quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Quênia: Igreja pede reabertura da investigação da morte de padre

A Igreja no Quênia pediu a reabertura das investigações do homicídio do padre John Anthony Kaiser, missionário de Mill Hill de nacionalidade americana cujo décimo aniversário de morte foi celebrado a 19 de agosto.
Dom Zachaeus Okoth, arcebispo de Kisumu e presidente da Comissão Episcopal de “Justiça e Paz”, foi quem pediu a reabertura da investigação, segundo informa a Agência Fides, da Congregação para a Evangelização dos Povos.
"Enquanto estamos aqui reunidos para comemorar o décimo aniversário da morte de Pe. Kaiser, rezamos intensamente para que um dia a verdade seja revelada por quem matou o nosso amado irmão", disse Dom Okoth na homilia da missa de 19 de agosto.
Segundo Dom Okoth, em 1º de agosto de 2007 um tribunal queniano concluiu o inquérito sobre a morte de Pe. Kaiser, mas recomendou a criação imediata de uma investigação suplementar por parte da polícia, a fim de estabelecer de forma definitiva a identidade daqueles que assassinaram Pe. Kaiser.
Desde então, "nenhuma ação significativa foi tomada em relação a estas conclusões e recomendações", disse.
O superior geral da Congregação de Mill Hill, Pe. Anthony Chantry, disse em nota que "é doloroso e inquietante ver que nos últimos três anos não foi feito nenhum progresso evidente em levar à Justiça os responsáveis pelo assassinato de Pe. Kaiser”.
"Em nome daqueles que continuam pedindo justiça por Pe. Kaiser, eu convido o Governo queniano a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para localizar, processar e punir os responsáveis pelo homicídio”, afirmou.
Uma investigação precedente do FBI havia concluído que Pe. Kaiser tinha cometido suicídio, uma conclusão que foi fortemente rejeitada pela Igreja e por todos aqueles que conheciam o missionário.
Pe. Kaiser se opôs à limpeza étnica no Chantry e foi um crítico do regime do ex-presidente Daniel Moi. Ele ficou conhecido nos anos 90, quando fez uma forte resistência à expulsão de pessoas deslocadas acampadas em Maela, Narok, que anteriormente tinham sido expulsas de Enoosupukia. Segundo Pe. Kaiser, os deslocadas do Rift Valley entre 1986 e 1995 foram um milhão.

Fonte: Zenit.

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