terça-feira, 14 de setembro de 2010

Papa recorda a alemães o exemplo dos mártires do nazismo

O Papa Bento XVI recordou o exemplo de vários sacerdotes mártires do nazismo, que serão beatificados nos próximos meses, ao receber o novo embaixador alemão na Santa Sé, Walter Jürgen Schmid.
Em seu discurso, o Papa falou sobre 5 sacerdotes que em breve serão beatificados em seu país natal. Trata-se de Gerhard Hirschfelder, pertencente ao primeiro grupo de sacerdotes do movimento de Schönstatt, de Georg Häfner, ambos assassinados no campo de concentração de Dachau, e dos capelães Johannes Prassek, Hermann Lange e Eduard Müller, decapitados em Hamburgo, junto com o pastor evangélico Karl Friedrich Stellbrink.
O Papa destacou como "certos homens, a partir de sua convicção cristã, estão dispostos s dar sua própria vida pela fé, pelo direito de exercer livremente seu próprio credo e liberdade de palavra, pela paz e pela dignidade humana".
No entanto, na sociedade atual, "no lugar do Deus pessoal do cristianismo", o homem de hoje construiu um "deus" que "não conhece, não escuta e não fala. E, mais que nunca, não tem uma vontade". E a consequência disso é a confusão entre o bem e o mal, pela qual o homem "perde sua força moral e espiritual", sublinhou.
Bento XVI também abordou o tema da família, recordando que o casamento "se manifesta como união duradoura de amor entre um homem e uma mulher, que se dirige também à transmissão da vida humana". E advertiu que "devemos ser conscientes de que o êxito dos casamentos depende de todos nós e da cultura pessoal de cada cidadão".
Neste sentido, destacou que a Igreja "não pode aprovar as iniciativas legislativas que impliquem em uma reavaliação de modelos alternativos de vida de conjugal e familiar", pois "estes contribuem para o enfraquecimento dos princípios do direito natural e, assim, à relativização de toda legislação e também para a confusão sobre os valores na sociedade".
Por último, o Papa recordou que a construção de uma sociedade humana "requer a fidelidade à verdade", advertindo contra "certos fenômenos que estão operando no âmbito dos meios de comunicação públicos: estando em uma concorrência cada vez mais forte, os meios de comunicação se veem obrigados a atrair a máxima atenção possível".
Segundo o Santo Padre, o tema se torna particularmente problemático quando personagens autorizados assumem publicamente uma postura equivocada ao respeito, sem poder comprovar todos os aspectos de forma adequada. Bento XVI destacou positivamente a intenção do governo alemão "de comprometer-se nestes casos, no possível, de forma ponderada e pacificadora".

Fonte: Zenit.

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