domingo, 22 de março de 2015

Patriarca Gregório III Laham: o governo sírio é responsável por proteger os cidadãos

Um primaz da Igreja Católica Oriental está rejeitando a ideia de que o sofrimento infligido pelos jihadistas à comunidade cristã e a outros grupos do Oriente Médio possa justificar a intervenção militar.
De acordo com a Agência Fides, o patriarca greco-melquita católico Gregório III Laham declarou: "Não é adequado invocar intervenções militares externas para defender os cristãos na Síria e no Oriente Médio. Somos um país soberano com um governo legítimo, que é responsável por proteger os seus cidadãos".
"Se realmente queremos dar fim à tragédia do povo sírio", ressaltou o patriarca, "só há um caminho: acabar com as guerras, com as armas, com o dinheiro e com os estratagemas que estão sendo usados ​​para atacar a Síria".
Nesta última segunda-feira, Gregório III presidiu uma vigília de oração pela paz na Catedral da Assunção de Maria, em Damasco. Estiveram presentes representantes e delegações de todas as comunidades católicas e ortodoxas.
"Nós compartilhamos cantos e orações de penitência e de paz", comentou ele, destacando que "os cristãos são os verdadeiros promotores da paz na Síria".
Sua Beatitude observou ainda que a maneira de promover a paz, para a Igreja, é a oração e o apoio a todos os que podem ajudar a parar o fluxo de armas no Oriente Médio.
"Em 7 de setembro de 2013", recordou o patriarca, “o papa Francisco chamou o mundo para a grande oração pela paz. Em dias recentes, enquanto estávamos orando, espalhou-se a notícia de que os países ocidentais vão retomar as negociações com Assad. Os grupos que aterrorizam o nosso povo não teriam tido tanta força sem ajuda e armas recebidas de outros países e grupos de poder”.
Por esta razão, o primaz lança um apelo ao papa Francisco e a todas as Igrejas e comunidades cristãs para que "os 2 bilhões de cristãos do mundo promovam um plano concreto e realista para pedir às forças opostas que deixem de lado os seus cálculos de poder e as causas que alimentam a guerra. Só assim é que o sofrimento do nosso povo poderá acabar", enfatizou o patriarca greco-melquita.

Fonte: Zenit.

Nenhum comentário:

Postar um comentário