A Igreja Católica na Guatemala considera pouco provável que o governo norte-americano outorgue o Status de Proteção Temporária (Temporary Protected Status) aos imigrantes guatemaltecos em decorrência dos danos causados pelo furacão Agatha ao país da América Central.
O sacerdote Mauro Verzeletti, representante da Pastoral de Mobilidade Humana da Conferência Episcopal da Guatemala (CEG), reconheceu a "vontade política" do governo do presidente Álvaro Colom ao solicitar, no início de junho, o TPS, mas considera que "não há condições políticas" favoráveis nos EUA para a concessão do benefício, segundo informou a agência de notícias mexicana Notimex.
Em 1998, por motivo da emergência provocada pela passagem do furacão Mitch - que devastou a América Central -, o governo da Guatemala rejeitou solicitar o TPS, que implica em permissões temporárias de residência nos EUA.
Na ocasião, as autoridades guatemaltecas consideraram desnecessária uma solicitação oficial de TPS. Outros países afetados pelo furacão, porém, obtiveram o benefício e puderam renová-lo posteriormente.
O dirigente do Movimento de Imigrantes Guatemaltecos nos EUA, Edgar Ayala, reconheceu, por sua vez, a decisão do presidente Colom de solicitar oficialmente o benefício às autoridades norte-americanas e está otimista.
Cerca de 1,5 milhão de guatemaltecos vivem atualmente nos EUA - em sua maioria na condição de indocumentados.
O furacão Agatha atingiu duramente a Guatemala entre os dias 29 e 31 de maio passado, deixando 165 mortos, 78 desaparecidos e milhares de desabrigados.
Fonte: Zenit.
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