segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Sentido da vida germina na família, explica Papa

O sentido da vida germina na família, segundo explicou Bento XVI na tarde deste domingo aos milhares de jovens que participaram do último encontro de sua visita dominical à Sicília, na Praça Politeama de Palermo.
O encontro, no qual estiveram presentes 6 mil escoteiros, fechou com chave de ouro o evento eclesial regional das famílias e dos jovens da Sicília, motivo central da 21ª viagem apostólica deste pontificado dentro da Itália.
O Bispo de Roma apresentou o testemunho de Chiara Badano, jovem falecida aos 19 anos por uma doença incurável (1971-1990), beatificada no último dia 25 de setembro, no santuário do Divino Amor de Roma.
"Dezenove anos plenos de vida no amor e na luz, uma luz que irradiava ao seu redor e vinha de dentro: do seu coração repleto de Deus", afirmou.
Perguntando-se como uma jovem de apenas 17 ou 18 anos, humanamente sem esperança, poderia difundir tanto amor, serenidade e paz, o Papa afirmou que era evidente que se tratava de uma graça de Deus preparada e acompanhada pela colaboração humana, dos seus pais e amigos.
Ao destacar que esta luz, que provém da fé e do amor, foi acesa em primeiro lugar pelos pais da jovem beata, Bento XVI sublinhou que esta é a mensagem que ele trazia para as famílias sicilianas: "A família é fundamental, porque é nela que germina na alma humana a primeira percepção do sentido da vida".
"Floresce na relação com a mãe e com o pai, que não são donos da vida dos filhos, mas os primeiros colaboradores de Deus na transmissão da vida e da fé", acrescentou.
E exortou os jovens: "Não tenham medo de contra-arrestar o mal. Juntos, sereis como um bosque que cresce, talvez silencioso, mas capaz de dar frutos, de transmitir vida e de renovar de maneira profunda a vossa terra".
E fazendo referência à dura realidade siciliana, sublinhou: "Não cedais às sugestões da máfia, que é um caminho de morte, incompatível com o Evangelho".
Ao voltar a Roma, no caminho rumo ao aeroporto da ilha, o Papa se deteve para rezar no lugar em que o juiz Giovanni Falcone foi assassinado, em maio de 1992, pela máfia.
O Santo Padre desceu do carro e colocou um ramo de flores na beira da estrada, permanecendo em oração durante uns momentos, nos quais rezou por todas as vítimas da máfia, segundo revelou o Pe. Federico Lombardi, SJ, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Fonte: Zenit.

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