sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Igreja deve mostrar mais proximidade aos problemas dos migrantes

Que os bispos visitem as comunidades de migrantes de seus diocesanos no exterior, ou que as comunidades cristãs no âmbito local ajudem os imigrantes a se organizar para defender seus direitos, também no campo trabalhista, são algumas das recomendações do documento final do Congresso de Pastoral de Migrações, celebrado no fim de novembro em Bogotá (Colômbia).

O objetivo do encontro, organizado pelo Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes e o CELAM (Conselho Episcopal Latino-Americano), teve como título “Por uma melhor pastoral das migrações econômicas e forçadas na América Latina e no Caribe”.

Nessa área do mundo há – constata o documento – um notável aumento “tanto da emigração como da imigração”, também das mulheres migrantes, das deportações massivas e do tráfico de seres humanos.

“A dor dos migrantes e dos deslocados reflete-se no rosto sofredor de tantos irmãos e irmãs que percorrem os caminhos do mundo, longe de seus lares e de sua pátria, privados do carinho dos seus e do apoio social na sociedade de origem, lutando por uma vida digna, e inclusive pela sobrevivência, para eles e para suas famílias.”

Perante as novas dificuldades, os agentes propõem uma maior interação entre as dioceses de origem e destino e sobretudo uma maior presença e proximidade real aos problemas dessas pessoas.

De modo especial se sugere uma maior troca de informação entre conferências episcopais, e inclusive se animam os bispos a “realizar visitas pastorais às comunidades que se encontram no exterior e a enviar cartas pastorais” com ocasião das festas mais significativas.

Os católicos são convidados a ajudar a dar formação aos imigrantes, especialmente no idioma do país de acolhida e na integração em sindicatos e outras organizações sociais.

Para os agentes da pastoral das migrações, é fundamental que se escute a voz da Igreja neste campo, fazendo-a chegar melhor aos próprios “fiéis leigos, à sociedade civil, aos governantes e organizações”.

O documento do encontro sugere ainda a confecção de um plano estratégico de ação regional-continental, com o objetivo de promover uma melhor coordenação e diálogo entre as Conferências episcopais dos hemisférios norte e sul.


Fonte: Zenit.

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