sexta-feira, 8 de julho de 2011

Colômbia: Igreja pede fim do conflito armado

O presidente da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC), Dom Rubén Salazar Gómez, reiterou a petição da Igreja Católica pelo fim do conflito armado que o país enfrenta.

Questionado por jornalistas sobre os operativos militares contra “Alfonso Cano”, o máximo dirigente do grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), Dom Salazar afirmou que, “infelizmente, acontece este tipo de ações na lógica de um conflito armado”, segundo informa o site da CEC.

“Nossa mensagem sempre foi pelo fim do conflito (…). Penso que a Colômbia evoluiu nos últimos anos o suficiente para que haja uma verdadeira concertação, um diálogo, para que todos participem verdadeiramente na construção de um país melhor”, acrescentou.

Plenária dos bispos

As anteriores declarações foram feitas pelo prelado no marco da abertura da XCI Assembleia Plenária do Episcopado Colombiano. Com uma análise das conquistas e avanços do triênio 2008-2001, a assembleia começou na sede da conferência episcopal e terminará amanhã, 8 de julho.

Em sua alocução inaugural, o arcebispo de Bogotá e presidente dos bispos destacou os avanços da missão evangelizadora destes anos e diante do novo triênio 2011-2014.

Dom Salazar exaltou o trabalho a favor da vida e a maneira como este “potencializou a defesa e a promoção da vida, não somente nas ações evangelizadoras próprias das jurisdições eclesiásticas, mas também de numerosas e variadas instituições que lutam pela vida”.

“Graças às luzes dimanadas, foi possível também intervir adequadamente nos debates que aconteceram no Congresso da República, nas diversas oportunidades, na discussão de algumas leis.”

“Como epílogo deste trabalho – acrescentou –, começamos a enfocar o tema da paz, entendido não somente como o cessar do conflito armado, mas também como o fruto da construção da justiça social no país. É um tema complexo, para o qual as análises da realidade e as luzes alcançadas nas assembleias plenárias anteriores nos ofereceram o marco necessário para poder situá-lo no contexto amplo da realidade do país e da missão da Igreja.”

Além disso, Dom Salazar afirmou que, ao longo desses anos, “prestamos especial atenção à angustiante realidade produzida por desordens dos clérigos no campo do abuso de menores e outros atentados contra a consagração total”.

“A CCEC acompanhou atentamente os casos de processos penais que se iniciaram em algumas dioceses contra sacerdotes e prestou o apoio e a assessoria necessários. Continuamos muito atentos a tudo que se relaciona com esta realidade, que tanta dor produziu na Igreja”, concluiu.

Para saber mais: baixar documento.

Fonte: Zenit.

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