A atual crise econômica e social exige uma redescoberta do real significado da caridade, que implica socorrer os irmãos em necessidade para mostrar-lhes o amor com o qual o Pai os ama, assegurou Bento XVI em um discurso proferido nessa terça-feira na Basílica de São João de Latrão, em Roma.
Tal caridade genuína é compreendida na Eucaristia, o sacramento da presença real de Jesus Cristo, que transforma os corações para depois transformar o mundo, disse o pontífice ao abrir o congresso anual da diocese de Roma.
“Em um momento como o atual de crise econômica e social, sejamos solidários para com aqueles que vivem na indigência, oferecendo a todos a esperança de um amanhã melhor e digno do homem”, disse o Papa, que deixou os muros vaticanos para se encontrar com representantes de sua diocese em sua catedral.
“As necessidades e a pobreza de tantos homens e mulheres nos interpelam profundamente: é o próprio Cristo quem, dia após dia, nos pede, nos pobres, que aplaquemos sua fome e sua sede, que o visitemos nos hospitais e nas prisões, que o acolhamos e vistamos”.
A celebração da Eucaristia, prosseguiu esclarecendo, “nos faz capazes de nos tornarmos pão partido para os irmãos, atendendo suas necessidades e entregando nós mesmos”.
“Por essa razão, uma celebração eucarística que não leve ao encontro dos homens onde estes vivem, trabalham e sofrem, para levar-lhes o amor de Deus, não manifesta a verdade que esta encerra”, denunciou.
“Quando recebemos a Cristo, o amor de Deus se expande em nosso íntimo, modifica radicalmente nosso coração, e nos torna capazes de gestos que, pela força difusora do bem, podem transformar a vida daqueles que estão ao nosso lado”.
“A caridade é capaz de engendrar uma mudança autêntica e permanente na sociedade, atuando nos corações e nas mentes dos homens”, e quando vivenciada na verdade, constitui “a principal força promotora do autêntico desenvolvimento de cada pessoa e de toda a humanidade”, concluiu Bento XVI.
Fonte: Zenit.
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