Santo, que harmoniza as diversidades e supera os conflitos.
Pouco a pouco, a mulher samaritana compreende que Aquele que lhe pediu de beber é capaz de a saciar. Jesus apresenta-Se-lhe como a fonte donde jorra a água viva que mata a sua sede para sempre (cf. Jo 4, 13-14). A existência humana revela aspirações ilimitadas: busca de verdade, sede de amor, de justiça e de liberdade. Trata-se de desejos apenas parcialmente saciados, porque o homem, do fundo do seu próprio ser, é movido para um «mais», um absoluto capaz de satisfazer definitivamente a sua sede. A resposta a estas aspirações é dada por Deus em Jesus Cristo, no seu mistério pascal. Do lado trespassado de Jesus, jorraram sangue e água (cf. Jo 19, 34): Ele é a fonte donde brota a água do Espírito Santo, isto é, «o amor de Deus derramado nos nossos corações» (Rm 5, 5) no dia do Baptismo. Por acção do Espírito, tornamo-nos um só com Cristo, filhos no Filho, verdadeiros adoradores do Pai. Este mistério de amor é a razão mais profunda da unidade que liga todos os cristãos e que é muito maior do que as divisões ocorridas no decurso da história. Por este motivo, na medida em que nos aproximamos humildemente do Senhor Jesus Cristo, acontece também a aproximação entre nós.
O encontro com Jesus transforma a samaritana numa missionária. Tendo recebido um dom maior e mais importante do que a água do poço, a mulher deixa lá o seu cântaro (cf. Jo 4, 28) e corre a contar aos seus compatriotas que encontrou o Messias (cf. Jo 4, 29). O encontro com Ele restituiu-lhe o significado e a alegria de viver, e a mulher sente o desejo de comunicá-lo. Hoje, há uma multidão de homens e mulheres, cansados e sedentos, que nos pedem, a nós cristãos, para lhes dar de beber. É um pedido a que não nos podemos subtrair. Na chamada a ser evangelizadores, todas as Igrejas e Comunidades eclesiais encontram uma área essencial para uma colaboração mais estreita. Para se poder cumprir eficazmente esta tarefa, é preciso evitar de fechar-se em particularismos e exclusivismos e também de impor uniformidade segundo planos meramente humanos (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 131). O compromisso comum de anunciar o Evangelho permite superar qualquer forma de proselitismo e a tentação da competição. Estamos todos ao serviço do único e mesmo Evangelho!
E, neste momento de oração pela unidade, gostaria de recordar os nossos mártires hoje. Eles dão testemunho de Jesus Cristo e são perseguidos e mortos, porque são cristãos, sem fazer distinção, por parte dos perseguidores, da confissão à que pertencem. São cristãos e por isso são perseguidos. Este é, irmãos e irmãs, o ecumenismo do sangue.
Com esta jubilosa certeza, dirijo as minhas cordiais e fraternas saudações a Sua Eminência o Metropolita Gennadios, representante do Patriarcado Ecuménico, a Sua Graça David Moxon, representante pessoal em Roma do Arcebispo de Cantuária, e a todos os representantes das diversas Igrejas e Comunidades eclesiais aqui congregados na Festa da Conversão de São Paulo. Além disso, saúdo com grande prazer os membros da Comissão Mista para o Diálogo Teológico entre a Igreja Católica e as Igrejas Ortodoxas Orientais, aos quais desejo um frutuoso trabalho na sessão plenária que terá lugar em Roma nos próximos dias. Saúdo também os alunos do Ecumenical Institute of Bossey e os jovens que beneficiam de bolsas de estudo oferecidas pelo Comité de Colaboração Cultural com as Igrejas Ortodoxas, operativo no Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos.
Hoje estão presentes também religiosos e religiosas pertencentes a diferentes Igrejas e Comunidades eclesiais que, nestes dias, participaram num convénio ecuménico organizado pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, em colaboração com o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, por ocasião do Ano da vida consagrada. A vida religiosa, como profecia do mundo futuro, é chamada a dar testemunho, no nosso tempo, daquela comunhão em Cristo que ultrapassa toda a diferença e é feita de opções concretas de recepção e diálogo. Consequentemente, a busca da unidade dos cristãos não pode ser prerrogativa apenas de qualquer indivíduo ou comunidade religiosa particularmente sensível a tal problemática. O conhecimento recíproco das diferentes tradições de vida consagrada e um fecundo intercâmbio de experiências podem ser úteis para a vitalidade de toda a forma de vida religiosa nas diferentes Igrejas e Comunidades eclesiais.
Amados irmãos e irmãs, hoje nós, que estamos sedentos de paz e fraternidade, com coração confiante invocamos do Pai celeste, por meio de Jesus Cristo único Sacerdote e por intercessão da Virgem Maria, do Apóstolo Paulo e de todos os Santos, o dom da comunhão plena de todos os cristãos, a fim de que possa resplandecer «o sagrado mistério da unidade da Igreja» (Conc. Ecum. Vat. II, Decr. sobre o Ecumenismo Unitatis redintegratio, 2) como sinal e instrumento de reconciliação para o mundo inteiro.

(Rádio Vaticano)

domingo, 25 de janeiro de 2015

Papa autoriza publicação de 11 decretos de novos Beatos

O Papa Francisco recebeu nesta quinta-feira, 22 de janeiro, o cardeal Angelo Amato S.D.B, prefeito da Congregação para Causa dos Santos e autorizou a publicação dos 11 decretos que publicamos a seguir:
 
- Milagre atribuído à intercessão da venerável Serva de Deus Maria Teresa Casini, Fundadora da Congregação das Irmãs Oblatas do Sagrado Coração de Jesus, que nasceu em Frascati (Itália) em 27 de outubro de 1864 e faleceu em Grottaferrata (Itália) dia 3 de abril de 1937;

- Martírio da Serva de Deus Iirmã Fidelia (Dolores Oller Angelats) e duas companheiras religiosas do Instituto das Irmãs de São José de Girona, mortas por ódio à fé entre 26 e 29 de agosto de 1936, durante a guerra civil espanhola;

- Martírio de Padre Pio Heredia e 17 companheiros e companheiras das Ordens dos Cistercienses da Estreita Observância (Trapistas) e de São Bernardo, mortos por ódio à fé, em 1936, durante a guerra civil espanhola;

- Martírio do leigo Tshimangadzo Samuele Benedetto Daswa (Bakali), morto por ódio à fé na África do Sul em 2 de outubro de 1990;

- Virtudes heroicas do Servo de Deus Padre Ladislao Bukowiński, sacerdote diocesano, nascido em Berdyczów (Ucrânia) dia22 de dezembro de 1904 e falecido em Karaganda (Casaquistão) dia 3 de dezembro de 1974;

- Virtudes heroicas do Padre Luigi Schwartz, sacerdote diocesano, fundador das Congregações das Irmãs de Maria e dos Irmãos de Cristo, nascido em Washington (Estados Unidos) dia 18 de setembro de 1930 e falecido em Manila (Filipinas) dia 16 de março de 1992;

- Virtudes heroicas da Serva de Deus Cointa Jáuregui Osés, monja, professora da Sociedade de Maria Nossa Senhora, nascida dia 8 de fevereiro em Falces (Espanha) e falecida dia 17 de janeiro de 1954 em San Sebástian (Espanha);

- Virtudes heroicas da leiga italiana Teresa Gardi, da Ordem Terceira de São Francisco, nascida dia 22 de outubro de 1769 em Imola (Itália) e falecida dia 1 de janeiro de 1837;

- Virtudes heroicas do leigo espanhol e fundador da Adoração Noturna na Espanha, Luigi Trelles y Noguerol, nascido dia 20 de agosto de 1819 em Viveiro (Espanha) e falecido dia 01 de julho de 1891 em Zamora (Espanha);

- Virtudes heroicas da leiga japonesa Elisabetta Maria Satoko Kitahara, nascida em Tokyo (Japão) dia 22 de agosto e falecida dia 23 de janeiro de 1958;

- Virtudes heroicas da leiga boliviana Virginia Blanco Tardío, nascida em Cochabamba (Bolívia) dia 18 de abril de 1916 e falecida dia 23 de julho de 1990.

Fonte: Zenit.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Ética nas comunicações é tema do 9º Mutirão Brasileiro de Comunicação

O Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom) é um projeto da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com o objetivo de partilhar experiências, conhecimentos e ideias no campo da comunicação.
O evento, que acontece a cada dois anos, levará nesta edição profissionais como o jornalista e repórter especial do Fantástico, Marcelo Canellas, que irá tratar do tema “A espetacularização da notícia”, e o jornalista Elson Faxina, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Contará ainda com a presença do padre Joãozinho, professor e diretor da Faculdade Dehoniana, e do padre Gildásio Mendes, professor e autor de livros sobre comunicação, mídias digitais, educação e espiritualidade.
O Muticom acontecerá na cidade de Vitória (ES), de 15 a 19 de julho de 2015. As inscrições estão disponíveis no site muticom.com.br.


Fonte: Zenit.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Católicos e luteranos: testemunho da misericórdia na sociedade de hoje

"O fato de vocês terem vindo aqui já é um testemunho da importância dos esforços para a unidade", disse o Papa à delegação recebida hoje no Vaticano, recordando as palavras de João Paulo II quando a primeira delegação foi à Capital, 30 anos atrás.
Momento histórico, quando já haviam sido feitos “passos importantes de um caminho ecumênico rumo à plena e visível unidade dos cristãos", disse Bergoglio. Desde então, “muito foi feito", acrescenta ele, confiante de que "muito ainda será feito na Finlândia neste sentido".
O Santo Padre recordou que a visita ocorre juntamente com a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que este ano teve como tema as palavras de Jesus à mulher samaritana no poço: "Dá-me de beber". Através do qual - comenta Bergoglio- somos lembrados de que “o Senhor é a fonte de toda a graça” e que os “seus dons transformam quem os recebe, tornando-os testemunhas da verdadeira vida, que provém de Cristo".
“Católicos e luteranos ainda podem fazer muita coisa juntos para dar testemunho da misericórdia divina em nossas sociedades", disse Bergoglio, sublinhando que "o testemunho comum é muito necessário quando há desconfiança, insegurança, perseguições e sofrimento em meio a tantas pessoas no mundo de hoje”.
Testemunho que “pode ser sustentado e encorajado pelo progresso no diálogo teológico entre as Igrejas", também em virtude da Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação, assinada há pouco mais de 15 anos entre a Federação Luterana Mundial e a Igreja Católica. Esperamos que esta declaração possa "continuar a produzir entre nós, frutos de reconciliação e de colaboração”.
“O diálogo nórdico entre católicos e luteranos na Finlândia e na Suécia, sobre o tema da justificação na vida da Igreja, está refletindo questões importantes”, como “o conceito de Igreja, sinal e instrumento da salvação dada por Jesus Cristo”.
O Papa reafirmou o desejo de que “a visita a Roma contribua para reforçar as relações ecumênicas entre luteranos e católicos na Finlândia, muito positivas há anos”. “Que o Senhor – concluiu o Santo Padre - nos envie o Espírito de verdade e nos guie rumo a uma maior caridade e unidade”.

Fonte: Zenit.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

"Não se pode fazer guerra em nome de Deus!"

No final da catequese na Audiência Geral, o Papa dirigiu seus pensamentos a todos os cristãos perseguidos no mundo, de maneira especial, lançando um apelo pelo Níger, onde nos últimos dias grupos extremistas islâmicos saquearam e queimaram cerca de 45 igrejas. Pelo menos 10 pessoas foram mortas, em sinal de protesto contra as caricaturas de Maomé publicadas na nova edição do semanário francês "Charlie Hebdo".
“Gostaria de vos convidar a rezar em conjunto pelas vítimas das manifestações destes últimos dias no amado Níger”, disse Francisco. “Foram praticadas brutalidades contra cristãos, contra crianças, contra igrejas”, e continuou, invocando “ao Senhor o dom da reconciliação e da paz”.
“Não se pode fazer a guerra em nome de Deus”, afirmou o Papa. Ele expressou o desejo "que se possa restabelecer quanto antes um clima de respeito recíproco e de convivência pacífica para o bem de todos”; e convidou a rezar à Virgem Maria pelo povo do Níger.
Na saudação aos peregrinos alemães, Francisco recordou a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que decorre até domingo. "Nesta semana de oração pela unidade dos cristãos - disse - peçamos ao Senhor para confirmar todos os batizados na fidelidade à mensagem do Evangelho e nos esforços comuns para a reconciliação e a paz."
Aos peregrinos de língua portuguesa, o Papa falou: “Com sentimentos de grata estima, vos saúdo, caríssimos peregrinos de língua portuguesa, pedindo a vossa solidariedade espiritual e material em favor das populações duramente provadas do Sri Lanka e das Filipinas. Isto faz parte daquele «diálogo da caridade» que visa a plena comunhão de todos os filhos de Deus, como nos recorda nestes dias o Oitavário de Oração pela unidade dos cristãos. Sobre vós e vossas famílias desça a Bênção do Senhor”.

Fonte: Zenit.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Abertura da causa de beatificação de Chiara Lubich



O bispo de Frascati, Dom Raffaello Martinelli, presidirá a abertura oficial da causa de beatificação e canonização de Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares, dia 27 de janeiro na Catedral. A cerimônia, chamada Prima Sessio começará às 16 horas (horário local) com a recitação das Vésperas. Está previsto a leitura do Decreto de introdução da Causa e da nulla osta da Santa Sé; a instituição do tribunal nomeado pelo bispo; em seguida, os juramentos do bispo, dos membros do tribunal e dos da postulação. A cerimônia poderá ser acompanhada via Internet.
Maria Voce, presidente do Movimento dos Focolares, anunciou a notícia aos membros desta realidade eclesial em uma carta, desejando a todos que vivem a espiritualidade da unidade que sejam "testemunho vivo" daquilo que Chiara viveu. Um ideal de santidade radicado no Evangelho foi o que nutriu a sua vida. Como ela escreveu: “Nós encontramos a santidade em Jesus, que floresce em nós porque amamos… se procurássemos a santidade por si mesma nunca a alcançaríamos. Portanto, amar, e nada mais. Perder tudo, inclusive o apego à santidade, para querer somente amar”.
O testemunho de Chiara Lubich “é testemunhado pelo ininterrupto fluxo de pessoas, nos seis anos desde a sua morte, aos locais onde viveu e onde agora repousa: mais de 120.000 pessoas de vários continentes e tradições religiosas, cardeais e bispos, acadêmicos, políticos, famílias e jovens, membros de associações e movimentos, pessoas de culturas não religiosas, crianças e adolescentes, adultos em busca de esperança”, lê-se no comunicado.
O processo para o início da Causa começou dia 7 de dezembro de 2013, no septuagésimo aniversário da fundação dos Focolares, com a decisão de apresentar o pedido formal ao bispo de Frascati, por parte da presidente, Maria Voce. “Nele estava expresso o desejo de que este pedido fosse apresentado com o objetivo de fazer crescer em muitos o compromisso espiritual e moral pelo bem da humanidade”, informa o comunicado dos Focolares.
A Diocese de Frascati é o território onde está localizado o Centro Internacional do Movimento dos Focolares, próximo de onde Chiara Lubich viveu a maior parte de sua vida e morreu. Seu jazigo encontra-se na capela do próprio Centro.

Fonte: Zenit.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Guido Schäffer: Uma história de santidade

A santidade-amor crescente por Deus e pelos outros pode e deve ser adquirida através das coisas de todos os dias, que se repetem muitas vezes numa aparente monotonia. “Para amar a Deus e servi-lo, não é necessário fazer coisas estranhas”. Cristo pede a todos os homens, sem exceção, que sejam perfeitos como seu Pai celestial é perfeito (Mt 5, 48). Para a grande maioria dos homens, ser santo significa santificar o seu próprio trabalho, santificar-se no trabalho e santificar os outros com o trabalho e, assim, encontrar a Deus no caminho da vida.
É confortante ver como em nosso tempo e com todas as situações que hoje vivemos o Senhor continua a despertar no coração e na vida dos jovens tão belos sinais e exemplos! Como fico feliz ao ver tantas pessoas que, com sinceridade, vivem a vida do Evangelho no dia a dia dessa grande metrópole. O exemplo do jovem Guido é parte de uma grande multidão de santos que temos percorrendo as ruas de nossas cidades! Ao iniciar o processo de beatificação, olhamos todos com carinho e incentivamos para que continuem com esse coração aberto para viverem com generosidade a vida cristã e serem sinais do Reino.
O Mestre chama todos à santidade, sem distinção de idade, profissão, raça ou condição social. Não há seguidores de Cristo sem vocação cristã, sem uma chamada pessoal à santidade. Deus nos escolheu para sermos santos e imaculados na Sua presença, dirá São Paulo aos primeiros cristãos de Éfeso; e para conseguirmos esta meta, é necessário que nos empenhemos em acolher a graça de Deus e procuremos corresponder ao Seu chamado num esforço que se prolongará por todos os nossos dias aqui na Terra.
Neste sábado, autorizados pela Congregação para a Causa dos Santos, iniciaremos o processo arquidiocesano em vista da apuração da vida e missão do jovem médico que tanto serviu aos pobres nesta arquidiocese, grande pregador da Palavra de Deus, homem de oração e que estava nos últimos anos entrando para o Seminário: Guido Schäffer. Ele nasceu em 22 de maio de 1974, em Volta Redonda, Rio de Janeiro. Em 1988, formou-se em Medicina e, um ano depois, iniciou sua residência médica na Santa Casa de Misericórdia e o atendimento médico à população de rua com as Missionárias da Caridade. Em 2001, passou a integrar o corpo clínico da Santa Casa e a atuar na Pastoral da Saúde.
Inclinado ao ministério presbiteral, iniciou os estudos preparatórios no Mosteiro de São Bento, em 2002, e ingressou no Seminário São José em 2008. O seu amor à Eucaristia, a sua vida de profunda oração, a sua entrega abnegada aos pobres e doentes, a sua dedicação missionária e a sua humildade em esperar o momento de receber o Sacramento da Ordem, que fortemente desejava, são traços que compõem o retrato da alma de Guido.
Em 1º de maio de 2009 ele faleceu, vítima de afogamento enquanto surfava na Praia do Recreio dos Bandeirantes, aqui no Rio de Janeiro. Durante a JMJ do Rio foi exibido um documentário sobre a vida dele. Em entrevistas com seus parentes e amigos, o documentário pretendeu mostrar a vida de Guido Schäffer como um exemplo a ser seguido pelos jovens.
Segundo uma das produtoras do filme, Cristina Arouca, o projeto do filme é dela e de seu marido Manuel Arouca. A história de Guido é tão rica e cheia de detalhes que dá para fazer tudo. O documentário impressiona pela atualidade da realidade das pessoas que falam.
Cristina conta que os jovens se apaixonavam pela forma com que ele conduzia a vida e que muitas pessoas foram tocadas pelo seu exemplo e testemunho, e até hoje se mantém fiéis ao seu propósito de vida: “Dizem que ele encadeava luz e paz e se dedicava muito à Palavra de Deus”. Além desse documentário, muitos livros já foram escritos sobre o jovem Guido que, temos confiança, será um belo exemplo para a juventude do mundo com a sua vida desenrolada em uma grande metrópole e com atividades próprias de um jovem, porém com a convicção cristã de sua identidade e missão.
Após sua morte, muitos relatos começaram a surgir sobre a vida de Guido, e o seu túmulo virou ponto de visitação frequente. Os testemunhos sobre a dedicação aos pobres, busca de profunda intimidade com Deus, ardor pela evangelização, entre outros fatos, começaram a despertar a atenção da Arquidiocese do Rio, que se interessou em investigar a sua trajetória.
Em maio de 2014, a nossa Arquidiocese solicitou o pedido de concessão do “Nihil Obstat” (Nada Consta). Junto a esse pedido, foram enviadas histórias da vida do seminarista Guido para comprovar que ele viveu de acordo com os ensinamentos da Igreja.
Ser santo é descobrir na peregrinação deste mundo o caminho das bem-aventuranças, da esperança de descobrir Deus, de se encontrar face a face com o Senhor com a esperança de se tornar santo no momento do encontro definitivo com Ele. O Papa Francisco, na Solenidade de Todos os Santos de 2014, ensinou: “Que o Senhor nos ajude e nos conceda a graça desta esperança, mas inclusive a graça da coragem de sair de tudo aquilo que é destruição, devastação, relativismo de vida, exclusão do próximo, exclusão dos valores e exclusão de tudo o que o Senhor nos ofereceu: exclusão da paz. Que Ele nos liberte de tudo isto e nos conceda a graça de caminhar na esperança de nos encontrarmos um dia face a face com Ele. E esta esperança, irmãos e irmãs, não desilude”!
Foi composta uma oração para esta causa, que autorizamos que seja utilizada em nossa arquidiocese: Amado Deus e Senhor que, através da vida do vosso jovem Guido Schäffer nos ensinastes, com seu exemplo e ardor missionário, a lançar-nos mar a dentro no caminho da fé, concedei-nos por seu testemunho de jovem, médico, seminarista e surfista, anunciar com renovado ardor vossa Palavra e alcançar por sua intercessão a graça que vos pedimos (pedir graça), a fim de que tenhamos, um dia, a alegria de vê-lo elevado à glória dos altares. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho bendito da Virgem Maria, Mãe do Amor Formoso, Ele que é Deus convosco, na unidade do Espírito Santo. Amém!

(Rezar Pai- Nosso, Ave-Maria e Glória).

Orani João, Cardeal Tempesta, O.Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

O comovente encontro de Francisco com as crianças de rua filipinas

Mais uma mudança de planos durante a visita de Francisco nas Filipinas. Hoje, em Manila, logo depois da Missa com o clero na Catedral da Imaculada Conceição, o Pontífice visitou, ao lado, o centro da Fundação Anak Tnk, uma fundação católica que se encarrega da acolhida e da recuperação de crianças de rua, para tirá-las das realidades de pobreza, prostituição e abandono.
O centro abriga atualmente cerca de 300 crianças, tentando dar-lhes um futuro diferente e de compensar as deficiências do sistema educacional filipino. O Papa quis tocar com a mão essa triste realidade do país (fala-se que existem centenas de milhares de crianças sozinhas pelas ruas, que terminam muitas vezes recrutadas por gangues criminosos). Entre abraços e piadas, mas também lágrimas, o Santo Padre ficou por cerca de meia hora com os pequenos e os voluntários, fora do programa planejado.
De fato, o Papa tinha entrado só para dar uma benção, disse a alguns jornalistas o cardeal Luis Antonio Tagle, arcebispo de Manila, presente no encontro. Mas, as “crianças se apertavam ao seu redor, buscavam sussurrar no seu ouvido as suas histórias, tinham preparado para ele alguns pequenos presentes” e Francisco não conseguia mais sair.
Uma grande emoção, então, que o Papa Bergoglio quis, em seguida, compartilhar com cerca de 20 milhões de pessoas reunidas no “Mall of Asia Arena” para o encontro com as famílias. “Fiquei comovido no coração, depois da missa, quando visitei as crianças sozinhas, sem família - confessou - quantas pessoas trabalham na igreja para dar-lhes uma família, isso significa seguir adiante profeticamente, mostrar o que significa uma família, uma abundância de dons para oferecer com caridade".
Também de surpresa, o Papa foi ontem à noite na Nunciatura Apostólica de Manila, onde cumprimentou 40 companheiros jesuítas, em uma reunião - descrita por algumas testemunhas - "densa".

Fonte: Zenit.

domingo, 18 de janeiro de 2015

O papa à Igreja nas Filipinas: os pobres são o coração do Evangelho

Depois do encontro com as autoridades, o papa Francisco celebrou nesta sexta-feira uma Eucaristia com os bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas e seminaristas das Filipinas na Catedral da Imaculada Conceição, consagrada por João Paulo II como basílica menor em uma das suas duas viagens ao arquipélago.
No breve trajeto entre o palácio presidencial e a catedral, o Santo Padre viu a alegria de milhares de fiéis que foram às ruas para participar da histórica visita papal.
“O povo filipino se destaca pela fé e pela paixão musical”, recordou o arcebispo de Manila, cardeal Luis Antonio Tagle, ao saudar o pontífice antes do encerramento da missa. Por isso, a cerimônia religiosa contou com um coral magnífico.
Cerca de duas mil pessoas vestidas de branco, como é costume na Ásia devido às altas temperaturas, assistiram à celebração em que foram usados como idiomas o latim, o inglês e o tagalo.
Francisco improvisou em alguns momentos da homilia para destacar que "os pobres são o coração do Evangelho. Se deixarmos os pobres de fora do Evangelho, não poderemos compreender Jesus".
Em suas palavras, ele recordou que "a Igreja é chamada a reconhecer e combater as causas da desigualdade e da injustiça, profundamente arraigadas, que deformam o rosto da sociedade filipina contradizendo os ensinamentos de Cristo. Só se chegarmos a ser pobres e eliminarmos a nossa complacência é que seremos capazes de nos identificar com os últimos dos nossos irmãos e irmãs", enfatizou.
Desta maneira, explicou o papa, poderemos responder "com honestidade e integridade ao desafio de anunciar a radicalidade do Evangelho em uma sociedade acostumada à exclusão social, à polarização e a uma desigualdade escandalosa".
Aos jovens sacerdotes, religiosos e seminaristas, Francisco exortou a ficar sempre próximos dos seus coetâneos, que "podem estar confundidos e desanimados, mas continuam vendo a Igreja como companheira no caminho e fonte de esperança". Instou-os também a mostrar proximidade "daqueles que, vivendo numa sociedade esmagada pela pobreza e pela corrupção, estão abatidos, tentados a se dar por derrotados, a abandonar os estudos e viver nas ruas". E os convidou "a proclamar a beleza e a verdade da mensagem cristã a uma sociedade tentada por uma visão confusa da sexualidade, do matrimônio e da família".
Por último, o Santo Padre alertou sobre a presença de "forças poderosas que ameaçam desfigurar o plano de Deus sobre a criação e traem os verdadeiros valores".
A celebração terminou com uma bela antífona mariana, cantada a Nossa Senhora por todos os fiéis presentes no templo construído em 1581 com bambu e folhas de palmeira e reconstruído oito vezes, depois de ser devastado por tufões, incêndios, terremotos e bombardeios.

Fonte: Zenit.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Teólogo muçulmano: demonizar o islã ajuda os terroristas

"Condenar a violência é um dever moral; especialmente, condenar a violência cometida em nome do islã e, portanto, por pessoas que pretendem ser mais muçulmanas do que os outros. Por isso, para defender os princípios islâmicos, para evitar a confusão entre o terrorismo e o islã, o dever dos líderes religiosos, dos eruditos muçulmanos, é denunciar e explicar a verdadeira mensagem do islã".
As afirmações são de Adnane Mokrani, teólogo muçulmano, professor na Pontifícia Universidade Gregoriana e no Pontifício Instituto de Estudos Árabes e Islâmicos (PISAI). Ele comenta o convite do papa Francisco aos líderes religiosos, políticos e intelectuais muçulmanos a condenar toda interpretação fundamentalista e extremista da religião e toda tentativa de justificar com essas interpretações os atos de violência e de terror.
Em declarações à Rádio Vaticano, Mokrani destacou que "a condenação não é suficiente, porque a denúncia pode ser ocasional: precisamos de um programa de educação, de um esforço contínuo para chegar até os jovens, até os grupos sociais mais afastados, que sofrem um risco maior de ser contaminados por este vírus do fundamentalismo. Assim poderemos evitar e intervir rápido, antes que seja pior".
“O fundamentalismo religioso rejeita Deus”, disse o Santo Padre, “relegando-o a mero pretexto ideológico”. O teólogo muçulmano concorda, “porque o exclusivismo radical do extremismo religioso não só rejeita o outro humano, o outro religioso, como também se apresenta como um juiz que julga no lugar de Deus. E só Deus sabe o que há no coração dos homens e só Deus pode julgar a nossa fé e as nossas intenções. Declarar-se juiz das almas é uma blasfêmia, é um ato antirreligioso e anti-islâmico”.
Como presidente do Centro Inter-Religioso para a Paz, Adnane Mokrani argumenta que demonizar os muçulmanos e a sua religião ajuda os terroristas. "O objetivo dos terroristas é criar divisão, uma polarização entre os dois campos opostos. Não podemos cair nesta armadilha, porque os muçulmanos na Europa são cidadãos, fazem parte desta sociedade como imigrantes e também como cidadãos. São seres humanos, têm seus direitos e por isso nós temos que deixar de fora as emoções, a reação emocional, e raciocinar para não fazer o que os terroristas querem: dividir e semear o ódio", enfatizou.
“Assim”, concluiu o professor, “corremos o risco de perder a alma e, se perdermos os nossos valores universais, baseados na igualdade, na dignidade humana, na liberdade, reagindo mal à provocação do terrorismo, significa que corremos o risco de perder a guerra contra o terror”.

Fonte: Zenit.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

2015 se desenha como um ano muito intenso para o papa

Além das catequeses das quartas-feiras na Praça de São Pedro e das suas homilias na missa que celebra todos os dias na Casa Santa Marta, o papa Francisco tem uma série de compromissos já programados, como os relacionados com o Ano da Vida Consagrada a celebrar-se em 2015.
 
Em janeiro, de 12 a 19, ele realiza a viagem apostólica ao Sri Lanka e às Filipinas.
Em fevereiro, de 9 a 12, o papa se reúne com o conselho dos nove cardeais que o ajudam na reforma da cúria e no governo da Igreja. Em 12 e 13 de fevereiro, Francisco realiza um consistório com todos os cardeais para refletir sobre o rumo e as propostas da reforma da cúria romana, como solicitado nas congregações gerais anteriores ao conclave. Em 14 de fevereiro, o Santo Padre realizará um consistório em que nomeará 20 novos cardeais de 18 países de todos os continentes, dos quais 15 são eleitores e 5 são eméritos. Em 15 de fevereiro, Francisco preside a solene celebração em que os 20 novos cardeais serão elevados à púrpura.
Para março ou abril é esperada a nova encíclica sobre meio ambiente e ecologia humana, que servirá como base para um encontro de líderes religiosos mundiais em preparação para a Assembleia Geral das Nações Unidas (setembro) e a cúpula de Paris sobre o clima (dezembro).
Em junho está programada uma viagem do papa a Turim pelo segundo centenário do nascimento de São João Bosco. No dia 21, ele venera o Santo Sudário, cuja ostensão pública será de 19 a 24 de junho.
Em setembro, o papa faz a viagem apostólica aos Estados Unidos, onde realiza um discurso diante do Capitólio e na Assembleia Geral das Nações Unidas. Depois, o papa viaja à Filadélfia para participar do Encontro Mundial das Famílias.
Em outubro, de 4 a 25, o Sínodo da Família expõe as conclusões que serão enviadas ao papa Francisco.
Há também eventos ainda sem data, como a viagem à Espanha para o quinto centenário do nascimento de Santa Teresa de Ávila.
Especula-se a possibilidade de que Francisco visite três países da América Latina e um da África, possivelmente Bolívia, Cuba, México e Uganda. A França também espera recebê-lo em Paris, Lourdes e Lisieux, onde nasceu Santa Teresinha do Menino Jesus.
Além dos eventos programados, podem-se esperar algumas surpresas, que não têm faltado neste pontificado.

Fonte: Zenit.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Ser como os três reis magos: perceber os sinais e ir ao encontro do Menino

“Eis que a estrela, que tinham visto no oriente, os foi precedendo até chegar sobre o lugar onde estava o menino e ali parou. A aparição daquela estrela os encheu de profunda alegria.” (Mt 2,8-9)
Ao escutarmos essas profundas palavras do relato da visita dos três reis magos, podemos ficar imaginando como deve ter sido a experiência deles. Acontece neste momento o que conhecemos por epifania, que se traduz literalmente por manifestação.
No grego antigo epifaneia e as suas variações significavam no seu sentido religioso a aparição visível de uma divindade que trazia saúde para o povo. Os cristãos aplicaram esse termo à manifestação salvadora do Filho de Deus. Deus vem ao nosso encontro e nos manifesta o seu amor, nos traz a reconciliação.
O frio e as trevas que habitavam no mundo são dissipados pelo calor e a luz que emanam do Menino, que nasce em um singelo presépio. A força de Deus se manifesta em um lugar que para o mundo seria considerado uma fraqueza, um fracasso.
Os três reis magos
Neste relato do Evangelho aparecem três personagens que um olhar superficial poderia até imaginar que sua presença seria fora de contexto: os três reis magos.
A palavra grega magoi parece derivar-se da forma persa maga. Os magos eram originalmente uma tribo da Meda, que na religião persa exercia funções sacerdotais ou também possuíam alguma ciência ou poder secreto. Eles em muitos casos eram entendidos de Astronomia e Astrologia.
Os magos aparecem no Evangelho como personagens importantes, homens sábios, dedicados ao estudo dos astros. Para estes sábios a grande estrela era sinal inequívoco do nascimento «do Rei dos judeus ». Mas não se tratava de um rei qualquer. No antigo oriente a estrela anunciava o nascimento de um rei divinizado, por isso dizem a Herodes: «viemos adorá-lo».
Os cristãos representaram aos magos como reis, provavelmente influenciados pela profecia de Isaías (Is 60,6). Que sejam “três reis magos” está relacionado ao número de presentes que são oferecidos ao Menino: ouro, incenso e mirra; sinais da realeza, divindade e humanidade de Cristo, respectivamente. A partir do século VIII surgem os nomes dos três reis magos: Melchior, Gaspar e Baltasar.
Ser como os três reis magos: perceber os sinais e colocar-se a caminho
Agora que conhecemos um pouco desses três personagens, gostaria de fazer uma breve reflexão com vocês.
Primeiramente fica claro que eles são capazes de perceber os sinais. São homens que estão em uma atitude de reflexão, atentos. Por estarem abertos, Deus falou às suas mentes e corações e eles foram capazes de interpretar as profecias e os sinais de sua época. Fizeram silêncio e por isso conseguiram notar os detalhes, interpretando corretamente as profecias.
No mundo de hoje, onde tudo acontece com tanta rapidez, onde queremos fazer tantas coisas ao mesmo tempo, onde há tanto barulho como nos faz falta termos essa atitude dos reis! Muitas vezes deixamos de perceber os sinais de Deus em nossas vidas por estarmos distraídos ou preocupados com tantas coisas! Também não percebemos a necessidade do outro, que às vezes está debaixo do nosso nariz. Aprendamos desses homens a fazer silêncio e sermos reverentes!
Ao perceberem os sinais colocam-se imediatamente a caminho. Podemos imaginar quanto de tempo, recursos, esforço deve ter custado para esses homens. Porém não temem abandonar suas seguranças, comodidades e arriscar tudo para encontrar o sentido de suas vidas, a felicidade plena.
A atitude deles lembra uma frase presente de alguma forma no Evangelho e que os últimos papas tem repetido: “Não tenham medo, Cristo não tira nada, dá tudo”. Abandonemos nossas falsas seguranças e nos coloquemos a caminho em busca da verdadeira felicidade. E se precisarmos fazer mudanças importantes, que nos tirará da “zona de conforto”, não tenhamos medo de fazer.
O encontro dos reis com Jesus, Maria e José
Para terminar a nossa reflexão gostaria que imaginássemos como deve ter sido aquele encontro dos reis magos com a Família de Nazaré. Qual não deve ter sido a alegria deles ao perceber que aquela estrela os guiou ao que os seus corações ansiavam? Podemos imaginar essa estrela como um sinal da presença do Espírito Santo, que sempre nos guia ao caminho correto.
Certamente neste momento a maternidade espiritual de Maria já se havia manifestado. A Mãe acolhe os humildes pastores e aos reis magos com um coração aberto. Ela já naquele momento ao receber os presentes dos reis lhes dá um presente maior ainda: o seu Filho Jesus, salvador da humanidade.
Como os reis magos acolhamos sempre aos sinais de Deus em nossas vidas e não tenhamos medo de segui-los.
Nesta caminhada Maria nos acompanha e nos leva sempre ao encontro do seu Filho. Adoremos ao Menino e entreguemos a Ele as nossas vidas!
 
Fonte: A12.com

domingo, 4 de janeiro de 2015

"O que teria dito e feito Cristo se tivessem havido ataques terroristas durante o seu tempo?"

“O que teria dito e feito Cristo se tivessem havido ataques terroristas durante o seu tempo?” perguntam os líderes cristãos do Quênia em uma mensagem conjunta por ocasião do Natal - informou a Agência de notícias Fidei - dirigido aos fiéis ainda abalados pelos atentados contra fiéis de crenças diferentes da islâmica no norte do Quênia.

“Teria dito que a vingança não lhes pertence. “Quando se encontrarem diante da violência, combatam-na com a paz; quando se encontrarem diante do ódio, combatam-no com o amor; sejam custódios de seus irmãos e irmãs, qualquer que seja a sua religião”. A mensagem auspicia ainda que “o Natal reforce as relações que unem suas famílias”, e exorta os fiéis “a emular a sacra família”. “Que o amor de Deus possa tocar os nossos corações neste Natal. Que nos ajude a apreciar o valor de cada pessoa, de qualquer religião, idade, raça ou tribo de pertença”, conclui a mensagem.

Fonte: Zenit.

sábado, 3 de janeiro de 2015

A violência causou mais de 90 mil vítimas no Iraque e na Síria em 2014

A violência no Iraque provocou a morte de mais de 15 mil pessoas em 2014 e o número de feridos superou 22 mil nos últimos 12 meses, um período marcado pela intensa ofensiva lançada pelos jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) em várias regiões do país.

Num informe elaborado conjuntamente pelos ministérios da Saúde, Interior e Defesa, o governo iraquiano destacou nesta quinta-feira que os mortos pelo conflito em 2014 chegaram a 15.580 pessoas, ou seja, quase o dobro do total de 6.522 vítimas da violência no ano anterior. O país não registrava uma quantidade de vítimas tão alta desde 2007, quando 17.956 pessoas perderam a vida.

Por sua vez, a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) informou nesta quinta-feira que os seus registros documentam 76.012 pessoas mortas em 2014, das quais 3.501 são menores, por causa da guerra civil que assola a Síria desde 2011.

Do total de mortos, 17.790 são civis e cerca de 15 mil são combatentes rebeldes, enquanto os jihadistas da Frente Nusra (facção síria da Al Qaeda) e os milicianos do Estado Islâmico (EI) registraram aproximadamente 17 mil baixas. Além disso, morreram pelo menos 22.627 combatentes leais ao governo de Bashar Al Assad, grupo que inclui soldados e milícias.

A ONG, com sede na Grã-Bretanha, declarou que os números não incluem as milhares de pessoas desaparecidas após cair em mãos dos jihadistas ou depois de ser encarceradas em prisões estatais.

Em 2013, tinham morrido 73.447 pessoas; em 2012, 49.294; em 2011, 7.841.

Na sua tradicional mensagem de Natal, o papa Francisco rogou a Deus pelos cristãos do "Iraque e da Síria, que padecem há tempo demais os efeitos do conflito ainda em andamento e que, junto com os membros de outros grupos étnicos e religiosos, sofrem uma perseguição brutal".

Diante das dezenas de milhares de fiéis que abarrotavam a Praça de São Pedro para a bênção Urbi et Orbi, o Santo Padre também pediu que os numerosos desabrigados e refugiados da região, crianças, adultos e idosos, "recebam a ajuda humanitária necessária para sobreviver aos rigores do inverno e possam retornar aos seus países e viver com dignidade".

Fonte: Zenit.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

A oração é a raiz da paz

Queridos irmãos e irmãs, bom dia e feliz ano novo!

 
Neste primeiro dia do ano, no clima de alegria - embora frio - do Natal, a Igreja nos convida a fixar o olhar de fé e amor na Mãe de Jesus. Nela, humilde mulher de Nazaré, “o Verbo se fez carne e habitou entre nós"(Jo 1,14). Por isso, é impossível separar a contemplação de Jesus, o Verbo da vida que se tornou visível e tangível (cf. 1 Jo 1.1), da contemplação de Maria, que lhe deu seu amor e sua carne humana.
Hoje ouvimos as palavras do apóstolo Paulo: "Deus enviou seu Filho, nascido de mulher" (Gl 4,4). Aquele "nascido de mulher", diz de forma essencial, e portanto, ainda mais forte, a verdadeira humanidade do Filho de Deus. Como afirma um Padre da Igreja, santo Atanásio: “o nosso Salvador foi verdadeiramente homem e disso veio a salvação para toda a humanidade” (Carta a Epiteto: PG 26).
Mas São Paulo também acrescenta: "nascido sob a lei" (Gl 4,4). Com essa expressão enfatiza que Cristo assumiu a condição humana libertando-a da fechada mentalidade legalista. A lei, de fato, privada da graça, se torna um peso insuportável, e em vez de fazer-nos bem nos faz mal. Jesus dizia: “O sábado foi feito para o homem, não o homem para o sábado. Eis então o motivo pelo qual Deus manda o seu Filho sobre a terra para tornar-se homem: uma finalidade de libertação, mais ainda, de regeneração. De libertação “para resgatar aqueles que estavam sob a lei” (v. 5); e o resgate aconteceu com a morte de Cristo na cruz. Mas, especialmente, de regeneração: “para que recebêssemos a adoção de filhos” (v. 5). Incorporados Nele, os homens tornam-se verdadeiramente filhos de Deus. Esta passagem maravilhosa acontece em nós com o Batismo, que nos enxerta como membros vivos em Cristo e nos atrai para a sua Igreja.
No início de um novo ano nos faz lembrar o dia do nosso Baptismo: redescobrimos o dom recebido naquele sacramento que nos regenerou para uma nova vida: a vida divina. E que, por meio da Mãe Igreja, que tem como modelo a Mãe Maria. Graças ao Batismo fomos introduzidos na comunhão com Deus e não estamos mais à mercê do mal e do pecado, mas recebemos o amor, a ternura, a misericórdia do Pai celeste. Pergunto-vos novamente: “Quem de vocês lembra o dia em que foi batizado? Para quem não se lembra da data de seu batismo, dou um trabalho para fazer em casa: buscar tal data e guarda-la bem no coração. Vocês também podem pedir a ajuda dos seus pais, do padrinho, da madrinha, dos tios, dos avós... o dia em que fomos batizados é um dia de celebração! Lembrem-se ou procurem a data do vosso Batismo, será muito bonito para agradecer a Deus pelo dom do Batismo.
Essa proximidade de Deus à nossa existência nos dá verdadeira paz: o dom divino que queremos implorar especialmente hoje, Jornada Mundial da Paz. Estou lendo ali: “A paz é sempre possível”. Sempre é possível a paz! Temos que busca-la... e por ali leio: “Oração na origem da paz”. A oração está realmente na raiz da paz. A paz é sempre possível e a nossa oração está na raiz da paz. A oração faz germinar a paz. Hoje, Jornada Mundial da Paz, “Não mais escravos, mas irmãos”: eis a Mensagem desta Jornada. Porque as guerras nos tornam escravos, sempre! Uma mensagem que nos envolve a todos. Todos somos chamados a combater toda forma de escravidão e construir fraternidade. Todos, cada um de acordo com a própria responsabilidade. E lembrem-se bem: a paz é possível! E na raiz da paz, está sempre a oração. Rezemos pela paz. Existem também aquelas bonitas escolas de paz, escolas para a paz: temos que seguir adiante com essa educação para a paz.

A Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, apresentamos nossas boas resoluções. Pedimos-lhe para colocar em nós e em todos os dias do ano novo o manto de sua proteção maternal, "Santa Mãe de Deus, não desprezeis as nossas súplicas na nossa prova, e livrai-nos de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita".
E eu convido todos vocês hoje a saudar a Virgem como Mãe de Deus. Saudá-la aquela saudação:. "Santa Mãe de Deus!". Como tem sido aclamada pelos fiéis da cidade de Éfeso, no início do cristianismo, quando na entrada da igreja gritavam os seus pastores esta saudação dirigida à Maria: "Santa Mãe de Deus!". Todos juntos, três vezes, repitamos: "Santa Mãe de Deus."

Fonte - ZENIT

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Intenções de oração do Papa Francisco para Janeiro de 2015



Papa Francisco propôs suas intenções de oração para o mês de Janeiro de 2015, uma geral e outra missionária, informou a Sala de Imprensa da Santa Sé.
 
A intenção geral que o Pontífice Argentina apresentou para este primeiro mês do ano é: ''Para que aqueles que pertencem a várias tradições religiosas e todos os homens de boa vontade cooperem na promoção da paz''.
E a intenção missionária é a seguinte: ''Para que neste ano dedicado à vida consagrada, os religiosos e as religiosas redescubram a alegria de seguir a Cristo e se dediquem com fervor ao serviço dos pobres”.
Desde 1890, o Santo Padre confia no Apostolado da Oração para divulgar em todo o mundo as suas preocupações, às quais entrega às orações dos fieis cristãos.

Fonte: Zenit.