sábado, 3 de janeiro de 2015

A violência causou mais de 90 mil vítimas no Iraque e na Síria em 2014

A violência no Iraque provocou a morte de mais de 15 mil pessoas em 2014 e o número de feridos superou 22 mil nos últimos 12 meses, um período marcado pela intensa ofensiva lançada pelos jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) em várias regiões do país.

Num informe elaborado conjuntamente pelos ministérios da Saúde, Interior e Defesa, o governo iraquiano destacou nesta quinta-feira que os mortos pelo conflito em 2014 chegaram a 15.580 pessoas, ou seja, quase o dobro do total de 6.522 vítimas da violência no ano anterior. O país não registrava uma quantidade de vítimas tão alta desde 2007, quando 17.956 pessoas perderam a vida.

Por sua vez, a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) informou nesta quinta-feira que os seus registros documentam 76.012 pessoas mortas em 2014, das quais 3.501 são menores, por causa da guerra civil que assola a Síria desde 2011.

Do total de mortos, 17.790 são civis e cerca de 15 mil são combatentes rebeldes, enquanto os jihadistas da Frente Nusra (facção síria da Al Qaeda) e os milicianos do Estado Islâmico (EI) registraram aproximadamente 17 mil baixas. Além disso, morreram pelo menos 22.627 combatentes leais ao governo de Bashar Al Assad, grupo que inclui soldados e milícias.

A ONG, com sede na Grã-Bretanha, declarou que os números não incluem as milhares de pessoas desaparecidas após cair em mãos dos jihadistas ou depois de ser encarceradas em prisões estatais.

Em 2013, tinham morrido 73.447 pessoas; em 2012, 49.294; em 2011, 7.841.

Na sua tradicional mensagem de Natal, o papa Francisco rogou a Deus pelos cristãos do "Iraque e da Síria, que padecem há tempo demais os efeitos do conflito ainda em andamento e que, junto com os membros de outros grupos étnicos e religiosos, sofrem uma perseguição brutal".

Diante das dezenas de milhares de fiéis que abarrotavam a Praça de São Pedro para a bênção Urbi et Orbi, o Santo Padre também pediu que os numerosos desabrigados e refugiados da região, crianças, adultos e idosos, "recebam a ajuda humanitária necessária para sobreviver aos rigores do inverno e possam retornar aos seus países e viver com dignidade".

Fonte: Zenit.

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