O cardeal alemão Walter Kasper anunciou na última sexta-feira seu afastamento, por razões de idade, da presidência do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos.
"Meus sentimentos são ambivalentes - reconheceu ao falar com jornalistas. Por um lado, tornar-se emérito aos 77 é algo absolutamente normal, até mesmo um alívio. Por outro lado, deixo um trabalho no qual me engajei com entusiasmo, e que sempre considerei como um canteiro de obras da Igreja do futuro."
"Para a Igreja, o ecumenismo não constitui um opcional de luxo, e sim um de seus elementos constitutivos, um de seus objetivos principais, e o mesmo é também válido para as relações com o judaísmo", disse o purpurado, antecipando o anúncio oficial que a Santa Sé fará.
Até o momento, o nome do sucessor do cardeal Kasper à frente do conselho vaticano ainda não foi anunciado. O Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos tem duas atribuições principais: promover o verdadeiro espírito ecumênico no interior da Igreja Católica e favorecer as relações com as diversas Igrejas e comunidades cristãs, tendo em vista a unidade plena.
"Ao longo de 11 anos, esta foi uma função não apenas difícil, como também entusiasmante", comentou o purpurado.
O cardeal Walter Kasper foi nomeado secretário do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos em 16 de março de 1999, pelo Papa João Paulo II. Em 3 de março de 2001, o Papa Wojtyła nomeou-o presidente do conselho e presidente da Comissão Pontifícia para as Relações Religiosas com o Judaísmo.
O purpurado fez um balanço do ecumenismo promovido pela Igreja sublinhando, primeiramente, que "o ecumenismo não é algo que se faz na escrivaninha. Diálogo é vida. O diálogo é parte integrante da vida da Igreja".
"Deixo o conselho com esperança, que não é apenas um otimismo humano, mas esperança cristã", concluiu o cardeal.
Fonte: Zenit.
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