quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Consagradas e religiosas testemunham amor à sua vocação



As Vésperas presididas por Bento XVI ontem, por ocasião do Dia Mundial da Vida Consagrada, converteram-se em um momento de renovação interior e de partilha entre aqueles que, de diversos carismas, consagram sua vida a Deus e ao serviço da Igreja.
Com uma presença majoritariamente feminina, diferentes tipos e cores de hábitos lotaram ontem a Basílica de São Pedro: uma demonstração de como a Igreja, como Corpo Místico de Cristo e com a diversidade de sotaques, nacionalidades e carismas, acolhe em seu seio e estimula aqueles que responderam ao chamado de viver a vida consagrada.
No final da celebração com o Papa, Zenit falou com algumas religiosas sobre o que representa para elas a vivência desta vocação e sobre o sentido deste encontro de fé. Algumas, permanecendo fiéis ao seu voto de obediência, abstiveram-se de responder, porque asseguravam que, para isso, precisariam da autorização da sua superiora.
Eu voltaria a me consagrar novamente
Para a religiosa colombiana María Lucía, da comunidade Dominicanas de Nossa Senhora de Nazaré, a participação no evento “significou algo muito grande”, porque serviu para que as pessoas consagradas vivessem em plenitude o fato de “ser esse testemunho de consagrados na Igreja para o serviço aos demais”.
Por outro lado, a irmã Leonela, da comunidade das Filhas da Caridade do Preciosíssimo Sangue, afirmou sentir-se orgulhosa e feliz com sua vocação, na qual “buscamos testemunhar o Evangelho com todas as nossas forças, doando-nos aos doentes, idosos, jovens, em qualquer lugar em que nos encontremos”.
“Estou feliz por ter dado minha vida ao Senhor. Eu entrei na congregação sendo muito jovem, mas o faria novamente com todo o coração, sem dúvida, porque servir a Deus na alegria e no sacrifício por amor é algo maravilhoso”, garante a religiosa.
Nas Vésperas, encontrava-se também a irmã Yosa, da Comunidade do Divino Amor. É peruana e mora em Roma há 7 anos. Recentemente, chegou das Filipinas, onde viveu uma forte experiência de evangelização. O carisma da sua comunidade se baseia na regra de Santo Agostinho; trabalham na caridade e na promoção da mulher.
Ela assegurou que é uma bênção “estar aqui, no coração do catolicismo”. E destacou como muitos fiéis que estão longe “possivelmente gostariam de estar aqui”, o que a levou a ver neste evento uma oportunidade para “rezar por eles e rezar pelo mundo, especialmente pelos pobres”.
Para a irmã Maria de Anima Christi, da Família do Verbo Encarnado, estar com o Santo Padre é “realmente sentir-se no coração da Igreja”. Neste evento, ela descobriu como deve renovar cada dia sua pertença a Jesus, assim como Maria: “Continuar professando a pobreza, a castidade e a obediência, porque Jesus era pobre, casto e obediente”.
Sua comunidade se dedica à evangelização da cultura e pretende “levar novamente os critérios da fé à sociedade”, indicou a religiosa.
Ela assegura que o que mais a comoveu nesta cerimônia foi a atitude orante do Papa Bento XVI: “Eu o vi muito recolhido e quis me unir às suas intenções. Só Deus sabe o que ele tem no coração, mas temos de unir nossa oração à sua”.


Fonte: Zenit.

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