Bento XVI pediu aos 102 bispos dos países de missão ordenados no último ano que superem as "categorias mundanas" na concepção do seu ministério, ao recebê-los em Castel Gandolfo no sábado passado, por ocasião de um seminário convocado pela Congregação para a Evangelização dos Povos. Em seu discurso, o Pontífice lhes deu dois conselhos: alimentar a vida de oração e desempenhar o ministério como "serviço de amor".
Ao dirigir-se aos bispos, procedentes de 40 países (57 da África, 39 da Ásia, 4 da América e 2 da Oceania), o Papa assegurou que conhece as dificuldades que devem enfrentar ao desempenhar sua missão nas comunidades, "onde, além das diversas formas de pobreza, registram-se às vezes formas de perseguição por causa da fé cristã".
"Cabe a vós a tarefa de alimentar sua esperança, compartilhar suas dificuldades, inspirando-vos na caridade de Cristo, que consiste na atenção, ternura, compaixão, acolhimento, disponibilidade e interesse pelos problemas das pessoas, por quem se está disposto a gastar a vida", afirmou.
Dois conselhos
Ao falar da imitação de Cristo como missão do bispo, o Pontífice aconselhou "dedicar um tempo adequado para 'estar com Ele' e contemplá-lo na intimidade orante do diálogo de coração a coração".
"Estar frequentemente na presença de Deus, ser homem de oração e de adoração: todo pastor está chamado a isso - sublinhou. A vida do bispo deve ser uma oblação contínua a Deus pela salvação da sua Igreja, especialmente pela salvação das almas que lhe foram confiadas."
"Esta oblação pessoal constitui também a verdadeira dignidade do bispo: deriva do fato de tornar-se servo de todos, até dar a própria vida", acrescentou, como segundo conselho fundamental.
"O episcopado, de fato, assim, como o presbiterado, nunca deve ser mal-entendido segundo categorias mundanas. É serviço de amor", destacou.
"O bispo está chamado a servir a Igreja com o estilo do Deus feito homem, convertendo-se cada vez mais plenamente em servo do Senhor e servo da humanidade."
Ao despedir-se dos novos bispos missionários, o Papa os incentivou a não cair no desânimo provocado pelas dificuldades das suas comunidades.
"A verdade cristã é atrativa e persuasiva precisamente porque responde à necessidade profunda da existência humana, anunciando de maneira convincente que Cristo é o único salvador de todo homem e de todos os homens", concluiu.
Fonte: Zenit.
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