Bento XVI, lembrando dos 15 mil sacerdotes que estiveram em Roma na última sexta-feira, por ocasião do encerramento do Ano Sacerdotal, considera que estes doze meses serviram para redescobrir no sacerdote o primeiro operário da "civilização do amor".
Antes da oração do Ângelus de hoje, o Papa deu "graças a Deus por todos os benefícios que este Ano produziu na Igreja universal. Ninguém poderá jamais medi-los, mas certamente já se veem e se verão ainda mais os frutos".
Destacando que o sacerdote é um dom do Coração de Cristo, afirmou: "Do coração do Filho de Deus, transbordante de caridade, procedem todos os bens da Igreja, e nele tem sua origem a vocação desses homens que, conquistados pelo Senhor Jesus, abandonam tudo para dedicar-se totalmente ao serviço do povo cristão, seguindo o exemplo do Bom Pastor".
Como recordou, "o sacerdote fica plasmado pela própria caridade de Cristo, por esse amor que o levou a dar a vida pelos seus amigos e a perdoar seus inimigos".
Ao recordar aos fiéis que "os sacerdotes são os primeiros operários da civilização do amor", o Papa pensava "em tantos modelos de sacerdotes, conhecidos e menos conhecidos, alguns elevados à honra dos altares; em outros casos, sua lembrança permanece indelével nos fiéis, talvez em alguma pequena comunidade paroquial".
Em particular, mencionou São João Maria Vianney e o Pe. Jerzy Popieluszko, sacerdote polonês, martirizado em 1984 por agentes de inteligência e beatificado no último dia 6 de junho.
Sobre este último, o Pontífice destacou que "exerceu seu generoso e valente ministério junto àqueles que se comprometiam pela liberdade, pela defesa da vida e da sua dignidade".
"Esta obra ao serviço do bem e da verdade era um sinal de contradição para o regime que então governava a Polônia. O amor do Coração de Jesus o levou a dar a vida e seu testemunho foi semente de uma nova primavera na Igreja e na sociedade", sublinhou Bento XVI.
"Se analisarmos a história, poderemos observar quantas páginas de autêntica renovação espiritual e social foram escritas com a contribuição decisiva de sacerdotes católicos, motivados somente pela paixão pelo Evangelho e pelo homem, por sua autêntica liberdade, religiosa e civil."
"Quantas iniciativas de promoção humana integral começaram pela intuição de um coração sacerdotal!", concluiu, sintetizando os frutos esperados deste Ano Sacerdotal, que convidou todos os sacerdotes do mundo, com a força do Evangelho, a continuarem "construindo em todos os lugares a civilização do amor".
Fonte: Zenit.
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