quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Lombardi sobre caso IOR: estupor pela confirmação do embargo

"A notícia da confirmação, por parte do Tribunal de Revisão, do embargo preventivo de um depósito do IOR em uma conta do Credito Atigiano foi recebida com estupor": esta foi a afirmação do porta-voz vaticano, Federico Lombardi SJ, diante da imprensa.
No centro da magistratura romana se encontram também outras duas supostas operações do Istituto per le Opere di Religione (IOR), que se remontam a outubro e novembro de 2009 e que têm a ver com a retirada de 600 mil euros de uma conta aberta em Intesa San Paolo e cujo titular é um sacerdote, e cheques no valor de 300 mil euros em uma conta do IOR numa agência Unicredit.
Desde o último mês de setembro, Ettore Gotti Tedeschi e Paolo Cipriani, presidente e diretor geral, respectivamente, do IOR, estão sendo interrogados pelo Tribunal de Roma por violação do decreto legislativo italiano 231 de 2007, a normativa que recolhe a diretiva europeia sobre a lavagem de dinheiro.
A investigação havia levado ao embargo preventivo de 23 milhões de euros - dos 28 em total - depositados na conta corrente do IOR no Credito artigiano spa de Roma.
Em uma carta divulgada na íntegra no site do Financial Times, o diretor da Sala Stampa vaticana já havia explicado que há muito tempo o IOR "se situa no território do Estado da Cidade do Vaticano, muito além da jurisdição e da vigilância dos diversos bancos nacionais".
O IOR, explicava então Lombardi, "não é um banco no sentido estrito do termo. É um instituto que administra os bens das instituições católicas cujo objetivo é apostólico-caritativo no âmbito internacional" e que goza de um status particular.
Tal status faz que "sua posição no sistema financeiro internacional e seus regulamentos requeiram uma série de acordos (...) para estabelecer os procedimentos necessários, de modo que a Santa Sé seja incluída na Lista Branca", que reúne os países que aderem às normas contra a lavagem de dinheiro.
Falando aos jornalistas, o Pe. Lombardi afirmou hoje que se trata "de um problema interpretativo e formal" e que "os responsáveis do IOR consideram que podem esclarecer toda a questão o mais rápido possível nas sedes correspondentes".

Fonte: Zenit.

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