segunda-feira, 26 de abril de 2010

Dom Celli: missão da Igreja é dar alma ao continente digital

A Igreja tem a tarefa de dar uma alma ao continente digital, não simplesmente a de conseguir um espaço nele, mas para isso são necessárias "testemunhas digitais", explica o homem a quem Bento XVI confiou a pastoral da comunicação.
O arcebispo Claudio Maria Celli, presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, apresentou este objetivo no congresso que teve precisamente como tema "Testemunhas digitais" (http://www.testimonidigitali.it), organizado pela Conferência Episcopal Italiana (CEI) em Roma, de 22 a 25 de abril de 2010.
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Este encontro marcou decididamente a maneira de comunicar da Igreja na Itália e inclusive fora de suas fronteiras.
"Hoje, sem cair no risco de ser banais, não se pode continuar falando da importância dos meios de comunicação", afirmou Dom Celli. Segundo o prelado, agora a atenção principal deve ser colocada no ser humano, "que correu o risco de ser esmagado pela invasão das novas tecnologias e a quem se pede que retome plenamente sua própria responsabilidade".
Referindo-se ao mundo digital, o arcebispo comentou: "Se a rede por definição é virtual, corresponde a nós a tarefa de torná-la concreta, de dar-lhe profundidade, de oferecer-lhe, de certa forma, alma e, portanto, vida".
Citando a mensagem enviada por Bento XVI por ocasião do 44º Dia Mundial das Comunicações Sociais, comentou que, com relação às "testemunhas autênticas e valentes", o continente digital deve "aplanar o caminho a novos encontros, assegurando sempre a qualidade do contato humano e a atenção pelas pessoas e suas verdadeiras necessidades espirituais".
Isso significa exercer a "diaconia da cultura digital, que se apresenta hoje como um serviço não somente útil, mas necessário, sublinhando a dimensão antropológica de todo o fenômeno da comunicação", pois o desafio não é o de utilizar instrumentos ou máquinas, mas sim dar-lhes uma alma.
O prelado concluiu afirmando que "o Papa nos convida a um diálogo a 360 graus, aberto a todo homem".
"Deveríamos refletir sobre a vocação dos nossos meios de comunicação em casa. Não são escolas de fundamentalismo religioso, mas querem ser verdadeiros momento de encontro, de diálogo, de escuta vivida no respeito, mas também na autenticidade do que somos."

Fonte: Zenit.

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