Bento XVI falou hoje da conversão do coração como meio para superar os conflitos e alcançar a paz, ao receber o novo embaixador da Costa Rica junto ao Vaticano, Fernando Felipe Sánchez Campos, por ocasião da apresentação de suas cartas credenciais.
"Os conflitos não podem ser vencidos simplesmente com a força, mas com a transformação dos corações ao bem e à verdade", disse, considerando fundamental que as novas gerações estejam convencidas disso.
O Papa então apontou para a importância de acabar com a pobreza e o analfabetismo, "robustecendo o Estado de direito e fortalecendo a independência e eficácia dos tribunais de justiça".
Também destacou a contribuição da "consolidação de um pilar muito importante e indispensável na sociedade: a unidade e estabilidade da família".
Bento XVI acrescentou que "a defesa da paz também será facilitada com o cuidado do ambiente natural", incentivando o desenvolvimento "do que promove um verdadeiro desenvolvimento humano, em harmonia com a criação, evitando interesses espúrios e sem clareza".
Sobre os aspectos a serem combatidos, o Pontífice destacou a importância de "rejeitar firmemente a impunidade, a delinquência juvenil, o trabalho infantil, a injustiça e o tráfico de drogas".
Sublinhou, além disso, a necessidade de as autoridades promoverem "medidas tão importantes como a segurança pública, a formação adequada de crianças e jovens, a devida atenção os presos, a eficácia nos cuidados de saúde para todos, especialmente dos mais necessitados e dos idosos, assim como os programas que levem a população a alcançar uma moradia digna e um emprego decente".
Em Cristo, a força
Sob certas dificuldades concretas, o Papa disse que, "em Cristo, o Filho de Deus, o homem sempre pode encontrar a força para lutar contra a pobreza, a violência doméstica, o desemprego e a corrupção, assegurando a justiça social, o bem comum e o progresso integral das pessoas".
Ele observou que "ninguém pode se sentir deixado de fora na concretização destes objetivos elevados", indicando que "a autoridade pública tem de ser a primeira a encontrar o que beneficia todos, trabalhando principalmente como uma força moral que potencia a liberdade e o senso de responsabilidade de cada um".
"Tudo isso - advertiu - sem comprometer os valores fundamentais que sustentam a dignidade inviolável do indivíduo, começando com a firme proteção da vida humana."
A este respeito, recordou, com satisfação, que na Costa Rica se assinou o "Pacto de São José", que reconhece expressamente o valor da vida humana desde sua concepção.
"Então - disse -, é desejável que a Costa Rica não viole os direitos do nasciturus com leis que legitimem a fecundação in vitro e o aborto."
Fonte: Zenit.
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