terça-feira, 27 de setembro de 2011

Papa elogia resistência dos cristãos aos totalitarismos

Na Alemanha, o Papa prestou homenagem aos cristãos que resistiram ao nazismo e ao comunismo, como destacou neste final de semana o Pe. Lombardi, ao comentar a segunda etapa da viagem de Bento XVI, a de Erfurt, na ex-RDA, depois de Berlim e antes de Freiburg im Breisgau.

Cristãos sob totalitarismos

O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé destacou que o sentido da homilia do sábado de manhã, diante da catedral de Erfurt, foi “antes de tudo uma homenagem aos cristãos dessas terras da ex-Alemanha do Leste, onde realmente a vida religiosa não era nada favorecida, mas, ao contrário, havia se tornado difícil também pelo comunismo, depois de tê-lo sido pelo nazismo”.

O Papa falou desse testemunho no sábado e também na sexta-feira, durante o encontro com a população de Eichsfeld.

O principal motivo destes encontros foi o de incentivar os que já haviam manifestado uma grande fidelidade.

“Naturalmente, é motivador continuar enfrentando os novos problemas – os do secularismo – que existem na nossa época, esses problemas que se referem ao esquecimento de Deus”, explicou o Pe. Lombardi.

A unidade dos cristãos

O porta-voz vaticano também se referiu à grande mensagem para a unidade dos cristãos, lançada do convento dos agostinianos no qual Lutero viveu como monge.

“O Papa destacou que era justamente a questão sobre Deus e sobre o Deus misericordioso de que temos necessidade. Esta conta com uma base sólida para os elementos comuns existentes entre católicos e protestantes.”

Sobre o encontro que o Papa quis ter com vítimas da pedofilia na Igreja, o Pe. Lombardi explicou que “não é nenhuma novidade”. “Este encontro fala da atenção com que o Papa acompanha este problema, que afetou gravemente a Igreja e com o qual a Igreja se compromete, a exemplo do Papa Bento XVI.”

O Pe. Lombardi falou também sobre o grande impacto que tiveram as palavras de Bento XVI em Berlim, no Bundestag, na quinta-feira, 22 de setembro. “Servir o direito e combater o domínio da injustiça é e continua sendo a tarefa fundamental dos políticos.”

A responsabilidade social do político

“Muitos, na Alemanha, compreenderam e valorizaram este discurso do Papa, que se dirigia aos políticos do seu país, para manter uma memória viva dos problemas, para não perder os pontos de orientação fundamentais, não só para a vida pessoal, mas também para a vida social.”

Quanto aos tiros do sábado pela manhã, dados por uma pessoa com desequilíbrio psicológico duas horas antes da chegada do Papa à praça da catedral de Erfurt, o Pe. Lombardi tranquilizou sobre suas consequências.

“O episódio não teve nenhuma importância nem nenhuma consequência sobre a celebração – declarou. Eu diria que, de certa forma, ninguém percebeu. Foi um incidente totalmente marginal, ocorrido antes da Missa, longe da praça, bem longe, sem nenhuma gravidade para a pessoa ferida.”

E concluiu: “Não teve, então, nenhuma influência sobre o desenvolvimento da viagem do Santo Padre”.

Fonte: Zenit.

Nenhum comentário:

Postar um comentário