O deputado hinduísta Manoj Pradhan foi declarado, no dia 9 de setembro, culpado de assassinato na eclosão de violência anti-cristã registrada em Orissa no ano de 2008, informou Eglises d'Asie, agência das Missões Exteriores de Paris.
Um dos tribunais especiais habilitados para julgar os responsáveis pela violência anti-cristã de 2008 condenou a seis anos de prisão o deputado Manoj Pardahan, do Parlamento de Orissa pelo BJP (Bharatiya Janata Party, “Partido do Povo Indiano”).
O parlamentar também deverá pagar uma multa de 15.500 rúpias (250 euros) por incêndio de casas e incitação à violência comunitária.
A pena não é muito severa, mas afeta a quem, para a comunidade cristã, tinha se convertido em símbolo da impunidade total dos autores dos ataques pertencentes às estruturas políticas ou administrativas do país.
Esta condenação é “uma luz de esperança” diante da onipotência da política, declarou à agência AsiaNews, Dibakabr Parichha, advogado dos tribunais especiais de Orissa.
O juiz Chitta Ranjan declarou o líder hindu culpado de ter cometido atos “que causaram a morte sem intenção de matar” (artigo 304 do Código Penal Indiano) de Bikram Nayak, em 26 de agosto de 2008.
Este cristão foi uma das primeiras vítimas da violência registrada após o assassinato de Swami Laxmanananda Saraswawti, de quem Manoj Pradhan era um fervente discípulo.
A condenação de 9 de setembro é a segunda por homicídio emitida contra o parlamentar. No dia 29 de junho, fora declarado culpado pela morte de Parikhita Nayak, outro cristão dalit do distrito de Kandhamal.
Ao contrário dos outros julgamentos em que as testemunhas não tinham ousado aparecer, este inflamou a população com o testemunho de Lipsa, filha da vítima, de 6 anos, que reconheceu formalmente o líder hindu como a pessoa que tinha torturado e massacrado seu pai diante dela e de sua mãe.
Por sua vez, a jovem viúva de Parikitha Nayak disse que seu marido reagiu com calma e determinação quando o grupo liderado por Manoj Pradhan lhe exigiu escolher entre renunciar a sua fé cristã ou morrer.
“Eles o pressionaram durante alguns dias, antes de esquartejá-lo e queimá-lo”, havia declarado a jovem.
Fonte: Zenit.
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