quarta-feira, 8 de julho de 2015

A família, a favor ou contra as vocações?

"A família, como Igreja doméstica, é o primeiro lugar onde acontece a transmissão da fé. É lá que muitas vezes se descobre e se desenvolve a vocação ao sacerdócio e à vida consagrada. Ao mesmo tempo, a família pode ser o lugar onde uma vocação nascente pode ser sufocada, se não for devidamente acompanhada e apoiada", assim afirmou Dom Michel Remery, vice-secretário geral da CCEE, na abertura dos trabalhos do Encontro Europeu das Vocações, ontem à tarde.
"Caso se perda de vista a ideia de que a instituição familiar, é essencialmente uma comunidade de fé para o bem-estar do casal e dos seus filhos, isso tem um efeito direto na harmonia natural da vida familiar, e com isso na quantidade e na qualidade das vocações", alertou Remery.
"Quando um jovem ou uma jovem - acrescentou - expressa um desejo crescente de seguir a Cristo de uma forma radical através de um processo de discernimento para o sacerdócio ou à vida consagrada, a família pode se sentir inadequada e só no acompanhamento das perguntas, dúvidas e desafios associados a uma opção de vida tão radical".
Hoje em dia, continuou o padre, "tal escolha é considerada pouco atraente e estranha, de modo que muitas vezes a mesma família cristã põe obstáculos e proibições aos jovens que consideram tal vocação. Claramente, o caminho para a vocação é um caminho pessoal de Deus com a pessoa chamada, e a escolha é só sua. Ao mesmo tempo, como cristãos, não estamos sozinhos, e precisamos da ajuda dos demais”.
Portanto, de acordo com o vice-secretário-geral do CCEE, "é necessário que toda a comunidade cristã, a Igreja, saiba acompanhar e ajudar as famílias a fazer em conjunto um processo de discernimento e de maturidade de uma possível vocação ao sacerdócio ou à vida consagrada".
Para tratar o tema “Como acompanhar os jovens ao sacerdócio e à vida consagrada na família, estão reunidos, hoje, em Praga, 72 participantes, dos quais nove bispos, juntamente com os responsáveis pela pastoral vocacional e os delegados das Conferências Episcopais na Europa e das Congregações religiosas, provenientes de 20 Países europeus e da Comissão para a Vida Consagrada dos EUA.
Os trabalhos, que estão ocorrendo a portas fechadas, concluirão quinta-feira, 9 Julho, com a aprovação de um comunicado final que será oferecido em várias línguas, na manhã de sexta-feira, 10 julho.

Fonte: Zenit.

Nenhum comentário:

Postar um comentário