A Austrália é uma das conexões centrais do tráfico de seres humanos, que envolve milhões de mulheres provenientes da Ásia, Europa e América do Sul, e movimenta cerca de 9 bilhões de dólares ao ano. No país, a ACRATH (Australian Catholic Religious Against Trafficking in Humans) é um dos principais atores na luta para libertar as mulheres da indústria do sexo.
Segundo estatísticas citadas pela organização, o tráfico de seres humanos constitui a terceira maior indústria criminosa do mundo, após o tráfico de armas e o narcotráfico.
Desde 2003, foi implementada na Austrália uma estratégia de amplo espectro para combater o tráfico de seres humanos, com um orçamento de 20 milhões de dólares para os primeiros quatro anos.
Mesmo assim, a consciência junto à opinião pública da gravidade do problema vem diminuindo – poucas pessoas estão a par do número e das condições desumanas em que vivem as mulheres vendidas como mercadorias pela indústria do sexo.
Por outro lado, são muitos os que sustentam que a legalização da prostituição contribuiria para melhorar as condições de vida daqueles que trabalham nesta indústria, possibilitando maior controle e fiscalização das condições de trabalho.
O jornalista e escritor canadense Victor Malerak, atualmente em visita à Austrália, não pensa assim. “Hoje, as mulheres exploradas pela indústria do sexo são chamadas de 'profissionais liberais’, a fim de esconder as condições em que trabalham, e não gozam de garantias suficientes de proteção”.
Em um encontro promovido pela ONG Collective Shout and the Salvation Army, Malerak denunciou: “a indústria do sexo constitui a força mais destrutiva contra as mulheres em todo o mundo”.
Fonte: Zenit.
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