sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Alunos de Ratzinger diante do Vaticano II: fidelidade e abertura

O encontro de antigos alunos do professor Joseph Ratzinger (o Ratzinger Schülerkreis), realizado de 27 a 30 de agosto, sobre a interpretação do Concílio Vaticano II, teve uma conclusão clara: "fidelidade à tradição, abertura ao futuro".
O arcebispo Kurt Koch, principal relator do encontro, novo presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, expôs as conclusões em declarações concedidas à edição de 1º de setembro do L'Osservatore Romano.
"Fidelidade à tradição, abertura ao futuro: é a interpretação mais correta do Concílio Vaticano II, que continua sendo a magna charta da Igreja também no terceiro milênio", afirma o antigo bispo da Basileia (Suíça), sintetizando os debates realizados nas duas sessões do dia 28 de agosto, no Centro Mariápolis de Castel Gandolfo, com a participação de Bento XVI.
"Na primeira sessão, propus uma reflexão sobre como ler e interpretar o Concílio Vaticano II, indicando a prioridade de uma hermenêutica de reforma", revela.
Uma "questão que retomei e desenvolvi na segunda relação, aprofundando em particular na constituição Sacrosanctum Concilium, sobre a liturgia, precisamente para mostrar de maneira concreta como se pode realizar uma hermenêutica de reforma".
Às duas relações, explica, "seguiu um debate de mais de 1 hora, muito interessante e rico em contribuições significativas".
Segundo Dom Koch, "pôde-se captar quão fundamental é a dimensão espiritual da vida cristã, em todos os aspectos. E isso vale, do meu ponto de vista, também no diálogo ecumênico que constitui o campo de trabalho mais direto diante de mim".
Isso foi confirmado pelas palavras de incentivo que Bento XVI lhe dirigiu pessoalmente na audiência privada de 30 de agosto: "Falamos - revela o arcebispo - do meu novo desafio ecumênico, porque o Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos não é uma realidade independente, mas tem um mandato do Papa para ver como pode se desenvolver o diálogo no futuro".

Fonte: Zenit.

Nenhum comentário:

Postar um comentário