sábado, 4 de dezembro de 2010

Vetado o projeto Clínica da Mulher, na Colômbia

A mobilização da sociedade civil com “milhares de mulheres, país de família e sobretudo jovens” foi uma das razões da recente interrupção do projeto da Clínica da Mulher na cidade de Medellín, Colômbia.

Eles “se pronunciaram contra este projeto que buscava, na perspectiva de gênero, atentar contra a mulher, a vida e a família, diz o comunicado de imprensa enviado a ZENIT pela rede Antioquia Pró-vida.

A decisão de deter a clínica foi tomada pelo Conselho Territorial de Segurança Social em Saúde, por considerar que o projeto estava incompleto, não mencionando custos de construção e recursos.

O projeto da Clínica da Mulher fazia parte do Plano de Desenvolvimento da Prefeitura de Medellín. Sua construção custaria, aproximadamente, 8 mil dólares aos cofres públicos. A manutenção deveria contar com a aprovação da Direção Seccional de Saúde de Antioquia.

O foco deste centro seria proporcionar às mulheres com recursos limitados noções básicas da chamada saúde sexual e reprodutiva, no âmbito da ideologia de gênero.

Na semana passada, Carlos Mario Rivera, chefe da Direção da Seccional de Saúde de Antioquia, anunciou em declarações à imprensa que a clínica não tinha sido aprovada pelo Conselho Territorial porque “como está pensada, não é uma necessidade nem para Medellín, nem para a área metropolitana”.

Aborto

Entre os serviços que a clínica pretendia oferecer estava a prática do aborto nos casos despenalizados pela Corte Constitucional Colombiana, em 2006: perigo para a saúde da mãe, má formação do feto e em caso de estupro ou incesto.

Entretanto, apesar de se tratar de um centro de saúde feminina, não estavam planejados partos, cesarianas ou cuidados para a gravidez.

Diante do projeto de criação do centro, nasceu o grupo Antioquia Pró-vida, que reuniu milhares de membros inconformados pelo enfoque dado à nova clínica e que propunham novas ações no âmbito do respeito à vida.

O grupo realizou duas marchas pela vida em Medellín, além de enviar cartas ao prefeito da cidade, Alonso Salazar.

As manifestações foram uma das causas da crise política na prefeitura de Medellín e que levou à renúncia de vários funcionários, entre eles a secretária municipal de saúde, Luz María Agudelo, e da titular da secretaria para a mulher, Rocío Pineda. Ambas defendiam a construção da clínica.

Fonte: Zenit.

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