quinta-feira, 29 de julho de 2010

Oração faz parte da vida cristã, lembra cardeal

“Como Jesus, também nós podemos dirigir-nos a Deus como os filhos se dirigem ao pai”

“Inegavelmente, a oração faz parte da vida cristã, desde a pregação de Jesus e dos apóstolos e desde os primórdios da Igreja.”
É o que destaca o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, em artigo na edição desta semana no jornal O São Paulo.
“Ao longo de toda a história da Igreja, a oração é uma das expressões mais evidentes da fé e da vida eclesial. Cristão reza; e quem não reza deixa de lado um aspecto importante da vida cristã”, afirma o arcebispo.
Segundo Dom Odilo, uma dos significados da oração “é traduzir em atitudes aquilo que se aprendeu sobre Deus e a fé: rezar é passar do crer intelectual ao relacionar-se com Deus.”
“Para saber se alguém tem fé, e que tipo de fé, basta observar se reza e como reza. Por isso é bem justificada a afirmação: lex credendi, lex orandi – o jeito de crer aparece no jeito de rezar e a oração é expressão do jeito de crer.”
Em nossa oração – prossegue o arcebispo – “não nos dirigimos a Deus de maneira abstrata, como se Deus fosse uma energia que pode ser capturada com palavras ou ritos mágicos; nem invocamos um poder impessoal com o fim de direcioná-lo e de obter os benefícios desejados”.
“Nossa oração tem base na graça recebida no Batismo, pela qual fomos acolhidos por Deus como filhos (‘filhos no Filho’) e recebemos o Espírito Santo, que nos ajuda a rezar como convém (cf Rm 8,26-27). Como Jesus, também nós podemos dirigir-nos a Deus como os filhos se dirigem ao pai, com toda confiança e simplicidade.”
“É belo pensar que não somos estranhos a Deus, nem Deus é estranho a nós; somos da ‘família de Deus’, a quem nos dirigimos com toda familiaridade.”
Por isso – afirma o cardeal –, “nossa oração se traduz em profissão de fé, adoração, louvor, narração das maravilhas de Deus, agradecimento, súplica, desabafo na angústia, pedido de perdão, intercessão pelos outros”.
“Filhos amados pelo pai e que lhe dedicam amor filial podem achegar-se ao colo do pai, falar-lhe livremente, chorar no seu ombro, sentir-se abraçados e envolvidos de ternura, até sem dizer uma palavra.”


Fonte: Zenit.

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