“O Sudão não retornará à guerra nem hoje nem após o referendo que determinará o futuro dos sudaneses do sul”.
O bispo emérito de Torit, Dom Paride Taban, convidou a população do sul do Sudão a permanecer unida e atuar pela paz em vista do referendo de janeiro de 2011.
Com esta votação, a população local está convidada a decidir se o sul do Sudão se converte em um estado independente ou permanece unido ao resto do país, informou a agência Fides.
Dom Taban se reuniu recentemente, acompanhado por alguns sacerdotes, com o novo governador do estado de Equatoria oriental (Sudão meridional), Louis Lobong.
O governador garantiu os esforços de sua administração para colaborar com a Igreja para ajudar a população a superar o difícil momento que está vivendo.
Do sul do Sudão continuam chegando notícias de confronto e proclamações ameaçadoras por parte do líder de uma facção rebelde do SPLA (Sudan’s People Liberation Army), o ex-movimento de guerrilha que, após os acordos de paz de 2005, governa o sul do Sudão.
Outra área de crise é a de Abyei, no limite entre Sudão do norte e do sul, cuja população será chamada a votar em um referendo diferente ao do Sudão meridional, para decidir se seu território fará parte da zona setentrional ou da zona meridional do país.
Abyei possui ricas jazidas de petróleo; se pertencer ao Sudão meridional, incrementará o potencial petrolífero do sul, de modo que no caso de independência da zona meridional, o norte perderia sua mais importante fonte de recursos.
A visão política islâmica do presidente Omar al Bashir vai contra a região semi-autônoma do sul do Sudão, que alguns esperam que possa ser independente.
A Igreja desempenha uma importante função na reconciliação no Sudão após os horrores experimentados nos últimos 25 anos de guerra civil norte-sul, que causou a morte de um milhão e meio de pessoas.
Fonte: Zenit.
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