As chamas destruíram na semana passada a igreja católica copta de Hagaza (25 km ao norte de Luxor, no Egito), uma localidade que no passado foi alvo de um ataque em que fundamentalistas islâmicos mataram três coptas (um católico e dois ortodoxos).
Em mensagem enviada a ZENIT, o bispo dos coptas católicos de Luxor, Dom Joannes Zakaria, afirma que, “infelizmente, este povoado tem uma história difícil de violência, tribulações e relações não muito boas entre cristãos e muçulmanos.”
Os cristãos do Egito, em sua maioria coptas, representam cerca de 10% da população do país, de mais de 83 milhões de habitantes. 90% do país é muçulmano.
“Há cinco anos – recorda o bispo – após uma luta no mercado, um cristão matou um muçulmano; há três anos, na vigília de Páscoa, foram assassinados três jovens cristãos.”
A igreja copta católica de Hagaza foi fundada por frades menores franciscanos no ano de 1890. “Quando cheguei a Hagaza, vi que o incêndio havia destruído todo o edifício da Igreja e não tinha sobrado nada”, diz o bispo.
“Ontem e hoje, – prossegue Dom Joannes Zakaria –, reuni-me com as autoridades governamentais e com os chefes da polícia, que me informaram que a causa do incêndio foi um curto circuito.”
Durante a reunião, o bispo pediu permissão para preparar um novo edifício para celebrar a missa no próximo domingo, para os 600 coptas católicos que vivem em Hagaza. "Mas infelizmente me responderam negativamente”, afirma.
Este é o terceiro incêndio na diocese. Há três anos, foi incendiado o terceiro andar da casa episcopal de Luxor; há um ano, foi incendiada parte da casa das Irmãs Franciscanas Mínimas, na cidade de Isna. Em todos os episódios, "a causa do incêndio foi sempre um curto circuito”, acrescenta o prelado.
Fonte: Zenit.
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