Por ocasião do Dia Mundial Contra a AIDS/SIDA celebrado ontem, a Rede Jesuíta Africana contra a AIDS (AJAN) lançou uma mensagem na qual expressa sua preocupação pela “minguante participação internacional na luta contra a pandemia, que se reflete na grave escassez de financiamento para o tratamento”.
A mensagem foi assinada pelo presidente dos Superiores Maiores da África e de Madagascar, o jesuíta Fratern Masawe.
“Um financiamento instável ou estagnado poderia colocar a oferta e a escala da terapia antiretroviral em perigo, com impensáveis conseqüências fatais, inclusive uma volta aos dias em que a AIDS era uma sentença de morte”.
De acordo com o Pe. Masawe, “no ano passado, os relatórios emitidos pelos organismos envolvidos mostraram um panorama sombrio, no qual os doadores não cumprem os compromissos adquiridos e os principais organismos de financiamento veem seus fundos estagnados ou em baixa”.
Este déficit de financiamento “põe em perigo o considerável – ainda que insuficiente – progresso realizado até agora na extensão do tratamento nos países em desenvolvimento”.
A AJAN (African Jesuit AIDS Networld - Rede Jesuíta Africana contra a AIDS (http://www.jesuitaids.net) denuncia que “sentiu desde sempre que a AIDS não podia ser vista simplesmente como uma emergência a mais”.
A página da AJAN, entre muitos outros documentos e informações sobre o tema, explica em um artigo as declarações de Bento XVI sobre a prevenção da AIDS, feitas em sua viagem à África em 2009.
O Pe. Masawe reafirma a aposta por seu enfoque de trabalho, que integra o espiritual, psicossocial e material junto com as necessidades médicas das pessoas infectadas.
Em um leque de frentes contra a pandemia – escolas, paróquias, universidades, centros comunitários, hospitais e muitos outros – jesuítas e leigos oferecem apoio e atenção às pessoas com HIV e suas famílias e se esforçam para encontrar meios para dar uma adequada mensagem pró-vida e de prevenção.
A AJAN foi criada em 2002 pelos Superiores Maiores da Companhia de Jesus na África e Madagascar (JESAM) para animar e auxiliar os jesuítas a “responder ao HIV/AIDS de maneira efetiva, evangélica e coordenada, com a compaixão, agradecimento e confiança em Jesus Cristo. Hoje, estes jesuítas e numerosos leigos trabalham em 150 projetos relacionados à AIDS em 22 países subsarianos.
Fonte: Zenit.
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