O "Informe 2010 sobre a liberdade religiosa no mundo", elaborado pela organização Ajuda à Igreja que Sofre e apresentado em Roma no dia 24 de novembro, faz uma radiografia da situação em 194 países.
Neste resumo, são apresentadas algumas particularidades do Informe, segundo as zonas geográficas.
África
Dentro do continente Africano, é preciso distinguir pelo menos três áreas. A zona islâmica, que coincide em grande parte com os países ribeirinhos do Mediterrâneo e se estende até o Oriente Próximo; a zona central; e a parte meridional do continente. Estas áreas têm diferentes problemas, devido às diversas convicções religiosas, políticas e étnicas existentes.
Norte de África e Oriente Médio
Os países com maioria muçulmana apresentam problemas para a unidade entre religião e política, tanto na legislação da maioria deles como na mentalidade generalizada na maioria dos habitantes. Como resultado, só são cidadãos de pleno direito os que professam a religião dominante, enquanto as minorias religiosas são, na melhor das hipóteses, toleradas, quando não consideradas um perigo para a estabilidade social.
Mesmo os regimes políticos com constituições leigas, como a Argélia, Tunísia, Líbia e Síria, estão sob pressão de grupos islamitas que, às vezes, impulsionam as legislações restritivas, que antes não existiam, como na Argélia, onde a administração nega cada vez mais os vistos aos sacerdotes e grupos religiosos que solicitam entrar no país, além de que se vai generalizando uma intolerância social violenta.
A maioria muçulmana do Egito é hostil e violenta com os cristãos coptos.
Em Israel, as dificuldades surgem devido à situação especial este país atravessa. Os cristãos são afetados pela desconfiança que as autoridades demonstram com relação às suas comunidades, especialmente de origem árabe, e isso tem consequências na política de concessão de vistos, causando problemas para os religiosos estrangeiros que pretendam entrar no país, assim como dificuldades impostas à liberdade de movimento, provocando uma separação de fato entre as comunidades cristãs dos Territórios Ocupados e as que residem em Israel.
Por sua vez, os problemas estão aumentando drasticamente, atingindo níveis de perseguição explícita para os cristãos que vivem na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas.
Bahrein, Catar e Omã têm uma Constituição oficialmente islâmica, que não impede a existência e as atividades das comunidades cristãs, que, embora estejam sujeitas a restrições administrativas, gozam de alguma liberdade de ação.
O Kuwait e os Emirados Árabes Unidos, países que têm relações diplomáticas com a Santa Sé em qualidade de embaixada, podem ser tomados como exemplo de que a coexistência é possível, respeitando a sua identidade cultural e religiosa. A Arábia Saudita e o Iêmen são ainda os países do Golfo nos quais a legislação islâmica impede qualquer manifestação ou prática religiosa não islâmica.
No Iraque, a vida das comunidades cristãs está se tornando um verdadeiro drama, pois estão sujeitas a ataques terroristas sistemáticos, dirigidos a eliminar a presença de cristãos no país.
No Irã, o Islã xiita, em sua versão mais radical, respaldado pelas autoridades religiosas, continua sendo a religião do Estado. Isso leva à discriminação e à violência contra as demais religiões e até mesmo contra o islamismo sunita.
Fonte: Zenit.
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