quinta-feira, 21 de maio de 2015

Papa recorda que a liberdade religiosa é um direito humano inalienável

"Pediremos a Maria que ajude os católicos na China a serem sempre testemunhas críveis deste amor misericordioso em meio a seu povo e a viver espiritualmente unidos à rocha de Pedro sobre a qual a Igreja foi construída”. Este foi o convite do Santo Padre na Audiência Geral desta quarta-feira ao recordar que "em 24 de maio, os católicos na China rezarão com devoção à Bem-Aventurada Virgem Maria, Auxílio dos Cristãos, venerada no Santuário de Sheshan em Xangai". E destacou que “neste Santuário, a imagem de Maria levanta seu Filho, apresentando-o ao mundo em gesto de amor e de misericórdia”.
O Papa Francisco comentou também a iniciativa promovida pela Conferência Episcopal Italiana, que propôs às Dioceses uma vigília de oração, por ocasião de Pentecostes, pelos cristãos exilados ou mortos por causa da fé. "São mártires", afirmou. Portanto, "faço votos que este momento de oração aumente a consciência de que a liberdade religiosa é um direito humano inalienável, aumente a sensibilização sobre o drama dos cristãos perseguidos no nosso tempo e que se ponha fim a este crime inaceitável”.
Como toda quarta-feira, o Santo Padre Francisco percorreu a Praça de São Pedro no papamóvel antes de catequese, saudando os fiéis de todo o mundo. Os presentes expressaram muita emoção ao ver o Papa, agitando as bandeiras dos países de origem e gritando Francisco, Francisco!
Durante o percurso o Papa trocou o solidéu com alguns que se aproximavam. As crianças, mais uma vez, foram protagonistas desta parte da audiência, recebendo o carinho e a bênção do Papa. Famílias, jovens, crianças grupos paroquiais, trabalhadores; diversos grupos. Enquanto Francisco fazia o tour pela Praça, um grupo de meninas asiáticas vestidas em trajes tradicionais, tocavam sinos enquanto outras tocavam instrumentos de percussão ‘enchendo’ a praça com uma melodia típica.
Esta manhã, o Pontífice continuou o ciclo de catequeses sobre a família, refletindo sobre a educação das crianças como vocação natural da família.
Resumindo em português, ele destacou que “uma das caraterísticas essenciais da família é a educação dos filhos”, mas hoje, “esta função, que é como que a coluna vertebral do humanismo, enfrenta dificuldades”, afirmou.
Ele notou que há “uma crise na aliança educativa da sociedade com a família”. E falou sobre “o protagonismo de certos especialistas na educação que acabam por substituir o papel dos pais na educação dos filhos”. “Estes, inseguros, correm o risco de se auto-excluir da vida dos filhos”.
Por outro lado, continuou o Papa, “muitos pais se veem ‘sequestrados’ pelo trabalho e nunca têm tempo para os filhos”. Por isso, ele aconselhou que “é preciso reafirmar o papel insubstituível dos pais na educação dos filhos”. E explicou que “não se trata de contentar-se com um diálogo superficial, mas de acompanhar os filhos, compreendendo-os e corrigindo-os quando necessário”.
Ele disse também que “as comunidades cristãs estão chamadas a auxiliar os pais na sua missão educativa, em primeiro lugar, a luz da Palavra de Deus, que nos recorda que o próprio Jesus foi educado em uma família”. E concluiu pedindo ao Senhor que “conceda às famílias cristãs a fé, a liberdade e a coragem necessárias para a sua missão!”.
Em seguida, o Papa Francisco cumprimentou os peregrinos de língua portuguesa, “especialmente os grupos vindos do Brasil, Cabo Verde e Portugal. Supliquemos a vinda do Espírito santo sobre todos os educadores, em particular os pais, para que, com o seu exemplo, ajudem os mais jovens a crescer em sabedoria, estatura e graça. Que Deus vos abençoe”.
Por fim, como de costume, ele disse algumas palavras especialmente para os jovens, os doentes e recém-casados. Francisco recordou que hoje é festa de São Bernardino de Sena. Por isso, expressou aos jovens o desejo de que o amor do santo pela eucaristia lhes mostre "a centralidade de Deus na vida". Ele motivou os doentes a "enfrentarem com serenidade os momentos de sofrimento" e aos recém-casados pediu ​​para fundar a família "no amor de Deus”.

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