Bento XVI pediu hoje aos católicos do mundo inteiro que rezassem pela Igreja na China, na conclusão da audiência geral na Sala Paulo VI.
"Confio às vossas orações e às dos católicos do mundo inteiro a Igreja na China, que, como sabeis, está passando por um momento particularmente difícil", disse ele, referindo-se à ordenação episcopal ilícita realizada em 20 de novembro.
Bento XVI destacou: "Pedimos à Santíssima Virgem Maria, Auxílio dos Cristãos, que ajude todos os bispos chineses, tão queridos por mim, para que deem testemunho da sua fé com coragem, colocando toda a esperança no Salvador que esperamos".
"Confiemos também à Virgem todos os católicos desse país amado, de modo que, por sua intercessão, possam ter uma autêntica existência cristã, em comunhão com a Igreja universal, contribuindo também para a harmonia e o bem comum do seu nobre povo", acrescentou.
Entre os milhares de fiéis reunidos para a audiência, havia um grupo de católicos chineses, que foi saudado calorosamente pela assembleia.
A Igreja na China está passando por momentos difíceis, com a ordenação ilícita do Pe. José Guo Jincai como bispo de Chendge, realizada sem mandato apostólico e apesar da oposição explícita da Santa Sé.
A Santa Sé anunciou, em 24 de novembro, que se está estudando a possibilidade de excomunhão Pe. Guo Jincai e dos bispos envolvidos no ato de consagração, e que se reserva a avaliação da possível invalidez da ordenação episcopal.
O Papa não escondeu o seu "profundo pesar" pela decisão das autoridades chinesas de continuar com essa ordenação, que acredita contradizer "a atmosfera de respeito, criada com muito esforço com a Santa Sé e com a Igreja Católica através das recentes ordenações episcopais".
A Santa Sé declarou que a ordenação de 20 de novembro na China "é uma dolorosa ferida à comunhão eclesial e uma grave violação da disciplina católica".
Além disso, o fato de que muitos bispos tenham sido submetidos a "pressões e restrições da sua própria liberdade de movimento, sendo forçados a participar e conferir a ordenação episcopal", é, de acordo com a Santa Sé, "uma grave violação da liberdade de religião e de consciência".
Com esta ordenação ilegítima, o Pe. Guo Jincai e os bispos que participaram dela poderiam incorrer na pena de excomunhão, com base no cânone 1382 do Código de Direito Canônico.
A Santa Sé reafirmou "sua disponibilidade para o diálogo", mas observando "amargamente", que "as autoridades deixam que a direção da Associação Patriótica Católica da China, sob a influência de Liu Bainian, assuma atitudes que prejudicam seriamente a Igreja Católica e obstaculizam tal diálogo".
Fonte: Zenit.
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