Bento XVI explicou ontem à pequena comunidade católica de Chipre (3,15% de seus 800.000 habitantes) que o diálogo inter-religioso é necessário para alcançar uma paz duradoura.
"No que diz respeito ao diálogo inter-religioso, ainda há muito a ser feito em todo o mundo", afirmou, perante um público que não só coabita com 81,5% de cipriotas de religião ortodoxa, mas também com 18% de muçulmanos.
"Somente através do trabalho paciente pode-se construir a confiança mútua, superar o peso da história; e que as diferenças políticas e culturais entre os povos sejam uma razão para trabalhar em uma compreensão maior", disse-lhes o Pontífice, discursando no Campo de Esportes da escola de São Maron de Nicósia, dirigido pela Igreja de rito maronita.
Por isso, convidou os católicos a "criar essa confiança mútua entre cristãos e não-cristãos como base para a consolidação da paz duradoura e da harmonia entre os povos de diferentes religiões, regiões políticas e bagagens culturais".
O bispo de Roma encorajou os católicos cipriotas a buscarem "uma maior unidade na caridade com os demais cristãos e o diálogo com aqueles que não são cristãos".
"Especialmente desde o Concílio Vaticano II, a Igreja comprometeu-se a avançar pelo caminho de um melhor entendimento com nossos irmãos cristãos, com o propósito de unir cada vez mais fortemente no amor e na amizade a todos os batizados", recordou.
Neste sentido, assegurou, os católicos cipriotas poderão oferecer uma "contribuição pessoal" ao objetivo da unidade entre os cristãos.
Fonte: Zenit.
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