Os participantes no Congresso de leigos celebrado na capital da Coreia do Sul de 31 de agosto a 5 de setembro reafirmaram sua vocação a “ser sal e luz do continente asiático, amando a todos sem exceção nem discriminação ou orgulho por antigas tradições culturais”.
É o que os 400 participantes afirmam na Mensagem final do encontro, convocado pelo Conselho Pontifício para os Leigos, sob o título “Proclamando Jesus Cristo na Ásia hoje”.
No texto, os leigos se qualificam como “um pequeno rebanho que não padece nem tem complexo ou medo por ser uma minoria”. Eles asseguram: “não queremos nos fechar nos muros da Igreja, queremos ser protagonistas ativos na vida da Igreja local em comunhão com nossos bispos”.
A Mensagem explica que a Ásia vive hoje um processo sem precedentes de crescimento e transformação social, econômica e demográfica, mas falta enfrentar os problemas da promoção da liberdade, da justiça, da solidariedade e do desenvolvimento de condições de vida mais humanas.
Diante dessa realidade, os leigos consideram “única e essencial” a contribuição cristã para o bem do continente e se comprometem a renovar seus esforços para compartilhar a experiência cristã na sociedade.
Nesse sentido, o documento assinala: “não se trata de marketing estratégico nem de proselitismo fanático, mas simplesmente do fruto do encontro com Jesus, que faz nascer de maneira natural o desejo de levar esta graça aos demais”.
Os participantes do Congresso quiseram mostrar seu compromisso e afeto pelo Papa, através de uma carta de agradecimento por sua solicitude com a Igreja na Ásia. Eles pedem que o pontífice reze por tantos heróicos testemunhos de fé que com esperança e amor proclamam no continente a Palavra de Deus.
Evangelização
O congresso celebrou-se em uma atmosfera católica e universal, afirmou o arcebispo de Seul, cardeal Nicholas Cheong Jinsuk, na missa conclusiva desse domingo, na catedral de Myongdong.
“Pode-se dizer que hoje está reunida aqui toda a Igreja da Ásia, em comunhão efetiva e afetiva com nosso Santo Padre, através do Conselho Pontifício para os Leigos”, disse em sua homilia, recolhida por AsiaNews.
O cardeal Cheong falou da vida da Igreja coreana, que nos últimos 30 anos cresceu 66%, chegando a quase 6 milhões de fiéis, 10% da população.
“A evangelização da Ásia não é uma missão impossível – disse –. A Igreja na Ásia necessita profundamente de novos apóstolos, bem instruídos na doutrina social da Igreja, capazes de expressar sua missão no diálogo evangelizador”.
“Um novo milênio, uma grande primavera da evangelização surgiu na Ásia – afirmou –. É o momento para novos apóstolos atuarem como testemunhos de Cristo, sem medo, consagrando a Ásia como continente da esperança para o mundo”.
Liberdade religiosa
Um dos temas destacados no Congresso foi a liberdade religiosa. Os participantes constataram, citando um informe da associação Ajuda à Igreja que Sofre, as limitações desse direito em grandes áreas do continente.
De fato, em uma lista de 13 países no mundo com “graves limitações à liberdade religiosa, 10 encontram-se na Ásia”.
O Congresso recordou também os numerosos mártires que deram a vida por amor a Cristo e ao homem na Ásia.
Nesse sentido, destacou-se o compromisso da Igreja coreana no culto aos mártires, e se indicou que em 100 anos, ao menos 10 mil católicos coreanos foram assassinados pela fé.
A devoção a eles é tal que o mês de setembro está todo dedicado à memória dos mártires.
Os católicos coreanos também recordaram os missionários franceses e de outros países que foram martirizados no país.
Fonte: Zenit.
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