quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Economia não se centrou nas pessoas

A Comissão da CEP (Conferência Episcopal Portuguesa) para a Pastoral Social, presidida por Dom Carlos Azevedo, organiza nesta quarta e quinta-feira, em Fátima, o seu 27º encontro nacional, dedicado ao tema “Desenvolvimento local, caridade global”. No evento será apresentada uma Nota Pastoral.

Comentando o evento e sua temática, no programa Ecclesia desta terça-feira na RTP-2, Dom Carlos Azevedo critica a “ganância” que alimenta a economia e censura os ganhos exagerados nas transações financeiras.

“Há um caráter insaciável, um liberalismo dos mercados, expressão que enche a boca de tudo, que se transformou quase numa orientação de vida, e isso precisa de ser posto no verdadeiro lugar”, afirma o bispo, segundo informa Agência Ecclesia.

O prelado não coloca em causa as margens de lucro, mas declara que chegaram a “dimensões absurdas”. “A economia não se centrou nas pessoas. Viveu por ela própria, sobretudo com a especulação financeira, que foi o chegar ao limite”.

“Os governos e políticos deviam ser reguladores da finança e ainda não estão a ser capazes disso”, afirma, acrescentando que “o capital transformou-se em algo de livre e único, enquanto que o trabalho é que é o principal”.

Sobre Portugal, o bispo afirma que país precisa de um Governo “que faça reformas profundas”, para as quais espera o “acordo dos cidadãos em geral”.

Os portugueses, diz Dom Carlos Azevedo, têm de cortar “de modo muito drástico” nos gastos, alterando “comportamentos de todos os dias”.

Fonte: Zenit.

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