terça-feira, 19 de abril de 2011

Igreja pede que se valorize contribuição cultural do mundo do circo

Por ocasião da segunda edição do Dia Mundial do Circo (JMCII), que foi comemorado no sábado, 16 de abril, o Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes enviou uma mensagem que convida a reconhecer o valor sociocultural da experiência circense.

O evento é organizado pela ‘Fédération Mondiale du Cirque', sob o patrocínio da princesa Stéphanie de Mônaco. O objetivo, recorda o dicastério vaticano, é "dar a conhecer a contribuição do circo como parte da cultura humana", bem como "agradecer a todos os envolvidos no mundo do espetáculo itinerante, como os artistas, os trabalhadores e a equipe de segurança".

A mensagem é assinada pelo presidente do Conselho Pontifício, Dom Antonio Maria Vegliò, e pelo secretário, Pe. Gabriele Bentoglio, CS.

Nela, Dom Vegliò salienta que "a Igreja acompanha com solicitude materna o mundo do circo, que oferece espaços privilegiados para romper a solidão e superar o anonimato, para apreciar a beleza dos jogos e exibições, de exercícios atléticos e artísticos, e para desenvolver uma esperança que é portadora de paz interior, ainda em meio aos sofrimentos, anseios e frustrações da vida".

Também reconhece "o valor social, cultural e pedagógico dos circos, que faz deles lugares especiais de reunião, nos quais os circenses podem realizar um trabalho educativo peculiar da sua arte, especialmente no diálogo com as crianças".

O prelado citou o Papa João Paulo II, para quem a grandeza do circo consiste em "fazer nascer o sorriso de uma criança e iluminar por um instante o olhar desesperado de uma pessoa sozinha e, por meio do show e da festa, tornar os homens mais próximos uns dos outros".

Dom Vegliò também desejou que este Dia "seja uma ocasião para recordar aos Estados e governos seu dever de proteger os direitos dos circenses, para que eles possam se sentir, para todos os efeitos, parte integrante da sociedade".

"As autoridades públicas devem esforçar-se por reconhecer o valor sociocultural do espetáculo circense, contrastando qualquer forma possível de marginalização e preconceito contra o circo, e as instituições públicas devem promover o profissionalismo dos jovens artistas neste contexto", acrescentou.

Referindo-se aos casos em que a exibição artística usa a colaboração dos animais, "demonstrando que o homem pode estabelecer com eles relações de entendimento e de fascinante beleza", o prelado recomendou que os proprietários do circo velem "pelo trato adequado dos animais".

Fonte: Zenit.

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