quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Como evangelizar em uma sociedade religiosamente pluralista

"Como evangelizar em uma sociedade religiosamente pluralista" foi o tema que norteou o trabalho da 18ª Assembleia Geral Anual do Fórum dos Leigos da Espanha. O Fórum, composto por mais de cinquenta organizações leigas, reuniu-se no centro Mariápolis Luminosa, em Las Matas, a 26 quilômetros de Madri, nos dias 27 e 28 de novembro.

Na apresentação inicial do encontro, o bispo de Canárias, Francisco Casos, responsável pelo acompanhamento do Fórum, destacou a importância da questão apresentada, porque o aumento na variedade de religiões existentes, bem como o número de pessoas que delas participam na Espanha, exige uma reflexão profunda que permitirá abrir novos caminhos para aprender a viver nesta nova realidade.

Alguns associações e movimentos apresentaram as suas ideias sobre "como evangelizar em uma sociedade religiosamente pluralista" observando que a evangelização passa pelo diálogo ecumênico e inter-religioso, sendo fiéis à sua identidade e testemunhas do que é anunciado.

María Elena Olmos, professora de Direito Eclesiástico da Universidade de Valência, fez uma apresentação sobre a estrutura conceitual e legal da liberdade religiosa na Espanha. Nenhum direito é concedido, concluiu, mas reconhecido, e isso implica em que o Estado deve garantir o exercício da liberdade religiosa, defendendo-a contra aqueles que a obstruem e cooperando para facilitar o seu exercício.

Luis González-Carvajal, professor de Teologia Moral na Universidade Pontifícia de Comillas, desenvolveu duas chaves para evangelizar em uma sociedade religiosamente pluralista. Para os não crentes: testemunho de vida; proclamação explícita de sua fé em Jesus Cristo, tornando-o amável e atraente. Para os crentes de outras religiões: diálogo da vida; o diálogo para trabalhar em conjunto em tarefas de justiça, solidariedade etc.; diálogo intelectual para os especialistas; e compartilhar experiências religiosas.

Em uma mesa-redonda, o foco foi o relacionamento com as comunidades de outras religiões, especialmente com a maioria católica. E se chegou à conclusão de que o caminho é o diálogo, o trabalhar juntos na partilha de valores, evitando que o fenômeno religioso seja reduzido à esfera privada.

Para saber mais: http://www.forodelaicos.es/, http://www.zenit.org/article-29765?l=spanish.

Fonte: Zenit.

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