"Que o amor por vossa pátria e vossas famílias e o desejo de viver em harmonia com vossos vizinhos, sob a proteção misericordiosa de Deus onipotente, vos inspire a resolver pacientemente os problemas que ainda compartilhais com a comunidade internacional, para o futuro de vossa ilha."
Com estas palavras o Papa saudou hoje os cipriotas, no discurso pronunciado ao desembarcar no aeroporto internacional de Paphos, onde foi recebido pelo Presidente da República de Chipre, Demetris Christofias, pelo Patriarca ortodoxo de Chipre, Crisóstomos II, e pelos patriarcas e bispos católicos do Oriente Médio.
Após a saudação do Presidente Christofias, o Papa se dirigiu aos presentes recordando que Chipre se encontra "na encruzilhada de culturas e religiões, junto com histórias gloriosas e antigas, mas que ainda mantêm um impacto forte e visível na vida de seu país", e que sua "herança espiritual e cultural" deve contribuir para enriquecer toda a Europa.
"Desde quando os Apóstolos trouxerem a mensagem cristã para estas margens, Chipre foi abençoada por uma forte herança cristã", acrescentou.
O Papa dirigiu-se ainda ao Patriarca ortodoxo, Crisóstomos II, a quem saudou "como a um irmão na fé", e manifestou sua "intensa expectativa" de "poder encontrar em breve com muitos outros membros da Igreja Ortodoxa de Chipre.
"Espero, também com alegria, poder saudar os demais responsáveis religiosos cipriotas. Espero reforçar nossos laços comuns e reafirmar a necessidade de consolidar a confiança recíproca e a amizade duradoura com todos aqueles que adoram o único Deus", acrescentou.
Por último, o Papa se referiu a um dos principais objetivos de sua viagem, a entrega do Instrumentum Laboris para a Assembleia Especial para o Oriente Médio do Sínodo dos Bispos.
"Esta Assembleia examinará muitos aspectos da presença da Igreja na região e os desafios que os católicos devem enfrentar, às vezes em circunstâncias difíceis, vivendo a comunhão com a Igreja Católica e oferecendo seu testemunho a serviço da sociedade e do mundo", explicou.
Neste sentido, afirmou que Chipre é "um lugar apropriado para lançar a reflexão de nossa Igreja sobre o lugar da comunidade católica mundana no Oriente Médio, nossa solidariedade com todos os cristãos da região e nossa convicção que estes têm um papel insubstituível de manter a paz e a reconciliação entre seus povos".
Fonte: Zenit.
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