Mais de mil pessoas participaram na manhã desta quinta-feira na missa de exéquias de Dom Tomaz da Silva Nunes, na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Lisboa. O bispo auxiliar de Lisboa e presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã morreu na madrugada dessa quarta-feira, aos 67 anos, vítima de enfarte agudo do miocárdio.
Segundo informa Agência Ecclesia, entre os participantes na eucaristia, presidida pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, Dom José Policarpo, estiveram cerca de 15 bispos, 220 padres e 15 diáconos, além de membros de congregações religiosas e leigos.
Na homilia, o Cardeal Patriarca lembrou o momento em que, há 12 anos, impôs as mãos sobre D. Tomaz Nunes para o ordenar bispo. Nesse dia, disse D. José Policarpo, “estivemos aqui, nesta igreja com tantos ou mais bispos do que hoje, com o clero de Lisboa cheio de alegria”.
Logo a seguir, “o senhor D. Tomaz foi daqui para o hospital, para fazer uma intervenção cirúrgica que o médico não queria atrasar nem 24 horas. E o Senhor deu-lhe ainda estes anos de saúde e de jovialidade ao serviço da Igreja”.
O Cardeal Patriarca evocou o momento em que se deparou com a morte do bispo. “Ontem, quando entrei no quarto do senhor D. Tomaz e vi o seu corpo sem vida, não senti que a vida é um choque com o futuro, mas senti muito profundamente que é um choque com a eternidade, violento, surpreendente e inesperado”.
“Jesus – prosseguiu – tinha-nos avisado. Mas nós esquecemos com tanta facilidade esse aviso tantas vezes repetido: ‘Virei quando menos se espera’.”
Para D. José Policarpo, “a morte é, sob o ponto de vista humano, a mais radical experiência de solidão, mesmo que os outros estejam à nossa volta, e só Deus a pode vencer".
Sobre a urna fechada de D. Tomaz Silva Nunes, foi deposta a sua mitra e o evangeliário aberto. Após a celebração das exéquias, o cortejo fúnebre seguiu para o jazigo do Patriarcado, no Cemitério do Alto de São João, em Lisboa, local do sepultamento.
Fonte: Zenit.
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