sábado, 12 de março de 2011

Esmola verdadeira deve ser dada por amor, afirma Papa

Recebendo hoje, em audiência, os membros da associação belga Pro Petri Sede, que oferece um apoio financeiro anual para as necessidades da Santa Sé, o Papa Bento XVI reafirmou a importância da esmola, própria deste tempo de Quaresma.

A Quaresma, disse o Papa aos presentes, a quem acolheu na Sala do Consistório do Palácio Apostólico, "é o tempo do jejum, da oração e da partilha" e "privilegia a peregrinação interior Àquele que é a Luz do mundo".

"Precisamos deixar-nos iluminar por Cristo, para que, sentindo a urgência da nossa responsabilidade para com os pobres do tempo presente, dirijamos a eles nossa atenção, que volta a nos dar confiança e que clareia a perspectiva da eternidade feliz", afirmou.

"Contribuindo na luta contra a pobreza, partilhando e com a esmola, nós nos aproximamos dos demais", disse o Papa.

Mas o dom, acrescentou, "não é nada sem o amor que o motiva e os laços fraternos que ele tece". Agindo com caridade, "exprimimos a verdade do nosso ser, pois há mais alegria em dar do que em receber.

Partilhando com os outros, de fato, "experimentamos, através da alegria recebida, que a plenitude da vida provém do amor de Deus".

Por isso, acrescentou, "a esmola nos aproxima de Deus e nos convida à conversão".

A "oferta generosa" que a associação entregou hoje, "permite auxiliar as populações tão duramente provadas nos últimos tempos, especialmente as do Haiti", continuou o Papa, recordando que "o serviço da caridade pertence à natureza da Igreja" e é "expressão viva da solicitude de Deus por todos os homens".

"Oferecendo o apoio material necessário, a Igreja também pode fornecer o cuidado do coração e o amor do qual as pessoas provadas têm tanta necessidade", lutando "contra o que envilece e degrada a dignidade de cada pessoa, criada à imagem de Deus".

Cada um, concluiu, "é chamado à salvação oferecida pela vitória de Cristo sobre todo o mal que oprime o homem".

Em sua saudação ao Papa, como registrado no L'Osservatore Romano, o chefe da Pro Petri Sede, Pe. Dirk Van Kerchove, lembrou que os membros da associação "sentem fortemente seu vínculo de comunhão e obediência com o Papa, seguindo os passos daqueles bravos jovens holandeses e belgas que, no século XIX, quiseram lutar pela plena soberania e independência da Sé Apostólica em defesa de sua missão universal".

"Estamos aqui para expressar nossa união com a Sé de Pedro e para confiar a Sua Santidade o fruto da nossa economia", disse ele.

Por último, Van Kerchove reafirmou o compromisso da associação em continuar ajudando o Papa, "a fim de que possa prosseguir sua ação espiritual e material em favor das comunidades católicas em necessidade e para que a solicitude da Igreja diante dos necessitados de todo tipo suscite novamente, como na época de Tertuliano, a maravilha dos homens da nossa época".

Fonte: Zenit.

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