sábado, 11 de dezembro de 2010

Autoridades chinesas elegem representantes católicos

Ontem foram eleitos os novos representantes da Assembleia dos Representantes Católicos, instituição controlada pelo governo comunista, que se mantém como uma Igreja paralela à Católica e que, segundo o Papa, é inconciliável com a fé católica.

Segundo informa e esclarece agência AsiaNews, os eleitos são "Joseph Ma Yinglin, bispo (ilícito, pois sua ordenação episcopal realizou-se sem o acordo da Santa Sé), de Kunming, como novo presidente do Conselho dos Bispos Chineses; enquanto Dom Johan Fang Xinyao, bispo de Linyi, é o novo presidente da Associação Patriótica".

A mesma agência havia revelado nos últimos dias que "dezenas de bispos da Igreja oficial foram sido deportados à força para a capital, obrigados a participar da Assembleia de Representantes Católicos Chineses".

"A vice-presidência do Conselho dos Bispos é confiada aos bispos Fang Xinyao, de Linyi; Zhan Silu, de Mindong (ilícito); Fang Jianping; de Tangshan; Li Shan, de Pequim; Pei Junmin; de Liaoning; Yang Xiaoting, de Yanan. O secretário-geral do Conselho dos Bispos é Guo Jincai, o bispo ordenado ilicitamente em Chengde no último dia 20 de novembro", acrescentou a agência do Pontifício Instituto para as Missões Exteriores (PIME).

O ex-presidente da Associação Patriótica, Antonio Liu Bainian, leigo, promotor das ordenações ilícitas de bispos neste ano, foi eleito presidente honorário da Associação Patriótica.

No encerramento da reunião, o bispo Ma Yinglin disse que os novos líderes da Associação e do Conselho unirão os católicos para seguirem os princípios de independência, auto-organização e democracia, com o fim de guiar a Igreja, caminhar com a Igreja universal e ser testemunhas de Deus. Os católicos, acrescentou, "poderão escrever um novo capítulo no trabalho patriótico da Igreja na China".

Em seu carta aos católicos chineses, de 27 de maio de 2007, Bento XVI explicou que "a mesma finalidade declarada pelos supracitados organismos de atuar ‘os princípios de independência e autonomia, autogestão e administração democrática da Igreja', é inconciliável com a doutrina católica, que desde os antigos Símbolos de fé professa a Igreja ‘una, santa, católica e apostólica'" (n. 7).

Embora não haja estatísticas oficiais, estima-se que na China existam 12 milhões de católicos, dos quais apenas 4 milhões aderem à Associação Patriótica, apesar da pressão das autoridades e de que aqueles que não o fazem devam viver na clandestinidade.

Fonte: Zenit.

Nenhum comentário:

Postar um comentário