“A boa formação na Doutrina Social da Igreja é indispensável para a atuação do laicato no mundo como ‘sal da terra e luz do mundo’.”
Essa é a indicação do arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, no contexto do encerramento da primeira fase, neste mês de junho, do 1º Congresso de Leigos da Arquidiocese, evento que decorre durante o ano todo.
Esta primeira etapa do congresso foi o momento da reflexão sobre a vocação e a missão do cristão leigo na Igreja e no mundo.
“Em São Paulo, temos muito a agradecer aos leigos”, afirma o cardeal, em artigo na edição desta semana do jornal arquidiocesano O São Paulo.
“Ao mesmo tempo – prossegue o arcebispo –, constatamos um déficit preocupante na evangelização de boa parte dos leigos, que apenas foram batizados, mas nunca tiveram uma experiência profunda de sua fé católica, nem se identificam muito com a Igreja.”
O cristão leigo, em São Paulo, vive num “contexto de cidade grande, com enormes contrastes sociais e econômicos, carências e exclusões, desafios de toda ordem”.
“Pois é nesse campo de missão que eles são chamados a ser luz, sal e fermento do Evangelho de Jesus Cristo e a colaborar, com outros grupos sociais, para a melhoria da cidade terrestre.”
“Os leigos são apóstolos do Evangelho no vasto mundo da família e das relações humanas básicas, do trabalho e das atividades econômicas, das relações culturais e políticas”, afirma Dom Odilo.
Segundo o cardeal, “com o discernimento, a criatividade e as posturas inspiradas no Evangelho do Reino de Deus, eles podem e devem dar sua contribuição para que a convivência humana seja mais e mais condizente com o sonho de Deus para o mundo e a vida humana”.
Para as futuras fases do Congresso de Leigos, que envolvem a elaboração de projetos de ação missionária do laicato, nos âmbitos eclesiais e na sociedade, “duas questões importantes devem ser levadas em conta: a organização do laicato e a sua formação”, afirma o arcebispo.
Reconhecendo o bem das muitas expressões de organização dos leigos que já existem na vida eclesial, Dom Odilo diz ser “desejável que os leigos se organizem por afinidades sócio-culturais e por categorias profissionais”. Isso “dará a possibilidade de receber formação específica mais aprimorada”.
“A formação dos leigos, de fato, é sumamente necessária, para que os leigos tenham a mística do Evangelho e clareza suficiente sobre as orientações da Igreja a respeito das questões que devem enfrentar”, afirma.
Nesse sentido, o cardeal enfatiza a importância da “boa formação na Doutrina Social da Igreja”.
Fonte: Zenit.
Nenhum comentário:
Postar um comentário