sábado, 31 de julho de 2010

Evangelho do domingo: "deus" dinheiro

Apresentamos a meditação escrita por Dom Jesús Sanz Montes, OFM, arcebispo de Oviedo, administrador apostólico de Huesca e Jaca, sobre o Evangelho deste domingo (Lucas 12,13-21 ), 18º do Tempo Comum.

* * *

Alguém do público increpa Jesus para que sirva de mediador em uma discussão familiar a propósito da herança. Esse "poderoso cavalheiro, o senhor dinheiro", cupido de cobiça, é fortemente sedutor, e nas jaulas das suas iscas já caíram homens de todas as épocas.

Jesus pretende, muito além da disputa pontual que aquele episódio lhe apresentou, desmascarar a torpe chantagem que sempre supõe o deus dinheiro, o ídolo do ter, a falsa segurança de acumular. O conselho da parábola deste Evangelho - "descansa, come, bebe e regala-te" - parece ter sido corrigido e aumentado hoje em dia, assim como há 20 séculos, pelos conselhos hedonistas aos que nos empurram os adoradores dos novos bezerros de ouro: compre, consuma, troque, aspire, goze, desfrute...

Não é que Jesus Cristo e o cristianismo sejam tristes e entristecedores, estraga-prazeres da vida, mas alertam sobre a propaganda fácil de uma felicidade falsa.

Denuncia-se que, pouco a pouco, vamos todos acreditando que o problema da nossa felicidade depende do que tenho e do que acumulo. O problema vem quando retiramos a máscara do personagem e emerge a realidade da pessoa; o drama surge quando, no camarim da nossa intimidade, limpamos a maquiagem social e aparecem as rugas da nossa alma, que havíamos camuflado tão bem por baixo de tantas aparências.

E quando os profetas do consumo vão levando nossa insatisfeita sociedade ao jardim das delícias do deus dinheiro; e quando, alcançado o objetivo proposto de adquirir e desfrutar do que nos foi prometido, continuamos mastigando a tristeza e o vazio; e quando, nessa interminável espiral de ansiedade, constatamos que nos falta muito para viver felizes; e quando, entrando na jogada do consumo, do dinheiro e do prazer inumano, o que conseguimos geralmente é angústia, vaidade, enfrentamento, ansiedade, injustiças, desumanização... Então nós, cristãos, olhamos para Jesus, como aqueles outros fizeram há 2 mil anos, e acreditamos que a única riqueza que não mancha, nem corrompe, nem ofende, nem destrói, é essa da qual Ele falava: "não ajuntar tesouros para si mesmo, e sim ser rico para Deus".

Então, à luz deste Evangelho, compreendemos que Jesus efetivamente não é rival do que é bom, belo, gostoso, mas sim é implacável contra toda tentativa desumanizadora que pretende comprar e vender a felicidade e a realização sob uma bondade, uma beleza e uma alegria que são falsas, simplesmente falsas.


Fonte: Zenit.

Bento XVI: Igreja continua sendo jovem

O Papa Bento XVI afirmou ontem que a Igreja, "ainda que sofrente", não é "uma Igreja envelhecida", mas "jovem e cheia de alegria".

Assim expressou ontem, após ser-lhe apresentado o filme "Cinco anos do Papa Bento XVI", que narra os primeiros anos do seu pontificado, obra da Bayerischer Rundfunk, a rádio bávara.

Para o Papa, o filme está repleto de momentos "muito comoventes", e indicou em particular o dia da sua eleição como pontífice: o dia "em que o Senhor impôs sobre minhas costas o serviço petrino", afirmou.

O papado é "um peso que ninguém poderia carregar sozinho, só com suas forças; só se pode carregar porque o Senhor o carrega e me carrega".

Bento XVI destacou a ideia dos realizadores do filme de inserir tudo dentro do marco da nona sinfonia de Beethoven, do "Hino da alegria".

"Vimos que a Igreja, também hoje, ainda que sofra tanto, como sabemos, contudo é uma Igreja alegre, não é uma Igreja envelhecida; vemos que a Igreja é jovem e que a fé cria alegria."

Por isso, o hino "expressa como, por trás de toda a história, está a alegria da redenção".

"Também achei maravilhoso o fato de que o filme termina com a visita à Mãe de Deus, que nos ensina a humildade, a obediência e a alegria de que Deus está conosco", acrescentou.

No filme, afirmou o Papa, estão presentes "a riqueza da vida da Igreja, a multiplicidade das culturas, dos carismas, dos diversos dons que vivem na Igreja e como, nesta multiplicidade e grande diversidade, vive sempre a mesma, única Igreja".

Por isso, explicou, "o primado petrino tem esta missão de tornar visível e concreta a unidade, na multiplicidade histórica, concreta, na unidade de presente, passado, futuro e da eternidade".


Fonte: Zenit.

Encontro de jovens em Santiago de Compostela prepara JMJ

O presidente do Conselho Pontifício para os Leigos, Dom Stanislaw Rylko, presidirá a uma vigília de oração e à missa conclusiva da Peregrinação e Encontro de Jovens (PEJ) 2010, que reunirá 12 mil pessoas em Santiago de Compostela, de 5 a 8 de agosto.

Dom Rylko participará no dia 7 da mesa-redonda “De Santiago 89 a Madri 2011 - As JMJ e a Pastoral com os Jovens”.

A maioria dos grupos de jovens peregrinos, procedentes sobretudo de diferentes pontos da Espanha, chegará a Santiago na tarde do dia 5, quando começará o encontro, com uma grande acolhida na catedral.

A PEJ tem como lema “Como o Apóstolo Santiago, amigos do Senhor”. Incluirá 30 catequeses, 17 apresentações de teatro, 14 momentos de oração e missas, 9 conferências, 7 exposições e 6 concertos.

Três cardeais e 26 bispos da Espanha e Portugal oferecerão as catequeses em diferentes igrejas e conventos de Santiago.

As atividades espirituais, formativas, culturais e lúdicas abordarão temas de espiritualidade, pastoral, tradição, doutrina social, comunicação, entre outros.

Todas as noites, a catedral permanecerá aberta até a meia-noite, para que todos os participantes possam orar e obter as graças jubilares próprias do Ano Santo Compostelano.

As igrejas das Clarissas, Beneditinas, Carmelitas, Mercedárias, Dominicanas acolherão turnos de adoração eucarística.

A iniciativa, organizada pelo arcebispado compostelano, apresenta-se como uma “antessala da Jornada Mundial da Juventude de Madri”.

A vigília de oração estará presidida pela cruz dos jovens e o ícone da Virgem que percorrem as dioceses espanholas para a preparar a JMJ.

Os atos centrais da PEJ acontecem na Praça del Obradoiro, e a vigília de oração (sábado, 22h) e a missa de encerramento (domingo, 10h), no Estádio de São Lázaro.

As inscrições para a Peregrinação de Jovens ainda se podem realizar pelo site www.pej2010.org.

Fonte: Zenit.

Primeira e mais sublime vocação: a santidade, diz arcebispo

A Igreja reúne uma grande riqueza de vocações, sendo a maior vocação a santidade.

É o que afirma o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, em artigo enviado hoje a ZENIT, em que reflete acerca das vocações na Igreja, temática deste mês de agosto no Brasil.

Dom Orani recorda que o Documento de Aparecida “possui uma página de ouro no capítulo quinto, dedicado à comunhão, onde afirma que na Igreja todos somos discípulos-missionários”.

“O Bispo é missionário de Jesus, Sumo sacerdote; o presbítero, de Jesus Bom Pastor; o diácono, de Jesus Servidor; os leigos e leigas, de Jesus Luz do Mundo; e os consagrados e consagradas, de Jesus Testemunho do Pai. Todos somos discípulos-missionários”, afirma.

Segundo Dom Orani, falar de discipulado-missão “é falar da centralidade e da dimensão constitutiva da Igreja”.

“Ontem, como hoje, Jesus segue chamando e enviando; e o seguimento é a atitude básica que se pode viver em diferentes formas na comunidade eclesial. Hoje, mais que em outros tempos, esse seguimento implica um estilo novo de vida no meio da sociedade”, afirma.

“O Papa nos disse – prossegue o arcebispo – que ‘Discipulado e missão são como as duas faces de uma mesma moeda: quando o discípulo está apaixonado por Cristo, não pode deixar de anunciar ao mundo que só Ele nos salva. Com efeito, o discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro’”.

O arcebispo recorda que, na Conferência de Aparecida, os bispos se questionaram sobre como eles vivem esta dimensão de ser discípulos-missionários.

“A esse respeito vêm à memória as palavras de Agostinho de Hipona: ‘Lembra-te que estás mais acima não porque sejas o primeiro. Mas, à frente, como o dono da vinha que constrói uma torre para poder ver melhor a vinha… Lembra-te que és servo dos servos de Deus’.”

Segundo Dom Orani, “também a vida religiosa é um dom do Pai, por meio do Espírito Santo, à Igreja; é um caminho especial do seguimento de Jesus; está convocada a ser discípula, missionária e servidora do mundo; é testemunho de que somente Deus basta para chegar à vida de sentido e de alegria”.

No campo da missão, as consagrada e consagrados “estão chamados a fazer um anúncio explícito do Evangelho, especialmente aos mais pobres, em seus lugares de presença, em sua vida fraterna e em suas obras”.

“Também estão chamados a colaborar, a partir de seus carismas fundacionais, na gestação de uma nova geração de discípulos missionários e de uma nova sociedade onde se respeite a justiça e a dignidade da pessoa humana. E, por último, está chamada a ser experta em comunhão, tanto no interior da Igreja como na sociedade.”

Na riqueza de vocações na Igreja – afirma Dom Orani –, “leigos, diáconos, presbíteros, bispos, consagrados, quero ressaltar que a maior, primeira e mais sublime vocação é a santidade”.

“Sem a santidade de vida e de estado nossa pregação é nula. Refeitos por um compromisso de anunciar o Evangelho, na vida própria de cada um, busquemos sempre novas formas para viver e dar testemunho da santidade, iluminando nossa vida com a nossa palavra e o nosso exemplo”, diz o arcebispo.


Fonte: Zenit.

Curso para formação de sacerdotes

Neste verão boreal foi realizado em Leggiuno (Varese, Itália), a vigésima edição do Curso Internacional para Formadores de Seminário, com a participação de 76 sacerdotes: reitores, diretores espirituais e outros formadores, provenientes de 29 países e 54 dioceses do mundo.

Esta atividade, organizada pelo Instituto Sacerdos do Ateneu Pontifício Regina Apostolorum de Roma, busca oferecer um espaço de formação e atualização para os encarregados de guiar a preparação dos futuros sacerdotes da Igreja.

O curso oferece também um seminário monográfico de três dias sobre o apoio da psicologia na formação dos candidatos ao sacerdócio, dada por Dom Tony Anatrella, psicanalista e especialista em psiquiatria social, consultor dos Conselhos Pontifícios para a Família e para a Saúde.

"Dom Anatrella nos ofereceu, com grande competência, ferramentas muito valiosas para aproveitar os elementos que a psicologia nos proporciona para a formação afetiva e a seleção dos futuros sacerdotes em nossos seminários", comentou o presbítero Roberto Cordero, reitor do seminário diocesano de Tepic (México).

O Pe. Lino Estadilla, OMV, diretor espiritual dos jovens em formação dos Oblatos da Virgem Maria, em Cebú (Filipinas), comenta: "Os laços fraternais entre os sacerdotes transcendem etnia, geografia e cultura. Esta realidade se fez plenamente sólida neste curso.

O Pe. Peter Rugora, reitor de um seminário maior regional no Zimbábue, destacou que o que mais lhe ajudou no curso foi descobrir o sentido pastoral que há nos estudos e em toda a formação sacerdotal. É a missão que dá sentido a todo este grande esforço.

O Curso Internacional para Formadores de Seminários é realizado todo verão no norte da Itália. Para mais informações: cfs@arcol.org.


Fonte: Zenit.

Cardeal peruano pede melhoria no sistema educativo

O cardeal Juan Luis Cipriani, arcebispo de Lima, pediu às autoridades do Peru a melhoria do sistema educativo, tendo como base a verdade, a liberdade e o diálogo, na Missa e "Te Deum" que celebrou na catedral de Lima pelo 189° aniversário da independência do Peru, na quarta-feira, 28 de julho.

"O país está pronto para coisas grandes, os peruanos sempre tiveram vocação de grandeza. Por isso, devemos reforçar essa emoção de ser peruanos", exortou durante sua homilia.

Da mesma forma, destacou a necessidade de proteger a identidade nacional, afirmando que o país é mestiço e aceita com orgulho estar na vanguarda do desenvolvimento cultural, social e econômico na América Latina.

"Existem muitos aspectos da agenda mundial que não nos levam nem ao bem nem à verdade. Por isso, hoje afirmamos que nossa pátria, como na antiguidade, deve se colocar à frente neste desenvolvimento integral, que, promovendo uma justiça social, não tem por que deixar sua clara identidade moral, espiritual e católica. Temos de ter a audácia e a valentia de afirmar nossa mistura cultural", destacou.

Educação baseada na verdade

Destacou também a importância de fortalecer a formação e educação dos jovens e elevou um pedido a Deus para que o processo educativo no país continue melhorando, tendo como base a verdade, a liberdade e o diálogo.

"'A verdade vos fará livres', disse o Senhor. Por isso, a verdade deve ser a luz que ilumina todo o processo educativo, seja pessoal ou social, privado ou público. Temos de ter um grande respeito por essa educação", mencionou.

Exortou também a cuidar e prover leis que protejam os três círculos de influência formativa da personalidade: o lugar, as instituições de ensino e a vida pública. Por isso, recordou que o ensino da doutrina da fé é a chave para a formação cristã das novas gerações, que têm o dever de oferecer um novo espírito, em valores e virtudes, à sociedade atual.

"Formemos nossa juventude com força, compromisso; que os jovens descubram os ideias e deveres próprios de sua missão e do futuro inconfundível de um povo. A emergência da formação moral que estamos vivendo, deve dar uma ênfase especial nos valores morais essenciais, e não só na promoção do êxito material" afirmou.


Fonte: Zenit.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

China: Vaticano incentiva sacerdotes em seu esforço pela unidade



A Congregação para a Evangelização dos Povos incentivou os bispos e sacerdotes da China continental a manter seus esforços pela unidade da Igreja e valorizou os frutos já alcançados neste sentido.
E o fez por meio de um carta a eles, datada de 5 de julho e difundida hoje pela agência Fides, assinada pelo prefeito e pelo secretário da congregação, cardeal Ivan Dias e Dom Robert Sarah, respectivamente.
"Agradeçamos ao Senhor pelos esforços já realizados ou em curso com relação à unidade no seio da Igreja, também em fiel conformidade às indicações dadas pelo Santo Padre na carta que ele vos dirigiu no dia 27 de maio de 2007, e pelos resultados obtidos até agora", afirma a mensagem.
A carta começa referindo-se às celebrações do Ano Sacerdotal que terminou recentemente e mostrando a vontade do cardeal de "enviar-nos uma cordial e fraterna saudação, dirigindo-nos uma palavra de ânimo na árdua tarefa pastoral que estais realizando como pastores do rebanho que o Senhor vos confiou nesta nobre nação".
O cardeal Dias destaca o importante papel de um bispo ou sacerdote, indicando que "esta tarefa tem uma dupla dimensão e comporta a comunhão com o Papa, a 'pedra' sobre a qual Jesus quis construir sua Igreja, e a união dos membros que fazem parte dela".
Sobre a comunhão com o Santo Padre, a Congregação para a Evangelização dos Povos afirma conhecer bem o sofrimento devido à fidelidade à Santa Sé e reconhece que "a exemplar fidelidade e admirável coragem, demonstrados pelos católicos na China com relação à Sé de Pedro, são um dom precioso do Senhor".
Quanto ao desafio da unidade entre os membros da comunidade eclesial, o cardeal Dias destaca que "seria útil entrar espiritualmente com frequência no cenáculo, onde o Senhor Jesus, após ter celebrado a Última Ceia junto aos seus apóstolos e ter-lhes ordenado sacerdotes da nova e eterna aliança, orou ao Pai: 'Que sejam um'".
"Queridíssimos irmãos - exorta -, levemos a sério este profundo chamado à unidade dos pastores, que vem do coração daquele que tanto os amou, os chamou e os enviou a trabalhar em sua vinha."
Na carta, a congregação destaca que os testemunhos e mensagens recebidos no Vaticano pelos sacerdotes e bispos que exercem seu ministério na China "nos dão muito consolo e nos estimulam a elevar ferventes orações para que o Senhor vos torne cada vez mais fortes na fé e vos sustente em vossos esforços para propagar a Boa Notícia de Jesus Cristo nesta querida nação".
Uma parte da mensagem está dedicada a mostrar alguns aspectos do sacerdócio. Recorda que "fomos chamados por Jesus para ser 'já não servos, mas amigos', não pelos nossos méritos, mas pela sua infinita misericórdia".
Afirma que "precisamente porque um sacerdote é um Alter Christus - mais ainda, Ipse Christus -, ele deve ser um homem de Deus e um homem para os demais".
"Ele deve, portanto, distinguir-se como homem de oração e de vida austera, profundamente enamorado de Jesus Cristo e, como João Batista, orgulhoso de proclamar sua presença em meio de nós, particularmente na Santa Eucaristia", recorda a missiva.
Também acrescenta que um sacerdote deve estar "inteiramente dedicado aos fiéis jovens e adultos, confiados aos seus cuidados pastorais e a todos aqueles com quem o Senhor Jesus quis identificar-se ou pelos quais mostrou benevolência: os pecadores, antes de tudo, e os pobres, doentes e marginalizados, as viúvas, as crianças, além das ovelhas que ainda não são do seu rebanho".
"Um eclesiástico procurará, portanto, resistir a todo desejo de enriquecer-se de bens materiais, de buscar favores para sua própria família ou etnia, de nutrir uma ambição ruim de fazer carreira na sociedade ou na política", destaca.
Na carta, a congregação cita a homilia que o Papa pronunciou no último dia 29 de junho, na qual afirmou que as perseguições "não constituem o perigo mais grave para a Igreja".
Nessa ocasião, recorda a carta, o Pontífice chamou a atenção "ao que contamina a fé e a vida cristã dos seus membros e de suas comunidades, manchando a integridade do Corpo Místico, enfraquecendo sua capacidade de profecia e de testemunho, ofuscando a beleza do seu rosto".
E indicou que "um dos efeitos típicos da ação do Maligno é precisamente a divisão dentro da comunidade eclesial".
"As divisões, de fato, são sintomas da força do pecado, que continua agindo nos membros da Igreja também depois da sua redenção", sublinha a carta.
E acrescenta que "a unidade da Igreja está arraigada em sua união com Cristo, e a causa da plena unidade dos cristãos - que sempre é preciso buscar e renovar, de geração em geração - está também sustentada por sua oração e por sua promessa".
O cardeal Dias assegura aos sacerdotes e bispos que exercem seu ministério na China "a proximidade espiritual de Sua Santidade o Papa Bento XVI".
E lhes garante que o Papa "vos abençoa com carinho paternal, junto àqueles que estão confiados aos vossos cuidados pastorais, e vos convida a continuar intrépidos pelo caminho da santidade, da unidade e da comunhão, como fizeram as gerações que vos precederam".
Também pede que "Maria Santíssima, Auxiliadora dos Cristãos, a quem a Igreja na China venera em Sheshan com devoção terna e filial, vos proteja e faça frutificar todos os vossos propósitos para espalhar o belo perfume do Evangelho do seu Filho Jesus em todos os cantos da vossa amada pátria".
Finalmente, nesta tarefa, deseja a assistência do "luminoso exemplo do inesquecível missionário na China, Pe. Matteo Ricci SJ, de quem recordamos, com grande carinho, os 400 anos de sua partida ao Reino do 'Senhor do Céu'".
Segundo a agência Fides, órgão informativo da própria Congregação para Evangelização dos Povos, esta carta "manifesta o afeto por esta Igreja que pode se gloriar de um testemunho heroico em meio a muitas tribulações e sofrimentos nos últimos 50 anos".
Em um comentário à missiva divulgada hoje, esta é destacada como "uma palavra de estímulo no fatigoso compromisso pastoral que os ministros levam adiante" e "um reconhecimento dos desafios sociais, materiais e espirituais que os ministros ordenados têm de enfrentar no desenvolvimento da sua missão pastoral".
Indica que nela se destaca "como modelo São João Maria Vianney, que soube identificar-se e imitar Cristo, supremo Pastor das nossas almas, na falta de estruturas, em meio às dificuldades da sua época e na pobreza da sua pessoa".
Além disso, Fides constata como a Congregação para a Evangelização dos Povos valoriza "a consolidação da unidade da Igreja na China".
"O cardeal, em sua carta, recorda àqueles que trabalharam nestes anos com delicadeza e paixão nesta causa que ela já está mostrando seus frutos", afirma.
Ao mesmo tempo, "recorda que qualquer divisão da comunidade eclesial é um pecado, e que a unidade tem necessidade do seguimento radical de Cristo, que rezou e reza conosco ao Pai para que todos sejamos uma só coisa".


Fonte: Zenit.

México: político multado por citar Deus

A justiça eleitoral mexicana deu um passo a mais rumo ao objetivo de proibir qualquer referência a Deus na vida pública, ao impor uma multa, nessa quarta-feira, ao candidato vencedor das eleições de 4 de julho no Estado de Sinaloa (nordeste do país).
O delito do governador Mario López Valdez foi ter dito, durante uma concentração massiva prévia às eleições: “vencerei com o apoio da vontade popular e de Deus”.
Valdez foi condenado pelo Tribunal Eleitoral a pagar uma multa de 2 mil dólares. Os magistrados afirmaram em sua sentença que o governador feriu a proibição constitucional de “empregar alusões ou expressões de caráter religioso”.

Fonte: Zenit.

El Salvador: Igreja defende liberdade de expressão

O arcebispo de San Salvador, Dom José Luis Escobar Alas, se pronunciou neste domingo contrariando a penalização à liberdade de expressão, como se propõem nos próximos dias os magistrados da Corte Suprema de Justiça (CSJ), que analisam a legalidade ou não do artigo 191 do Código Penal relacionado a este direito.
A Corte Suprema de Justiça está próxima a resolver um caso de demanda de inconstitucionalidade contra o artigo 191 do Código Penal, pedido em 2007 pelo empresário Roberto Bukele.
A Assembleia Legislativa aprovou em 2004 uma modificação ao artigo 191 para deixar explicitamente proibida a penalização das críticas nos meios de comunicação.
Esse artigo estabelece a "não sanção penal por críticas nem conceitos desfavoráveis expressados ou difundidos por qualquer meio de comunicação".
Também afirma que "não constituirá delito o fato de que um particular faça julgamentos desfavoráveis de outra pessoa, por meio de qualquer meio informativo, sempre que não demonstre um propósito calunioso ou de ataque à intimidade".
Alguns magistrados adiantam que nos próximos dias, antes de 31 de julho, será comemorado o "dia do jornalista", e então publicarão a resolução.
Bukele afirmou que o artigo 191 "atenta contra a honra, imagem e a dignidade dos salvadorenhos".
Dom Escobar indicou que tal artigo não está em contradição com o artigo 6 da Constituição da República, porque declará-lo inconstitucional levantaria um precedente negativo para o país.
"Nós somos favoráveis a este artigo, porque defende a livre expressão, não só dos meios, mas do indivíduo, da pessoa, da liberdade para se expressar, própria dos países democráticos", indicou.
Acrescentou que "a livre expressão é um direito inalienável em um país democrático. Que tipo de imagem daríamos ao mundo se cortarmos dessa forma a livre expressão?".
Durante a tradicional coletiva de imprensa dominical, o arcebispo instou os magistrados da CSJ a que "analisem bem as coisas e que se pronunciem a favor deste artigo, com todo respeito a todos".
"Podem vir outras leis para a regulamentação dos abusos que podem ser cometidos, mas não abolir este artigo, porque seria um mal precedente, sem dúvida", acrescentou Dom Escobar Alas, e disse que se pronunciou "pelo bem de toda população".

Fonte: Zenit.

Pedofilia só vira notícia quando ligada a sacerdotes

A pedofilia somente é notícia quando está ligada aos sacerdotes, denuncia um dos protagonistas na luta contra esse crime, monsenhor Fortunato Di Noto.
Este sacerdote fundou uma associação que há mais de 20 anos luta pela tutela da infância contra a pedofilia, pornografia infantil e exploração sexual. Ele também é assessor de órgãos internacionais, inclusive agências da ONU.
A associação (Associazione Meter Onlus) realiza seu trabalho não só de forma repressiva mas também prevenindo e educando. Criou na Itália 15 centros de acolhida, formou 300 agentes para a defesa da infância, por meio da supervisão da internet e colaboração com as forças da polícia.
Como explica o sacerdote, a pedofilia é um crime, mas também uma máquina de fazer dinheiro, com uma promoção própria, que movimenta cifras de mais de 13 milhões de euros por ano e um total de mais de 200 mil menores envolvidos e abusados, entre os quais bebês de poucos dias até dois anos de idade.
Contudo, destaca Di Noto, grande parte da imprensa se escandaliza somente pelos sacerdotes pedófilos e não por este fenômeno de enormes proporções.
“O mais impressionante é que foi falado de pedofilia do clero mas não se fala, por exemplo, da pedofilia como fenômeno mundial. E o fenômeno mundial dos absuso sexuais está diante os olhos de todos”, afirmou o sacerdote a H2onews.org.
“O que me impressiona, e faz diferença, é que a mídia, provavelmente dirigida por lobbys da comunicação, quis falar mais disto e não da gravidade e da criminalidade contra as crianças, da gravidade da exploração sexual dos menores, da gravidade do turismo sexual infantil, da gravidade da venda de crianças e da gravidade da violação de crianças. Esta é a demonstração visível e espetacular de como alguns meios de comunicação, movidos por alguns lobbyes de pensamento, comunicam, às vezes, notícias falsas, não verificadas ou ainda manipuladas.”
Para o fundador da associação contra pedofilia, é preciso ter uma maior responsabilidade e atenção por parte dos pais e também mais atenção perante a difusão da pedofilia nas principais redes sociais."A pergunta é: por que na Itália há 180 mil menores de 13 anos que, sem autorização, estão inscritos no Facebook?". "Isso significa que há 180 mil famílias que não controlam o que estas crianças fazem".

Fonte: Zenit.

Papa vê filme sobre primeiros cinco anos de pontificado

Em suas férias de verão europeu, o Papa pôde ver na tarde desta quinta-feira, na residência pontifícia de Castel Gandolfo, o filme “Cinco anos de Papa Bento XVI”, que acaba de ser produzido pela Bayerischer Rundfunk, rede pública de rádio e televisão da Baviera (Alemanha).
O filme apresenta “Impressões em Roma e nas viagens”, a partir dos momentos decisivos deste pontificado. O autor e diretor é Michael Mandlik. O produtor executivo é o professor Gerhard Fuchs.

Fonte: Zenit.

Irmãzinhas de Jesus lançam site

As Irmãzinhas de Jesus, de Carlos de Foucauld, lançaram uma página na internet, com um só objetivo: “Compartilhar com todos o tesouro mais importante de nossas vidas”.
As Irmãzinhas se sentem “convidadas a viver uma vida contemplativa em plena massa humana – informa a ZENIT Ir. Donata Cairo –, no mundo dos pobres”, como “mulheres consagradas que pertencem a Deus.
As irmãzinhas de Jesus têm “na Igreja a missão específica de dar testemunho, com toda sua vida, do mistério de salvação, oferecido a todos, que se manifesta em Belém e Nazaré”.
No site www.hermanitasdejesus.org é possível encontrar informações de seus fundadores (Irmão Carlos da Foucauld e Irmã Magdalena de Jesus), os fundamentos do carisma e de sua missão, assim como notícia de cada uma das fraternidades nos vários países como Chile, Argentina, Uruguai, Brasil, Peru, México e Cuba.
O site conta ainda com material para download (como por exemplo: Caminho de Oração com irmão Carlos de Jesus) e uma ampla galeria de imagens.

Fonte: Zenit.

Família: entre internet, celulares e redes sociais

Vivemos em uma época de plena revolução telemática. As novas gerações utilizam com facilidade a internet e os celulares. Conectam-se, trocam mensagens, informações, fotos, vídeos.
E os pais estão desorientados; muitos temem pelos riscos relacionados à utilização das novas tecnologias.
Precisamente para debater sobre os limites e oportunidades da internet e dos celulares, o Fiuggi Family Festival organizou no dia 26 de julho o congresso "Science day: internet em família".
O encontro foi realizado em colaboração com o Instituto Italiano de Informática e Telemática do Conselho Nacional de Pesquisa (IIT-CNR).
Introduzido e moderado pelo chefe da sala de imprensa do CNR, Marco Ferrazzoli, o encontro ilustrou aos assistentes as características da revolução tecnológica em curso.
O responsável do grupo de segurança do IIT-CNR, Maurizio Martinelli, repassou a história da internet, percorrendo as etapas de uma tecnologia que em 1974 se chamava ARPANET e contava com cerca de 52 centros de enlace.
Entre siglas como DNS (Domain Name System), TLD (Top Level Domain), ICANN, GAL etc., Martinelli explicou com que velocidade e como se desenvolveu a revolução telemática.
Falou-se também das redes sociais, com suas grandes oportunidades para multiplicar o conhecimento e as relações, mas também dos riscos de sistemas que colocam à disposição de todos imagens e informações não-autorizadas.
Após referir-se às múltiplas oportunidades dos novos telefones celulares, Fabil Martinelli comentou também seus riscos.
Por isso, apresentou iCareMobile, um software elaborado pelo Instituto de Informática e Telemática do CNR para proteger os telefones de última geração de conteúdos inapropriados e aplicações prejudiciais. Tudo para melhorar a segurança dos menores que navegam pela rede.
ICareMobile é um software que permite o controle - total e personalizado - das funções dos modernos telefones celulares, protegendo os jovens e as crianças de ataques externos e de usos indevidos.
Martinelli recordou que os celulares de última geração, os chamados "inteligentes", permitem aos usuários que estejam sempre conectados à internet.
"A facilidade de uso e a difusão massiva de aplicações por chat, redes sociais e file-sharing - precisou - os tornaram muito populares entre os jovens, mas também entre as crianças, favorecendo a difusão de fotos e vídeos não aptos para menores."
Martinelli revelou que as tecnologias de segurança disponíveis para a proteção dos dispositivos desses conteúdos são atualmente insuficientes, é difícil configurá-las e estão pouco preparadas para adaptar a proteção às necessidades específicas dos usuários".
Segundo o especialista em segurança, com iCareMobile "é possível ter um controle quase total do dispositivo, desfrutando com o cuidado necessário dessas características técnicas evolucionárias (GPS, Bluetooth, MMS, conexão à internet) que aparentemente representam a fonte principal de perigo para um smartphone".
"As regras de comportamento que hoje podemos apenas sugerir que nossos filhos sigam se transformarão automaticamente em sistemas de segurança", acrescentou.
"O software poderá, por exemplo, enviar um SMS ao pai se o filho se afasta da escola, ou poderão aplicar-se controles como 'não receber mensagens que contenham material pornográfico ou não-adequado' ou 'não executar videogames em determinados horários'", explicou.
Com relação a outros produtos análogos que se comercializam atualmente, o sistema se diferencia pela alta facilidade de configuração, eficiência e flexibilidade dos controles utilizados pelos pais, assim como pela capacidade de reconhecer imagens de caráter pornográfico diretamente no celular, ao invés de por meio da rede do operador.
Isso se torna mais econômico e garante, por exemplo, a possibilidade de controlar as imagens tomadas diretamente da câmera fotográfica ou recebidas através de canais locais, como o Bluetooth.
Martinelli concluiu afirmando que "iCareMobile é um verdadeiro apoio à proteção das crianças dos perigos da rede e do uso inapropriado do celular, que evidentemente poderá ajudar, mas não substituir a ação de diálogo e controle de pais e educadores".

Fonte: Zenit.

Cáritas Espanha financia projetos para 537 mil pessoas

A Cáritas Espanha destinará 416.577 euros a projetos de educação, saúde e ajuda em 5 países, que beneficiarão diretamente 537 mil pessoas, na Angola, Moçambique, Quirguistão, Camboja e Peru, segundo informa o site da Cáritas da Espanha.
Soberania alimentar, educação, saúde, ajuda de emergência e reabilitação são os aspectos aos que se destinará o pacote de ajudas aprovadas. A metade do dinheiro - 211.577 euros - se dirige a projetos de segurança alimentar e educação em Angola e Moçambique.
No primeiro desses países, a Cáritas Espanhola responde à petição feita pela Cáritas Angola para financiar um amplo programa de ajuda humanitária aos angoleses recentemente expulsos da vizinha República Democrática do Congo, com objeto de que possam reconstruir suas vidas em seu país de origem.
O projeto, de um ano de duração, contempla a posta em marcha de diversas atividades de agricultura sustentável, atenção sanitária e educação escolar para uma população estimada em 17.500 pessoas, em sua maioria (80%) mulheres e crianças.
Em Moçambique, onde a Cáritas Espanha mantém uma intensa presença há mais de uma década, serão apoiados projetos educativos nas regiões de Inhambane-Mapinhane e Pemba-Cabo Delgado.
O primeiro deles prevê a construção de um centro de serviços polifuncional, dirigido e gestionado pelas Irmãs Agostinianas, onde, junto às atividades docentes para crianças e adultos, se oferecerá à população local uma assistência integral no setor da saúde (trata-se de uma região com elevada incidência de AIDS) e da nutrição.
O segundo projeto se dirige a reforçar o trabalho que a Cáritas vem desenvolvendo, principalmente no campo da educação, para uma população de meio milhão de alunos na província de Cabo Delgado. Os quase 70 mil euros aprovados pela Cáritas Espanha se destinarão a sufragar uma parte das obras urgentes de reabilitação das instalações docentes da Universidade Católica de Pemba, cujo orçamento global ascende a 461 mil euros.
A recente crise política vivida na ex-república soviética do Quirguistão provocou uma séria emergência humanitária na região, devido ao deslocamento de aproximadamente 400 mil pessoas por causa da violência.
Ao longo do mês de junho, a rede internacional da Cáritas e a Igreja local organizaram uma operação de resposta humanitária, à qual se une agora a Cáritas Espanhola, com uma contribuição de 50 mil euros para oferecer assistência básica e refúgio temporal a cerca de 18 mil pessoas especialmente vulneráveis, como idosos, órfãos e famílias que perderam seus lares.
Outra situação de emergência, como a originada pelas chuvas torrenciais registradas em fevereiro e março passados nas regiões peruanas de Apurimac e Cusco, no Peru, foi objeto também do apoio fraterno da Cáritas Espanhola, que aprovou 130 mil euros doados pela Fundación La Caixa, para financiar um projeto de reabilitação agrícola e de nutrição infantil para a população afetada.
A população reclusa da prisão cambojana de Siem Reap é, por último, outro dos destinatários das ajudas aprovadas pela Cáritas, que decidiu renovar, com uma contribuição de 25 mil euros, o apoio que vem prestando há vários anos ao programa de saúde que a Cáritas Camboja leva a cabo neste centro penitenciário.
As atividades realizadas pela Cáritas local permitem garantir dentro da prisão uma assistência médica minimamente digna a cerca de 1.400 reclusos, que se completa com atividades de formação profissional, prevenção de dependência química e AIDS e apoio nutricional aos internos.

Fonte: Zenit.

Episcopado elogia suspensão parcial da lei do Arizona

Os bispos católicos do Arizona elogiaram a sentença do tribunal federal de Phoenix, que, na véspera de sua entrada em vigor, bloqueou algumas das medidas mais polêmicas da lei contra a imigração ilegal nesse Estado americano.
Disposições da nova lei, que havia sido aprovada pela governadora Jan Brewer em abril, foram bloqueadas ontem pela juíza Susan Bolton e ficarão suspensas até que os tribunais federais se pronunciem sobre seu conteúdo.
Os bispos católicos do Arizona aplaudiram (este é o verbo literal que utilizaram) a sentença da juíza e esperam que "a reação à sua decisão se expresse somente em formas pacíficas e legais.
"Como bispos de nossas respectivas dioceses, sabemos que praticamente em todas as paróquias há famílias que estiveram vivendo com medo e ansiedade criados pela SB 1070 e que tal lei ia separar as famílias", explicam os bispos em uma nota.
"A situação dessas famílias pode ser que, por exemplo, um pai seja cidadão e o outro não se encontre em nosso país legalmente - acrescentam. Ou pode ser que a situação seja que alguns filhos sejam cidadãos e que um irmão ou irmã não tenha os documentos necessários."
Os bispos "se unem a estas famílias. Sabemos que são boas pessoas, que trabalham duro e que contribuem para a economia e para a qualidade de vida das suas comunidades".
Os prelados anunciam que continuarão manifestando-se contra as provisões da SB 1070 e que vigiarão a implementação das provisões permitidas de acordo com a decisão.
Também garantem que continuarão promovendo "uma reforma compreensiva das leis de imigração do nosso país".
A posição dos bispos se baseia em 4 princípios.
Em primeiro lugar, indicam, "a imigração ilegal não é boa para o nosso país. Não é bom não saber quem está entrando em nosso país".
Em segundo lugar, esclarecem, "nossas fronteiras internacionais devem ser garantidas e devemos ser protegidos do tráfico de drogas, de armas e de pessoas, da violência".
Em terceiro lugar, exigem "um processo para alcançar um status legal - mas não uma anistia - para as pessoas que entraram em nosso país ilegalmente. Este processo deverá ter consequências em proporção ao ato de entrar sem documentos; isso inclui multas, aprender inglês e colocar-se em linha desde o começo, para tornar-se cidadão".
Em quarto lugar, consideram, "nossa nação precisa de um programa que permitirá que os trabalhadores entrem legalmente neste país. Este programa deverá incluir a proteção dos direitos dos trabalhadores".
Segundo os prelados, "a consequência fatal do fracasso da liderança dos políticos da nossa nação para implementar uma reforma do nosso sistema de imigração incluiu a morte de milhares de pessoas".
"Os migrantes - mulheres, homens, crianças em circunstâncias desesperadas - morreram tentando entrar em nosso país. Cidadãos americanos morreram devido aos crimes cometidos pelos narcotráficos, pelas pessoas que traficam seres humanos, pelas pessoas que traficam armas."
Os bispos concluem assegurando suas orações aos seus senadores e representantes, para que "deixem de lado as divisões de partido e trabalhem logo para compor o frágil sistema de imigração".
Outros bispos dos Estados Unidos e da América Latina também manifestaram aprovação pública diante da decisão judicial.

Fonte: Zenit.

Livrar o Concílio das confusões pós-Concílio

Por ocasião da ordenação presbiterial de cinco diáconos da Fraternidade Sacerdotal de São Pedro (FSSP), Dom Guido Pozzo, secretário da Comissão Pontifícia Ecclesia Dei, proferiu em Wigratzbad (sede do seminário da FSSP na Europa) uma importante conferência.
A FSSP é uma família religiosa de direito pontifício, fundada em 1988 por sacerdotes tradicionalistas que não quiseram seguir Dom Lefebvre após a ordenação ilícita de quatro bispos.
Dom Pozzo mostrou como as supostas rupturas com o Concílio foram exageradas pela mídia sensacionalista. Para esclarecer as questões abordadas por Dom Pozzo em sua conferência, ZENIT entrevistou o padre Alfredo Morselli, pároco em Bolonha e especialista no assunto.
ZENIT: O secretário da Comissão Ecclesia Dei proferiu sua conferência no seminário da Fraternidade Sacerdotal de São Pedro. Qual o significado da escolha deste local?
Pe. Morselli: A Fraternidade Sacerdotal de São Pedro está entre os mais belos frutos do diálogo da Igreja com o mundo tradicionalista. Enquanto muitos seminários estão vazios, definitivamente a FSSP não sofre com este problema. A maior parte de seus membros não conheceu pessoalmente Dom Lefebvre. Acolhidos por bispos de maior visão e mais obedientes, deram provas de sua capacidade de se integrar às diversas realidades diocesanas. Junto a tantas outras famílias de carisma análogo, constituem a prova viva de que a paz litúrgica – ou mesmo a coexistência na Igreja das duas formas de rito romano (Missa Gregoriana e o Novus Ordo Missae) – é não apenas possível como também muito frutífera.
ZENIT: Quais foram os principais assuntos tratados na conferência?
Pe. Morselli: Dom Pozzo quis abordar dois assuntos “quentes”: a unidade e a unicidade da Igreja católica, e da Igreja católica e as religiões referente à salavação; buscou demonstrar que “a questão crucial e o ponto verdadeiramente determinante na origem da disputa, da desorientação e da confusão não está no Concílio Vaticano II nem os ensinamentos objetivos contidos em seus documentos, mas sim em uma interpretação deste ensinamento”. Ele chamou tal interpretação de uma “ideologia para-conciliar, difundida principalmente por grupos intelectuais católicos neo-modernistas e por centros midiáticos de poder mundano secular”.
ZENIT: Por que justamente estes dois temas?
Pe. Morselli: Conforme reporta o blog Missa em Latim (http://blog.messainlatino.it/), “o interesse principal deste texto é que este (...) representa uma síntese das posições dos teólogos vaticanos empenhados nos colóquios com a Fraternidade São Pio X: na prática, os esclarecimentos doutrinais sobre alguns temas controversos do Concílio que Roma se dispôs a realizar”.
ZENIT: Qual foi a contribuição de Dom Pozzo?
Pe. Morselli: Sustentou que o único caminho católico para uma solução seria constituído pela hermenêutica da continuidade.Tentarei simplificar em poucas palavras: a ideologia para-conciliar afirma: “Que ótimo, após o Concílio a Igreja mudou!”; enquanto os tradicionalistas dizem: “Que desgraça, após o Concílio tudo mudou!”. As promessas do Salvador, porém, nos garantem que a Igreja jamais mudará em sua natureza. À tentação dos tradicionalistas, hoje se responde: “Quanto à crise e aos graves erros, vocês têm razão; eles são evidentes e não se pode negá-los; mas – atenção – eles não são intrínsecos ao Concílio! Trata-se de uma crise neo-modernista – crise esta que já se esboçava antes do Concílio, com a assim chamada Nouvelle Théologie e outras aberrações nos movimentos litúrgicos – grave, mas extrínseca aos documentos do Concílio”.
ZENIT: Dom Pozzo responde às objeções de alguns Tradicionalistas?
Pe. Morselli: Dom Pozzo conhece bem todo o panorama tradicionalista: em particular, responde à hipótese segundo a qual o Concílio, sendo pastoral e não dogmático, não seria vinculante no que se refere à sua aplicação: “Seria equivocado pensar que o caráter expositivo e pastoral dos Documentos do Concílio Vaticano II não impliquem também em uma doutrina que exige o comprometimento por parte dos fiéis segundo os diversos graus de autoridade das doutrinas propostas”.
Além disso, cumpre dizer que é infalível não apenas o que é definido, mas também tudo o que é continuamente proposto pelo Magistério: por exemplo, muitos são os teólogos que consideram infalível a encíclica Humanae Vitae, ainda que isto não esteja contido em nenhuma definição no sentido estrito. Os pontos considerados “quentes” do Concílio, examinados por Dom Pozzo, são continuamente citados reapresentados pelo magistério ordinário; de modo que não podem ser considerados opcionais.
ZENIT: A conferência de Dom Pozzo pode vir a influenciar positivamente o diálogo da Santa sé com a Fraternidade São Pio X?
Pe. Morselli: É bom sinal que finalmente tenha sido conferida aos tradicionalistas e suas instâncias uma grande dignidade, ainda que nem tudo vá como o Papa desejaria. E uma vez que quem discute são pessoas e não ideias abstratas, estou certo que a sabedoria e a caridade pastoral de Bento XVI e seus colaboradores trarão grandes frutos.
A nós cumpre apenas orar, nos sacrificar e trabalhar para que isto se dê o mais breve possível.

Fonte: Zenit.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Irmã Meena, religiosa estuprada, “testemunha de luz para a Igreja indiana”

A Irmã Meena, religiosa espancada e estuprada durante a sanguinária perseguição anticristã de Orissa em 2008, “é o símbolo da nossa luta, a testemunha da luz e da verdade”, afirma seu tio, Dom John Barwa.

A Irmã Meena Barwa, da ordem religiosa das Servidoras, desenvolvia sua missão no centro pastoral Divyajyoti, em Nuagaon, no distrito de Kandhamal, junto a um sacerdote, Pe. Thomas Chellan. A religiosa nasceu no distrito de Sambalpur e fez os votos perpétuos no último mês de abril.

No dia 25 de agosto de 2008, junto ao sacerdote com quem trabalhava no centro, ela foi agarrada, espancada, desnudada e obrigada a caminhar pela aldeia. Em um determinado momento, os fundamentalistas quiseram inclusive queimá-la viva junto ao sacerdote. Não o fizeram, mas a estupraram. Somente no final, à noite, enquanto continuavam sendo injuriados e maltratados, foram libertados pela polícia.

O caso chegou ao tribunal do juiz Bira Kishore Mishra. A comunidade cristã acusa as autoridades locais de conivência com os extremistas e o processo da Irmã Meena é visto como a justa oportunidade para demonstrar o desejo de justiça da população.

A religiosa, acrescenta o bispo, “cresce e se reforça diariamente, nutrida pela adoração eucarística, pela Missa e pelo terço. Certamente, às vezes cede a um sentimento de opressão, cansaço e dor; mas, graças à oração de toda a Igreja tribal, ela está se fortalecendo e superando esta crise”.

No último dia 23 de julho, foi seu aniversário: “Ela é valente e me anima em minha missão episcopal. A Irmã Meena está realizando os estudos da sua carreira acadêmica. Frequenta normalmente a universidade (onde ninguém sabe quem ela é) e viaja normalmente por meio do transporte público”.

Isso causa preocupação pela sua segurança: “Para mim, para nossa gente e para a Igreja de Orissa, ela é o testemunho da vitória da luz sobre as trevas”.

“É verdade – acrescenta – que todos aqueles que se cobrem de trevas não querem que a luz e a verdade possam vencer. Por isso, estou preocupado, e por isso devemos defendê-la, sem revelar onde se encontra, para preservar sua luz.”

O testemunho da religiosa deriva também das suas origens familiares tribais. Como explica o bispo, “viemos de uma família rural: minha casa estava na selva. E justamente dessa família tão comum, Deus escolheu a Irmã Meena para ser seu instrumento. A força, o valor e o testemunho da religiosa me incentivam a trabalhar e servir a Igreja, ainda que às vezes me sinto triste e sinto dor. Nós devemos tudo aos missionários: eles nos tiraram da selva e nos ajudaram a descobrir o divino. Deus tem um plano para a Irmã Meena e nada pode deter o avanço do seu projeto”.

No que diz respeito à proximidade do processo, Dom Barwa explica: “Perguntei diretamente à Irmã Meena se ela se sentia assustada ou com raiva, mas me respondeu que não. Ela busca justiça não somente para si, mas também para o nosso povo; mas não tem raiva”.

“Quanto à identificação dos culpados, ela me disse que é Deus quem a ilumina e que o Espírito Santo lhe dá a força para enfrentar esse momento. A última vez que nos encontramos antes de um momento semelhante, junto à sua superiora, celebramos uma Eucaristia maravilhosa: mais de três horas de oração com a Palavra de Deus e a Eucaristia que cura. Um dom de graça e paz para todos nós”, acrescentou.


Fonte: Zenit.

Crescem os ataques a cristãos na Indonésia



Os ataques contra os cristãos aumentaram consideravelmente na Indonésia em 2010, constata o Setara Institute for Peace and Democracy.
Neste ano, o instituto registrou 28 violações da liberdade religiosa em relação a diferentes Igrejas cristãs. Esse dado contrasta com os 18 incidentes registrados em 2009 e os 17, em 2008, informa a agência AsiaNews.
Bekasi é a cidade com mais incidentes (7), seguida da capital, Jacarta (6). Se continuar nesse ritmo, no final do ano o número de incidentes será três vezes maior que no ano passado.
Por outro lado, houve queda nos casos de violência contra os ahmadi, considerados hereges pelos muçulmanos, por venerar Mirza Ghulam Ahmad como último profeta depois de Maomé. Em 2009, eles sofreram 33 ataques. Neste ano, foram 4.
Os pesquisadores do instituto advertem que os ataques contra cristãos são ainda mais numerosos do que os registrados.
O vice-presidente do Setara, Bonar Tigor Naipospos, destacou que a polícia desempenha uma importante função nas violações da liberdade religiosa na Indonésia.
“Neste ano houve 12 incidentes relacionados com a proibição de construir igrejas ou o fechamento de lugares de culto por ordem dos chefes do distrito – explicou –. Os motivos alegados são sempre ‘pressão pública’”.
“Parece que as pessoas e o governo – afirma Naipospos – não se dão conta de que o direito a professar a própria religião, consagrado na Constituição, caminha ao lado do direito a ter um lugar de culto.”
Na opinião de Naipospos, “a culpa é de Jacarta, pois governa a questão da harmonia religiosa de maneira unilateral”.
No entanto, o governo defende-se. O presidente do Fórum para a tolerância religiosa e pesquisador chefe do Ministério de Assuntos Religiosos, Ahmad Syafi’i Mufid, afirmou que o Ministério é “o único que tenta prevenir o estouro de conflitos”.
Ele também defendeu as administrações locais, explicando que elas “estão confusas” e “recebem tantas informações que não conseguem saber quem tem razão e quem está equivocado”.
Nos primeiro meses de 2010, radicais islâmicos interromperam celebrações religiosas, impediram cristãos de ir à missa, destruíram locais de culto e barraram os trabalhos de construção de novas igrejas.
Neste mês, na noite do dia 9, enfrentamentos entre cristãos e muçulmanos em Jacarta deixaram três mortos, cinco feridos e sete casas incendiadas.
Entre 1999 e 2001, em Molucche, houve uma sanguinária guerra entre cristãos e muçulmanos, em eventos que deixaram milhares de vítimas, quase meio milhão de prófugos e centenas de igrejas e mesquitas destruídas.
Em fevereiro de 2002, chegou-se a uma trégua, firmada em Sulawesi do Sul, através de um plano de paz proposto pelo governo.
Os recentes atos violentos revelam as tensões entre cristãos e muçulmanos, após esse frágil tratado de paz de 2002.


Fonte: Zenit.

Iraque chora morte de bispo “sempre sorridente”

Morreu na última terça-feira Dom Andreas Abouna, bispo auxiliar de Bagdá (Iraque), homem que dedicou a vida a servir uma Igreja afligida pela guerra, a opressão e crescentes dificuldades.
O prelado faleceu no hospital em Erbil, norte do Iraque. Tinha 67 anos e sofria de doenças renais.
Seus funerais iniciaram na noite dessa terça-feira, na catedral de St Joseph de Ankawa, próximo de Erbil, presididos pelo Patriarca caldeu Emmanuel III Delly.
Dom Bashar Warda, arcebispo de Erbil, descreveu Dom Abouna – em declarações à associação caritativa internacional Ajuda à Igreja que Sofre –, como um pastor “sempre sorridente, mesmo em situações muito difíceis”.
Andreas Abouna nasceu a 23 de março de 1943 no povoado de Bedar, nos arredores da cidade de Zakho, no norte do Iraque. Aos 14 anos, entrou no Seminário de St. Peter, naquela época situado em Mossul. Em 1966, foi ordenado sacerdote para a Igreja Católica Caldeia.
Após ter sido durante quase 25 anos pároco de várias igrejas no Iraque, em 1989 converteu-se em secretário pessoal do Patriarca católico caldeu Raphael I Bidawid.
Depois seguiu para Londres, onde lhe foi confiada a missão caldeia. Ali atuou durante 11 anos. Depois retornou a sua pátria e, um ano depois, em 2003, foi ordenado bispo, em Roma, por João Paulo II.
Poucas semanas depois do início de sua missão episcopal, a ditadura de Saddam Hussein foi derrubada, e várias regiões do Iraque, incluído Bagdá, caíram em desordem e violência.
Os cristãos sofriam nesse contexto de guerra. O bispo Abouna ajudou seu povo diante dos ataques com bombas contra as igrejas e as ameaças de violência contra os não muçulmanos. Houve um êxodo em massa entre os fiéis católicos.
Apesar de seu estado de saúde cada vez mais fragilizado, o prelado permaneceu em Bagdá, organizando atos para os jovens, quando as condições de segurança permitiam.
“O bispo Abouna era um homem muito bom e humilde, com uma mentalidade muito aberta”, recordou o arcebispo de Kirkuk, Dom Louis Sako.
“Ele de fato tomou conta de cada um de seus sacerdotes e sempre trabalhou pela unidade da Igreja”, acrescentou. “Espero que possa rezar por nós do céu”.

Egito: nova igreja poderá ser construída sem burocracia

Os católicos no Egito têm neste momento uma oportunidade única de construir uma igreja, num país onde tal permissão pode levar até 30 anos e requer autorização do próprio presidente.
A nova igreja poderá ser construída imediatamente, na "Cidade Seis de Outubro", um centro de rápido crescimento situado ao sul da capital Cairo.
O bispo da diocese de Guizeh, Dom Antonios Aziz Mina, explicou à organização católica Ajuda à Igreja que Sofre que as autoridades egípcias abrem exceções para as estruturas eclesiásticas propostas para novas áreas urbanas.
O governo disponibilizou um terreno de 300 metros quadrados para a construção da igreja e de uma escola.
O prelado destacou a vitalidade da comunidade católica nessa área, especialmente dos jovens. “Nosso povo é muito forte em sua fé e sempre desejou uma igreja", explicou.
Ajuda à Igreja que Sofre, entre outras organizações, ajudará a tornar realidade este projeto, cujo custo está estimado em cerca de 700 mil dólares.
Criada no ano de 2003, a diocese de Guizé conta com menos de seis mil católicos e cinco seminaristas maiores. Ela forma parte da Igreja Católica Copta, composta por 250 mil pessoas num país de maioria muçulmana, onde Igreja cristã majoritária – a Igreja Ortodoxa Copta – tem entre 8 e 10 milhões de fiéis.

Fonte: Zenit.

Sudão: da transição à reconciliação

A Conferência Episcopal do Sudão publicou uma mensagem de esperança e exortação à concórdia nacional, ao término de sua reunião plenária, em Juba.
O Sudão, manchado de sangue por um conflito que durou vinte anos, vive atualmente uma situação política e social de estabilidade precária, após as eleições do mês de abril, que confirmaram no poder o presidente Omar el Bashir e o presidente do Governo autônomo do Sudão do Sul, Salva Kiir, informou nesse domingo o jornal vaticano L’Osservatore Romano.
Em janeiro de 2005, em Nairobi, Quênia, foi firmado um acordo de paz (Comprehensive Peace Agreement) entre o Governo central e o Exército Popular de Liberação do Sudão (SPLA), que reconheceu o Governo autônomo do Sudão do Sul, com a previsão de um referendo para a proclamação de Independência.
Além disso, entre o Governo central e o SPLA, foi acordada a subdivisão dos lucros produzidos pelos ricas jazidas de petróleo no centro-sul do país. O Sudão conta com cerca de quarenta milhões de habitantes, dos quais 80% são muçulmanos e 17%, cristãos.
Agora os olhos do país e dos observadores internacionais apontam outro ponto fundamental até a democratização: o referendo, previsto para janeiro de 2011, que poderia, em caso de resultado positivo, permitir à região autônoma do Sudão do Sul ter sua independência.
Sobre o referendo, os bispos convidam todo o país a um forte compromisso, para que o processo de consulta possa ser realizado “de forma transparente e frutífera”. Os prelados afirmam que a Igreja está constantemente presente “no trabalho de construção da paz e reconciliação, em colaboração com as outras partes e na linha de uma doutrina social da Igreja”.
“Após séculos de opressão e de exploração, após decênios de guerra e violência que marcaram e feriram as vidas de muitas pessoas no sul e no norte do Sudão, sem nenhum respeito pela vida e pela dignidade; agora, a cinco anos da firma do Comprehensive Peace Agreement, alcançamos um ponto a partir do qual a mudança está próxima”, afirmam os bispos.
Qualquer que seja o resultado do referendo, especificam os prelados, as pessoas no poder estão convidadas a mudar suas mentalidades e a se esforçar pela pacífica convivência entre as diversas etinias.
Em especial, afirma-se a necessidade de que as autoridades do norte do Sudão “respeitem a liberdade e os direitos humanos, inclusive a liberdade de religião de todos os cidadãos” e que as autoridades do sul “tutelem os direitos das pessoas de outras regiões”.
Bento XVI, no discurso aos bispos do Sudão, em visita ad limina apostolorum, a 13 de março de 2010, destacou que, “se a paz implica estabelecer raízes profundas, temos de realizar esforços comuns para diminuir os fatores que contribuem com os conflitos, em especial a corrupção, as tensões éticas, a indiferença e o egoísmo.

Fonte: Zenit.

Cardeal da Venezuela defende liberdade perante Assembleia Nacional

O cardeal Jorge Urosa Savino, arcebispo de Caracas, defendeu a liberdade garantida pela Constituição da Venezuela, ao intervir ontem perante a Comissão Coordenadora da Assembleia Nacional.
Sua presença havia sido pedida pela deputada Cilia Flores, presidente do Corpo Legislativo, depois de declarações públicas do purpurado nas quais havia constatado a vontade do presidente Hugo Chávez de instaurar no país o socialismo marxista e de expressar suas reservas, assim como o resto do episcopado, sobre algumas das leis promovidas pelo executivo.
As declarações do cardeal haviam suscitado insultos por parte do presidente Chávez e de expoentes de sua linha política, motivo pelo qual a deputada Flores considerou oportuno oferecer ao cardeal uma oportunidade para esclarecer suas posições.
Ao sair do encontro, realizado a portas fechadas, o cardeal Urosa qualificou o diálogo de cordial, sereno, com grande franqueza e, às vezes, "duro, mas com muito respeito".
Recordou que os bispos venezuelanos, em cumprimento de sua missão, têm o direito e o dever de "iluminar" seus fiéis e a isso dedicou em boa parte sua intervenção.
Em defesa da liberdade garantida pela Constituição
"Emiti minhas apreciações como cidadão venezuelano dentro dos direitos que me são outorgados pela Constituição - afirmou. Por isso, exijo que cessem os ataques contra a minha pessoa que se difundem em alguns programas de meios de comunicação do governo."
Recordou que "opinei que o presidente Chávez quer levar o país pelo caminho do socialismo marxista. Pois bem: eu não disse nada novo, pois o presidente, em várias ocasiões, afirmou ser marxista, como fez, por exemplo, nesta Assembleia em 15 de janeiro de 2010, e está decidido, repete-o permanentemente, a converter a Venezuela em um Estado socialista".
Segundo o cardeal, "levar-nos por este caminho implicaria em deixar de lado importantes princípios consagrados na atual Constituição".
"O Estado socialista marxista é totalitário, pois ocupa todos os espaços, assim como aconteceu nos países submetidos ao regime socialista ou comunista, como os da Europa Central, da União Soviética no passado, e Cuba ainda no presente", afirmou.
Mas o prelado não só defendeu seu direito à liberdade de expressão, mas também defendeu este direito para os demais representantes da Igreja e, em última instância, para todo cidadão.
Por este motivo, afirmou que algumas das leis promovidas pelo governo vão contra a Constituição, como declararam algumas das instituições de maior prestígio do país, em referência à Lei do Conselho Federal de Governo, a Lei de Reforma da Lei Orgânica de Descentralização, Delimitação e Transferência de Competências do Poder Público; a Lei Orgânica de Educação; a Lei da Força Armada Nacional Bolivariana; a Lei sobre a Organização e Regime do Distrito Capital; a Lei para a Defesa das Pessoas no Acesso aos Bens e Serviços; a Lei Orgânica de Processos Eleitorais; e o atual Projeto de Lei de Comunas.
"Em geral, essas leis afetam o pluralismo político, fundamental para a vida democrática, pois incorporam a concepção socialista, para implantar uma pátria socialista, o que consagra como obrigatória para todos os venezuelanos uma ideologia, um sistema e um partido, o qual é alheio ao espírito e à letra da Constituição, que fala de Estado social de direito e de justiça, e propugna como um dos valores fundamentais o pluralismo político", afirmou.
Estas leis, acrescentou, "seguem uma linha de centralização do poder, contra o federalismo e a descentralização, o que vulnera as capacidades de ação dos venezuelanos da província".
"Todas estas leis seguem a linha de dar mais poder ao governo central e à presidência da República, em detrimento das capacidades e do poder do povo, das pessoas, das regiões, da família, do cidadão, e consagram um Estado e um governo cada vez mais poderosos acima da ação e iniciativa das pessoas, dos cidadãos comuns."
Ao concluir, reafirmou, "junto com meus irmãos, os bispos da Igreja Católica na Venezuela, nossa opção pelos pobres, nossa atitude de disposição ao diálogo, de serviço ao povo venezuelano, de participação no âmbito dos direitos que nos são outorgados pela Constituição, e em cumprimento do nosso dever como pastores ao serviço do Povo de Deus, sem discriminações políticas nem de ordem alguma, que vive em concreto em condições históricas, sociais, econômicas e políticas que todos temos de procurar melhorar".

Fonte: Zenit.

“A comunidade católica na Abcásia foi abandonada à própria sorte”

“Após a guerra de 2008, a comunidade católica de Abcásia foi abandonada à própria sorte”. É o que pensa o padre polonês Gerzy Pilus, pároco da igreja de São Simão cananeu em Sukhumi, na região da Abcásia, autoproclamada independente após os conflitos de 1992-1993. Pe. Está no Cáucaso desde 1997, atuando na Abcásia desde 2007.
“A comunidade católica está presente na Abcásia há séculos. Durante o período comunista, os soviéticos fecharam a Igreja católica, destruindo igrejas e matando sacerdotes. Em 1993, com a guerra, todos os arquivos da comunidade católica foram queimados; perdemos tudo. Em 1994 recomeçamos, com a reconstrução da paróquia. Restaram poucos católicos, talvez cerca de 80 em toda a região da Abcásia, em sua maioria idosos”.
ZENIT: Após os conflitos, como é a situação hoje? Qual foi a repercussão, para a Abcásia, da guerra de 2008?
Pe. Gerzy Pilus: Após a guerra, muitos dos problemas de segurança em Sukhumi foram resolvidos. Em 2008, temíamos que a guerra chegasse também até nós. Nos primeiros dias de guerra entre a Rússia e a Geórgia, houve um grande silêncio por toda a cidade; as pessoas estavam apreensivas com o que poderia ocorrer. Hoje não há mais medo. De qualquer modo, porém, a população que permaneceu na região é muito idosa; muitos dos jovens emigraram, e há poucas famílias. Além disso, após a guerra, não podíamos nos comunicar com a Geórgia, e não temos contato nem com os organismos internacionais nem com a Cáritas.
ZENIT: Como são as relações com as demais confissões?
Pe. Gerzy Pilus: As relações com os luteranos são excelentes. Com os ortodoxos, é mais difícil, uma vez que não há um bispo ortodoxo que os represente e possibilite um diálogo. Estão internamente divididos.
ZENIT: Qual a importância desta comunidade católica tão pequena?
Pe. Gerzy Pilus: Somo os representantes da Igreja católica na Abcásia, um símbolo da Igreja católica; por essa razão é tão importante para nós levar adiante um trabalho de reconciliação.
ZENIT: Quais são suas expectativas para a região e para seu povo?
Pe. Gerzy Pilus: A esperança que nutro é que em Abcásia possa receber pessoas de outros países, entre eles também católicos. Penso que nosso testemunho seja importante, e confio no papel a ser desempenhado pelos leigos católicos. Sem eles, não há futuro. Principalmente, espero por famílias com crianças.
ZENIT: Como são as relações com as autoridades?
Pe. Gerzy Pilus: Não temos problemas. As autoridades veem com bons olhos nossa presença, e nos sentimos bem-vindos.

Fonte: Zenit.

Oração faz parte da vida cristã, lembra cardeal

“Como Jesus, também nós podemos dirigir-nos a Deus como os filhos se dirigem ao pai”

“Inegavelmente, a oração faz parte da vida cristã, desde a pregação de Jesus e dos apóstolos e desde os primórdios da Igreja.”
É o que destaca o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, em artigo na edição desta semana no jornal O São Paulo.
“Ao longo de toda a história da Igreja, a oração é uma das expressões mais evidentes da fé e da vida eclesial. Cristão reza; e quem não reza deixa de lado um aspecto importante da vida cristã”, afirma o arcebispo.
Segundo Dom Odilo, uma dos significados da oração “é traduzir em atitudes aquilo que se aprendeu sobre Deus e a fé: rezar é passar do crer intelectual ao relacionar-se com Deus.”
“Para saber se alguém tem fé, e que tipo de fé, basta observar se reza e como reza. Por isso é bem justificada a afirmação: lex credendi, lex orandi – o jeito de crer aparece no jeito de rezar e a oração é expressão do jeito de crer.”
Em nossa oração – prossegue o arcebispo – “não nos dirigimos a Deus de maneira abstrata, como se Deus fosse uma energia que pode ser capturada com palavras ou ritos mágicos; nem invocamos um poder impessoal com o fim de direcioná-lo e de obter os benefícios desejados”.
“Nossa oração tem base na graça recebida no Batismo, pela qual fomos acolhidos por Deus como filhos (‘filhos no Filho’) e recebemos o Espírito Santo, que nos ajuda a rezar como convém (cf Rm 8,26-27). Como Jesus, também nós podemos dirigir-nos a Deus como os filhos se dirigem ao pai, com toda confiança e simplicidade.”
“É belo pensar que não somos estranhos a Deus, nem Deus é estranho a nós; somos da ‘família de Deus’, a quem nos dirigimos com toda familiaridade.”
Por isso – afirma o cardeal –, “nossa oração se traduz em profissão de fé, adoração, louvor, narração das maravilhas de Deus, agradecimento, súplica, desabafo na angústia, pedido de perdão, intercessão pelos outros”.
“Filhos amados pelo pai e que lhe dedicam amor filial podem achegar-se ao colo do pai, falar-lhe livremente, chorar no seu ombro, sentir-se abraçados e envolvidos de ternura, até sem dizer uma palavra.”


Fonte: Zenit.

Bento XVI visitará povoado em que Leão XIII nasceu

O Papa Bento XVI visitará o município romano de Carpineto, na manhã do próximo dia 5 de setembro, por ocasião do bicentenário do nascimento do seu vizinho mais ilustre, Vincenzo Gioacchino Raffaele Luigi Pecci, que foi papa com o nome de Leão XIII.
Segundo publica hoje L'Osservatore Romano, está previsto que Bento XVI chegue de helicóptero às 8h45, saindo de Castel Gandolfo. Será acolhido por Dom Lorenzo Loppa, bispo de Anagni-Alatri, pelo presidente e por outras autoridades, após aterrissar no estádio local, Galeotti.
Seguidamente, o Papa celebrará a Missa na Praça Monti Lepini, no centro de Carpineto Romano. Após concluí-la e cumprimentar cerca de 30 pessoas em representação dos cidadãos, está previsto que volte de helicóptero a Castel Gandolfo para o almoço.
Será a terceira visita de um papa contemporâneo a esta pequena localidade italiana de menos de 5 mil habitantes. O primeiro foi Paulo VI, no dia 11 de setembro de 1966, ao concluir o 75º aniversário da publicação da encíclica Rerum Novarum.
Posteriormente, no dia 1º de setembro de 1991, também João Paulo II visitou Carpineto, para comemorar o centenário da publicação da famosa encíclica, e celebrou a Missa no mesmo lugar onde Bento XVI o fará.
Leão XIII
Giovanni Pecci nasceu em Carpineto Romano (naquele então, nos Estados Pontifícios), da família dos condes Pecci. Em 1943, foi ordenado arcebispo ad personam e enviado como núncio à Bélgica. Posteriormente, foi nomeado bispo de Perusa e cardeal, e eleito papa depois de Pio IX, em 1878.
A ele não se deve somente a primeira grande encíclica social cristã, Rerum Novarum, que tão profundamente marcou o magistério dos papas posteriores, mas também uma importante abertura ao mundo científico e uma difícil tarefa de mediação diplomática nos conflitos entre países.
Leão XIII fundou centros de estudo teológicos e escriturísticos e abriu os arquivos vaticanos a pesquisadores católicos e não-católicos. Foi o primeiro papa em ser gravado com um cinematógrafo, assim como o primeiro impulsor do diálogo ecumênico.
Segundo recordou em sua visita o Papa Paulo VI, "duas coisas caracterizaram os 25 anos de pontificado de Leão XIII: a primeira foi a vigorosa afirmação da piedade pessoal, que completa o culto litúrgico. A outra é a doutrina social cristã".
"O culto ao Sagrado Coração, a oração do terço, a devoção a São José estão diretamente ligadas à obra e ao ensinamento de Leão XII", explicava então o Papa Montini.
Mas sobretudo o que destacou do pontífice carpinetano foi o impulso que deu a uma Igreja "destituída dos seus apoios temporais, diminuída em seu prestígio".
"Isolado do mundo, em um clima de ruptura e de distância, de intensas polêmicas, de anticlericalismo", Leão XIII ofereceu ao mundo "as grandes encíclicas sobre os valores perenes da liberdade, da democracia e sobretudo da questão social. A defesa dos humildes e dos pobres não havia encontrado jamais antes uma voz tão autorizada".
Depois de 25 anos, João Paulo II disse dele que, "em um período histórico caracterizado por profundas transformações culturais e agudas tensões sociais provocadas pela nova relação entre capital e trabalho, Leão XIII quis dar, em um campo tão importante, uma formulação clara ao pensamento da Igreja".
"Ele o fez com valor, quase desafiando não somente o mundo leigo, mas a própria consciência do mundo católico. E com sua intervenção profética, favoreceu a consolidação da doutrina social cristã."

Fonte: Zenit.

O amor familiar vence desafios impossíveis

No contexto do Fiuggi Family Festival, na Itália, foi projetado o dia 26 de julho o novo filme de John Lee Hancock, “The Blind Side” (“Um sonho possível”, EUA, 2009), estrelado por Sandra Bullock, que causou grande entusiasmo e foi aplaudido pela plateia.
Trata-se de fato de um filme extraordinário, que suscita risos e lágrimas de comoção.
O filme é baseado na história real de Michael Oher, um jovem negro nascido em condições dificílimas. Sem jamais ter conhecido o pai e com a mãe envolvida com drogas, Michael tem ao menos dez irmãos de pais diferentes.
Com a idade de sete anos, o pequeno Oher é separado de sua mãe e conduzido a um orfanato. É adotado por diversas famílias, das quais acaba sempre fugindo. Assim, cresce um rapaz de físico descomunal e imensa força, mas com o coração em frangalhos. Sem lar e sem família, num contexto social degradado marcado pelas drogas, pela prostituição e pela violência, a maior parte de seus amigos morre ainda jovem.
Na véspera do dia de ação de graças, Michael, conhecido por todos como Big Mike, caminha só e sem rumo pelas ruas de Memphis, até encontrar uma família – branca, rica e cristã – que o convida para passar a noite em sua casa.
Este encontro muda a vida de Michael - mas também e principalmente, da família que o encontrou.
Precisamente como ocorre em toda ação movida por um amor gratuito, a caridade transforma a vida e o coração de todos aqueles que a cultivam.
Michael é dócil, bom e protetor. A família decide adotá-lo, auxiliando-o nos estudos, busca estabelecer uma relação com a mãe natural; convida-o a crescer e não se isolar, incentivando-o a treinar futebol americano.
E assim, Michael cresce em proporção ao amor que recebe; um milagre de humanidade que libera toda a potencialidade do rapaz. O filme percorre toda a trajetória da história real de Michael Hoer, até que se torne um dos maiores jogadores de futebol americano dos EUA.
Por sua beleza e intensidade, “The Blind Side” foi premiado em 2009 com o Oscar de melhor atriz para Sandra Bullock, e foi indicado para o Oscar de melhor filme 2009. Sandra Bullock recebeu também Globo de Ouro de melhor atriz (categoria drama) por sua atuação, além do Critics Choiche Awards e o Screen Actors Guild Award.
O filme é único em seu gênero por revolucionar os habituais clichês e preconceitos ideológicos associados à imagem da família – especialmente a da família branca, rica e cristã do sul dos EUA.
No imaginário coletivo, esta família seria tipicamente racista e hipócrita, enquanto que a família retratada no filme ama profundamente o rapaz adotado a ponto de romper definitivamente com aqueles que ainda mantinham preconceitos.
A história de Michael mostra como nenhum obstáculo pode se contrapor à força do amor, e como o crescimento de uma família é capaz de mudar a sociedade.
Permanece inexplicável o fato do filme, sucesso de bilheteria nos EUA, não ter encontrado um distribuidor para ser exibido nos cinemas da Itália.
É paradoxal ainda que Sandra Bullock, vencedora do Oscar de melhor atriz por sua impecável atuação neste filme, tenha recebido em março a Framboesa de Ouro de pior atriz 2010 por sua atuação em “All About Steve” (“Maluca Paixão”, 2009), filme que também recebeu o prêmio de “pior filme do ano” de 2009.
É curioso observar que “Maluca Paixão” foi exibido nas telas italianas, enquanto “Um sonho possível” ainda está em busca de um distribuidor.

Fonte: Zenit.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Análises americanas sobre o Brasil também vazaram no WikiLeaks

Entre os milhares de documentos revelados pelo WikiLeaks nos últimos anos, vários tratam da relação entre os EUA e o Brasil. Os principais temas são econômicos, como o comércio bilateral e a tarifa do etanol, e políticos, principalmente sobre a ascensão do país.

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Os documentos são, em sua maioria, análises feitas pela Biblioteca do Congresso americano em caráter reservado para os legisladores.
Essas análises têm um "peso muito grande" na tomada de decisão dos congressistas, afirma Diego Bonomo, do Brazil Industries Coalition, uma organização que defende os interesses da indústria brasileira nos EUA.Um dos documentos, de 1998, apontava o Brasil e a Argentina como países "dominantes" do Mercosul.
Em textos mais recentes, o Brasil já aparece como "única potência" da América Latina e "líder entre países em desenvolvimento".
O relatório para os congressistas afirma que fortalecer os laços regionais, como o Mercosul e a Unasul (União das Nações Sul-Americanas), e com países da África e da Ásia foi uma opção do governo brasileiro apesar de "provavelmente ser mais benéfico ao próprio interesse econômico do Brasil no longo prazo" se aproximar da União Europeia e dos EUA.
Nas análises, é possível acompanhar o fortalecimento do Mercosul e o quanto ele comprometeu a formação da Alca (Área de Livre Comércio das Américas), uma iniciativa americana para zerar tarifas no continente.
Os textos apresentam o Brasil como uma força que "contrabalanceia" a influência dos EUA na América do Sul. A política de Hugo Chávez, entretanto, poderia enfraquecer essa liderança, especialmente na Bolívia e no Equador, mais dependentes da Venezuela.
No âmbito do comércio, os congressistas americanos leem também que o Brasil liderou os esforços da rodada deDoha para manter a posição dos emergentes, de que EUA e Europa deveriam baixar os subsídios da agricultura como premissa para a continuidade das negociações.

Fonte: UOL.

Pobreza, principal preocupação da Ação Católica Latino-americana

Com a participação de trinta delegações do México, Argentina, Peru, Nicarágua, Estados Unidos, Guatemala, Colômbia e Equador, aconteceu o Sexto Fórum da Ação Católica da América Latina.
O objetivo foi “refletir na vida, no pão, na liberdade e na paz para efeito nos povos latino-americanos”, segundo expressou Emilio Inzaurraga, coordenador geral do Fórum.
Entrevistado na missa da peregrinação dos membros do fórum na Antiga Basílica de Guadalupe, Inzaurraga destacou que as análises se dividem em três etapas desde o ponto de vista social, eclesial e associativo, com o propósito de abordar ações junto aos povos da América Latina.
“Trabalhamos sobre os desafios de nosso continente. Discutimos, por exemplo, o aumento de pessoas pobres, que atualmente já somam mais de 190 milhões em nosso continente. A pobreza mata e marginaliza. A Ação Católica assume esses desafios com a finalidade de dar apoio às comunidades”, disse Emilio Inzaurraga.
O representante da Ação Católica, de origem argentina, mencionou que este movimento “tem contribuído para o desenvolvimento da humanidade para que cada pessoa se reencontre com sua dignidade, fazendo frente aos problemas do mundo, como a insegurança, os problemas econômicos, terrorismo, fome e a discriminação".
No fórum – disse o coordenador geral – foram analisadas as palavras: pão na alimentação dos homens e na pobreza; vida, desde concepção até a morte natural; família e liberdade religiosa na América Latina.
Dom Domenico Zigalini, bispo assistente do Fórum Internacional da Ação Católica, enfatizou que a vida, o pão e a liberdade são elementos fundamentais da vida do homem. Contudo, “a vida vem de Deus, enquanto que o pão é o dom de nossa vida. A paz e a liberdade são valores humanos e cristãos da vida do mundo. Isso nos obriga a ser corresponsáveis com os demais, seguindo o Evangelho”.

Sergio Estrada.

Compromisso social precisa de cristãos de vida espiritual, afirma Papa

Frente aos apremiantes desafios sociais, Bento XVI pediu uma adequada formação dos cristãos e uma vida espiritual mais profunda, na mensagem que enviou ao 6º Encontro Continental Americano da Ação Católica (AC), realizado de 8 a 11 de julho no México.
A missiva, que o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado do Papa, fez chegar em nome do Pontífice aos participantes do fórum, realizado na sede da Conferência do Episcopado Mexicano (CEM), "os anima a aprofundar no papel fundamental dos leigos na construção de uma sociedade mais humana, que responda ao projeto original de Deus sobre a humanidade".
"Ao mesmo tempo, e sendo conscientes dos múltiplos desafios que os cristãos devem enfrentar no mundo atual", o Papa exorta os representantes da Ação Católica a "prestar cada vez mais atenção à necessidade de uma adequada formação e de uma profunda vida espiritual nos fiéis, que leve em consideração seriamente a experiência de fé em Deus, já que o desenvolvimento precisa de cristãos com os braços erguidos a Deus em oração, cristãos conscientes de que o amor repleto de verdade, ‘caritas in veritate', do qual procede o autêntico desenvolvimento, não é o resultado do nosso esforço, mas um dom".
O encontro, que teve como lema "Vida, pão, paz e liberdade: leigos da Ação Católica na cidade para um mundo mais humano", reuniu 30 delegações do México, Argentina, Peru, Nicarágua, Estados Unidos, Guatemala, Colômbia e Equador.

Fonte: Zenit.

Dom Mennini é o primeiro núncio na Rússia

Dom Antonio Mennini, até agora representante do Papa perante a Federação Russa, já é oficialmente núncio (embaixador), após a apresentação de suas Cartas Credenciais ao ministro de Assuntos Exteriores, Sergej Lavrov, no dia 15 de julho.
Segundo a Santa Sé informou hoje, a cerimônia foi seguida de um cordial encontro, em que estiveram presentes, entre outros, o vice-ministro de Exteriores, Alexander Krusko.
Em sua intervenção, Krusko quis relatar o desenvolvimento das relações bilaterais entre a Federação Russa e a Santa Sé, que, segundo recolhe L'Osservatore Romano, “têm-se caracterizado por uma sintonia e espírito de colaboração crescentes”.
Em nome do presidente Medvedev, o vice-ministro de Exteriores desejou ao primeiro núncio na Rússia “uma frutífera colaboração nos grandes desafios morais e éticos que se verificam hoje”.
Por sua parte, Dom Mennini transmitiu a saudação do Papa ao presidente russo, assegurando sua “colaboração para um ulterior reforço das relações com o governo, assim como para o crescimento espiritual e moral do povo russo”.
Com este ato encerram as cerimônias de posse dos embaixadores, que começou a 26 de junho em Roma, com a apresentação das Cartas Credenciais do primeiro embaixador russo na Santa Sé, Mikolaj Sadlichov.
Termina assim mais uma etapa no longo e difícil caminho de aproximação entre o Vaticano e a Federação Russa. No dia 3 de dezembro passado, Bento XVI e o presidente Dmitri Medvédev, após se encontrarem no Vaticano, haviam anunciado o estabelecimento de plenas relações diplomáticas.
A União Soviética havia estabelecido relações diplomáticas com a Santa Sé em março de 1990, um ano antes de sua desintegração. Em janeiro de 1992, a Santa Sé reconheceu a Federação Russa como sucessora jurídica da URSS, estabelecendo relações no âmbito de representações permanentes, ainda que não embaixadas.

Fonte: Zenit.

Na internet: visitas virtuais tridimensionais ao Vaticano

Não há nada que possa substituir uma visita a Roma para admirar a Capela Sistina ou a Basílica de São Pedro, mas a internet permite agora realizar visitas virtuais a alguns dos lugares mais sagrados da Cidade Eterna, oferecendo detalhes que nem sequer ao vivo podem ser apreciados.
A visita ao maior templo da Igreja Católica, no qual se custodiam os restos do apóstolo Pedro, pode ser realizada na própria casa; basta ter um computador com conexão à internet, graças a este novo serviço oferecido pelo site da Santa Sé. A Capela Sistina já estava online desde março.
O projeto envolveu, durante dois anos, estudantes da Universidade de Villanueva, na Pensilvânia (Estados Unidos), a quem foi permitido fotografar estas joias da arte de todos os tempos.
"Estar na Capela Sistina é uma experiência difícil de descrever", explica Chad Fahs, especialista em meios de comunicação do Departamento de Comunicação da Universidade de Villanueva. "Esta visita virtual é o mais próximo que existe a esta experiência que a pessoa pode experimentar", afirma.
"É uma das explorações mais inovadoras de uma obra de arte", acrescenta Paul Wilson, membro do mesmo departamento e um dos responsáveis por esse projeto virtual.
"Mudará para sempre a maneira como os artistas e historiadores podem ver a incrível obra e a mente de Michelangelo, sua atenção pelos detalhes, o comentário social e seu senso de humor", reconhece.
Milhares de fotografias foram tiradas na Basílica de São Pedro e na Capela Sistina, com uma avançada câmera motorizada sobre um trilho e posteriormente compostas e unidas digitalmente para criar um panorama virtual em uma projeção tridimensional.
Os peregrinos e turistas virtuais podem utilizar o zoom e aproximar-se dos detalhes das obras de arte graças à elevada resolução.
"As obras de arte presentes em lugares de culto buscam submergir o visitante em uma realidade sagrada e a Capela Sistina se destaca nesta tradição", esclarece Frank Klassner, professor no Departamento de Ciências da Informática na Universidade de Villanueva, responsável pelo projeto.
"Nossa equipe agradece por ter oferecido sua pequena contribuição a esta tradição, utilizando o poder da internet e a moderna tecnologia de imersão", conclui Klassner.
A primeira visita virtual com estas características foi dedicada à Basílica de São Paulo Fora dos Muros em 2008; e a de Basílica de São João de Latrão foi apresentada em novembro de 2009.
A Capela Sistina pode ser visitada em:
http://www.vatican.va/various/cappelle/sistina_vr/index.html
A Basílica de São Pedro pode ser visitada em:
http://www.vatican.va/various/basiliche/san_pietro/vr_tour/index-en.html
A Basílica de São Paulo Fora dos Muros pode ser visitada em:
http://www.vatican.va/various/basiliche/san_paolo/vr_tour/index-it.html
A Basílica de São João de Latrão pode ser visitada em:
http://www.vatican.va/various/basiliche/san_giovanni/vr_tour/Media/VR/Lateran_Nave1/index.html

Fonte: Zenit.

“Obra do Novo Milênio” em Czestochowa e Jasna Góra

“Fazei do novo milênio uma era de homens santos”. Essas palavras de João Paulo II foram o tema da primeira peregrinação dos integrantes da Fundação Obra do Novo Milênio, da Conferência Episcopal Polonesa.
A peregrinação aconteceu em Czestochowa e Jasna Gória, na Polônia, de 19 a 22 de julho, com participação de cerca de 2.500 pessoas.
O encontro aconteceu por ocasião do décimo aniversário da Fundação, inspirada por João Paulo II para ajudar os jovens que não têm possibilidades financeiras nem econômicas de estudar.
“A Fundação Obra do Novo Milênio é um monumento vivo do pontificado de João Paulo II”, disse a ZENIT Jan Drob, presidente do conselho da Fundação.
Durante a peregrinação, os participantes participaram de uma missa na catedral da Sagrada Família, presidida pelo arcebispo metropolitano de Czestochowa, Dom Stanislaw Nowak.
Também celebraram outros encontros no Santuário Nacional da Virgem Negra em Jasna Gória e na igreja de Santo Adalberto, em Czestochowa.
Entre os organizadores da peregrinação se encontrava o semanário católico Niedziela. Seu chefe de redação, monsenhor Ireneusz Skubis, explicou: “participamos com alegria deste grande evento dedicado aos jovens e à memória de João Paulo II”.
“Devemos recordar as palavras do Servo de Deus João Paulo II, para quem os jovens são a esperança da Igreja e do mundo de hoje”, afirmou.
A Fundação Obra do Novo Milênio, da Conferência Episcopal Polonesa, nasceu no ano de 2000. Auxilia jovens no campo da educação. Até hoje, cerca de 2.500 estudantes já se beneficiaram da ajuda da Fundação em escolas primárias, institutos e universidades. Todos os anos, a Fundação organiza também o Dia do Papa, dedicado à figura e à vida de João Paulo II.

Fonte: Zenit.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Opção preferencial pelos pobres deve ser prioridade dos governos

As prioridades dos governos e suas instituições “devem ser definidas a partir das necessidades que se patenteiam no tecido da sociedade civil”; nesse sentido, a opção preferencial pelos pobres deve receber atenção determinante da comunidade política.
É o que afirma o arcebispo de Belo Horizonte (Brasil), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, em artigo enviado a ZENIT na sexta-feira.
Segundo o arcebispo, a opção preferencial pelos pobres “não pode se dar apenas no âmbito das razões e práticas religiosas como o faz e se deixa permanentemente desafiar a Igreja Católica”.
“Esta opção preferencial pelos pobres tem que ser determinante no horizonte dos governos para definir suas prioridades.”
“Governos, com suas instâncias todas, servidores na sociedade civil têm a enorme tarefa de propor mudanças de estilos de vida que substituam aqueles contrários à natureza e à dignidade do ser humano como a cultura atual alimenta e se deixa fascinar por eles”, afirma.
Para Dom Walmor, “a idolatria do poder, da riqueza e do prazer efêmero precisam ter um forte contraponto na organização social como norma máxima de funcionamento, de tal maneira que nada esteja acima do valor da pessoa”.
Nessa direção – prossegue o arcebispo –, “a consideração dos pobres é determinante na definição de prioridades. Basta levar em conta a sua condição social - ferida que revela a desconsideração de sua dignidade, a falta de moradia, trabalho, oportunidades, educação, saúde”.
“A discussão dos programas de governo apresentados pelos candidatos deve merecer especial atenção de todos nas eleições deste ano”, indica.
Segundo o arcebispo, apesar do “desenvolvimento e aumento de riquezas na sociedade brasileira, a luta contra a pobreza permanece como um desafio”.
Os programas de governo devem ser capazes de enfrentar, “com inteligência e sensibilidade, problemas gravíssimos como o déficit habitacional, a real qualificação da educação, oferecendo oportunidades mais ampliadas, entre outros itens que favoreçam a mudança deste cenário vergonhoso desenhado pelas feições sociais da miséria”.
“A realidade cultural e as condições favoráveis da sociedade civil precisam contar com homens e mulheres que, na comunidade política, definam suas prioridades de governo a partir deste desafio que a condição dos mais pobres está exigindo e urgindo, para associá-los aos que gozam de condições adequadas à dignidade humana”, afirma o arcebispo.

Alexandre Ribeiro

Terra Santa: aumenta número de peregrinos

Desde o começo de 2010, o número de peregrinos e turistas presentes na Terra Santa aumentou 30%, superando, assim, os 1.600.000 visitantes.
Assim confirmou o Pe. Pierbattisa Pizzaballa, custódio da Terra Santa, em diálogo com a Rádio Vaticano, atribuindo as causas deste fenômeno a "uma grande atividade por parte das conferências episcopais, das dioceses e dos párocos".
O sacerdote comentou que os peregrinos provêm especialmente dos Estados Unidos, Rússia, França, Grã-Bretanha, Alemanha e Itália.
Além disso, destacou o trabalho de promoção que muitos sacerdotes e religiosos fazem no lugar, assim como a a grande atividade por parte das autoridades governamentais e dos operadores para criar "pacotes" muito econômicos.
"Todos estes fatores juntos fizeram que voltasse a surgir o interesse pela Terra Santa, não somente por parte da Europa - e esta é uma novidade -, mas também da Ásia", afirmou o sacerdote.
Benefícios
Para o Pe. Pizzaballa, a volta dos peregrinos à Terra Santa "também traz muita serenidade às famílias que nos últimos anos sofreram a falta de peregrinos".
Uma volta que contribuiu igualmente para um renascer econômico nestas terras: "Há novos hotéis em construção. Tudo está em movimento", disse.


Situação em calma
O Pe. Pizzaballa explicou que, em matéria da situação de segurança no território, "não há violência nos territórios palestinos. Talvez se fale um pouco de Gaza, mas está muito longe, está fora do âmbito dos peregrinos".
Além disso, nesta região "não se percebe muito a tensão que permanece, especialmente no nível de incomunicabilidade entre as partes, e menos ainda nos territórios onde a situação não é tão problemática como há alguns anos".
O sacerdote destacou tamem o atual impacto midiático sobre a situação em Israel e Palestina nos últimos meses. "Fala-se menos da Terra Santa em referência às notícias negativas".
E assegurou que a melhoria da situação política, a qual "torna mais fácil e agradável o fluxo de peregrinos e turistas".
O Pe. Pizzaballa se referiu também à viagem do Papa Bento XVI à Terra Santa no ano passado, um fato que "deu uma visão positiva à Terra Santa". Ele afirmou que o Pontífice, em seus discursos, fez uma espécie de "apelo indireto, a todas as Igrejas do mundo, para que façam sua peregrinação à Terra Santa".
O presbítero compartilhou com a Rádio Vaticano uma reflexão sobre a paz neste território, a qual, segundo ele, "não passa somente pelos acordos dos grandes: passa, sobretudo, pelas realidades da vida no território".
"Quando as pessoas trabalham, quando as famílias vivem em uma condição de serenidade, cria-se este ambiente, esse humus, essa base que é necessária também para criar depois uma mentalidade e uma cultura de paz para o futuro", concluiu o sacerdote.

Fonte: Zenit.

Barcelona prepara-se para receber o Papa

Barcelona prepara a visita de Bento XVI dando destaque às figuras de São Pedro e de Antonio Gaudí, assim como à Sagrada Família, tanto na riqueza do templo expiatório como da família de Nazaré como referência espiritual.
O arcebispado de Barcelona organizou sete catequeses sobre estes temas, assim como uma oração preparatória, explicou o coordenador da visita do Papa em Barcelona, Padre Enric Puig, S.J., nessa sexta-feira, em coletiva de imprensa.
As catequeses foram recolhidas em livros, dos quais o arcebispado editou momentaneamente 30 mil exemplares, que serão distribuídos em todas as dioceses espanholas.
As primeiras das sete catequeses preparatórias são: três de Bento XVI dedicadas à figura de Pedro, o pescador, o apóstolo e a rocha sobre a qual Cristo fundou sua Igreja.
Os textos abordam reflexões do Papa sobre a condição de judeu, crente e observador de Pedro, o chamado por Jesus, sua confissão de fé e a comparação de Pedro com “nosso seguimento de Jesus”. Também abordam a cruz e a Eucaristia, a fé, a necessidade do perdão, a humildade de Pedro e sua missão.
Outras três catequeses trazem chaves do itinerário e progresso espiritual do arquiteto Antonio Gaudí, atualmente em processo de beatificação. Abordam, entre outras coisas, seu sentido de Igreja, sua vida familiar e seu compromisso público e com os pobres. Os textos estabelecem algumas características do leigo Guadí como “arquiteto, homem de seu tempo e artista que por meio da beleza nos abre um caminho até Deus”.
O livreto conclui com uma catequese sobre o significado da Sagrada Família como templo para reunir a comunidade na liturgia e sobre a atualidade da família de Nazaré como modelo para as famílias, Igreja e sociedade.
A visita do Papa a Barcelona acontece a partir da tarde de 6 de novembro (pela manhã Bento XVI visitará Santiago de Compostela) até a tarde de 7 de novembro.

Fonte: Zenit.

Papa confessa entusiasmo por viajar a Compostela

Bento XVI saudou nesse domingo os peregrinos congregados em Santiago de Compostela, por ocasião da festa do apóstolo, e confessou o entusiasmo com que prepara sua visita a essa cidade, em novembro próximo.
Após rezar o Angelus com os fiéis congregados no pátio da residência pontifícia de Castel Gandolfo, falando em italiano, o pontífice recordou que nesse dia a Igreja celebrava a festa do apóstolo Santiago, chamado “‘Maior’, que deixou seu pai e o trabalho de pescador para seguir Jesus e por ele foi o primeiro apóstolo a dar a vida”.
“De coração, dirijo uma saudação especial aos peregrinos que em grande número se congregaram em Santiago de Compostela”, afirmou.
Depois, falando em espanhol, constatou que o apóstolo é “venerado desde tempo imemorial em Compostela”, assim como a incidência que sua figura tem nos países de língua espanhola.
“Neste Ano Santo Compostelano, também eu espero me unir ali aos numerosos peregrinos no próximo mês de novembro, em uma viagem em que visitarei também Barcelona”, confessou. O Papa visitará essas duas cidades espanholas a 6 e 7 desse mês.
Ao final de sua fala, fez esta exortação: “que seguindo as pegadas do Apóstolo, percorramos o caminho de nossa vida, dando testemunho constante de fé, esperança e caridade”.

Fonte: Zenit.

Igreja atua pela melhoria das relações Colômbia-Venezuela

Os presidentes da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC) e da Conferência Episcopal da Venezuela (CEV) expressaram sua confiança em que podem contribuir para melhorar as relações entre os dois países, após a ruptura decretada por Hugo Chávez.
O presidente da CEC, Dom Rubén Salazar Gómez, assegurou que espera o retorno “das relações de paz e fraternidade” entre as nações. Ele pediu que se leve em conta o sofrimento das pessoas afetadas pela decisão venezuelana de romper as relações diplomáticas.
“Não tem sentido que não sejamos capazes de solucionar os problemas. Nossos povos merecem viver em paz”, afirmou Dom Salazar Gómez, segundo refere a página na internet da conferência episcopal.
O arcebispo disse que é necessário contribuir para superar o “clima de desconfiança” entre ambos governos e recordou que o presidente eleito Juan Manuel Santos expressou a importância enorme de ter boas relações com os países vizinhos.
Por sua vez, o presidente da CEV, Dom Ubaldo Santana Sequera, explicou que, apesar da situação ser preocupante, ele espera que os episcopados da Colômbia e Venezuela possam “continuar trabalhando juntos, dando testemunho de fraternidade”.
“Esperamos que se afaste qualquer conflito bélico entre as nações. Há que buscar juntos outros caminhos que não sejam a guerra”, afirmou o arcebispo de Maracaibo.
Interrogado por jornalistas sobre a presença de guerrilheiros colombianos na Venezuela, Dom Santana Sequera assegurou que “há muitas testemunhas de uma circulação fácil (dos insurgentes) por nossas fronteiras”.
“Falta uma presença maior do governo nas regiões de fronteira. Estamos deixando muitos vazios para que esses grupos circulem”, afirmou.

Fonte: Zenit.

Arquitetura espacial: caminho para achar sentido da vida humana

A arquitetura espacial permite ao homem conhecer seus próprios limites e encontrar neles a grandeza do seu sentido, constataram cientistas espaciais de diversos países no dia 16 de julho, em Valência.
Especialistas e arquitetos da NASA, da Agência Espacial Europeia e de diversas empresas e instituições, assim como professores e teólogos participaram do seminário "Arquitetura Espacial" da Cátedra Fides et Ratio, da Universidade Católica de Valência.
Os participantes destacaram o encontro entre a fé e a ciência, que se dá em sua busca da verdade por meio do conhecimento do cosmos, segundo informou a universidade.
"A partir da arquitetura espacial, contemplamos o homem que quer conhecer seus próprios limites e encontrar neles a grandeza do seu sentido: a dimensão transcendente se aproxima de nós nesse caminhar", destacou o diretor da Cátedra Fides et Ratio, José Luis Sánchez.
Ao inaugurar o seminário, o chanceler da universidade e arcebispo de Valência, Dom Carlos Osoro, incentivou os participantes a serem "buscadores da verdade".
"Se a humanidade está no limiar de uma nova exploração", é preciso envolver-se no início desta exploração para ser "buscadores, amigos e rastreadores da verdade", afirmou.
Referindo-se aos cientistas reunidos em Valência, destacou a beleza de encontrar "rastreadores da verdade que querem ver a situação atual e que nos tem de levar a refletir sobre a sustentabilidade do nosso mundo".
Acrescentou que tanto a ciência como a fé nos unem, já que "todos nós acreditamos que o grande capital que é preciso proteger é sempre o ser humano, a pessoa".
O seminário abordou aspectos conceituais, técnicos e arquitetônicos, assim como cosmológicos e antropológicos, associados ao ponto de vista da arquitetura espacial.
A "busca da verdade da fé por meio do conhecimento do coscmos se constitui neste dia em um encontro fé-física: o livro da fé e o livro da Natureza se encontram", explicou Sánchez.
O especialista Theodore W. Hall explicou que "o planeta Terra é uma parte diminuta de um mundo muito maior que estamos chamados a encher".
Um dos aspectos da arquitetura espacial é "expandir a presença humana em um universo muito maior, e para isso temos de aprender a viver de maneira eficiente", destacou.
Por sua parte, Brent Sherwood, da NASA falou da possibilidade próxima do "turismo espacial, já que há empresas que se interessam por este negócio"; e da existência de uma "quantidade ilimitada de energia solar limpa no espaço".
O especialista em robótica, Scott Howe, indicou que "nos encontramos no limiar de uma grande aventura" e que "temos a responsabilidade de levar seres humanos a outros mundos".
E o cientista Mark Luther pediu "sustentabilidade", prestar atenção na arquitetura espacial que desenvolve uma tecnologia valiosa, já que o "o espaço nos ensina que cada elétron é valioso". Luther se lamentou de que, por exemplo, "ainda náo saibamos usar a luz natural nos edifícios".
O próximo curso, um seminário da Cátedra Fides et Ratio, se chamará "Arquitetura Espacial: uma nova perspectiva para a sustentabilidade e o meio ambiente".
A Cátedra Fides et Ratio foi inaugurada no último mês de abril, para a "análise, estudo e pesquisa sobre o fato religioso e o fato católico, em seu encontro com a razão, a ciência e a cultura em seu devir histórico.

Fonte: Zenit.