sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Fenômeno das celebridades é falta de referência a princípios e pessoas

Arcebispo brasileiro convida a valorizar as pessoas insignes da história

O arcebispo de Belo Horizonte (Brasil), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, considera que o fenômeno das celebridades revela uma falta de referência a princípios e pessoas verdadeiramente ilustres.

Em artigo enviado a ZENIT hoje, Dom Walmor convida a honrar, ao invés das celebridades, as “pessoas insignes”, que são “aquelas que tecem a trama da vida com simplicidade, despretensiosamente, mas com a singularidade de tudo fazer com amor e bem feito”.

As figuras insignes “são diferentes das figuras plasticamente transformadas em mitos, com objetivos calculados, acirrando disputas”. Elas “estão na contramão do processo que gera celebridades - que são rastros efêmeros, com tempo curto de duração, muito curto mesmo”.

Segundo o arcebispo, o “fenômeno de mitos e celebridades é revelação da falta de referência a princípios e pessoas” da história de um povo, de famílias e de instituições, “facilitando o culto a personalidades e o sonho ilusório de conquistar lugares e condições a qualquer preço por tirania do desejo”.

“Os insignes se revelam no amor do dia a dia, fruto da paixão por uma causa, consciência clara de um serviço prestado aos outros, garantindo vida, jamais calculando reconhecimentos, menos ainda prospectando resultados e proveitos em favor de si ou de outros.”

“Os insignes não são medidos simplesmente por sua audiência, nem mesmo pelo tamanho de seus feitos”, afirma o arcebispo.

“Insigne é o autêntico e zeloso pai de família, a mãe devotada e educadora, o profissional que marca suas ações com a excelência própria de seus dons, os cidadãos honestos, os amigos.”

Para Dom Walmor, o “horizonte inspirador” de figuras insignes “é o gosto pelo serviço aos outros nutrindo sempre o sonho de melhorar a vida, fecundando o empenho pela justiça”.

“Prezam, acima de tudo, a dignidade humana e o reconhecimento da insubstituível presença amorosa de Deus”, afirma o arcebispo.

(Alexandre Ribeiro)

Fonte: Zenit.

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