quarta-feira, 1 de julho de 2009

Bispos latino-americanos pedem volta da ordem constitucional em Honduras



“Toda interrupção de um processo democrático é lamentável”

Dois bispos latino-americanos se pronunciaram a favor da restauração da ordem constitucional em Honduras após o recente golpe de Estado que neste domingo obrigou o presidente Manuel Zelaya a sair do país.
O bispo de El Alto, Bolívia, Dom Jesús Juárez, advogou nesta segunda-feira por um imediato retorno da ordem legalmente estabelecida em Honduras.
“Creio que toda interrupção de um processo democrático é lamentável, e a democracia é o que caracteriza a pessoa humana, porque, ainda que com seus defeitos, se concebe que é o melhor sistema para a convivência humana”, disse.
O prelado afirmou que a melhor forma para manter a paz e a tranquilidade na América Latina é a democracia e, portanto, deve merecer o respaldo de todos os povos da região.
“A Igreja, ou ao menos eu pessoalmente como Jesús Juárez, bispo de El Alto, deseja que a vida democrática volte o quanto antes possível ao querido povo de Honduras”, sublinhou o bispo boliviano.
Reiterou que, sendo a democracia a melhor forma de convivência humana e o melhor instrumento para manter a paz e a tranquilidade, “deve merecer o respaldo pacífico de todos os povos da América Latina”.
Por sua parte, o bispo auxiliar de São Salvador, Dom Gregorio Rosa Chávez, pediu nesta segunda-feira as orações de todos os fiéis para que a paz volte a Honduras.
O prelado disse em coletiva de imprensa que “deve-se pedir a Deus que as coisas se normalizem” no país vizinho.
“Oramos para que Honduras volte à paz”, acrescentou, e comentou que este é um “momento traumático que vive a região”.
Dom Rosa Chávez precisou que a Igreja sempre “deseja que haja paz nos países, que haja estabilidade e que haja esperança para os pobres”.
Também afirmou que desde El Salvador se acompanha “com atenção o que acontece em Honduras” e se deseja “que as coisas se normalizem o mais rápido possível”.
Em 19 de junho passado, a Conferência Episcopal de Honduras, ao concluir sua segunda assembleia anual, já havia expressado sua preocupação pela grave crise política que se vivia no país.

Fonte: Zenit.

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