sábado, 11 de dezembro de 2010

Roma abre Museu Missionário da Santa Sé

Obras de arte, manuscritos, fotografias e livros, testemunhas do trabalho de evangelização dos povos mais remotos ao longo dos últimos quatro séculos, são os tesouros presentes no Museu Missionário Propaganda Fide, que abrirá suas portas a partir de hoje, em pleno centro de Roma, junto à Praça da Espanha.

O museu pretende reunir e divulgar o "espírito da missão que levou muitos sacerdotes e religiosos, ao longo dos séculos, a testemunhar os valores cristãos nos cantos mais remotos da terra", disse Francesco Buranelli, coordenador do comitê científico do Museu Propaganda Fide.

"Um museu moderno - disse Buranelli -, lugar da memória e ponto de encontro de culturas, de povos e de ideias que, por meio de uma linguagem simples e atraente, contam a história, a arte e a vida", disse ele.

Esta nova iniciativa foi liderada pelo presidente da Congregação para a Evangelização dos Povos (antiga Propaganda Fide), cardeal Ivan Dias, e apresentada ontem em uma coletiva de imprensa no prédio do dicastério vaticano, com a presença do Pe. Massimo Cenci, P.I.M.E., subsecretário da Congregação, Francesco Buranelli, coordenador do comitê científico do museu, e Ludovico Ortona, presidente da sociedade de arte, cultura e espetáculo Arcus.

Os visitantes do museu podem ver "os testemunhos da obra missionária e de evangelização, desenvolvida durante os séculos da Congregação", entre outras, obras de arte que até hoje "tinham sido reservadas a poucos estudiosos afortunados", disse Ludovico Otona em seu discurso.

A Congregação para a Evangelização dos Povos foi criada em 1622, pelo Papa Gregório XV, e tem a tarefa de dirigir e coordenar, no mundo inteiro, a obra da evangelização e da cooperação missionária.

Dirige e mantém uma ampla variedade de instituições, nas dioceses dos territórios de missão dos lugares mais recônditos. Distribui anualmente ajudas para projetos de construção de novas igrejas, instituições pastorais, obras de alfabetização, centros de saúde e hospitais, especialmente para crianças, nas regiões mais pobres do planeta.

A visita ao museu

Um dos tesouros do museu que se abre é a capela dos Reis Magos, que se localiza no primeiro andar. Foi construída entre 1647 e 1664 pelo arquiteto Francesco Borromini.

O passeio pelo museu começa no segundo andar do prédio, com a "Sala Mapa-Múndi", que narra a origen, história e atividade missionária da Congregação.

Em seguida, o público pode apreciar a sala de multimídia, que mostra as obras de evangelização do dicastério. Também são exibidas mais de 10.000 fotografias da agência Fides nos lugares missionários mais remotos, durante viagens realizadas ao longo do século XX.

As obras de arte italianas e estrangeiras se encontram no museu Borgiano, em homenagem ao cardeal Stefano Borgia (1731-1804), que foi secretário e depois prefeito da Congregação, "um homem de vasta cultura", como sublinhou Buranelli. Lá podem ser apreciados livros e manuscritos de séculos de história, mensagens que iam e vinham de terras distantes. No fundo da sala, encontra-se um monumento à memória de 22 mártires da Uganda, que foi doado ao Papa Paulo VI por ocasião da sua viagem à África, em 1969.

Também se encontra neste local a Capela John Henry Newman, onde o beato celebrou a primeira Missa.

O museu está localizado na sede da Congregação para a Evangelização dos Povos, na Via della Propaganda, nº 1. Até 23 de dezembro, funcionará de segunda a sexta, das 14h30 às 18h. A partir de 1º de janeiro, estará aberta ao público às segundas, quartas e sextas-feiras, no mesmo horário.

Fonte: Zenit - (Carmen Elena Villa)

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