quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Papa pede orações pela Igreja na China

Bento XVI pediu hoje aos católicos do mundo inteiro que rezassem pela Igreja na China, na conclusão da audiência geral na Sala Paulo VI.
"Confio às vossas orações e às dos católicos do mundo inteiro a Igreja na China, que, como sabeis, está passando por um momento particularmente difícil", disse ele, referindo-se à ordenação episcopal ilícita realizada em 20 de novembro.
Bento XVI destacou: "Pedimos à Santíssima Virgem Maria, Auxílio dos Cristãos, que ajude todos os bispos chineses, tão queridos por mim, para que deem testemunho da sua fé com coragem, colocando toda a esperança no Salvador que esperamos".
"Confiemos também à Virgem todos os católicos desse país amado, de modo que, por sua intercessão, possam ter uma autêntica existência cristã, em comunhão com a Igreja universal, contribuindo também para a harmonia e o bem comum do seu nobre povo", acrescentou.
Entre os milhares de fiéis reunidos para a audiência, havia um grupo de católicos chineses, que foi saudado calorosamente pela assembleia.
A Igreja na China está passando por momentos difíceis, com a ordenação ilícita do Pe. José Guo Jincai como bispo de Chendge, realizada sem mandato apostólico e apesar da oposição explícita da Santa Sé.
A Santa Sé anunciou, em 24 de novembro, que se está estudando a possibilidade de excomunhão Pe. Guo Jincai e dos bispos envolvidos no ato de consagração, e que se reserva a avaliação da possível invalidez da ordenação episcopal.
O Papa não escondeu o seu "profundo pesar" pela decisão das autoridades chinesas de continuar com essa ordenação, que acredita contradizer "a atmosfera de respeito, criada com muito esforço com a Santa Sé e com a Igreja Católica através das recentes ordenações episcopais".
A Santa Sé declarou que a ordenação de 20 de novembro na China "é uma dolorosa ferida à comunhão eclesial e uma grave violação da disciplina católica".
Além disso, o fato de que muitos bispos tenham sido submetidos a "pressões e restrições da sua própria liberdade de movimento, sendo forçados a participar e conferir a ordenação episcopal", é, de acordo com a Santa Sé, "uma grave violação da liberdade de religião e de consciência".
Com esta ordenação ilegítima, o Pe. Guo Jincai e os bispos que participaram dela poderiam incorrer na pena de excomunhão, com base no cânone 1382 do Código de Direito Canônico.
A Santa Sé reafirmou "sua disponibilidade para o diálogo", mas observando "amargamente", que "as autoridades deixam que a direção da Associação Patriótica Católica da China, sob a influência de Liu Bainian, assuma atitudes que prejudicam seriamente a Igreja Católica e obstaculizam tal diálogo".

Fonte: Zenit.

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