– Pela primeira vez, Bento XVI presidirá a uma cerimônia de beatificação. Será no dia 19 de setembro, com a chegada aos altares do cardeal John Henry Newman, no Hyde Park, em Londres.
A última vez que um papa presidiu a uma cerimônia deste tipo foi a 3 de outubro de 2004, quando João Paulo II beatificou na praça de São Pedro Pierre Vigne, Joseph-Marie Cassant, Anna Katharina Emmerick, Maria Ludovica de Angelis e Carlos de Áustria.
Desde o começo de seu pontificado, Bento XVI estabeleceu que as cerimônias deste tipo deveriam se fazer nas dioceses de origem de cada beato. O Papa ordenou que fossem presididas pelo prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, em sua representação.
Este mês se celebram outras duas beatificações em diferentes dioceses na Europa: a de frei Leopoldo da Alpandeire Sánchez Márquez, em Granada (Espanha), aconteceu a 12 de setembro, e a de Chiara Badano, no santuário do Divino Amor, em Roma, realiza-se dia 25. Eventos presididos pelo arcebispo Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.
O padre Federico Lombardi SJ, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, em um encontro com os jornalistas na sexta-feira, explicou que a beatificação do cardeal Newman se trata de uma excepção. “Esta cerimônia está muito unida à viagem do Papa ao Reino Unido”, disse.
Bento XVI sente um apreço especial pela figura do cardeal Newman. Em 1990, escreveu o prólogo do livro Apologia pro vita sua, uma autobiografia do futuro beato. O então cardeal Ratzinger confessava no texto a importância do pensamento de Newman durante seus estudos de filosofia no seminário de Freising.
“Para nós, naquele tempo, o ensinamento de Newman sobre a consciência chegou a ser uma base importante do personalismo teológico, cujo desenho nos era oferecido equilibradamente”.
“Nossa imagem do ser humano, assim como nossa imagem da Igreja, ficava penetrada por este ponto de partida”, disse o hoje Papa Bento XVI.
"De Newman aprendemos a compreender o primado do Papa", assegurou. “Liberdade de consciência”, nos dizia Newman, não equivale a ter direito “a prescindir da consciência, a ignorar o legislador e juiz, a ser independente de obrigações invisíveis”.
Por isso, esta beatificação é “um sinal particular de apreço, de interesse e importância que o Papa atribui a esta figura”, disse padre Lombardi.
Fonte: Zenit.
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