Joseph Ratzinger, quando ainda não era Papa, escreveu sobre o futebol, interessado pelo enorme impacto de eventos como a Copa do Mundo.
“Com sua periodicidade de quatro anos, a Copa do Mundo de Futebol demonstra ser um acontecimento que cativa centenas de milhões de pessoas”, reconhecia em um texto escrito nos anos oitenta, que se pode ler (em espanhol), no portal da revista Humanitas (www.humanitas.cl) da Pontifícia Universidade Católica de Chile.
“Não há quase nenhum outro acontecimento na terra que alcance uma repercussão de vastidão semelhante – acrescenta. O que demonstra que com isso está-se tocando algo radicalmente humano, e cabe perguntar-se onde se encontra o fundamento deste poder em jogo.”
O escrito foi recolhido em 1985 por um livro intitulado Suchen, was droben ist (Buscar o de cima). O então cardeal destaca nessas linhas que “como jogo de equipe, o futebol obriga a um ordenamento do próprio indivíduo dentro do conjunto; une através do objetivo comum: o êxito e o fracasso de cada um estão cifrados no êxito e no fracasso do conjunto”.
Ao que acrescenta: “o futebol ensina um enfrentamento limpo, em que a regra comum à qual o jogo se submete continua sendo o que une e vincula, ainda que na posição de adversários”.
O autor conclui que “a liberdade vive da regra, da disciplina que aprende o atuar conjunto e o correto enfrentamento, o ser independente do êxito exterior e da arbitrariedade, e desse modo chega a ser verdadeiramente livre”.
Fonte: Zenit.
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