O novo livro de Stephen Hawking negando a existência de Deus contrasta com a opinião de mais de trinta cientistas, expressada na recente série de documentários chamada “A Origem do Homem”.
Entre eles, destacam-se os prêmios nobel Christian De Duve e Werner Arber. Alguns são crentes – judeus, católicos ou protestantes.
A série de nove documentários “A Origem do Homem”, realizada por Goya Produções, investiga o desenvolvimento do universo desde o “Big Bang” até os primatas, hominídeos e o triunfo do “Homo Sapiens”. Busca responder às perguntas: Como nasceu o universo? Surgimos por acaso? Houve uma inteligência que guiou a evolução?.
O prêmio nobel Christian de Duve afirma que a teoria de que o mundo é eterno, inventada por Fred Hoyl, mostrou-se falsa. Quem tinha razão era seu professor, Lemaitre, ao descobrir a teoria do “Big Bang”, a explosão que deu origem ao universo.
O professor belga Michel Ghins acredita que a teoria dos “universos múltiplos” foi idealizada para escapar da hipótese de que Deus criou nosso mundo. Mas isso não é uma escapatória, porque “é imaginável que Deus todo poderoso tenha criado essa profusão de múltiplos universos”.
Para o professor italiano Evandro Agazzi, o acaso não explica a existência do mundo. Aqueles que acreditam em tudo a partir de alguma ciência positiva caem numa “atitude reducionista anti-científica”.
O professor de Boston Thomas Glick acredita que os fundamentalistas do materialismo fabricam uma espécie de religião ou metafísica, “mas ninguém confunde isso com ciência”.
Para o professor Arana, da Universidade de Sevilha, “nunca houve oposição entre fé e razão. Mas sempre houve oposição entre duas “fés”: a fé científica, assim dizendo, e a fé religiosa”.
A Bíblia seria compatível com a ciência? O prêmio nobel suíço Werner Arber responde: “Eu posso ler em Gênesis, no começo do Antigo Testamento, que o mundo foi criado em vários períodos, e para mim, esses vários períodos são precisamente evolução”.
Na opinião do pesquisador holandês Cees Dekker, “o método da ciência por si próprio não é cristão nem ateu. Ciência e religião não estão em conflito. E a ciência em si mesma se encaixa muito bem com a visão cristã do mundo”.
A série “A Origem do Homem”, afirma a produtora, “desvenda a exploração ideológica da ciência, e em particular do darwinismo. Darwin foi manipulado a favor do racismo, tanto por parte do marxismo como na Alemanha nazista e nos Estados Unidos. A Igreja católica, por sua vez, não condenou Darwin. A evolução pode ter acontecido dentro da criação”.
Esta série audiovisual expõe “a inconsistência de posições ateias como as de Hawking e Dawkins em um extremo, e a dos fundamentalistas no outro”. Conclui que "não é científico negar o sobrenatural. A ciência natural não capta o que cai fora da esfera material”.
Na internet: www.goyaproducciones.com
Fonte: Zenit.
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